Prof. Paulo Cristiano da Silva
1- Porque Deus repetidamente nos
advertiu a não acrescentar, nem diminuir e seguir fielmente sua Palavra. (Dt 4.2; Js 1.7-8; Ap 22.18-19; 2 Ts 3.14).
Qualquer que contrarie esta solene orientação divina peca contra o Senhor Nosso
Deus e denigre a Autoridade das Escrituras.
2- Porque Toda palavra de Deus é
pura e não está aberta a acréscimos (Sl 12.6; 119.140; Pv 30.5-6) . Quem rejeita este princípio denigre a
Suficiência da Palavra de Deus Escrita, fazendo de Deus mentiroso e maculando a
revelação divina. Na medida em que o homem imperfeito acrescenta seus
entendimentos não-inspirados naquilo que Deus perfeitamente inspirou, toda a
pureza do ensino bíblico é corrompida.
3- Porque a Escritura, como única
regra infalível de fé, é o padrão concedido por Deus à Sua igreja, tanto
para que pudéssemos julgar os falsos mestres (1 Pd 3.1ss; Mt 7.15; At 20.29-30;
Rm 16.17; 1 Tm 4.1; 1 Jo 4.1; Ap 2.2), como também, para que pudéssemos
reconhecer a autoridade legítima conferida aos pastores do rebanho do Senhor na
Terra (Ef 4.11; 1 Pd 5.1ss; Hb 13.17). De modo que, caso a revelação da Palavra
de Deus nos dias atuais ultrapassasse o ensino bíblico, estaria aberto um
fortíssimo precedente para que os apóstatas dos tempos pós-apostólicos
impusessem dogmas anti-bíblicos como se fossem verdadeiros ou, até mesmo,
formulassem para si novas revelações extra-bíblicas, como se fossem divinas,
sem que pudessem sequer ser questionados.
Este é um exemplo da importância da Escritura na Igreja, no que tange ao
exercício do seu governo. É uma prova de que a Igreja necessita de uma regra
infalível como padrão da verdade, e que esta regra não pode ser ela própria.
Este é o papel normativo que a Escritura exerce, como forma autoritativa e
final da verdade divina aos homens (Êx 34.27; Dt 29.29; 2 Rs 22.10-13; Is 8.20;
Ap 1.3). Os apóstolos e profetas lançaram o fundamento da Igreja Cristã (Ef
2.20), de modo que, embora ausentes, ainda podemos construir o nosso viver nos
ensinos registrados infalivelmente nas Escrituras Sagradas. A Escritura é,
portanto, o único padrão infalível para a verdade espiritual, revelando tudo o
que devemos crer para nossa salvação, fé e vida cristã, anunciando tudo o que
Deus requer de nós.
No entanto, é necessário esclarecermos que isto não é uma negação à
autoridade da Igreja de Deus e está muito longe de ser. Antes, isto consiste
[apenas] em um reconhecimento prático de que a autoridade da igreja só pode ser
absoluta quando é pronunciada biblicamente (cf. Is 8.20), ou seja, apoiada na
infalibilidade das Escrituras. É o reconhecimento verdadeiro de que o Juiz
Supremo pelo qual todas as controvérsias religiosas (Mt 22.29,31) e pelo qual a
Igreja deve se orientar (At 15.15), e todas as opiniões particulares (Sl
19.7-8; 119.105; 1 Co 4.6; 2 Ts 3.14), e em cuja sentença devemos nos firmar
não pode ser outro senão o Espírito Santo falando na Escritura (At 28.25; cf.
Hb 3.7ss; 10.15-16).
4- Porque nenhum dos doze
apóstolos originais está vivo; mas a palavra de Deus escrita é viva e eficaz (Hb 4.12). Antes, quando ainda estavam vivos,
os apóstolos foram guiados pelo Espírito Santo (Jo 14.26; 16.13) e escreveram
tendo em vista a manutenção da doutrina (Fp 3.1; 2 Pd 1.15; 3.1-2).
