23 setembro 2025

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 13: A ASSEMBLEIA DE JERUSALÉM

TEXTO ÁUREO:

“Na verdade, pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias.” (At 15.28).

VERDADE PRÁTICA:

Em sua essência, a Igreja é tanto um organismo quanto uma organização e, como tal, precisa seguir princípios e regras para funcionar plenamente.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Atos 15.22-32.

Objetivos da Lição: 

I) Mostrar o contexto e os motivos que levaram à controvérsia sobre a salvação dos gentios; 

II) Relatar os argumentos apresentados pelos apóstolos, especialmente por Pedro e Tiago, sobre a inclusão dos gentios na Igreja; 

III) Reconhecer a importância da direção do Espírito Santo na resolução dos conflitos e na preservação da unidade da Igreja.


Palavra-Chave: assembleia


A palavra portuguesa assembleia deriva do termo francês medieval “assemblée”, que significava o ajuntamento ou reunião de pessoas para analisar, discutir e deliberar sobre assuntos de interesse da sociedade. Os gregos usavam a palavra Ekklēsia, que significa assembleia ou congregação. Esta palavra é formada por dois termos: Ek (fora de) e kaleo (chamar). Ekkesia, portanto, era um grupo de homens, com status de cidadãos elegíveis, chamados para fora das suas casas, para deliberar sobre determinado assunto. Este termo grego deu origem à palavra portuguesa Igreja.


No latim, há dois termos equivalentes a assembléia: concilium, de “Com” (junto) e “Calare” (chamar, conclamar) e synodus, transliteração do grego synodo, (caminhar juntos). Estes termos deram origem, respectivamente, às palavras portuguesas concílio e sínodo. Estas palavras originalmente eram sinônimas e a variação ocorria por conta da etimologia, sendo que assembléia deriva do francês, sínodo do grego e concílio do latim. 


Com o passar dos anos, estas palavras passaram a ter diferenças entre si, de acordo com a abrangência e a denominação que a utilizava. A nossa denominação usa o termo convenção, para se referir às reuniões de líderes da Igreja. As reuniões das convenções nas Assembleias de Deus podem ser: Assembléia Geral Ordinária (AGO), que são acontecem a cada dois anos; e Assembleia Geral Extraordinária (AGE), que são convocadas para deliberar sobre assuntos excepcionais. Outras denominações evangélicas usam os termos sínodo, concílio, presbitério e conselho, que variam de acordo com a abrangência e a jurisdição da reunião. 


INTRODUÇÃO

Nesta última lição do terceiro trimestre de 2025 estudaremos sobre a primeira assembleia ou concílio da Igreja de Jerusalém. A liderança da Igreja já havia se reunido anteriormente para resolver um problema que surgiu na assistência social, que resultou na instituição dos diáconos. Naquela ocasião, era um problema de natureza administrativa e os apóstolos, sob a direção do Espírito Santo, orientaram a Igreja a escolher sete homens de bom testemunho, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, para administrarem os recursos destinados ao socorro dos necessitados.


Agora, a questão era de ordem doutrinária e envolvia não apenas a Igreja de Jerusalém, mas em todos os lugares. Um grupo de cristãos, que antes pertenciam ao partido dos fariseus e haviam se converteram ao Cristianismo, insistiam na ideia de que os gentios até poderiam ser aceitos na comunidade cristã, mas antes precisariam se converter ao Judaísmo, passando pelo ritual da circuncisão e guardar as demais ordenanças da Lei Mosaica, como condição para serem salvos (At 15.5). 


Era um grupo bastante influente e barulhento, que causou grande contenda. Esta tese dos chamados judaizantes, que queriam reduzir a fé cristã a um mero melhoramento do Judaísmo, seguia na contramão do Evangelho pregado por Paulo e Barnabé aos gentios, que consistia na justificação pela fé em Cristo. Paulo já havia exposto esta questão anteriormente na Epístolas aos Gálatas, que segundo os especialistas, é anterior a este concílio. Ele já havia, inclusive, repreendido a Pedro pessoalmente, por tentar agradar a esse grupo (Gl 2.11-14). 


Diante desse impasse entre aqueles que insistiam em judaizar os gentios e os que defendiam a salvação pela graça, mediante a fé, independente da prática da Lei, a Igreja de Jerusalém convocou uma AGE (Assembleia Geral Extraordinária) para analisar, discutir e deliberar sobre o assunto. Paulo e Barnabé compareceram a esta assembleia e foram recebidos pelos apóstolos e pelo presbitério da Igreja. Inicialmente, Paulo e Barnabé fizeram uma relatório da obra missionária, contando as maravilhas que Deus fizera por meio deles entre os gentios. Nesse momento, o grupo dos judaizantes se levantou, insistindo na tese de que os gentios deveriam guardar a lei, como condição para a salvação.


TÓPICOS DA LIÇÃO

I. A QUESTÃO DOUTRINÁRIA


No primeiro tópico, trataremos da questão doutrinária envolvida na assembleia realizada pela Igreja de Jerusalém. Inicialmente, falaremos do relatório missionário sobre a primeira viagem missionária, apresentado por Paulo e Barnabé. Em seguida, falaremos do legalismo judaizante, apregoado por um grupo de cristãos judeus, que pertenciam ao partido dos fariseus e insistiam na judaização dos gentios convertidos. 


II. O DEBATE DOUTRINÁRIO


No segundo tópico, falaremos dos detalhes deste primeiro debate doutrinário da Igreja de Jerusalém. Veremos a questão crucial a ser tratada neste debate, que era o relacionamento dos cristãos gentios com a Lei mosaica. Na sequência, abordaremos o argumento inicial de Pedro, que foi a experiência do Pentecostes na fé dos gentios, na casa de Cornélio. Por último, falaremos da argumentação de Tiago, o irmão de Jesus, sobre a aceitação dos gentios, que teve como base a profecia de Amós 9.11 e 12, que faz menção à restauração do tabernáculo de Davi e menciona a inclusão dos gentios. 


III. A DECISÃO DA ASSEMBLEIA DE JERUSALÉM


No terceiro tópico, falaremos da decisão da assembleia de Jerusalém. Inicialmente, falaremos do papel do Espírito Santo nesta assembleia, com base nas palavras da carta enviada pelos apóstolos e anciãos de Jerusalém, aos líderes das Igrejas gentílicas: “[...] pareceu bem ao Espírito Santo e a nós”. Na sequência, falaremos da forma de orientação do Espírito Santo nesta assembleia. Por fim, trataremos do parecer final aprovado pela assembleia de Jerusalém sobre esta questão doutrinária, envolvendo o legalismo judaizante.   

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