Subsídio da Revista Ensinador Cristão / CPAD
Nesta lição, veremos a promessa acerca do Espírito Santo como o Consolador que seria enviado a estar com os discípulos após a ascensão de Cristo. Veremos também que este mesmo Espírito operaria na conversão do pecador, convencendo-o a respeito do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8). O Espírito Santo também capacita o crente com o revestimento de poder do Alto. Nesse sentido, o evento do Dia de Pentecostes corrobora com o início dos trabalhos realizados pela Igreja, conforme está registrado no livro de Atos dos Apóstolos (2-3). A promessa do Espírito Santo, feita pelo Pai e anunciada por Jesus, descreve a vinda de uma outra pessoa que estaria continuamente com os discípulos todos os dias. No Evangelho de João, essa pessoa recebe o título de Consolador (Jo 14.16, título que evidencia a tarefa do Espírito na vida do crente.
De acordo com Stanley M. Horton, na obra Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal (CPAD), “O Espírito Santo, dentro de nós, começa a esclarecer as crenças incompletas e errôneas sobre Deus, sua obra, seus propósitos, sua Palavra, o mundo, crenças estas que trazemos conosco ao iniciarmos nosso relacionamento com Deus. Conforme as palavras de Paulo, é uma obra vitalícia, jamais completada neste lado da eternidade (1Co 13.12). Claro está que a obra do Espírito Santo é mais que nos consolar em nossas tristezas; Ele também nos leva à vitória sobre o pecado e sobre a tristeza. O Espírito Santo habita em nós para completar a transformação que iniciou no momento de nossa salvação. Jesus veio para nos salvar dos nossos pecados, e não dentro deles. Ele veio não somente para nos salvar do inferno no além. Veio também para nos salvar do inferno nesta vida terrena — o inferno que criamos com os nossos pecados. Jesus trabalha para realizar essa obra por intermédio do Espírito Santo” (1996, pp.397,398).
A obra consoladora do Espírito Santo não se resume a encorajar em momentos de tristeza, mas também a ensinar verdades profundas acerca da fé em Deus nas adversidades. O controle do Espírito Santo sobre a jornada do crente nesta vida terrena está atrelado aos propósitos divinos. Deus não apenas acompanha, mas ensina, adverte e fortalece o crente para o cumprimento da missão para qual o chama a cumprir. Que possamos compreender que a promessa do Espírito não tem a finalidade de preencher nossas necessidades emocionais, embora o Espírito nos conforte em todos os momentos, mas diz respeito a capacitar-nos para o exercício pleno do ministério cristão (2Co 1.4).
Revista Ensinador Cristão. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2025, Ed. 101, p.41.
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