07 março 2019

INVERSÃO DE PAPÉIS

Leitura Bíblica: Isaías 53.1-7

"[Jesus Cristo] tornou‑se carne e viveu entre nós. Vimos a sua glória, glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade." (João 1.14).

Um programa na TV mostrou uma inusitada situação: o presidente de uma empresa assumia por alguns dias a função de um operário. O alto executivo se disfarçava para desempenhar atividades que ele nunca tinha feito e sentir na pele o que a sua equipe enfrentava diariamente. Sem ser reconhecido e com outro nome, percorria setores da empresa fazendo todo o tipo de serviço. Enquanto isso, traçava um diagnóstico de procedimentos que poderiam ser melhorados e de equipamentos que deveriam ser consertados ou até mesmo trocados para melhorar a eficiência naquela área.

O quadro ficava ainda mais interessante quando o dono da companhia voltava a assumir a sua posição e relatava ao programa a sua experiência de trocar os papéis. Os participantes disseram que tinham vivenciado uma das mais ricas experiências em suas promissoras carreiras e que o aprendizado que tiveram serviu para mudar o seu olhar sobre o empreendimento que comandavam.

Para mim, o que essa inversão de funções deixou muito claro é que somente quando nos colocamos no lugar do outro podemos entender o que realmente ele está passando. Jesus fez exatamente isso: deixou o seu trono de glória e assumiu a forma humana, sentindo em sua pele toda a nossa fragilidade e entendendo o que nós passamos. Assim como o presidente que apenas deixou o seu posto por alguns dias, mas continuou dono da empresa, Jesus não perdeu a sua divindade. Ele sentiu as nossas dores, físicas e emocionais; foi tentado, mas não sucumbiu diante das artimanhas de Satanás. Por isso, Jesus compreende o que você está passando. Só ele pode fazer um diagnóstico correto de sua vida e propor as mudanças necessárias. Confie nele!

(Maria Regina Almeida)

Jesus pode nos compreender porque viveu como homem, mas sem deixar de ser Deus.

Fonte: www.transmundial.com.br/presente-diario

06 março 2019

Prioridade

Leitura Bíblica: Ageu 1.1-12
"Busquem em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas lhes serão acrescentadas." (Mt 6.33).
Depois de décadas exilado na Babilônia, o povo de Deus pôde retornar à sua terra, com a missão de reconstruir tudo, pois Jerusalém, a capital, fora destruída pelos dominadores. Mas agora alegria tomou conta, e logo começaram a trabalhar: colocaram os alicerces do templo. Um povo entusiasmado é capaz de grandes obras! Mas o êxito provocou as nações vizinhas, que passaram a amedrontá-los e ameaçá-los. O entusiasmo se foi e a construção parou. As casas particulares continuaram a ser reconstruídas, mas o templo ficou de lado. Cerca de 18 anos passaram depois da volta do exílio, e ele estava estagnado. Nem tanto pelas ameaças dos outros, mas pela realidade do próprio povo. Diante desse cenário, Deus fala mediante o profeta Ageu: “Acaso é tempo de vocês morarem em casas de fino acabamento, enquanto a minha casa continua destruída?” (v.4).
Deus estaria preocupado com a construção de um templo? Não! Mas, nesse momento, a realidade externa representava outra, interna, que voltava a acontecer. O fato de o templo ficar de lado mostrava que o Senhor não era mais prioridade na vida das pessoas. A experiência do exílio havia sido esquecida: já tinham suas propriedades de volta, não precisavam mais de Deus. Muitos até o acusavam de não lhes dar boas colheitas, por isso não tinham os recursos para reconstruir o templo. Porém, o que fica claro é que isso acontecia por terem deixado Deus de lado (v.9). Diante do apelo do profeta Ageu, imediatamente o povo foi despertado e colocou “a mão na massa”: o templo foi, finalmente, reconstruído.
Os cristãos de hoje também, diante das circunstâncias, podem ser tentados a deixar de andar e viver com o Senhor. Isso acontece de maneira sorrateira, às vezes até com motivos aparentemente justificáveis. Por isso, precisamos estar atentos a quem e o que é prioridade em nossa vida! 
(Alison Diogo Heinz)
Que Jesus Cristo seja nossa prioridade hoje, amanhã e sempre!
Fonte: https://www.transmundial.com.br/presente-diario/prioridade/


05 março 2019

PUREZA

Leitura Bíblica: Gênesis 50.15-21

“Como pode o jovem manter pura a sua conduta? Vivendo de acordo com a palavra [de Deus]” (Salmo 119.9).

Muitos estudiosos tentam desvendar os mistérios do comportamento humano, para compreender se ele se forma devido a condições inatas ou adquiridas (produzidas pelo meio em que a pessoa vive). Muitas divergências surgem nesse sentido e ainda não há uma resposta definitiva. Porém, creio que somos influenciáveis e moldáveis pelo ambiente, pois a imitação é uma característica marcante e necessária em nosso desenvolvimento: em geral, é assim que aprendemos. Por isso, não é difícil absorver costumes de outros sem que percebamos. Comportamentos que considerávamos inconvenientes passam a ser vistos com naturalidade e até mesmo a fazer parte de nosso cotidiano. Em nome de algumas metas, podemos até abrir mão dos mais nobres princípios, esquecendo-nos de que nossos objetivos são relativos, mas, os nossos princípios devem ser absolutos. Assim, perdemos nossos valores e nossa identidade, sob o risco de não mais nos encontrarmos.
Observando a fascinante história de José (vale a pena ler desde o início, em Gênesis 37), percebemos que, mesmo tendo passado por condições adversas por quase toda a vida, ele jamais se permitiu ceder à corrupção. Não deixou que o ódio, a inveja, a tentação, a calúnia, a injustiça, o desprezo e todos os males e sofrimentos diluíssem seus princípios; antes, conseguiu mantê-los intactos. Ainda que tivesse a possibilidade de vingar-se das perversidades que sofreu, não havia nele esse desejo, pois, conservou-se puro. Siga o seu exemplo de integridade e, se você basear na Bíblia seu comportamento, agradará a Deus!

