Ev. WELIANO PIRES
REVISÃO DA LIÇÃO PASSADA: ÍDOLOS EM FAMÍLIA
Na lição passada estudamos sobre os ídolos na família. Falamos a respeito da idolatria, não de modo geral, mas no ambiente familiar. Tomamos como base dois exemplos bíblicos: primeiro, o caso de Raquel, a esposa amada de Jacó, que furtou os ídolos do pai dela; segundo, o caso de um homem da tribo de Efraim, chamado Mica, que construiu um ídolo e um santuário idólatra em sua própria casa.
Depois de vinte anos trabalhando com o seu sogro, Jacó e sua família saíram escondidos e voltaram para a terra dos seus pais. Raquel furtou os ídolos do seu pai, Labão. Quando descobriu que os seus ídolos domésticos haviam sido furtados, Labão foi atrás de Jacó. Depois que o alcançou, Labão vasculhou as tendas, mas não encontrou os ídolos. Raquel os escondeu na sela do camelo e usou uma mentira para impedir que o pai não revistasse o camelo.
Falamos também sobre um santuário de deuses na casa de um homem das montanhas de Efraim, chamado Mica. O povo de Israel vivia uma anarquia e se entregou ao sincretismo religioso. Neste contexto surge a figura de Mica, um homem idólatra, antiético e de comportamento abominável, que roubou a própria mãe, sem que ela soubesse quem era o ladrão. A mãe lançou maldição e ele, com medo da maldição, devolveu o dinheiro. Com o dinheiro, a mãe dele mandou construir um ídolo e Mica nomeou o seu filho como sacerdote deste ídolo. Era uma família de Israelitas, que dizia servir a Deus, mas tinha em sua própria residência uma "casa de deuses", representados por pequenos ídolos, chamados de "terafins".
Por último estudamos sobre a idolatria dentro dos lares na atualidade. Identificamos também os principais ídolos domésticos atuais, que estão presentes na chamada “cultura da mídia”. Entretanto, os meios de comunicação não são os únicos ídolos domésticos da atualidade. Há muitos outros ídolos nos corações, como o desejo descontrolado de ganhar dinheiro, a preocupação excessiva com o próprio corpo, a obsessão pela fama, o hedonismo, etc. Precisamos urgente reagir e quebrar os ídolos domésticos que ocupam o lugar de Deus na família.
INTRODUÇÃO À LIÇÃO 05: MOTIM EM FAMÍLIA
O nosso tema esta semana são os motins na família. Motim é um ato de rebeldia contra um poder ou autoridade estabelecida. Usaremos como exemplo bíblico para está lição, o caso de Miriã e Arão, irmãos de Moisés, que se levantaram contra a liderança dele sobre o povo de Israel.
Os irmãos de Moisés reclamaram do fato dele ter se casado com uma mulher cuxita, que não pertencia à família dos hebreus e era descendente de Cam. Miriã e Arão insinuaram que Moisés estaria querendo ter a primazia entre o povo e exigia equiparação, pois, segundo eles, Deus havia falado com eles também. Mas eles estavam muito enganados, pois, Moisés nunca quis ser líder de Israel. Foi Deus que o chamou pessoalmente em Midiã e ele relutou o máximo que pôde.
Ora, a família é o primeiro grupo social estabelecido por Deus e deve ser um ambiente harmonioso e seguro, onde todos os membros se respeitam e cooperam mutuamente para a comunhão e valorização mútua. Esta rebelião, motivada pela inveja, foi praticada no seio da família, provocando a desunião entre os irmãos. Como membros da família, cabia a eles orar por Moisés e ajudá-lo e não murmurar. Deus não se agrada desse tipo de coisa e tratou com rigor este levante dos irmãos contra Moisés. Enquanto eles murmuravam, Deus mandou que os três saíssem da tenda. Em seguida, defendeu a liderança de Moisés, repreendeu os outros dois e Miriã, que liderou o motim, ficou leprosa. Que isso sirva de alerta para aqueles que afrontam os pais e a liderança da Igreja.
No primeiro tópico, falaremos sobre a influência negativa da murmuração. Falaremos sobre as murmurações do povo, que antecederam este motim de Miriã e Arão. Depois falaremos das três queixas levantadas contra Moisés pelo povo e por seus próprios irmãos: a queixa de que Moisés os trouxe para morrer de fome no deserto; a queixa contra o Maná, o alimento que Deus mandava diariamente; e a queixa dos irmãos de Moisés contra a sua liderança.
No segundo tópico, falaremos do motivo da rebelião de Miriã e Arão contra Moisés. Veremos que esta rebelião foi motivada pela inveja dos dois irmãos que, inconformados com o papel que Deus lhes deu, respectivamente, de profetisa e sumo sacerdote, sentiam-se no direito de liderar o povo também. Depois veremos que o motim no seio da família promove dissabores e ofensas entre os seus membros. A falta de respeito entre os membros de uma família causa desequilíbrio e desunião na família.
No terceiro tópico, falaremos da mansidão e humildade de Moisés. O texto de Números 12.3 afirma que Moisés era o homem mais manso que havia sobre a terra, por isso não revidou aos ataques injustos dos seus irmãos contra ele. Falaremos também do fardo que é uma liderança do povo de Deus. Moisés sofreu muitas murmurações e rebeldia do povo de Israel. Ele chegou a desabafar com Deus, achando pesado o seu cargo (Nm 11.11-15). Por último, falaremos da punição de Deus contra Miriã e Arão. Deus se manifestou do meio da nuvem e deixou claro que Ele escolhera Moisés e que falava com ele de forma diferenciada. Imediatamente, Miriã ficou leprosa e teve que ser retirada do meio da congregação. Não sabemos porque Deus não puniu Arão da mesma forma. Segundo o comentário de John Wesley, “Miriã foi punida e Arão não, porque ela foi a chefe da transgressão ou porque Deus não teria sua adoração interrompida ou desonrada, o que deveria ter acontecido se Arão tivesse sido leproso.”
REFERÊNCIAS:
CABRAL, Elienai. RELACIONAMENTOS EM FAMÍLIA: Superando Desafios e Problemas com Exemplos da Palavra de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2023. pág. 83-84.
CHAMPLIN, Russell Norman. O Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pág. 641.
WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. A.T. Vol. I. Editora Central Gospel. pág. 430.
Estudo de Números 12:.0 – Comentado e Explicado: Comentário de John Wesley.
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