23 junho 2025

CONCLUSÃO DO 2º TRIMESTRE DE 2025


Graças a Deus chegamos ao final de mais um trimestre de estudos em nossa Escola Bíblica Dominical. A cada trimestre que estudamos, crescemos no conhecimento da Palavra de Deus, pois esta é o livro texto da Escola Dominical. Estudamos a cada trimestre, de forma sistemática e metódica, treze lições sobre os mais variados temas bíblicos. 

A Casa Publicadora das Assembéias de Deus (CPAD) conta com uma equipe especializada de educadores que produz materiais didáticos de boa qualidade pedagógica e doutrinária. Em alguns casos, o assunto da revista é temático, pois os temas das lições estão subordinados a um tema específico. Em outros, o assunto é bíblico, pois estudamos um livro específico da Bíblia. 

Neste segundo trimestre de 2025, tivemos um trimestre bíblico e estudamos o Evangelho segundo João, com o título: E o Verbo se fez carne: Jesus sob o olhar do apóstolo do amor. Naturalmente, não foi possível estudar todo o conteúdo do quarto Evangelho, pois o livro possui vinte e um capítulos e a revista tem apenas treze lições. Além disso, em muitos capítulos do Evangelho segundo João, há mais de um assunto registrado. Portanto, seria necessário mais de uma lição, para abordar todo o conteúdo do capítulo. 

Sendo assim, foram selecionados alguns temas importantes deste livro, como: a encarnação do Verbo, o Novo Nascimento, a verdadeira adoração, o Pão da Vida, a Verdade que liberta, o Bom Pastor e as ovelhas, a Ressurreição e a Vida, uma Lição de humildade, o caminho, a verdade e a vida, a promessa do Espírito, a intercessão de Jesus pelos discípulos, a trajetória de Jesus do Julgamento à Ressurreição e a renovação da esperança.

COMENTARISTA

O comentarista deste trimestre foi o renomado pastor, escritor e teólogo,  Elienai Cabral. Pr. Elienai é conferencista internacional, teólogo, membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil (AELB) e da Casa de Letras Emílio Conde (CPAD); Desde 1985 é comentarista de Lições Bíblicas da CPAD; Autor de vários livros, entre eles: Comentário Bíblico de Efésios, Mordomia Cristã, A Defesa do Apostolado de Paulo – Estudo na Segunda Carta aos Coríntios, Comentário Bíblico de Romanos, A Síndrome do Canto do Galo, Josué – Um líder que fez diferença, Parábolas de Jesus e O Pregador Eficaz, Relacionamentos em família, todos publicados pela CPAD. Pr Elienai foi membro do Conselho Administrativo da CPAD e por vários mandatos presidiu a Convenção Evangélica das Assembleias de Deus do Distrito Federal (CEADDIF). Atualmente, é o consultor doutrinário da CGADB e da CPAD.

RESUMO DAS LIÇÕES

LIÇÃO 01: O VERBO QUE SE TORNOU EM CARNE

Nesta primeira lição, tivemos uma introdução ao tema do trimestre, fazendo uma exposição do prólogo do Evangelho segundo João, que está no capítulo 1, versículos 1 a 14. 

No primeiro tópico, apresentamos uma visão panorâmica do Evangelho de João. Apresentamos as informações sobre a autoria e data deste Evangelho; o propósito de João ao escrever o Evangelho, com base nos textos de João 1.1-14 e 21.31; e fizemos uma abordagem da dupla natureza de Jesus, com base nos textos joaninos. 

No segundo tópico, falamos de Jesus como o Verbo de Deus. Vimos que a expressão inicial do Evangelho segundo João, “No princípio”, ultrapassa o passado de Gênesis 1.1; Falamos da natureza fundamental do Verbo de Deus, com base no prólogo do Evangelho de João e no Apocalipse; e o significado da expressão Joanina “No princípio era o Verbo”, analisando o significado da palavra grega logos, traduzida por verbo. 