(Leonice Fonseca Souto de Souza)

“Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente.”  (Romanos 12.2a)

04 março 2019

DEUS PENSA O MELHOR

Leitura Bíblica: Isaías 55.8-9
“Pois os meus pensamentos não são os pensamentos de vocês, nem os seus caminhos são os meus caminhos”, declara o Senhor (Isaías 55.8).
Talvez você já tenha ouvido os dois versos da leitura indicada várias vezes. Frequentemente são citados quando acontece algo que a princípio não fazia parte dos nossos planos. Quando um projeto dá errado, pensamos então que aquilo não era da vontade de Deus para nós. Pode ser que em alguns momentos isso seja verdade, mas seria bastante simplista compreender o texto apenas desta forma.
Antes de colocar nossos caminhos e pensamentos em prática, deveríamos tentar entender quais são os planos de Deus para nós. Assim talvez cheguemos a uma compreensão melhor do que ele quer nos ensinar com estas palavras. Você já se fez esta pergunta? Cito aqui o verso anterior ao nosso texto: “Que o ímpio abandone o seu caminho, e o homem mau, os seus pensamentos. Volte-se ele para o Senhor, que terá misericórdia dele” (v.7a). Desde o princípio, Deus tem um pensamento: salvar a humanidade, que lhe desobedeceu e se afastou da sua presença, trazendo condenação e morte sobre si. Para tanto, providenciou um caminho para nós, chamado Jesus Cristo. Deus quer que você e eu sejamos salvos. Se você ler todo o capítulo 55 de Isaías, vai perceber que o Senhor convida a viver com ele, e não de acordo com nossos próprios planos e ideias.
Aceitar este convite de andar com Deus nos ajuda a não gastar a vida com futilidades: “Por que gastar dinheiro naquilo que não é pão, e o seu trabalho árduo naquilo que não satisfaz?” (v.2a). Além de oferecer um relacionamento real no dia a dia, Deus também deseja que valorizemos aquilo que realmente importa. Devemos nos fazer a pergunta: Deus faria o que estou fazendo? Ele pensaria desse modo a respeito do assunto em questão? Que Deus ajude você a pensar como ele e a escolher a sua forma de viver. 

(Marcos Passig)
Os planos de Deus para nós incluem paz, esperança e um bom futuro (cf. Jeremias 29.11) – não há nada melhor!

18 fevereiro 2019

O crente pentecostal e a Bíblia


O fato de ser Pentecostal, não me autoriza a desprezar a Bíblia Sagrada. Ao contrário: Os verdadeiros pentecostais tem a Bíblia como único manual de fé e conduta. No dia de Pentecostes, após serem cheios do Espírito Santo, os discípulos falaram em línguas e profetizaram. (Só isso!) Não há nenhum relato de que pularam, deram cambalhotas, fizeram aviõezinhos, rodopiaram, ficaram inconscientes ou coisas do tipo. Quando os incrédulos viram isso, começaram a escarnecer e a dizer que eles estavam cheios de mosto, isto é, bêbados. Imediatamente, os discípulos, conscientes, pararam e Pedro, tomou a palavra, pregando a primeira mensagem pentecostal.
É importante notar, que nesta mensagem Pedro pregou um sermão expositivo da Bíblia, discorrendo sobre o Antigo Testamento desde Abraão, até Cristo. Chegando em Cristo, ele falou da cruz, da ressurreição e por último da necessidade de arrependimento. Em nenhum momento Pedro continuou a falar em línguas durante a mensagem, nem tratou de assuntos como 'vaso', 'fogo', reteté, mistério, etc. Não mandou ninguém ‘profetizar’ ou ‘declarar’ isso-e-aquilo para o seu irmão, nem deu ‘rajada de glória’.
Após pregar a mensagem salvífica, clara e objetiva, Pedro não precisou fazer o apelo. Os seus ouvintes, movidos pelo Espírito Santo perguntaram: "Que faremos varões irmãos?” A reposta de Pedro foi enfática: "Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para remissão de vossos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo. Porque a promessa vos pertence a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe e a quantos o Senhor nosso Deus chamar." (Atos 2:38-39)
Observem que na resposta de Pedro não há nada como 'você vai vencer!' 'Você é vaso', 'Deus vai te exaltar', ou outros jargões dos pseudo pentecostais da última década.

A doutrina pentecostal não exclui a Bíblia. Ao contrário, ela a confirma. Os crentes pentecostais da Igreja primitiva tinham as seguintes características:

1) Doutrina dos apóstolos (Verdades Bíblicas). Movimento sem doutrina bíblica torna-se misticismo e invenções humanas ou mesmo diabólica.
2) Comunhão – A Palavra comunhão é a tradução do grego Koinonia, que significa parceria, companheirismo e participação. Refere-se ao fato de os discípulos pentecostais terem tudo em comum e suprirem as necessidades dos mais carentes.
3) Partir do pão – Refere-se à Ceia do Senhor e à festa Ágape, onde eles traziam pão e comiam juntos pobres e ricos.
4) Orações – A Igreja Primitiva vivia em constante oração. Não era vigílias com cânticos a noite toda,  entrega de ‘revelações’ e oba-oba. Eles oravam.
5) Temor – Temor a Deus significa reverência a Deus, à Sua Palavra e pavor de pecar. Muitos ‘pentecostais’ da atualidade não têm o menor respeito pelas coisas de Deus, pelos pastores ou pela Bíblia. Se alguém aponta a incoerência entre as suas atitudes e a Bíblia eles não se dobram.
6) Muitos prodígios e sinais eram feitos pelos apóstolos – Nos tempos apostólicos aconteciam milagres e maravilhas. Não se forçava barra ou se inventava milagres como acontece hoje em dia. Paralíticos andavam, mortos ressuscitavam, enfermos eram curados imediatamente, etc. (Atos 2:42-44)
O verdadeiro Movimento Pentecostal tem essas características. Aqueles que não concordam, com a falta de ordem e decência nos nossos cultos, não estão, de forma alguma, sendo contra a ação do Espírito Santo. Estão apenas citando as Palavras do próprio Espírito Santo, que estão registradas em I Coríntios 14:39-40: “Portanto, irmãos, procurai com zelo o profetizar, e não proibais o falar em línguas. Mas faça-se tudo decentemente e com ordem.”

Por Weliano Pires

01 fevereiro 2019

Parabéns, mamãe!



Hoje para mim, é um dia especial
É o aniversário da minha mãe querida
Pessoa que amo, com amor sem igual
Pois, foi ela que me trouxe a esta vida..

