Na lição introdutória, falamos sobre a definição de avivamento espiritual, as condições para que ele aconteça e a necessidade que a Igreja atual tem de um avivamento. Falamos naquela ocasião, do avivamento ocorrido nos dias do profeta Ageu, alguns anos após o retorno do cativeiro babilônico. Quando falamos de avivamento na Bíblia, as pessoas logo dirigem o seu olhar para Atos 2, onde está registrado a descida do Espírito Santo sobre a Igreja Primitiva. Nesta perspectiva, fica a impressão de que no Antigo Testamento não houve avivamentos.
No Antigo Testamento também aconteceram avivamentos, embora a palavra avivamento não esteja presente nos relatos. Esta palavra só aparece uma vez, como vimos na lição passada, em Habacuque 3.2: “Aviva, ó Senhor, a tua obra…”. Entretanto, outros verbos são usados, com a mesma idéia, como os verbos “vivificar” (Sl 85.6; 80.18; 119.107) e “renovar” (Sl 51.10; Lm 5.21). Nesta segunda lição veremos alguns avivamentos que aconteceram na história de Israel no Antigo Testamento.
No primeiro tópico, faremos um panorama de alguns exemplos de avivamentos ocorridos no Antigo Testamento. Primeiro, nos dias de Moisés. Após a morte de José, o povo de Israel foi escravizado por Faraó. Deus levantou Moisés para reanimar a fé do povo e libertá-los da escravidão. Depois, nos tempo de Samuel, que nasceu e cresceu em um período de apostasia dos sacerdotes, os filhos de Eli. Deus levantou Samuel para exortar o povo ao arrependimento e julgá-los por toda a sua vida, como profeta, sacerdote e juiz. Por último, nos dias do rei de Josias, que assumiu o trono após os reinados ímpios de Manassés e Amon. No início do seu governo foi encontrado o Livro da Lei no templo e, após a leitura, o rei Josias temeu a Deus e promoveu uma ampla reforma espiritual em Judá, abolindo completamente a idolatria.
No segundo tópico, falaremos sobre a confissão de pecados e retorno à Palavra de Deus, que é a característica principal de um autêntico avivamento. Para isso, tomaremos como base, o chamado de Neemias, um judeu que estava no cativeiro e era copeiro do rei da Pérsia. No cativeiro, Neemias foi informado da situação dramática em que se encontrava a sua terra. Ele, então, orou ao Senhor e Deus o levantou para reconstruir os muros de Jerusalém. (Ne 1). Em sua oração, Neemias intercedeu pelo povo, colocando-se também entre os pecadores e confessando a culpa. (Ne 1.6). Falaremos ainda neste tópico sobre o avivamento através do ensino da Palavra de Deus. Neemias mandou que, o habilidoso escriba e sacerdote Esdras, lesse a Palavra de Deus para o povo e lhe explicasse o significado dos textos sagrados. Esdras leu o Livro da Lei desde o amanhecer até o meio dia. O povo ouviu, entendeu, chorou e se arrependeu (Ne 8.1-9).
No terceiro e último tópico falaremos sobre a relação entre o avivamento e a Palavra de Deus.A Palavra de Deus é o nosso parâmetro. É ela que estabelece o padrão das manifestações espirituais, que devem ser com ordem e decência (I Co 14.40). O verdadeiro avivamento não consiste em emocionalismo e atitudes bizarras. Por último falaremos sobre o cuidado que devemos ter com o formalismo. Se por um lado é preciso ter cuidado com as meninices e bizarrices nas manifestações espirituais, no outro extremo está o formalismo, que é o apego exagerado às regras, tentando limitar ou controlar a atuação do Espírito Santo (I Ts 5.19,20).
REFERÊNCIAS:
RENOVATO, Elinaldo. Aviva, a Tua Obra: O chamado das Escrituras ao quebrantamento e ao poder de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2023.
ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Fundamentos bíblicos de um autêntico avivamento. Editora CPAD. 1ª edição: 2014. pág. 72.
COLEMAN, R. A chegada do avivamento mundial. São Paulo: CPAD, 1996, p. 18.
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