No terceiro tópico, falamos da encarnação do Verbo. Falamos da manifestação do Verbo e a Luz do mundo, trazendo o significado de luz e trevas na Bíblia; falamos do privilégio que temos de sermos chamados filhos de Deus, mediante a fé em Jesus; e da manifestação e habitação do Verbo entre os seres humanos, com base na frase “e o Verbo se fez carne e habitou entre nós”.

LIÇÃO 02: O NOVO NASCIMENTO

Nesta lição estudamos sobre a doutrina do Novo Nascimento, ou Regeneração, com base no capítulo 3 do Evangelho segundo João, que relata o encontro de Jesus com um respeitado mestre da Lei, chamado Nicodemos.

No primeiro tópico, falamos de alguns detalhes do encontro entre Jesus e Nicodemos. Vimos algumas informações sobre a pessoa de Nicodemos; o reconhecimento de Nicodemos sobre Jesus como Mestre, o que indica que ele reconhecia a autoridade espiritual de Jesus; e analisamos os detalhes do diálogo entre Jesus e Nicodemos. 

No segundo tópico, falamos da Doutrina do Novo Nascimento, também chamada de Regeneração. Vimos o significado teológico da expressão Novo Nascimento, a partir da palavra grega palingenesia; Vimos que a regeneração é uma obra exclusiva de Deus, operada pelo Espírito Santo no interior do pecador que se entrega a Cristo; e falamos da necessidade de regeneração do pecador. 

No terceiro tópico, falamos dos meios para que a obra regeneradora se realize: a operação do Espírito Santo, descrita por Jesus de forma metafórica, com a expressão “nascer da água”; e a Palavra de Deus, a semente da qual o Espírito Santo se serve, para gerar uma nova criatura. Por último, falamos da vontade soberana de Deus de salvar a todos, mas que respeita a livre escolha do ser humano, com base no texto de João 3.16. 

LIÇÃO 03: A VERDADEIRA ADORAÇÃO

Nesta lição discorremos sobre a verdadeira adoração, com base no diálogo entre Jesus e a mulher samaritana. Jesus seguiu da Judéia para a Galiléia e tinha necessidade  de passar por Samaria, não por questão de rota, mas porque desejava alcançar não apenas a mulher samaritana, mas várias pessoas que foram alcançadas através dela. Durante o diálogo, Jesus explicou-lhe que o Pai procura adoradores que o adorem em Espírito e em verdade.

No primeiro tópico vimos alguns detalhes do encontro de Jesus com a mulher de Samaria e duas preciosas lições que podemos extrair desta conversa: a necessidade de Jesus passar por Samaria; a necessidade que todo ser humano tem, com base na água viva que Jesus ofereceu à mulher samaritana; falamos também do lugar de adoração a Deus, que era uma questão central entre judeus e samaritanos. 

No segundo tópico, abordamos o ensino de Jesus a respeito da verdadeira adoração. Falamos da essência da adoração, com base nas palavras de Jesus à mulher samaritana, em João 4.24; vimos que na Nova Aliança, Jesus é a base da verdadeira adoração e não há lugares sagrados para peregrinação e adoração. 

No terceiro tópico, discorremos sobre o significado de adoração na Bíblia. Vimos o conceito bíblico de adoração, com base nas palavras hebraicas e gregas traduzidas por adoração; falamos da adoração como um ato de rendição a Deus, considerando que Ele é o Soberano de todo o Universo; e da adoração como um ato de serviço a Deus, pois o adorador, entrega totalmente o controle da sua vida a Deus, como um sacrifício vivo, santo e agradável (Rm 12.1).

LIÇÃO 04: JESUS, O PÃO DA VIDA

Nesta lição discorreremos sobre o capítulo 6 do Evangelho segundo João e tratamos de dois temas registrados neste capítulo: a primeira multiplicação de pães e peixes e o discurso de Jesus apresentando-se como o Pão da Vida.

No primeiro tópico, falamos dos detalhes do milagre da multiplicação dos pães. Falamos do contexto do relato joanino sobre a multiplicação dos pães e peixes; do milagre em si, que é diferente de outros milagres, pois mostra o poder ilimitado de Jesus ao trazer à existência algo que não existia; e do interesse da multidão ao procurar Jesus no dia seguinte à multiplicação dos pães. 