São setenta e quatro anos de vida
Que hoje a minha rainha completa
Enfrentando as lutas, destemida
Serena, conformada e correta.

Mamãe, eternamente eu te amarei
Com amor sincero e incondicional
Prometo que o seu amor retribuirei.

Feliz aniversário minha mãezinha!
Deus sempre te abençoe e te proteja
Meu exemplo, minha eterna rainha.

Weliano Pires


30 janeiro 2019

Os principais ensinamentos da Bíblia


    
A Bíblia é o livro mais reconhecido do mundo! Mas o que ela ensina? Esses são os ensinamentos principais da Bíblia:

Sobre Deus:

Deus é o personagem principal da Bíblia. Deus é eterno. Ele sempre existiu e sempre vais existir. Foi Deus que criou o mundo e tudo que existe, para ser bom. Tudo está debaixo de Seu poder e nenhum de Seus planos pode ser frustrado. Não existe outro Deus.

Deus é amor, é justo e é bom. Ele detesta o mal mas também tem misericórdia e gosta de perdoar quem se arrepende. Na Bíblia, Deus se revela em 3 formas ou pessoas diferentes: o Pai, Filho e o Espírito Santo. Não são 3 deuses diferentes, são 3 lados do mesmo Deus.

Referências bíblicas: Gênesis 1:1, Salmo 90:2, Provérbios 21:30, Isaías 44:6, 1 João 4:8, Salmos 86:5, Ezequiel 18:32, 2 Coríntios 13:14, Gênesis 1:1.
   
O homem e o pecado

Deus criou o homem e a mulher à Sua imagem e semelhança e os abençoou. Cada vida humana é preciosa. Ele também nos deu capacidade de escolha. Mas o primeiro casal, Adão e Eva, escolheram pecar (não seguir a vontade de Deus). Desde então, todos os seres humanos têm uma tendência para pecar e ficam escravizados pelo pecado.

O pecado nos separa de Deus e nos torna culpados. O castigo do pecado é a morte e a separação eterna de Deus, no lago de fogo. Mas Deus nos ama; por isso Ele criou um plano para nos salvar...

Referências bíblicas: Gênesis 1:27, Romanos 5:14, Romanos 3:23, Romanos 6:23, Gênesis 1:27.

Jesus

Deus decidiu pagar o castigo do pecado em nosso lugar. Ele veio à terra como um homem, Jesus.

Jesus cresceu e viveu como um homem normal, mas, sem nunca pecar. Depois, ele passou alguns anos pregando as boas notícias da chagada do Reino de Deus, fazendo milagres e expulsando demônios. No fim de seu ministério, Jesus foi crucificado. Na cruz, Jesus ofereceu a sua vida em troca da nossa, pagando o preço que nós merecemos.

Mas,Jesus não ficou morto. Três dias depois, ele ressuscitou! Como não tinha pecado, a morte não o podia reter. Jesus foi visto por mais de 500 pessoas depois que ressuscitou. Depois, ele subiu ao Céu, onde está agora, junto do Pai, intercedendo por todos os que crêem nele.

Referências bíblicas: Marcos 1:15, 1 Coríntios 15.3-8, Romanos 3:25-26, Atos dos Apóstolos 2:32-33, Atos dos Apóstolos 2:32-33.      

O Espírito Santo

Depois que subiu ao Céu, Jesus enviou o Espírito Santo para estar com todos que crêem nele. O Espírito Santo age no mundo, convencendo do pecado, da justiça e do juízo. Ele também capacita quem crê a seguir Jesus e a entender as coisas de Deus. O Espírito Santo mora dentro de todos os que são salvos.

Foi o Espírito Santo quem inspirou as pessoas que escreveram os livros da Bíblia. É por isso que a Bíblia é coerente, apesar de ter sido escrita por muitas pessoas diferentes ao longo de vários séculos.

Referências bíblicas: João 16:7-8, Atos dos Apóstolos 2:38, 2 Pedro 1:20-21, Atos doa Apóstolos 2:38.
    
A salvação

Ninguém consegue pagar o preço de seu próprio pecado. Nenhum ato de bondade consegue equilibrar as contas com Deus. Somente Jesus salva.

A salvação vem pela fé. Isso significa que você precisa reconhecer que você tem pecado e se arrepender (decidir mudar). Quando você crê que Jesus morreu e ressuscitou por seus pecados e confessa que ele é seu salvador, Jesus lhe salva, perdoando todos os seus pecados. Isso se chama justificação. O Espírito Santo mora dentro de você e você morre para o pecado, dedicando sua vida a seguir os ensinamentos de Jesus. Quem é salvo, também deve ser batizado.

Quem é salvo está livre da condenação do pecado e um dia irá ressuscitar para a vida eterna! Não se torna logo perfeito nessa vida, mas, Deus ajuda a vencer o pecado e a mudar de vida. Isso se chama santificação.

Referências bíblicas: João 14:6, Romanos 10:9-10, Romanos 6:3-4, Romanos 8:1-2, 1 Coríntios 15:22-23, Romanos 10:9-10     .

A igreja

A igreja é o conjunto de todos os salvos por Jesus. Deus quer que as pessoas se juntem como igreja para crescerem juntos e mais fortes. Ninguém é perfeito mas, pelo poder de Jesus, nos tornamos uma família unida. Juntos, aprendemos na Bíblia como viver para Deus.

Deus está onde dois ou três estão reunidos em seu nome. O Espírito Santo dá dons diferentes a cada pessoa, para ajudar no crescimento da igreja. A missão da igreja é fazer mais discípulos de Jesus.

Referências bíblicas: Hebreus 10:25, Mateus 18:20, 1 Coríntios 12:4-7, Romanos 12:4-5, Mateus 28:19-20, Hebreus 10:25.

Anjos e demônios

Os anjos são seres espirituais que Deus criou para servi-lo. Mas, o diabo e alguns outros anjos se rebelaram e agora lutam contra Deus. O lago de fogo foi criado para punir o diabo e seus anjos.

O diabo tem grande poder no mundo, porque todos os escravos do pecado estão debaixo de seu domínio. Os demônios tentam, oprimem e destroem vidas. No entanto, eles sabem que a guerra já está perdida e um dia vão ser castigados.

Os anjos fiéis a Deus obedecem a Seus mandamentos e ajudam os salvos nas batalhas espirituais.

