(Comentário do 2 tópico da Lição 10: A restauração nacional e espiritual de Israel).
Neste segundo tópico falaremos sobre as dispersões de Israel e Judá entre as nações ao longo da história. Em seguida, falaremos do renascimento do Estado de Israel, que aconteceu em 14 de maio de 1948, com a declaração de independência, após a última diáspora que durou 1878 anos. A aprovação na ONU do Estado de Israel ocorreu em 29 de novembro de 1947, em um só dia, presidida pelo brasileiro Osvaldo Aranha. Cumpriu-se assim, a profecia de Isaías 66.8: “...Nasceria uma nação de uma só vez? Mas Sião esteve de parto e já deu à luz seus filhos.”
1- As diásporas de Israel e Judá. A palavra diáspora tem origem no termo grego “diasporá”, que descrevia inicialmente, a condição de angústia espiritual que acompanhava a dispersão dos judeus. Na versão grega Septuaginta, os tradutores usaram esta palavra para se referir à situação angustiante dos israelitas nos cativeiros da Assíria e Babilônia. Durante mais de 2000 anos, esta palavra era usada exclusivamente para as dispersões do povo judeu, seja por dominações políticas, antissemitismo, ou por preconceito religioso. A partir do Século XX, outros povos que também foram dispersos, passaram a usá-la para se referirem às dispersões do seu povo. Os primeiros a fazerem isso foram os armênios, que sofreram genocídio do império Otomano, e os afrodescendentes, que foram vítimas do tráfico de escravos, fugiram de guerras e também se espalharam pelo mundo.
A primeira diáspora do povo de Israel aconteceu no Reino do Norte, em 722 a.C. quando Salmaneser, rei da Assíria, dominou Israel, durante o reinado de Oséias por três anos e, depois de notar que havia conspiração por parte do rei de Israel, transportou todo o povo para a Assíria. Além de transportar o povo de Israel para o cativeiro, o rei da Assíria trouxe outros povos, para habitarem na região. Estes povos deram origem aos samaritanos. (2 Rs 17.3-6; 24). Por isso, os judeus não se comunicavam com os samaritanos nos tempos de Jesus (Jo 4.9).
A segunda diáspora aconteceu no Reino do Sul, quando Nabucodonosor, rei da Babilônia, dominou o povo de Judá, em 605 a.C. Nesta ocasião, foram levados para a Babilônia o rei Jeoaquim, Daniel, os seus companheiros e outros membros da família real. No lugar de Jeoaquim, Nabucodonosor deixou o seu filho Joaquim, como um vassalo da Babilônia em Jerusalém. Porém, ele se rebelou e também foi levado para a Babilônia em 597 a.C. Com o rei Joaquim foram levados mais sete mil judeus, entre eles, o profeta Ezequiel. No lugar de Joaquim, Nabucodonosor deixou o seu tio Zedequias como vassalo da Babilônia.
Zedequias foi aconselhado por Jeremias a não se rebelar contra a Babilônia, mas ele preferiu dar ouvidos aos falsos profetas que diziam o contrário. Por causa disso, em 586 a.C., o exército babilônico invadiu Jerusalém, queimou a cidade, destruiu o templo, deixando milhares de mortos e levou o povo para o cativeiro. Ficaram na terra de Judá apenas alguns idosos e deficientes na mais absoluta miséria.
Depois de 70 anos, com o decreto do imperador Ciro, da Pérsia, os judeus foram autorizados a voltarem para a sua terra. Entretanto, muitos deles se adaptaram à vida no exílio e continuaram vivendo em comunidades judaicas, fora da sua pátria. Isso continuou com os domínios grego e romano, que vieram depois da Pérsia.
A última diáspora aconteceu no ano 70 d.C. Depois de uma revolta iniciada em 66 d.C., pelo grupo dos Zelotes contra Roma, com vários assassinatos e atentados terroristas, o general romano, Tito, invadiu Jerusalém, destruiu a cidade e os judeus que não foram mortos fugiram e se espalharam pelo mundo. Esta, sem dúvida, foi a maior e mais longa diáspora judaica, pois permanece até aos dias atuais. Mesmo depois do ressurgimento do estado de Israel, ainda há mais judeus vivendo fora, do que na terra de Israel.
