(SUBSÍDIO DA REVISTA ENSINADOR CRISTÃO/CPAD, Ed. 103, p.41)
A Palavra de Deus nos ensina que espírito, alma e corpo devem ser preservados irrepreensíveis para a Vinda do Senhor Jesus. Para tanto, o crente precisa se ater a algumas disciplinas espirituais necessárias para o fortalecimento espiritual e bem-estar do templo do Espírito Santo. Em nosso cotidiano, há uma intensa e constante solicitude pelos cuidados desta vida (Lc 21.34). Preocupações com trabalho, escola, faculdade e contas a pagar ocupam espaço em nossas mentes de tal maneira que nos sobra pouco tempo para fazer como Maria, isto é, escolher a melhor parte (Lc 10.41,42). As disciplinas espirituais surgem como um compromisso do cristão com sua vida espiritual. Como o nome já diz, são “disciplinas”; e o que é a disciplina? De acordo com o Dicionário Houaiss, dentre suas acepções, trata-se de um “comportamento metódico, determinado; constância”. Significa que a disciplina assegura a organização do tempo e da conduta. Nem sempre queremos cumprir com as regulamentações, mas a disciplina nos conduz a fazer o que é certo, mesmo quando não estamos prontamente motivados. Em nosso contexto, praticar as disciplinas da vida cristã é indispensável para nossa saúde espiritual. Não há como alcançar uma vida espiritual próspera, profícua e atuante na obra de Deus sem o exercício da oração, do jejum, da leitura bíblica e da devoção espiritual a Deus.
Como discorre o Comentário Bíblico Pentecostal — Novo Testamento (CPAD), Paulo exorta os filipenses a ocuparem seu pensamento com virtudes alcançadas pelo Evangelho (Fp 4.8,9):
1. A lista de Paulo começa com a verdade. Para o pensamento hebreu, a verdade é aquilo que se opõe à falsidade. No pensamento grego (Platônico) a verdade é vista como aquilo que se opõe ao que é aparente ou passageiro;
2. As coisas ‘nobres’, ou ‘honestas’ são merecedoras de respeito; são transcendentes ou moralmente honestas (usada em relação aos diáconos com 1Tm 3.8);
3. As coisas que são ‘justas’ obedecem aos padrões de justiça de Deus, e também representam o cumprimento das obrigações morais para com Deus e os nossos concidadãos;
4. A ‘pureza’ denota aquilo que é ética ou religiosamente puro. Na adoração, no Antigo Testamento, os sacrifícios eram puros por serem limpos ou imaculados. [...];
5. A próxima virtude é a amabilidade, não ocorre em nenhuma outra parte do Novo Testamento. Em seu uso secular, refere-se a tudo aquilo que é admirável ou merecedor de amor;
6. A virtude final na lista de Paulo é a ‘boa fama’, ou seja, tudo aquilo que é de boa reputação ou livre de ofensas”. (Volume 2, 2003, p.508). Tais virtudes devem ser cultivadas diariamente para fortalecer o espírito, e o Deus de Paz será conosco (Fp 4.9).
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