No segundo tópico, vimos que Jesus desafiou a fé dos discípulos. Falamos da expressão “E subiu Jesus ao monte”, que era um local adequado para Jesus se dirigir aos discípulos e à multidão, pois naquela época não havia microfones; do desafio de Jesus aos discípulos, que escancarou a limitação deles para resolver problemas insolúveis, do ponto de vista humano; e da lição que Jesus nos ensina a respeito do moço que trazia consigo cinco pães e dois peixes. 

No terceiro tópico, falamos de Jesus como o Pão que desceu do Céu. O comentarista repetiu aqui o mesmo assunto tratado no terceiro subtópico do primeiro tópico, falando sobre o real interesse da multidão; Com base na expressão o Pão do Céu, falamos da identidade divina de Jesus, quando diz: “Eu Sou”; por fim, falamos do significado da expressão “comer do pão”, que é uma referência a receber Jesus como Senhor e Salvador e ter comunhão com Ele.

LIÇÃO 05: A VERDADE QUE LIBERTA

Esta lição apresenta-nos Jesus, como a Verdade que liberta. Apesar de ser muito conhecido até por aqueles que não são cristãos, esta afirmação de Jesus tem sido contestada na sociedade pós-moderna, que nega a existência de uma verdade absoluta. Outros dizem que todos os caminhos conduzem a Deus, contrariando o ensino de Jesus, que afirmou que Ele é a Verdade (Jo 14.6) e que a Palavra de Deus é a Verdade (Jo 17.17).

No primeiro tópico, falamos do tema: Jesus, a verdade em Jerusalém. Falamos do contexto da ida de Jesus da Judéia para a Galiléia; do discurso de Jesus na festa dos tabernáculos; e que Jesus nos convoca não apenas para conhecer a verdade, mas a viver na verdade. 

No segundo tópico, falamos de Jesus como a Verdade diante dos escribas e fariseus. Falamos da Verdade no episódio envolvendo a mulher adúltera, que os inimigos de Jesus trouxeram perante Ele para tentar apanhá-lo em alguma falha; a Verdade revelada, que foi resistida pelos mestres da Lei, mas ninguém pode obstruí-la; e a Verdade que o mundo precisa conhecer e a procura em outros lugares, mas Jesus é a única Verdade. 

No terceiro tópico, mostramos Jesus como a verdade que liberta o pecador. Falamos da verdade que liberta, com base no texto de João 8.31-38, que mostra que Jesus é o único que proporciona a verdadeira libertação ao pecador; vimos o que é a Verdade mencionada no Evangelho segundo João; e que aqueles que são verdadeiramente livres, estão inclinados às coisas do Espírito. 

LIÇÃO 6: O BOM PASTOR E SUAS OVELHAS

Nesta lição passamos para o capítulo 10 de João e estudaremos a figura do Bom Pastor e suas ovelhas. Neste discurso de Jesus, podemos notar um enorme contraste entre o cuidado do Bom Pastor, que é Jesus, e os falsos pastores, a quem Ele chamou de mercenários, que não cuidam do rebanho e fogem quando veem os perigos. 

No primeiro tópico, falamos de Jesus, como a porta das ovelhas. Mostramos o contexto do capítulo 10 de João, que é o episódio da cura do cego de nascença, relatado no capítulo 9; falamos do significado da figura da porta das ovelhas; e da mensagem contida na declaração de Jesus: Eu sou a porta. 

No segundo tópico, falamos da figura do aprisco das ovelhas. Tratamos do dilema: O texto de João 10 é uma parábola ou uma alegoria?; falamos da simbologia do aprisco das ovelhas, um lugar cercado com apenas uma porta de acesso; e do aprisco como um lugar de proteção para as ovelhas. 

No Terceiro tópico, vimos a distinção entre o Bom Pastor e o mercenário. Falamos das características do Bom Pastor, apresentadas por Jesus em João 10.11; das características do mercenário, descritas por Jesus em João 10.12; e fizemos um contraste entre o Bom Pastor e os lobos vorazes, expressão usada pelo apóstolo Paulo para se referir aos falsos mestres.