Referências bíblicas: Hebreus 1:14, Mateus 25:41, Apocalipse 12:7-12, João 10:10, João 10:10.

O fim dos tempos

Um dia Jesus voltará. Quando isso acontecer, ele derrotará completamente o diabo e todos que se rebelam contra Deus. O pecado será eliminado, os mortos ressuscitarão e todos serão julgados. Quem se rebelou contra Deus sofrerá condenação eterna mas todos os salvos serão transformados e terão a vida eterna! Os salvos viverão para sempre na presença de Deus, sem mais sofrimento nem dor.

Referências bíblicas: Apocalipse 22:12, Daniel 12:2, 1 Tessalonicenses 4:16-17, 2 Pedro 3:10-14, Apocalipse 21:1-4, Apocalipse 22:12.

Fonte: bibliaon.com

28 janeiro 2019

O dilema entre ajudar as vítimas e punir os culpados


Em uma pequena cidade, morava o poderoso Dr. Aristóteles. Era dono de uma enorme fazenda, responsável por toda a produção de feijão, milho e arroz e criava muito gado, para a produção de leite e carnes. Possuía também vários caminhões, que escoam a toda a produção, abastecendo a cidade e a região circunvizinha.
O Dr. Aristóteles não respeitava as leis e, por ser poderoso e responsável pela sobrevivência da população, as autoridades faziam vistas grossas aos seus abusos e crimes. Os trabalhadores da sua fazenda trabalham em sem nenhuma proteção; os motoristas dos seus caminhões não possuíam habilitação e dirigiam embriagados; os caminhões transportavam cargas acima de suas capacidades e não atendiam as condições mínimas de segurança. Tudo isso, é claro, para que o Dr. Aristóteles aumentasse cada vez mais os seus lucros.
Certa vez, um dos seus motoristas transportava uma carga acima da capacidade do caminhão. O caminhão estava com os pneus carecas e não passava por revisão há muito tempo. O motorista sem habilitação e alcoolizado, dirigia em alta velocidade.
Um policial rodoviário viu aquilo e nada fez, pois, percebeu que o caminhão era do Dr. Aristóteles e ele recebera ordens do seu superior para não incomodá-los, pois, o Dr. Aristóteles movimentava a economia da cidade e gerava muitos empregos. Esta situação se repetia toda semana.
Como era de se esperar, em uma destas viagens, o motorista perdeu o controle e chocou-se com um ônibus que vinha em sentido contrário, cheio de passageiros. A maioria dos passageiros morreu na hora e os sobreviventes sofreram ferimentos graves. Alguns ficaram tetraplégicos.
A Polícia rodoviária veio ao local, mas, com ordens de aliviar para o motorista. No boletim de ocorrência constou que foi apenas ‘um acidente’. Nem o motorista, nem o Dr. Aristóteles foram responsabilizados e tudo continuou como era antes.
Para “aliviar” a situação das vítimas, o motorista do ônibus foi orientado a dizer que o motorista do caminhão não teve culpa, para que assim as vítimas pudessem receber o dinheiro do seguro obrigatório.
Diante de tanta imprudência, irresponsabilidade e descaso criminosos das autoridades, um vereador da cidade, indignado com a situação, tentou de várias formas, alertar que aquilo não fora um acidente comum, mas, uma sequência de atos criminosos. Alertou também, que aquela tragédia iria se repetir. Ninguém lhe deu ouvidos. Ao contrário, permitiram que o Dr. Aristóteles aumentasse a sua frota, com caminhões nas mesmas condições.
O vereador tinha razão. A segunda tragédia aconteceu, em proporções muito maiores. Um dos caminhões do Dr. Aristóteles, com pneus carecas, como de costume, e motorista sem habilitação, faltou freio por falta de manutenção e chocou-se com uma escola, matando dezenas de crianças. Diante da tragédia, equipes de resgates de outras cidades se mobilizaram para socorrer as vítimas. Doadores de sangue estavam a postos. Ambulâncias e bombeiros corriam contra o tempo para salvar as vítimas mais graves. Mas, infelizmente, poucos sobreviveram.
Diante desta tragédia anunciada, o vereador que denunciara o primeiro acidente como criminoso, de novo se manifestou, cobrando a identificação e punição dos responsáveis por estas tragédias criminosas e não naturais. Porém, boa parte da população o acusou de insensível, que só sabe criticar e não se preocupa em ajudar as vítimas. Segundo diziam, aquele não era momento de apontar culpados, mas, de se preocupar com as vítimas.

Já dizia Victor Hugo:
“Quem poupa o lobo, sacrifica a ovelha.”

Este relato é uma ficção. Qualquer semelhança com os nomes ou acontecimentos reais, terá sido mera coincidência.

Weliano Pires


27 janeiro 2019

O esvaziamento dos cultos de ensino nas Assembleias de Deus

Os cultos de ensino ou de doutrina são uma característica das Assembleias de Deus no Brasil, desde a sua fundação. No início da denominação, não havia cursos teológicos. Por isso, um dos cultos da semana era destinado ao ensino da Palavra de Deus. No culto de ensino, iniciava-se com um período maior de oração, cantava-se um ou dois hinos e durante uma hora ou mais, o pastor trazia um estudo bíblico para a Igreja.

Dois meses após a fundação da Assembléia de Deus, foi realizada a primeira aula da Escola Dominical em Belém (PA) e em 1930 foi lançada a Revista Lições Bíblicas pela CPAD. Foram criadas também as Escolas Bíblicas de Obreiros (EBO) para ensinar sistematicamente a Palavra de Deus aos obreiros. Estes trabalhos de ensino sempre foram muito bem frequentados. Era uma exigência para os candidatos ao ministério, a participação nos cultos de ensino e na Escola Dominical.

Infelizmente, nos últimos anos, esta realidade vem mudando. Tanto os cultos de ensino como a Escola Dominical estão cada vez mais vazias. Em muitos lugares, até mesmo obreiros não frequentam os cultos de ensino e Escola Dominical. Como consequência, temos cada vez mais, crentes raquíticos, sem firmeza espiritual e que abraçam ventos de doutrinas e inovações teológicas.