Os inimigos do Sola Scriptura perdem muito tempo falando acerca da
existência da tradição nos tempos apostólicos, algo que não negamos e jamais o
fizemos (em relação à igreja iniciante, antes do fechamento do cânon), se esquecendo
de falar daquilo que realmente precisam provar. Os inimigos da bíblia parecem
não compreender que a questão não é se os ensinos orais deviam ser obedecidos
pelos cristãos, mas é onde estes ensinos foram infalivelmente preservados para
nós! Sendo assim, eles não precisam nos mostrar que a tradição oral apostólica
existiu (porque isso nós já sabemos), mas precisam demonstrar que os apóstolos
ensinaram que as suas instruções orais seriam necessárias para suplementar as
Escrituras para a igreja no decurso das épocas, e que esta mensagem pregada
oralmente é diferente daquela que está presente em todo o conjunto das
Escrituras (por seus mais diversos autores e não só por um autor ou uma
epístola), de modo que a bíblia não contenha sequer o suficiente para a fé e a
prática cristã, ao contrário do que ela mesma declara em 2 Tm 3.15-17- e que
haja evidências bíblicas que estes ensinos pregados pelos inimigos do Sola
Scriptura são os mesmos que apóstolos fizeram referência. Isto eles realmente
não podem nos mostrar, porque, de fato, nenhum dos apóstolos ensinou isto, e
nem a Bíblia como um todo nos ensina.
Quando converso com um dos inimigos do Sola Scriptura eu tenho o costume
de pedí-los: “Já que você insiste nisto. Faça-me um favor: Chame aqui o
Apóstolo Paulo para que ele nos tire esta dúvida”. Digo isto porque, não
havendo mais apóstolos em nossos dias, as Escrituras são a única fonte de fé
segura e infalível para que possamos determinar o que é de fato apostólico e
perseverar na doutrina dos apóstolos (At 2.42), tal como fazia a igreja
primitiva. A lógica é: Se não ouvimos atualmente os Apóstolos pregando
oralmente e temos seus escritos bíblicos, logo, temos contato com a doutrina
dos apóstolos atualmente Só pela mensagem que a Bíblia nos transmite.
Por outro lado, é bom que se diga que, ainda que um anjo vindo do céu ou
qualquer que reivindicasse ser apóstolo, se nos pregasse uma mensagem diferente
ou que fosse além do que hoje podemos encontrar na Bíblia (e, com certeza,
nenhum dos apóstolos o faria, porque há somente um Evangelho, que está contido
inteiramente nas Escrituras, cf. 1 Co 15.3,4; 2 Tm 3.15), estaríamos
autorizados a rejeitar tal ensino, por Gálatas 1.8. 5- Porque “tudo quanto,
outrora, foi escrito para o nosso ensino foi escrito” (Rm 15.4). Sendo a Bíblia
a única fonte perfeita, fiel, reta e pura (Sl 19.7-8), devemos aprender “a não
ir além do que está escrito” (1 Co 4.6, um princípio muito semelhante a Dt
29.29).
O apóstolo Pedro, sabendo que sua morte se aproximara, conforme lhe fora
revelado (2 Pd 1.14), fez questão de escrever aos cristãos (2 Pd 1.15; 3.1),
buscando firmá-los na revelação que já havia sido dada (2 Pd 3.2),
orientando-lhes a se apegarem à verdade das Escrituras (2 Pd 1.19-21) e se
acautelarem com os falsos profetas que viriam (2 Pd 2.1). Porém, nada disso
Pedro necessitaria fazer, se ele sequer imaginasse que haveria sucessores em
sua missão apostólica, que gozariam de uma infalibilidade. Tudo isto seria uma
perda de tempo, se Pedro houvesse ensinado àquelas comunidades cristãs a
seguirem incondicionalmente um “sucessor” infalível ou uma hierarquia situada
em determinada cidade (como Roma, Antioquia, Alexandria, Jerusalém, etc). Se
Pedro escreveu o seu ensino para que as futuras gerações lembrassem (2 Pd
1.13-15; 3.1-2), como nós lembramos atualmente do que os apóstolos ensinaram?