LIÇÃO 7: “EU SOU A RESSUREIÇÃO E A VIDA”

Nesta lição, estudamos o episódio da ressurreição de Lázaro, registrado no capítulo 11 do Evangelho de João. Este milagre demonstra o poder de Jesus sobre a morte e a sua identificação divina, quando disse: Eu sou a ressurreição e a vida. Tomando como base a ressurreição de Lázaro, falamos da doutrina bíblica da ressurreição do corpo, que é uma doutrina fundamental do Cristianismo. 

No primeiro tópico, falamos do propósito de Jesus no milagre da ressurreição de Lázaro. Tratamos do contexto em que Jesus recebeu a notícia da doença de Lázaro e do local onde estava; do desapontamento de Marta e Maria, por Jesus não ter vindo antes da morte de Lázaro para evitá-la; e do tempo divino e dos seus planos para as nossas vidas, que são diferentes dos nossos. 

No segundo tópico, falamos dos detalhes do encontro de Marta com Jesus, antes que Ele chegasse à casa dela; respondemos à pergunta: Quando Lázaro ressuscitará?Jesus disse a Marta: o teu irmão há de ressuscitar. Ela, porém, pensava que seria na ressurreição do último dia; por fim, falamos da promessa de vida que Jesus fez, ao afirmar que Ele é a ressurreição e a vida. 

No terceiro tópico, falamos da doutrina bíblica da ressurreição do corpo, que é a principal doutrina do Cristianismo. Explicamos biblicamente a doutrina da ressurreição do corpo; falamos do significado da expressão “da morte para a vida"; por último, falamos da nossa viva esperança na ressurreição. 

LIÇÃO 08: UMA LIÇÃO DE HUMILDADE

Nesta lição, tratamos do episódio registrado no capítulo 13 de João, que foi o ato de Jesus lavar os pés dos seus discípulos, que ocorreu na última noite de Jesus com os seus discípulos antes da sua prisão. Jesus lavou os pés dos seus discípulos e os enxugou com uma toalha. Com este ato, Jesus assumiu a posição de um escravo e nos deu uma grande lição de humildade. 

No primeiro tópico, falamos dos detalhes da história em que Jesus lavou os pés dos seus discípulos, para ensinar-lhes o valor da humildade. Falamos do significado do lava-pés; do desenvolvimento desta história, conforme os detalhes mencionados por João; e da mudança de paradigma de Jesus, ao assumir a função de servo, mostrando que no Reino de Deus, a humildade representa grandeza espiritual. 

No segundo tópico, falamos da relação entre humildade e autoconhecimento. Tratamos do conhecimento que Jesus tinha da própria natureza e entendia o seu papel como Senhor e Mestre; do exemplo deixado por Jesus, que sendo Senhor, fez-se servo para ensinar aos seus discípulos, o valor da humildade; e da preocupação dos discípulos em saber quem seria o maior no Reino dos Céus. 

No terceiro tópico, fizemos um contraste entre humildade e ostentação. Falamos do clima de competição silenciosa que havia entre os discípulos de Jesus; do caminho humilde de Jesus, que não consiste na ambição, notoriedade ou sucesso material e sim, na capacidade de servir ao próximo; por fim, vimos que tanto o exemplo de vida de Jesus, quanto os seus ensinos, são um convite de Jesus à humildade e à mansidão. 

LIÇÃO 09: O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA

Nesta lição, iniciamos o estudo do último discurso de Jesus aos seus discípulos, antes da sua crucificação, denominado “sermão das últimas instruções”. Este discurso inicia-se em João 13.31 e vai até o final do capítulo 16. O nosso estudo nesta lição abrangeu o capítulo 14, versículos 1 a 5, e trata do sexto “Eu Sou” de Jesus, que se declara “o Caminho, a Verdade e a Vida".