A meu ver, algumas razões contribuem para este esvaziamento:

1. Deturpação da mensagem do Evangelho. Em muitos púlpitos não se prega mais o Verdadeiro Evangelho de Cristo. Com o objetivo de ser politicamente correto e não espantar o povo, muitos pregadores pregam 'outros evangelhos", como a teologia da prosperidade, a confissão positiva, o triunfalismo, etc. Isso, evidentemente, traz para a Igreja, pessoas com outros interesses, que não é renunciar tudo e seguir a Cristo e sim, obter vantagens pessoais. Esse tipo de pessoa não se interessa em conhecer a palavra de Deus, porque esta contrasta os seus interesses escusos.

2. Pessoas com "comichão nos ouvidos". Existem pessoas que estão sempre em busca de novidades e revelações. Estas pessoas acham o ensino bíblico antiquado e procuram 'coisas novas'. Andam de campanha em campanha, buscando 'profetadas' e 'revelamentos'.

3. Despreparo para o ensino bíblico. Se por um lado, muitos crentes não se interessam em aprender a Palavra de Deus, por outro lado, muitos pastores e professores de Escola Dominical, não tem a mínima condição de ensinar, pois, também não aprenderam. A Bíblia diz que os bispos e presbíteros devem estar "aptos para ensinar". Mas, há pastores e professores que nunca leram a Bíblia toda e não se preparam para ensinar. No tempo destinado ao ensino da Palavra de Deus contam histórias e falam coisas indevidas.

4. Uso de linguagem inadequada. Há pessoas que até possuem conhecimento bíblico para ensinar, mas, usam linguagem vulgar e grosseira, que machuca os ouvintes. Ninguém gosta de ouvir pessoas que são grosseiras no falar e inconvenientes. Já vi muitos casos de pessoas que arrumaram confusão, por causa de palavras e exemplos usados durante a pregação. Púlpito não é lugar para indiretas, zombarias, ou piadas.

5. Extrapolação do horário. Via de regra, os cultos na Assembleia de Deus devem terminar às 21h00. Com os avisos, às vezes passam alguns minutos. Mas, alguns pastores quando estão pregando, esquecem do horário, principalmente, nos cultos de ensino, onde o tempo destinado à mensagem deve ser maior, por se tratar de ensino e ser necessário uma exposição mais abrangente. Ora, se precisam de mais tempo para ensinar, deveriam cantar menos, aproveitar mais o tempo e não extrapolar o horário do final culto. Já vi pastores estenderem a mensagem até às 21h40. Ora, se para de pregar às 21h40 ou mais e ainda vai dar avisos e orar, o culto irá terminar próximo das 22h00. Alguns irmãos moram longe, dependem de ônibus ou vão a pé e no dia seguinte, precisam acordar cedo. Sendo assim, preferem não ir ao culto a sair antes do término.

Conclusão

Precisamos ensinar a Palavra de Deus à Igreja e trazer de volta os crentes aos nossos cultos de ensino e à Escola Dominical. Para isso, precisamos nos preparar para ensinar, ser prudentes no falar e fazer bom uso do tempo. Um bom livro de homilética pode nos ajudar. 

Pense nisso!

Pb. Weliano Pires

27 dezembro 2018

Inesperado


Leitura Bíblica: Miquéias 5.2-5a

“Muitos são os planos no coração do homem, mas o que prevalece é o propósito do Senhor.”  (Pv 19.21).

Hoje em dia, é comum o parto ser algo planejado. Muitos fazem exames e acompanhamentos, e até marcam a data e o local do nascimento. Mas nem sempre tudo sai como esperado. Em um voo de Dubai às Filipinas, uma mulher deu à luz com a ajuda de funcionárias e passageiras que eram enfermeiras. Por isso, houve uma parada de emergência em uma cidade da Índia, para que a mãe e a bebê tivessem os devidos cuidados. Assim, por mais planejado que estivesse aquele parto, a forma e o local do nascimento acabaram sendo totalmente inesperados.

Esta história nos lembra outra, ocorrida há mais de dois mil anos. Maria, grávida de Jesus, e José tiveram de partir da Galiléia, onde viviam, para Belém, pois fora decretado que todos deveriam voltar à sua terra natal para que fosse contada a população. Ali, o imprevisto para o casal ocorreu: Maria entrou em trabalho de parto. A situação foi tão inesperada para eles que sequer encontraram um local apropriado para o nascimento do bebê.

No entanto, por mais repentina que pareça ter sido, essa situação não pegou todos de surpresa. No texto de hoje, Miquéias anuncia que a cidade de Belém receberia a honra de ser a cidade natal do Salvador prometido. Ele disse estas palavras enquanto atuou como profeta aproximadamente setecentos anos antes do nascimento de Jesus. José e Maria poderiam até mesmo não saber que Jesus nasceria em Belém, mas Deus sabia. Para ele nada ocorreu de forma inesperada. Pelo contrário, tudo fazia parte de seu plano de amor, a fim de que houvesse perdão a nós pecadores por meio da morte de Cristo na cruz. Da mesma forma, podemos contar com a ajuda de Deus em relação ao nosso futuro. Não sabemos o que nos espera, mas ele conhece o nosso amanhã. Por isso, entregue o seu futuro a Deus, siga as suas orientações e confie que os planos dele se cumprirão em sua vida.

Por mais inesperada que possa parecer determinada situação, tenha certeza de que Deus tem pleno controle sobre ela.

Fonte: www.transmundial.com.br/presente-diario

22 dezembro 2018

Por que a base de minha fé está nas Escrituras?


Prof. Paulo Cristiano da Silva

1- Porque Deus repetidamente nos advertiu a não acrescentar, nem diminuir e seguir fielmente sua Palavra. (Dt 4.2; Js 1.7-8; Ap 22.18-19; 2 Ts 3.14). Qualquer que contrarie esta solene orientação divina peca contra o Senhor Nosso Deus e denigre a Autoridade das Escrituras.

2- Porque Toda palavra de Deus é pura e não está aberta a acréscimos (Sl 12.6; 119.140; Pv 30.5-6) . Quem rejeita este princípio denigre a Suficiência da Palavra de Deus Escrita, fazendo de Deus mentiroso e maculando a revelação divina. Na medida em que o homem imperfeito acrescenta seus entendimentos não-inspirados naquilo que Deus perfeitamente inspirou, toda a pureza do ensino bíblico é corrompida.

