Sexta- feira
“E fez o altar do incenso de madeira de
acácia; de um côvado era o seu comprimento, e de um côvado a sua largura, era
quadrado; e de dois côvados a sua altura; dele mesmo eram feitas as suas
pontas. E cobriu-o de ouro puro, a parte superior e as suas paredes ao redor, e
as suas pontas; e fez-lhe uma coroa de ouro ao redor. Fez-lhe também duas
argolas de ouro debaixo da sua coroa, e os seus dois cantos, de ambos os seus
lados, para neles se colocar os varais, e com eles levá-lo. E os varais fez de
madeira de acácia, e os cobriu de ouro”. (Êxodo 37: 25-28)
Tudo aquilo que, na Bíblia, dizemos que é um símbolo, sombra ou tipo,
indica que, aquilo do qual estamos referindo, aponta para uma realidade. O tipo é uma sombra que indica uma realidade.
O tipo é uma forma de profecia, mas, a profecia consiste em predição verbal,
enquanto que a tipologia consiste na predição feita através da correspondência
entre duas realidades (o tipo e o antítipo). O antítipo é sempre maior do que o
tipo, pois é o cumprimento do tipo. Para entendermos o que é tipo e antítipo,
basta usarmos o exemplo de uma fotografia. A foto é a imagem do objeto real que
foi fotografado, mas, não é a realidade. Desse modo, a foto é o tipo, uma imagem,
ainda que perfeita, é irreal; enquanto o objeto é o antítipo, o objeto real.
No Tabernáculo terrestre havia dois altares. Um era de bronze e estava situado
à entrada do pátio, fala do lugar de juízo, era o lugar do “acerto de contas”
entre o pecador e Deus; o outro altar estava localizado no lugar Santo e era
todo confeccionado em madeira revestida de ouro. Neste altar queimava-se o
incenso fabricado exclusivamente para este fim. As brasas que abasteciam este
altar eram tiradas do altar do holocausto, por que, simbolicamente, era um
“fogo” santo, pois o primeiro fogo ateado no altar de bronze desceu do Céu. O
fogo dos braseiros deveria arder continuamente. Do mesmo modo as orações dos
santos devem ser “sem cessar”.
O altar do ouro ou altar do incenso aponta para Cristo, como nosso
intercessor diante do Pai – “Portanto,
pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo
sempre para interceder por eles”.
O incenso, usado para queimar neste altar, fala das orações dos crentes.
A composição do incenso era feita com substâncias e especiarias raras e caras.
Este fato demonstra que, as orações devem ser puras e são como perfumes
caríssimos, que sobem à presença de Deus. Este incenso somente poderia ser
criado para ser usado no Altar, porque ele era feito para Deus. Somente Deus
poderia cheirá-lo, e não o homem. As orações devem subir para as narinas de
Deus somente. Nenhuma oração deve ser feita para outra criatura. Aqueles que
oram para intermediários estão usando fogo estranho, não estão oferecendo
incenso santíssimo, exclusivamente para o Senhor. A composição pura do incenso
indica sua santidade e que as orações devem ser dirigidas somente a Deus.
(Erivelton Figueiredo)