No primeiro tópico, falamos sobre o início do sermão das últimas instruções de Jesus aos discípulos, em tom de despedida. Falamos da afirmação de Jesus sobre si mesmo: Eu sou o caminho, a verdade e a vida; das palavras de consolo do Senhor Jesus aos seus discípulos, em um cenário de angústia, tanto para Ele, quanto para os discípulos; e da promessa gloriosa do Senhor, referindo-se à sua volta para buscar os seus discípulos e levá-los às mansões celestiais. 

No segundo tópico, falamos das dúvidas e incertezas de alguns discípulos sobre Jesus e os seus ensinos e sobre o engano do traidor. Falamos da dúvida de Tomé, que questionou a Jesus dizendo: “Senhor lá, nós não sabemos para onde vais; como podemos saber o caminho?”; das incertezas de Pedro e Filipe, a respeito do lugar para onde Jesus iria e sobre a Pessoa do Pai; por fim, falamos do engano de Judas Iscariotes, que logo após a Ceia, vendeu Jesus por trinta peças de prata.

No terceiro tópico, discorremos sobre a afirmação de Jesus: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”. Abordamos o significado da afirmação de Jesus de que Ele é o caminho e ninguém vem a Pai senão por Ele; vimos também as implicações da expressão “Eu sou a Verdade”; por fim, falamos da declaração de Jesus: “Eu sou a vida”, que vai muito além do período de atividade do ser humano entre a concepção e a morte. 

LIÇÃO 10: A PROMESSA DO ESPÍRITO

Nesta lição, falamos sobre a promessa que Jesus fez aos seus discípulos de enviar-lhes o Espírito Santo, para ficar para sempre com eles, após a sua ascensão aos céus. No decorrer da lição, vimos a diferença entre esta promessa e a promessa do revestimento de poder (Lc 24.49; At 1.8), que se cumpriu no dia de Pentecostes.

No primeiro tópico, analisamos a promessa do Pai, mencionada por Jesus aos seus discípulos. Falamos do Consolador prometido por Jesus, que é o Espírito Santo; das implicações da expressão grega “Allos Parakletos”, traduzida por “Outro Consolador”; e do significado da promessa de Jesus de que não deixaria os seus discípulos órfãos, após a sua ascensão. 

No segundo tópico, falamos da habitação do Espírito Santo no interior dos discípulos de Jesus. Analisamos o contexto de João 20.22, que diz que Jesus assoprou sobre os discípulos e disse: “Recebei o Espírito Santo”; Falamos do significado do ato de Jesus “assoprar o Espírito” sobre os discípulos; por fim, vimos que esta habitação do Espírito Santo nos discípulos é anterior ao que ocorreu no dia de Pentecostes. 

No terceiro tópico, falamos da promessa do Pai no dia de Pentecostes, que é diferente da promessa do envio do Consolador. Falamos do acontecimento extraordinário do dia de Pentecostes, que veio “de repente” sobre os discípulos, que estavam em oração no cenáculo; Explicamos a expressão bíblica “e todos foram cheios do Espírito Santo”, descrita em Atos 2.4; por fim, falamos da expressão “e começaram a falar em outras línguas”, como evidência do batismo no Espírito Santo. 

LIÇÃO 11: A INTERCESSÃO DE JESUS PELOS DISCÍPULOS

Nesta lição estudamos a oração intercessória de Jesus pelos seus discípulos, que está registrada no capítulo 17, do Evangelho segundo João. Esta oração é conhecida como “Oração sacerdotal de Jesus”, pois o papel do sacerdote era oferecer sacrifícios pelas pessoas e interceder por elas a Deus. Antes de exercerem o seu ofício, os sacerdotes precisavam oferecer sacrifícios por si mesmos e se santificar, pois eles também tinham pecados. Jesus, no entanto, é o Sumo Sacerdote perfeito, pois nunca pecou e ofereceu-se a Si mesmo em sacrifício por nós. 


No primeiro tópico, falamos da primeira parte da oração de Jesus, quando Ele orou por Si mesmo, pedindo a Sua glorificação. Fizemos uma introdução à oração de Jesus; Falamos também do significado do pedido de Jesus pela Sua glorificação; Por último, falamos do pedido de Jesus para ter de volta a mesma glória que tinha com o Pai, antes que o mundo existisse. 