3- Porque a Escritura, como única regra infalível de fé, é o padrão concedido por Deus à Sua igreja, tanto para que pudéssemos julgar os falsos mestres (1 Pd 3.1ss; Mt 7.15; At 20.29-30; Rm 16.17; 1 Tm 4.1; 1 Jo 4.1; Ap 2.2), como também, para que pudéssemos reconhecer a autoridade legítima conferida aos pastores do rebanho do Senhor na Terra (Ef 4.11; 1 Pd 5.1ss; Hb 13.17). De modo que, caso a revelação da Palavra de Deus nos dias atuais ultrapassasse o ensino bíblico, estaria aberto um fortíssimo precedente para que os apóstatas dos tempos pós-apostólicos impusessem dogmas anti-bíblicos como se fossem verdadeiros ou, até mesmo, formulassem para si novas revelações extra-bíblicas, como se fossem divinas, sem que pudessem sequer ser questionados.

Este é um exemplo da importância da Escritura na Igreja, no que tange ao exercício do seu governo. É uma prova de que a Igreja necessita de uma regra infalível como padrão da verdade, e que esta regra não pode ser ela própria. Este é o papel normativo que a Escritura exerce, como forma autoritativa e final da verdade divina aos homens (Êx 34.27; Dt 29.29; 2 Rs 22.10-13; Is 8.20; Ap 1.3). Os apóstolos e profetas lançaram o fundamento da Igreja Cristã (Ef 2.20), de modo que, embora ausentes, ainda podemos construir o nosso viver nos ensinos registrados infalivelmente nas Escrituras Sagradas. A Escritura é, portanto, o único padrão infalível para a verdade espiritual, revelando tudo o que devemos crer para nossa salvação, fé e vida cristã, anunciando tudo o que Deus requer de nós.

No entanto, é necessário esclarecermos que isto não é uma negação à autoridade da Igreja de Deus e está muito longe de ser. Antes, isto consiste [apenas] em um reconhecimento prático de que a autoridade da igreja só pode ser absoluta quando é pronunciada biblicamente (cf. Is 8.20), ou seja, apoiada na infalibilidade das Escrituras. É o reconhecimento verdadeiro de que o Juiz Supremo pelo qual todas as controvérsias religiosas (Mt 22.29,31) e pelo qual a Igreja deve se orientar (At 15.15), e todas as opiniões particulares (Sl 19.7-8; 119.105; 1 Co 4.6; 2 Ts 3.14), e em cuja sentença devemos nos firmar não pode ser outro senão o Espírito Santo falando na Escritura (At 28.25; cf. Hb 3.7ss; 10.15-16).

4- Porque nenhum dos doze apóstolos originais está vivo; mas a palavra de Deus escrita é viva e eficaz (Hb 4.12). Antes, quando ainda estavam vivos, os apóstolos foram guiados pelo Espírito Santo (Jo 14.26; 16.13) e escreveram tendo em vista a manutenção da doutrina (Fp 3.1; 2 Pd 1.15; 3.1-2).

Os inimigos do Sola Scriptura perdem muito tempo falando acerca da existência da tradição nos tempos apostólicos, algo que não negamos e jamais o fizemos (em relação à igreja iniciante, antes do fechamento do cânon), se esquecendo de falar daquilo que realmente precisam provar. Os inimigos da bíblia parecem não compreender que a questão não é se os ensinos orais deviam ser obedecidos pelos cristãos, mas é onde estes ensinos foram infalivelmente preservados para nós! Sendo assim, eles não precisam nos mostrar que a tradição oral apostólica existiu (porque isso nós já sabemos), mas precisam demonstrar que os apóstolos ensinaram que as suas instruções orais seriam necessárias para suplementar as Escrituras para a igreja no decurso das épocas, e que esta mensagem pregada oralmente é diferente daquela que está presente em todo o conjunto das Escrituras (por seus mais diversos autores e não só por um autor ou uma epístola), de modo que a bíblia não contenha sequer o suficiente para a fé e a prática cristã, ao contrário do que ela mesma declara em 2 Tm 3.15-17- e que haja evidências bíblicas que estes ensinos pregados pelos inimigos do Sola Scriptura são os mesmos que apóstolos fizeram referência. Isto eles realmente não podem nos mostrar, porque, de fato, nenhum dos apóstolos ensinou isto, e nem a Bíblia como um todo nos ensina.

Quando converso com um dos inimigos do Sola Scriptura eu tenho o costume de pedí-los: “Já que você insiste nisto. Faça-me um favor: Chame aqui o Apóstolo Paulo para que ele nos tire esta dúvida”. Digo isto porque, não havendo mais apóstolos em nossos dias, as Escrituras são a única fonte de fé segura e infalível para que possamos determinar o que é de fato apostólico e perseverar na doutrina dos apóstolos (At 2.42), tal como fazia a igreja primitiva. A lógica é: Se não ouvimos atualmente os Apóstolos pregando oralmente e temos seus escritos bíblicos, logo, temos contato com a doutrina dos apóstolos atualmente Só pela mensagem que a Bíblia nos transmite.

Por outro lado, é bom que se diga que, ainda que um anjo vindo do céu ou qualquer que reivindicasse ser apóstolo, se nos pregasse uma mensagem diferente ou que fosse além do que hoje podemos encontrar na Bíblia (e, com certeza, nenhum dos apóstolos o faria, porque há somente um Evangelho, que está contido inteiramente nas Escrituras, cf. 1 Co 15.3,4; 2 Tm 3.15), estaríamos autorizados a rejeitar tal ensino, por Gálatas 1.8. 5- Porque “tudo quanto, outrora, foi escrito para o nosso ensino foi escrito” (Rm 15.4). Sendo a Bíblia a única fonte perfeita, fiel, reta e pura (Sl 19.7-8), devemos aprender “a não ir além do que está escrito” (1 Co 4.6, um princípio muito semelhante a Dt 29.29).

