30 março 2024

O ESPÍRITO SANTO COMO FONTE GERADORA DE MISSÕES

(Comentário do 3º tópico da LIÇÃO 13: O PODER DE DEUS NA MISSÃO DA IGREJA)


Ev. WELIANO PIRES

No terceiro tópico, falaremos do Espírito como fonte geradora de missões. Primeiro veremos como o Espírito Santo chamou e ordenou que a Igreja de Antioquia enviasse os missionários Barnabé e Saulo para o campo missionário. Depois veremos o Espírito Santo dirigindo a obra missionária e concedendo as estratégias. Em alguns momentos, Paulo quis ir a alguns lugares e o Espírito Santo não permitiu. Em outros, Paulo não planejava ir, mas o Espírito Santo revelou que ele deveria ir. 

1. O envio missionário. O Evangelho chegou à cidade de Antioquia da Síria, na ocasião da grande perseguição contra a Igreja de Jerusalém, que se deu após a morte de Estêvão. Alguns cristãos foram dispersos por vários lugares e anunciavam o Evangelho por onde passavam. Alguns deles passaram pela Fenícia, Chipre e Antioquia da Síria e anunciavam o Evangelho, somente aos judeus (At 11.19-21). Mas alguns homens chíprios e de Cirene, anunciaram o Evangelho também aos gentios (At 11.20). A mão do Senhor era com eles e um grande número de pessoas se converteram em Antioquia. 
Esta notícia chegou à Igreja de Jerusalém e Barnabé, que era natural de Chipre, foi enviado a Antioquia. Chegando lá, Barnabé viu o crescimento do Evangelho na cidade e exortou os novos convertidos para que permanecessem na fé. Em seguida, partiu para Tarso, em busca de Saulo. Durante um ano, Barnabé e Saulo ensinaram a palavra de Deus nesta Igreja e ela se tornou uma Igreja rica em líderes, com vários profetas e doutores. 
Em uma reunião de oração e jejum, o Espírito Santo mandou que a Igreja separasse Barnabé e Saulo para a obra missionária. A partir daí. Antioquia tornou-se, então, a primeira Igreja a fazer missões transculturais, ou seja, em outras culturas totalmente diferentes da cultura dos missionários. 
Podemos ver neste episódio em Antioquia, a participação ativa do Espírito Santo no chamamento e no envio de missionários. Antioquia era uma Igreja bem instruída na Palavra, que tinha bons obreiros, que evangelizava e praticava oração.  Mas a escolha dos missionários é a ordem para enviá-los partiu do Espírito Santo. A obra missionária não é um trabalho humano, baseado em habilidades humanas. É o Espírito que dirige a missão, escolhe e envia missionários para o campo. 
2. A estratégia missionária. O Espírito Santo não apenas escolhe e envia missionários. A obra é dele e, portanto, é Ele quem a conduz e concede as estratégias adequadas. Por mais que a liderança de uma Igreja tenha conhecimento bíblico e experiência no trabalho missionário, jamais deve agir por conta própria. Deve sempre buscar a direção do Espírito Santo, pois Ele sabe o que fazer, quando fazer e como fazer. 
No Livro de Atos, vemos que Paulo e seus companheiros em sua segunda viagem missionária, pretendiam pregar o Evangelho na Bitínia e na Província da Ásia, mas o Espírito Santo não lhes permitiu (At 15.6,7). Por outro lado, estando em Trôade, Paulo não tinha a intenção de ir à Macedônia, mas o Espírito Santo lhe concedeu uma visão, na qual lhe apareceu um homem da Macedônia rogando-lhe que ele fosse para lá e os ajudasse. Paulo, então, concluiu que o Senhor estava direcionando-o para anunciar o Evangelho naquela região (At 16.9,10). 
Fazer missões vai muito além do amor pelas almas e desejo de ir ao campo missionário. Claro que todos nós devemos pregar o Evangelho e fazer missões. Entretanto, para ir ao campo missionário é preciso ser chamado pelo Espírito Santo e enviado por Ele ao campo que ele determinar. Um missionário que foi chamado por Deus não escolhe para onde quer ir, pois ele sabe para onde Deus o enviou e quais as estratégias deve usar. 

REFERÊNCIAS: 
GONÇALVES, José: O Corpo de Cristo: Origem, Natureza e a Vocação da Igreja no Mundo. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2023.
GABY, Wagner. Até os confins da terra: Pregando o Evangelho a todos os povos, até a volta de Cristo. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2023, págs. 119-133.
RENOVATO, Elinaldo. Aviva a Tua Obra: O chamado das Escrituras ao quebrantamento e ao poder de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2023.
ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, Nº 96, pág. 46, 1º Trimestre de 2024.
SIQUEIRA, Gutierres Fernandes. Revestidos de Poder: Uma Introdução à Teologia Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, págs 28,29, 83. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

A importância do deserto para o obreiro

“Nem tornei a Jerusalém, a ter com os que já antes de mim eram apóstolos, mas parti para a Arábia, e voltei outra vez a Damasco”. (Gl 1.17)....