No segundo tópico, falamos da segunda parte da oração de Jesus, onde Ele ora pelos discípulos. Vimos que Jesus intercedeu ao Pai pela proteção dos seus discípulos; Em seguida, falamos da afirmação de Jesus ao Pai, dizendo que os discípulos guardaram a Sua Palavra; Por fim, analisamos a declaração de Jesus ao Pai, dizendo que o mundo odiou os seus discípulos por causa da Sua Palavra e porque eles não são do mundo. 


No terceiro tópico, falamos da terceira parte da oração de Jesus, onde Ele orou por aqueles que futuramente creriam nele. Vimos que Jesus intercedeu ao Pai pela unidade da Igreja, assim como existe unidade entre Ele e o Pai; Na sequência, falamos do propósito da unidade da Igreja, com base na intercessão de Jesus; Por último, falaremos do pedido de Jesus por encorajamento dos discípulos a terem unidade com Ele, a fim de darem testemunho ao mundo. 

LIÇÃO 12: DO JULGAMENTO À RESSURREIÇÃO

Nesta lição, estudamos sobre a consumação da obra redentora de Cristo, trazendo os detalhes dos últimos acontecimentos envolvidos: a prisão, condenação, crucificação, morte, sepultamento e ressurreição de Jesus. Estes acontecimentos estão registrados nos capítulos 18 a 20 do Evangelho segundo João. 

No primeiro tópico, falamos dos detalhes da prisão de Jesus no Jardim do Getsêmani e de sua condenação à morte. Falamos do contexto em que se deu a prisão de Jesus; tratamos dos interrogatórios feitos pelo Sumo Sacerdote Caifás e pelo governador da Judéia, Pôncio Pilatos; por último, falamos da condenação de Jesus à morte, por ordem de Pilatos. 

No segundo tópico, falamos dos acontecimentos relacionados à crucificação, morte e sepultamento de Jesus. Falamos da trajetória até o Monte chamado Calvário, onde o crucificaram; Falamos também do encerramento da missão de Jesus como homem neste mundo, quando declarou: Está consumado!; Por último, falamos dos detalhes do sepultamento de Jesus. 

No terceiro tópico falamos da Ressurreição de Jesus, que foi a primeira desta natureza. Falamos do túmulo vazio, como evidência clara da ressurreição de Jesus; falamos da ressurreição de Jesus como base da Fé Cristã; por último, vimos que o Cristo Ressurreto quebra a incredulidade. Depois de ressuscitar, Jesus apareceu a várias pessoas que inicialmente não creram no testemunho daqueles que o haviam visto ressurreto.

LIÇÃO 13: RENOVAÇÃO DA ESPERANÇA

Nesta última lição, como conclusão do estudo do Evangelho segundo João, falamos da ressurreição de Jesus como a força motriz que renova a nossa esperança. Abordamos o tema da ressurreição de Jesus como o ponto culminante da nossa esperança, que transforma o medo em esperança, a alegria em tristeza e renova a nossa esperança. 


No primeiro tópico, falamos das aparições de Jesus após a sua ressurreição. Falamos da aparição de Jesus aos discípulos, quando eles estavam trancados em casa com medo dos judeus; falamos dos registros das aparições de Jesus ressurreto que aconteceram em um período de quarenta dias após a sua ressurreição; por fim, falamos de três preciosas lições que a ressurreição de Jesus nos traz. 


No segundo tópico, falamos da aparição de Jesus ressurreto, como geradora de esperança e plena alegria. Vimos que o medo deu lugar à esperança no coração dos discípulos após contemplarem o Cristo ressurreto; vimos que a tristeza deu lugar à alegria, com a chegada da notícia da ressurreição; por fim, vimos que a esperança e a alegria são duas virtudes que estavam presentes na manifestação de Jesus aos seus discípulos e também devem ser evidentes na vida daqueles que crêem que Jesus venceu a morte. 