O apóstolo Pedro, sabendo que sua morte se aproximara, conforme lhe fora revelado (2 Pd 1.14), fez questão de escrever aos cristãos (2 Pd 1.15; 3.1), buscando firmá-los na revelação que já havia sido dada (2 Pd 3.2), orientando-lhes a se apegarem à verdade das Escrituras (2 Pd 1.19-21) e se acautelarem com os falsos profetas que viriam (2 Pd 2.1). Porém, nada disso Pedro necessitaria fazer, se ele sequer imaginasse que haveria sucessores em sua missão apostólica, que gozariam de uma infalibilidade. Tudo isto seria uma perda de tempo, se Pedro houvesse ensinado àquelas comunidades cristãs a seguirem incondicionalmente um “sucessor” infalível ou uma hierarquia situada em determinada cidade (como Roma, Antioquia, Alexandria, Jerusalém, etc). Se Pedro escreveu o seu ensino para que as futuras gerações lembrassem (2 Pd 1.13-15; 3.1-2), como nós lembramos atualmente do que os apóstolos ensinaram? Será escutando a Roma? Será lendo o que dizem os denominados “pais da Igreja”? Será lendo bulas e decretos papais? Não! Lendo o Novo Testamento, escrito pelos próprios apóstolos!

Os opositores do Sola Scriptura caem em contradição quando citam a existência da tradição apostólica, nas igrejas dos tempos apostólicos – algo que jamais negamos-, usando alguns textos da Escritura, como 2 Ts 2.15. Eles argumentam que suas tradições não são tradições meramente humanas (como aquelas que o Senhor Jesus condenou em Mt 15.1-3,9 e em Mc 7.5-13), mas são aquelas tradições que o apóstolo faz menção positivamente. Porém, eles se equivocam porque falta-lhes um princípio básico: Como poderíamos determinar nos dias atuais se uma tradição é apostólica ou meramente humana? A resposta simples a esta questão é por demais óbvia: Só podemos determinar pelas Escrituras! Ou, em outras palavras: Sola Scriptura! Esta é uma lógica irrefutável da qual os inimigos da bíblia não podem fugir, sob pena de serem anatematizados por Paulo, mediante as palavras de Gálatas 1.8, por estarem pregando um outro evangelho. Aliás, a própria incapacidade de se estabelecer um elo histórico para estas tradições, traçada desde os apóstolos, prova a natureza espúria das reivindicações dos opositores do Sola Scriptura.

6- Porque a bíblia é a “palavra da verdade” (2 Tm 2.15) pela qual nós fomos gerados para que fôssemos como que primícias das criaturas de Deus (Tg 1.18). Pela pregação dela recebemos a fé (Rm 10.17), como o fim da fé é a salvação do crente (1 Pd 1.9; cf. Jo 20.31; Ef 2.8-9) e “as sagradas letras podem nos fazer sábios para a salvação pela fé em Cristo Jesus” (cf. 2 Tm 3.15), logo, ela é plenamente suficiente para nos transmitir a verdade salvadora (cf. Jo 20.31).

Alguns inimigos do Sola Scritptura gostam de dar tiro em espantalho quando citam passagens como João 21.25, que diz que nem tudo aquilo que Jesus fez está escrito na bíblia. Ora, quem disse que negamos isto? Dizer que algo é suficiente não significa dizer que algo contém todas coisas e sobre tudo, mas é dizer que de todas as coisas e sobre tudo temos tudo aquilo que nos é necessário. No caso em que se está tratado, aquilo que é suficiente para a fé e a prática cristã (2 Tm 3.15-17). João, ao dizer que nem tudo o que Jesus fez está na bíblia, de modo algum anula o Sola Scriptura. Do contrário os inimigos da bíblia e do Sola Scriptura seriam obrigados a nos trazer todos os sermões do Senhor Jesus e de Paulo pelas suas “tradições”, sob pena de rejeitarmos as tais “tradições” por serem desgraçadamente “incompletas”!

Além do mais, temos boas razões para crermos na Suficiência da Bíblia. Afinal, se Deus preservou tudo aquilo que foi de Sua vontade e entendeu ser necessário para o nosso conhecimento acerca da revelação veterotestamentária (Rm 15.4; 1 Co 10.11), fazendo chegar os ensinos orais à forma escrita, a qual foi citada por Jesus como algo completado (cf. Lc 16.16; 24.44; Mt 7.12), o peso de provar que Deus rescindiu desses padrões cai sobre os inimigos do Sola Scriptura, e não sobre nós.

7- Porque a messianidade de Cristo é baseada nas Escrituras (Lc 24.27; At 13.27-41; At 18.28; Rm 1.2) e a Suprema Autoridade das Escrituras foi provada por Jesus (Jo 5.45-47.10.35). Em Atos 17.10-12, com efeito, os bereanos foram considerados mais nobres porque, após ouvirem a pregação, iam conferir nas Escrituras para ver se as coisas eram de fato assim. Três pontos nos chamam à atenção neste caso que a bíblia nos relata.
Primeiro, para os bereanos (que foram considerados pelo autor inspirado como mais nobres), a Autoridade Final estava nas Escrituras. Eles fizeram muitíssimo bem em receber as palavras dos mensageiros de Cristo, mas fizeram ainda melhor em verificar se a doutrina [na qual estavam sendo ensinados] era de acordo com a Palavra de Deus.

Segundo, este caso nos mostra que cada cristão deve se submeter aos pastores que Cristo deu à Igreja, na medida em que estes sejam fiéis às Sagradas Escrituras (isto é um princípio bíblico de autoridade, cuja importância já vimos no item 3). Isto evidencia de modo inequívoco que o ensino oral dos apóstolos podia ser testado pelas Escrituras, tornando, assim, inválidos os argumentos dos grupos religiosos que advogam em favor de tradições que jamais podem passar pelo crivo das Escrituras.

Terceiro, este caso nos mostra que a Palavra de Deus é auto-autenticável, porque eles já tinham as Escrituras (ainda que não na sua totalidade como na nossa Bíblia) às quais eles podiam apelar e as reconheciam como Palavra de Deus- e isto antes de qualquer concílio decretá-las. O mesmo ocorre com o povo cristão em relação aos escritos neo-testamentários, conforme Jo 10.14,27, até porque, seria um terrível menosprezo à Soberania do Senhor Deus afirmar que a Sua Palavra necessita ser confirmada pelo homem para ser verdadeira ou considerada como tal (veja Hb 6.13). Do contrário, se a Palavra do Senhor só pudesse ser crida como palavra verdadeiramente divina mediante um testemunho humano, como creríamos em Gênesis 1, onde Deus relata dias da criação anteriores à criação do homem? Isto é a prova da Auto-Suficiência da Autoridade divina, devidamente expressa na auto-autentificação de Sua Palavra, garantida por Sua providência e preservação.