Será escutando a Roma? Será lendo o que dizem os denominados “pais da Igreja”?
Será lendo bulas e decretos papais? Não! Lendo o Novo Testamento, escrito pelos
próprios apóstolos!
Os opositores do Sola Scriptura caem em contradição quando citam a
existência da tradição apostólica, nas igrejas dos tempos apostólicos – algo
que jamais negamos-, usando alguns textos da Escritura, como 2 Ts 2.15. Eles
argumentam que suas tradições não são tradições meramente humanas (como aquelas
que o Senhor Jesus condenou em Mt 15.1-3,9 e em Mc 7.5-13), mas são aquelas
tradições que o apóstolo faz menção positivamente. Porém, eles se equivocam
porque falta-lhes um princípio básico: Como poderíamos determinar nos dias
atuais se uma tradição é apostólica ou meramente humana? A resposta simples a
esta questão é por demais óbvia: Só podemos determinar pelas Escrituras! Ou, em
outras palavras: Sola Scriptura! Esta é uma lógica irrefutável da qual os
inimigos da bíblia não podem fugir, sob pena de serem anatematizados por Paulo,
mediante as palavras de Gálatas 1.8, por estarem pregando um outro evangelho.
Aliás, a própria incapacidade de se estabelecer um elo histórico para estas
tradições, traçada desde os apóstolos, prova a natureza espúria das
reivindicações dos opositores do Sola Scriptura.
6- Porque a bíblia é a “palavra
da verdade” (2 Tm 2.15) pela qual nós fomos gerados para que fôssemos como que
primícias das criaturas de Deus
(Tg 1.18). Pela pregação dela recebemos a fé (Rm 10.17), como o fim da fé é a
salvação do crente (1 Pd 1.9; cf. Jo 20.31; Ef 2.8-9) e “as sagradas letras
podem nos fazer sábios para a salvação pela fé em Cristo Jesus” (cf. 2 Tm
3.15), logo, ela é plenamente suficiente para nos transmitir a verdade
salvadora (cf. Jo 20.31).
Alguns inimigos do Sola Scritptura gostam de dar tiro em espantalho
quando citam passagens como João 21.25, que diz que nem tudo aquilo que Jesus
fez está escrito na bíblia. Ora, quem disse que negamos isto? Dizer que algo é
suficiente não significa dizer que algo contém todas coisas e sobre tudo, mas é
dizer que de todas as coisas e sobre tudo temos tudo aquilo que nos é
necessário. No caso em que se está tratado, aquilo que é suficiente para a fé e
a prática cristã (2 Tm 3.15-17). João, ao dizer que nem tudo o que Jesus fez
está na bíblia, de modo algum anula o Sola Scriptura. Do contrário os inimigos
da bíblia e do Sola Scriptura seriam obrigados a nos trazer todos os sermões do
Senhor Jesus e de Paulo pelas suas “tradições”, sob pena de rejeitarmos as tais
“tradições” por serem desgraçadamente “incompletas”!
Além do mais, temos boas razões para crermos na Suficiência da Bíblia.
Afinal, se Deus preservou tudo aquilo que foi de Sua vontade e entendeu ser
necessário para o nosso conhecimento acerca da revelação veterotestamentária
(Rm 15.4; 1 Co 10.11), fazendo chegar os ensinos orais à forma escrita, a qual
foi citada por Jesus como algo completado (cf. Lc 16.16; 24.44; Mt 7.12), o
peso de provar que Deus rescindiu desses padrões cai sobre os inimigos do Sola
Scriptura, e não sobre nós.
7- Porque a messianidade de
Cristo é baseada nas Escrituras
(Lc 24.27; At 13.27-41; At 18.28; Rm 1.2) e a Suprema Autoridade das Escrituras
foi provada por Jesus (Jo 5.45-47.10.35). Em Atos 17.10-12, com efeito, os
bereanos foram considerados mais nobres porque, após ouvirem a pregação, iam
conferir nas Escrituras para ver se as coisas eram de fato assim. Três pontos
nos chamam à atenção neste caso que a bíblia nos relata.
