06 junho 2022

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 11: SENDO CAUTELOSOS NAS OPINIÕES


REVISÃO DA LIÇÃO PASSADA

Na lição passada estudamos o tema: NOSSA SEGURANÇA VEM DE DEUS. Nessa parte de Sermão do Monte, Jesus ensinou a respeito do relacionamento dos seus discípulos com os bens materiais. O Mestre contrapôs os tesouros deste mundo com os do Céu e recomendou aos seus seguidores que, não ajuntassem tesouros neste mundo, pois, eles estão sujeitos à deterioração da traça, da ferrugem e à ação dos ladrões. Mas, ajuntassem tesouros no Céu, pois estes, em contrapartida, são perenes e jamais poderão ser corrompidos ou roubados. 


Jesus ensinou também aos seus discípulos que não andassem ansiosos, por causa das suas necessidades básicas, como a comida e as vestes. Para explicar isso, o Senhor citou o exemplo das aves do céu, que não plantam, nem ajuntam em celeiros, e Deus as alimenta. Depois falou do exemplo dos lírios do campo, que não fiam e não produzem roupas e Deus os vestiu com vestimentas que nem Salomão, no auge da prosperidade de Israel, conseguiu se vestir.


Jesus ensinou que devemos viver a nossa vida sem inquietações e sem preocupações excessivas, pois Deus cuida de nós. O Senhor Jesus alertou os seus discípulos a respeito da ansiedade e inquietação em relação ao futuro e a preocupação excessiva sobre o que haveriam de comer e vestir. Estas preocupações são incompatíveis com a fé cristã, pois demonstram incredulidade e desconfiança em relação ao cuidado de Deus para conosco. Jesus disse para eles priorizarem o Reino de Deus e a sua Justiça e “todas estas coisas” (não as demais coisas, como alguns dizem) lhes seriam acrescentadas. (Mt 6.33). 


INTRODUÇÃO À LIÇÃO 11


Na lição desta semana estudaremos o tema: SENDO CAUTELOSOS NAS OPINIÕES, baseado no texto de Mateus 7.1-6. Nesta parte do Sermão do Monte, o Senhor Jesus alertou os seus discípulos a respeito do julgamento do próximo, pois com a medida em que medirem os outros, eles seriam medidos. 


No primeiro tópico, veremos que não devemos julgar os outros. Uma das palavras que resume o cristianismo é o relacionamento. Para ser um verdadeiro cristão, o ser humano precisa ter um bom relacionamento com Deus e com o seu próximo baseado no amor. É preciso destacar que Jesus não está proibindo qualquer tipo de julgamento. O próprio Jesus orientou os seus discípulos a “julgarem segundo a reta justiça” (Jo 7.24). Também na continuidade do capítulo 7 de Mateus, o Senhor fala a respeito de pessoas profanas, usando a figura dos cães e dos porcos, e dos falsos profetas que vêm vestidos de ovelhas, mas são lobos. Jesus recomenda aos seus discípulos para não dar as coisas santas aos cães ou as pérolas aos porcos. Depois, falar para os discípulos terem cautela em relação aos falsos profetas. Evidentemente, é preciso julgar para ter esta cautela. 


No segundo tópico, falaremos sobre o alerta de Jesus para olharmos primeiramente para nós mesmos. Jesus ensina que primeiro devemos tirar a trave no nosso olho, antes de olhar para o argueiro que está no olho do próximo. Argueiro significa um pequena partícula ou um cisco que cai no olho de uma pessoa. A trave seria um viga ou um pedaço de madeira que cobre todo o olho. O ensino de Jesus aqui é para não sermos exagerados no julgamento dos erros dos outros. Precisamos ter cuidado com o espírito crítico, que ignora as próprias falhas e só vê os erros alheios. Para evitar esse tipo de comportamento devemos sempre lembrar que somos falhos, que também fomos perdoados por Deus e olhar para os outros com misericórdia, assim como Deus fez conosco. 


No terceiro e último tópico, faremos uma reflexão sobre a seguinte pergunta: E se fôssemos julgados pela severidade de Deus? Deus é o justo juiz, que é absolutamente santo e não pode conviver com o pecado. Entretanto, Ele é compassivo e misericordioso para com aqueles que buscam o seu perdão. Deus conhece a nossa estrutura e sabe que somos pó (Sl 103.8-10, 14). Por isso se compadece de nós e nos oferece perdão, por meio de Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1.29). Devemos agir da mesma forma com o nosso próximo. Não devemos compactuar com o erro, mas devemos sempre agir com misericórdia, lembrando que fomos alcançados pela Graça de Deus. 


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Pb. Weliano Pires


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