Uma prova inconteste desta providência divina é que o Antigo Testamento foi preservado, mediante a Soberania Divina, apesar da falibilidade dos líderes judeus (Mt 15.1-4; 22.29-32; Lc 11.39-52) e de Israel, como nação. Por que, então, seríamos levados a crer que Deus falharia na preservação do Novo Testamento, que é o esplendor da revelação divina ao homem (2 Co 3.6-18; Ef 3.1-7; Hb 1.2)? Cremos, no entanto, que o Cânon bíblico é resultado da ação soberana de Deus, “que faz todas as coisas segundo o conselho de sua vontade”(cf. Ef 1.11). Por analogia, João Batista não tornou Jesus o Cristo por ter confessado que Ele o era, mas meramente reconheceu sua condição gloriosa de Cristo. Assim também, posteriormente, a Igreja Cristã não fez a Bíblia ser inspirada e nem a tornou Palavra de Deus, mas meramente reconheceu o cânon, como as ovelhas reconhecem a voz do seu Pastor (v. Jo 10.4,16).8- Porque freqüentemente, quando uma controvérsia doutrinária era estabelecida, Jesus Cristo apelava para as Sagradas Escrituras (Mt 22.29, “Errais não conhecendo as Escrituras…”; Mc 12.10,24). E Ele mesmo nos deu exemplo ao resistir e refutar a todo erro com a Palavra de Deus, exatamente como Jesus fez com Satanás (Mt 4.4,7,10, “Está escrito”…”também está escrito”… “porque está escrito”). Jesus estava nos ensinando a nunca nos afastarmos daquilo que as Santas Escrituras nos ensinam, para que assim não viéssemos a crer no erro, cair nas ciladas de Satanás ou aceitar suas mentiras. Com efeito, todos os cristãos devem agir assim (Ef 6.17), pois todos os verdadeiros servos de Deus estimam de maneira especial a Palavra (Sl 119.140; Jo 14.23; Jo 10.27) e, através do conhecimento da Bíblia, evitam pecar contra o seu Deus (Sl 119.11; Jo 10.27).

9- Porque à verdade de Deus, revelada em Sua palavra (v. Jo 17.17; Sl 119.142,167), não se pode comparar às opiniões dos homens (Nm 23.19; Rm 3.4; 1 Jo 5.9a) ou tradições humanas que surgem no meio do povo de Deus (Mt 15.3ss; Mc 7.7-9; Cl 2.8), visto que todos os homens são passíveis de erro (Sl 116.11) e “mais leves que a vaidade” (Sl 62.9).

Por isso rejeitamos tudo que não está de acordo com esta regra infalível (Is 8.20; Gl 1.8; At 17.11; At 24.14; Sl 119.105), a saber, a Sagrada Escritura inspirada (2 Tm 3.16), conforme os apóstolos nos ensinaram: “Provai os espíritos se procedem de Deus” (l Jo 4.1). E: “Se alguém vem ter convosco e não traz esta doutrina, não o recebais em casa” (2 Jo 10).

10- Porque “o que Deus diz, a Escritura diz”! A Suprema Autoridade das Escrituras fica evidentea o analisamos as citações e as fórmulas utilizadas pelos escritores neo-testamentários ao mencionarem as Escrituras: “Deus diz”, “O Espírito Santo diz”, e tantas outras (cf.At 3.24, 25; 2 Co 6.16; At 1.16). Percebe-se, por tais fórmulas, que “O que Deus diz” e “o que as Escrituras dizem” é exatamente [e sempre] a mesma coisa. Daí o porquê de algumas vezes a Escritura ser mencionada de forma personificada, tal como Deus falando por si mesmo (Gl 3.8; Rm 9.17). E é por isso que a Escritura é autoritativa (2 Pd 1.19-21)! O “Assim diz o Senhor”, que confirma nossa fé, bem por esse motivo que expomos, só encontramos nas Escrituras.

Conclusão

Os cristãos evangélicos não aderem ao Sola Scriptura por acaso, mas porque assim são orientados pelo ensino bíblico da Suprema Autoridade das Escrituras. De fato, temos boas razões bíblicas para aceitarmos tal posicionamento doutrinário, sem termos, por outro lado, nenhum motivo razoável para o negarmos. Nas Escrituras, as igrejas cristãs podem encontrar uma fonte segura para se firmarem na doutrina dos apóstolos, um guia infalível e suficiente para todas as questões espirituais.

A aplicação correta de Sola Scriptura previne aos cristãos de apoiarem sua fé na sabedoria e tradição dos homens, serem levados por quaisquer ventos de doutrina e seguirem falsos profetas, ainda que sob pretextos de infalibilidade por parte de alguns falsos mestres. Sola Scriptura serve ao mesmo tempo de âncora da verdade para os crentes a fim de firmá-los na sã doutrina e de uma bússola pela qual todos os cristãos podem conhecer a direção de Deus para suas vidas.

Sola Scriptura oferece ao cristão uma segurança fiel e verdadeira que os hereges, que rejeitam tal princípio, jamais poderão oferecer. Os opositores do Sola Scriptura nunca podem ter a certeza de que aquilo que eles crêem foi de fato ensinado pelos apóstolos do Senhor. Aliás, o próprio conceito de apostolocidade da fé cristã e da Igreja pressupõe sola scriptura (cf. 5). Haja visto que, enquanto nenhum de nós ouve atualmente as pregações dos apóstolos de viva voz, todos encontramos seus ensinos infalivelmente registrados e inspirados somente nas Escrituras; o que torna, inequivocamente e irrefutavelmente, Sola Scriptura a única alternativa viável para seguirmos fielmente a doutrina apostólica, sem perigos de ultrapassá-la, mesmo quando estamos vivendo tempos de grande apostasia.

Desejando manter-me fiel à palavra de Cristo e aos ensinos dos seus santos apóstolos, sob inspiração do Espírito Santo, busco basear a minha fé nas Escrituras. Como o povo de Deus tem dito, digo também eu: Sola Scriptura!

OS MEIOS DA OBRA REGENERADORA

(Comentário do 3º tópico da lição 2: O Novo Nascimento) Ev. WELIANO PIRES No terceiro tópico, falaremos dos meios para que a obra regenerado...