LEITURA BÍBLICA DIÁRIA
Romanos 4.6-8:
“Assim também
Davi declara bem-aventurado o homem a quem Deus imputa a justiça sem as obras,
dizendo: Bem-aventurados aqueles cujas maldades são perdoadas, E cujos pecados
são cobertos. Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputa o pecado.”
A primeira coisa que temos que ter em mente é que a
justificação da qual se refere a Bíblia é um termo usado em tribunais de
justiça, é um termo que se aplica a legalidade de algo. A lei, simplesmente,
declara aquilo que é verdadeiro, mesmo por que, a lei não tem capacidade de
mudar a personalidade ou caráter das pessoas. Da mesma forma, quando somos
justificados por Deus, Ele não está mudando nossa personalidade, mas está
declarando que fomos absolvidos de qualquer culpa que tínhamos, ou seja, quando
pela fé cremos, aceitamos e participamos do sacrifício de Jesus Cristo,
imediatamente somos imputados por “justos”, visto que, em Cristo satisfazemos a
justiça de Deus. Assim como qualquer ato de Deus, a justificação tem origem na
sua livre graça. Ela faz parte do plano de salvação.
Temos que encarar o pecado e suas consequências com mais seriedade. Tem muita gente tratando
o pecado como se fosse um sentimento que, na hora em que bem entender consegue
deixar de sentir. É! As pessoas estão pensando que o pecado é como um botão que
se pode ligar e desligar a bel-prazer. Não entenderam ainda que não somos
pecadores por que pecamos, mas que pecamos por que somos pecadores. E, que isso
ofende gravemente a santidade de Deus, o qual não fará vista grossa para nossos
atos pecaminosos – a Sua santidade exige a punição do pecado. Por isso, Jesus
morreu em nosso lugar. Mas, esteja ciente de uma coisa: Jesus não só morreu por
mim e por você por que Deus tinha que matar alguém para que Sua justiça fosse
satisfeita, Ele morreu por que, sobre Ele, estavam os meus e os seus pecados, tornando-O pecador em nosso lugar e,
como justo que é, a morte de Jesus nos qualifica como justos também. Justos, de
fato, nós não somos, mas Deus nos vê, agora como tais.
Nós tínhamos um problema insolucionável, pois, como
podia Deus justificar ao transgressor intencional de Sua Lei sem justificar
seus pecados? Como podia Deus livrar-lhe da penalidade de Sua Lei quebrada sem
comprometer Sua santidade e sem mudar Suas palavras de que Ele “ao culpado não
tem por inocente”? Como podia ser dada a vida ao delinquente culpado sem anular
a sentença “a alma que pecar, essa morrerá”? Como podia ser mostrada
misericórdia ao pecador sem a justiça ser desprezada?
Este é um
problema que deve sempre ter embaraçado a cada uma das inteligências finitas.
Apesar de tudo, Deus, em Sua sabedoria perfeita, planejou um caminho pelo qual
o “principal dos pecadores” pode ser tratado por Ele como se fosse
perfeitamente inocente; ainda mais, Ele o declara justo, de acordo com o padrão
requerido pela lei, e com direito à recompensa da vida eterna.
Aquilo que era incapaz do homem realizar por si mesmo,
para amenizar sua culpa diante de Deus, Jesus o fez.
Erivelton Figueiredo
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