Na visão de Ezequiel, após ele profetizar sobre os ossos secos, antes deles reviverem totalmente, acometeu um processo: Primeiro, houve um ruído e um rebuliço dos ossos se juntando. Em seguida, cresceram nervos e carnes e estendeu-se a pele, mas não havia neles espírito. Esta sequência mostra exatamente como se deu o processo do ressurgimento do estado de Israel. No final do Século XIX, devido ao crescimento do antissemitismo, surgiu na Europa um movimento político chamado Sionismo, que defendia a criação de um estado nacional, para abrigar o povo judeu na palestina. O idealizador deste movimento foi o jornalista húngaro, Theodor Herzl, com a sua obra "O Estado Judeu". Em 1897 foi organizado na Suíça, o primeiro Congresso Mundial Sionista, para debater o assunto. Foi aprovado neste congresso: o envio de uma comissão para a Palestina, para avaliar a possibilidade de ocupação da terra; os judeus deveriam ocupar a mesma terra, da qual haviam fugido; e a compra das terras que seriam ocupadas. Em 1917, com a primeira guerra mundial, o Movimento Sionista ganhou apoio dos britânicos, porém, enfrentava grande resistência dos povos árabes. A esta altura, muitos judeus já haviam imigrado para a região e os conflitos entre judeus e árabes se intensificaram. Com a ascensão dos nazistas ao poder na Alemanha, o seu ódio e perseguição aos judeus gerou o chamado Holocausto, que resultou na morte de 6 milhões de judeus. Finalmente, em 27 de novembro de 1947, na primeira Assembleia Geral das Nações Unidas, presidida pelo brasileiro, Osvaldo Aranha, foi aprovada a criação do Estado de Israel. Em 14 de maio de 1948 foi publicado o primeiro Diário Oficial de Israel. As tropas britânicas deixaram o local e Israel tornou-se novamente um estado independente.
2- Renasce Israel. Na visão de Ezequiel, após ele profetizar sobre os ossos secos, antes deles reviverem totalmente, aconteceu um processo:
Primeiro, houve um ruído e um rebuliço dos ossos se juntando. Em seguida, vieram nervos, cresceu a carne e estendeu-se a pele, mas não havia neles espírito. Esta sequência mostra exatamente como se deu o processo do ressurgimento do estado de Israel.
No final do Século XIX, devido ao crescimento do antissemitismo, surgiu na Europa um movimento político chamado Sionismo, que defendia a criação de um estado nacional, para abrigar o povo judeu na palestina. O idealizador deste movimento foi o jornalista húngaro, Theodor Herzl, com a sua obra O Estado Judeu. Em 1897 foi organizado na Suíça o primeiro Congresso Mundial Sionista para debater o assunto. Foi aprovado neste congresso: o envio de uma comissão para a Palestina para avaliar a possibilidade de ocupação da terra; que os judeus deveriam ocupar a mesma terra, da qual haviam fugido; e a compra das terras que seriam ocupadas.
Em 1917, com a primeira guerra mundial, o Movimento Sionista ganhou apoio dos britânicos, porém, enfrentava grande resistência dos povos árabes. A esta altura, muitos judeus já haviam imigrado para a região e os conflitos entre judeus e árabes se intensificaram. Com a ascensão dos nazistas ao poder na Alemanha, o seu ódio e perseguição aos judeus gerou o chamado Holocausto, que causou a morte de 6 milhões de judeus.
Finalmente, em 27 de novembro de 1947, na primeira Assembleia Geral das Nações Unidas, presidida pelo brasileiro, Osvaldo Aranha, foi aprovada a criação do Estado de Israel. Em 14 de maio de 1948 foi publicado o primeiro Diário Oficial de Israel. As tropas britânicas deixaram o local e Israel tornou-se novamente um estado independente.
3- Restauração nacional (vv.6-8). Com a criação e independência do estado de Israel, cumpriu-se aqui, a primeira parte da profecia que foi a restauração nacional. Todo o ajuntamento dos ossos, nervos, carne e pele, simbolizava a volta do povo de Israel à sua terra e a sua restauração nacional.
Entretanto, falta ainda a restauração espiritual, representada pela entrada do espírito nos corpos que se formaram a partir dos ossos secos (Ez 37.9,10). Esta segunda parte da restauração acontecerá somente no Milênio, quando o Senhor Jesus vier em glória para estabelecer o Seu Reino de mil anos em Jerusalém. Neste período, todo o Israel será salvo, como disse o apóstolo Paulo na Epístola aos Romanos. Vale destacar que todo o Israel significa os remanescentes e não todos os israelitas.
REFERÊNCIAS:
SOARES, Esequias; SOARES, Daniele. A Justiça Divina: A preparação do povo de Deus para os últimos dias no livro de Ezequiel. Editora CPAD. 1 Ed. 2022. pág. 121-122, 126. ALMEIDA, Abraão. Israel, Gogue e o Anticristo. Rio de Janeiro: CPAD, 1999, p. 46-47. CHAMPLIN, Russell Norman. O Antigo Testamento interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pág. 3316. BLOCK, Daniel. Comentário do Antigo Testamento Ezequiel. Vol. 2. Editora Cultura Cristã. pág. 349. Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p.1223).
Siga o nosso blog, deixe o seu comentário e compartilhe os nossos textos com outras pessoas.
Ev. Weliano Pires
Nenhum comentário:
Postar um comentário