Primeiro, para os bereanos (que foram considerados pelo autor inspirado
como mais nobres), a Autoridade Final estava nas Escrituras. Eles fizeram
muitíssimo bem em receber as palavras dos mensageiros de Cristo, mas fizeram
ainda melhor em verificar se a doutrina [na qual estavam sendo ensinados] era
de acordo com a Palavra de Deus.
Segundo, este caso nos mostra que cada cristão deve se submeter aos
pastores que Cristo deu à Igreja, na medida em que estes sejam fiéis às
Sagradas Escrituras (isto é um princípio bíblico de autoridade, cuja
importância já vimos no item 3). Isto evidencia de modo inequívoco que o ensino
oral dos apóstolos podia ser testado pelas Escrituras, tornando, assim,
inválidos os argumentos dos grupos religiosos que advogam em favor de tradições
que jamais podem passar pelo crivo das Escrituras.
Terceiro, este caso nos mostra que a Palavra de Deus é auto-autenticável,
porque eles já tinham as Escrituras (ainda que não na sua totalidade como na
nossa Bíblia) às quais eles podiam apelar e as reconheciam como Palavra de
Deus- e isto antes de qualquer concílio decretá-las. O mesmo ocorre com o povo
cristão em relação aos escritos neo-testamentários, conforme Jo 10.14,27, até
porque, seria um terrível menosprezo à Soberania do Senhor Deus afirmar que a
Sua Palavra necessita ser confirmada pelo homem para ser verdadeira ou
considerada como tal (veja Hb 6.13). Do contrário, se a Palavra do Senhor só
pudesse ser crida como palavra verdadeiramente divina mediante um testemunho
humano, como creríamos em Gênesis 1, onde Deus relata dias da criação
anteriores à criação do homem? Isto é a prova da Auto-Suficiência da Autoridade
divina, devidamente expressa na auto-autentificação de Sua Palavra, garantida
por Sua providência e preservação.
Uma prova inconteste desta providência divina é que o Antigo Testamento
foi preservado, mediante a Soberania Divina, apesar da falibilidade dos líderes
judeus (Mt 15.1-4; 22.29-32; Lc 11.39-52) e de Israel, como nação. Por que,
então, seríamos levados a crer que Deus falharia na preservação do Novo
Testamento, que é o esplendor da revelação divina ao homem (2 Co 3.6-18; Ef
3.1-7; Hb 1.2)? Cremos, no entanto, que o Cânon bíblico é resultado da ação
soberana de Deus, “que faz todas as coisas segundo o conselho de sua
vontade”(cf. Ef 1.11). Por analogia, João Batista não tornou Jesus o Cristo por
ter confessado que Ele o era, mas meramente reconheceu sua condição gloriosa de
Cristo. Assim também, posteriormente, a Igreja Cristã não fez a Bíblia ser
inspirada e nem a tornou Palavra de Deus, mas meramente reconheceu o cânon,
como as ovelhas reconhecem a voz do seu Pastor (v. Jo 10.4,16).8- Porque freqüentemente,
quando uma controvérsia doutrinária era estabelecida, Jesus Cristo apelava para
as Sagradas Escrituras (Mt 22.29, “Errais não conhecendo as Escrituras…”; Mc
12.10,24). E Ele mesmo nos deu exemplo ao resistir e refutar a todo erro com a
Palavra de Deus, exatamente como Jesus fez com Satanás (Mt 4.4,7,10, “Está
escrito”…”também está escrito”… “porque está escrito”). Jesus estava nos
ensinando a nunca nos afastarmos daquilo que as Santas Escrituras nos ensinam,
para que assim não viéssemos a crer no erro, cair nas ciladas de Satanás ou
aceitar suas mentiras. Com efeito, todos os cristãos devem agir assim (Ef
6.17), pois todos os verdadeiros servos de Deus estimam de maneira especial a
Palavra (Sl 119.140; Jo 14.23; Jo 10.27) e, através do conhecimento da Bíblia,
evitam pecar contra o seu Deus (Sl 119.11; Jo 10.27).
9- Porque à verdade de Deus,
revelada em Sua palavra (v.
Jo 17.17; Sl 119.142,167), não se pode comparar às opiniões dos homens (Nm
23.19; Rm 3.4; 1 Jo 5.9a) ou tradições humanas que surgem no meio do povo de
Deus (Mt 15.3ss; Mc 7.7-9; Cl 2.8), visto que todos os homens são passíveis de
erro (Sl 116.11) e “mais leves que a vaidade” (Sl 62.9).
Por isso rejeitamos tudo que não está de acordo com esta regra infalível
(Is 8.20; Gl 1.8; At 17.11; At 24.14; Sl 119.105), a saber, a Sagrada Escritura
inspirada (2 Tm 3.16), conforme os apóstolos nos ensinaram: “Provai os
espíritos se procedem de Deus” (l Jo 4.1). E: “Se alguém vem ter convosco e não
traz esta doutrina, não o recebais em casa” (2 Jo 10).
10- Porque “o que Deus diz, a
Escritura diz”! A Suprema
Autoridade das Escrituras fica evidentea o analisamos as citações e as fórmulas
utilizadas pelos escritores neo-testamentários ao mencionarem as Escrituras:
“Deus diz”, “O Espírito Santo diz”, e tantas outras (cf.At 3.24, 25; 2 Co 6.16;
At 1.16). Percebe-se, por tais fórmulas, que “O que Deus diz” e “o que as
Escrituras dizem” é exatamente [e sempre] a mesma coisa. Daí o porquê de
algumas vezes a Escritura ser mencionada de forma personificada, tal como Deus
falando por si mesmo (Gl 3.8; Rm 9.17). E é por isso que a Escritura é
autoritativa (2 Pd 1.19-21)! O “Assim diz o Senhor”, que confirma nossa fé, bem
por esse motivo que expomos, só encontramos nas Escrituras.
Conclusão
Os cristãos evangélicos não aderem ao Sola Scriptura por acaso, mas
porque assim são orientados pelo ensino bíblico da Suprema Autoridade das
Escrituras. De fato, temos boas razões bíblicas para aceitarmos tal
posicionamento doutrinário, sem termos, por outro lado, nenhum motivo razoável
para o negarmos. Nas Escrituras, as igrejas cristãs podem encontrar uma fonte
segura para se firmarem na doutrina dos apóstolos, um guia infalível e
suficiente para todas as questões espirituais.
A aplicação correta de Sola Scriptura previne aos cristãos de apoiarem
sua fé na sabedoria e tradição dos homens, serem levados por quaisquer ventos
de doutrina e seguirem falsos profetas, ainda que sob pretextos de
infalibilidade por parte de alguns falsos mestres. Sola Scriptura serve ao
mesmo tempo de âncora da verdade para os crentes a fim de firmá-los na sã
doutrina e de uma bússola pela qual todos os cristãos podem conhecer a direção
de Deus para suas vidas.
Sola Scriptura oferece ao cristão uma segurança fiel e verdadeira que os
hereges, que rejeitam tal princípio, jamais poderão oferecer. Os opositores do
Sola Scriptura nunca podem ter a certeza de que aquilo que eles crêem foi de
fato ensinado pelos apóstolos do Senhor. Aliás, o próprio conceito de
apostolocidade da fé cristã e da Igreja pressupõe sola scriptura (cf. 5). Haja
visto que, enquanto nenhum de nós ouve atualmente as pregações dos apóstolos de
viva voz, todos encontramos seus ensinos infalivelmente registrados e
inspirados somente nas Escrituras; o que torna, inequivocamente e
irrefutavelmente, Sola Scriptura a única alternativa viável para seguirmos
fielmente a doutrina apostólica, sem perigos de ultrapassá-la, mesmo quando
estamos vivendo tempos de grande apostasia.
Desejando manter-me fiel à palavra de Cristo e aos ensinos dos seus
santos apóstolos, sob inspiração do Espírito Santo, busco basear a minha fé nas
Escrituras. Como o povo de Deus tem dito, digo também eu: Sola Scriptura!
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