No terceiro tópico, vimos que a aparição de Jesus fortalece a nossa convicção. Vimos que as dúvidas foram dissipadas e a fé dos discípulos foi reforçada, com a aparição de Jesus; falamos do fortalecimento da fé com base na experiência de Tomé, que era cético, mas fez uma importante declaração de fé após o encontro com o Cristo ressurreto; por fim, falamos no fortalecimento da nossa esperança em relação ao futuro, pois a ressurreição e glorificação do Senhor Jesus é a garantia de nós também ressuscitaremos em um corpo glorioso. Aleluia! 


CONCLUSÃO 

O estudo do Evangelho segundo João, ainda que parcial, certamente acrescentou-nos bastante conhecimento doutrinário, principalmente sobre a Pessoa de Cristo. João  apresentou em seu livro, informações cristológicas fundamentais, como a preexistência de Jesus, a distinção entre Jesus e o Pai, a divindade de Jesus, Jesus como o Criador de todas as coisas. Mas não deixou de mencionar a humanidade de Jesus, que teve fome, sede e cansaço.

Neste Evangelho Jesus faz várias afirmações sobre si mesmo, com a expressão “Eu Sou” (Gr. Ego eimi), que comprovam a sua divindade: Eu sou o Pão da vida (Jo 6.48); Eu sou a luz do mundo (8.12; 9.5); Eu sou a porta das ovelhas (10.7,9); Eu sou o Bom Pastor (10.11,14); Eu sou a ressurreição e a vida (11.25); Eu sou o caminho, a verdade e a vida (14.6); e Eu sou a videira verdadeira” (15.1,5). Todas estas declarações sobre si mesmo, só poderiam ser feitas por Deus, pois, nenhuma criatura poderia dizer de si mesmo: eu sou a verdade, a vida, o Bom Pastor, etc. Os judeus entenderam dessa forma e muitas vezes pegaram em pedras para apedrejá-lo.

Deus os abençoe e até o próximo trimestre!


Ev. WELIANO PIRES

AD-BELÉM / SÃO CARLOS, SP.

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 13: RENOVAÇÃO DA ESPERANÇA


Ev. WELIANO PIRES


Nesta última lição, como conclusão do estudo do Evangelho segundo João, falaremos da ressurreição de Jesus como a força motriz que renova a nossa esperança. Na lição 7 falamos da ressurreição de Lázaro e da doutrina bíblica da ressurreição do corpo. No terceiro tópico da lição passada, discorremos um pouco sobre a ressurreição de  Jesus, de forma descritiva, mostrando a comprovação de que o seu sepulcro estava vazio e que a ressurreição é a base da fé cristã. Entretanto nesta lição, abordaremos a ressurreição de Jesus como o ponto culminante da nossa esperança, que transforma o medo em esperança, a alegria em tristeza e renova a nossa esperança. 

OBJETIVOS DA LIÇÃO:

I) Analisar a importância da Ressurreição de Jesus como prova de sua vitória sobre a morte; 

II) Reconhecer como a presença de Jesus transforma tristeza e medo em esperança e alegria; 

III) Fortalecer a convicção de que a fé em Jesus é fundamentada em sua Ressurreição e em suas promessas eternas.


Palavra-Chave: ESPERANÇA


Segundo o dicionário da língua portuguesa, esperança “é o sentimento de quem vê como possível a realização daquilo que deseja; confiança em coisa boa; expectativa, espera, aguardo”. Segundo a Concordância de Strong, a palavra esperança aparece 48 vezes no Novo Testamento. Esperança é a tradução do termo grego “elpís”, que deriva da palavra “elpo”, que significa antecipar um acontecimento (com prazer).

 

A esperança pode ser realística, quando se espera por algo que tem possibilidade de acontecer, ou utópica, quando se espera uma coisa irreal ou impossível de acontecer. Do ponto de vista humano, a esperança está relacionada à própria vida da pessoa. Por isso há um adágio popular que diz: “A esperança é a última que morre”. Há também outro que diz: “Enquanto há vida, há esperança”. Para aqueles que temem a Deus e crêem em sua Palavra, no entanto, a nossa esperança realmente morreu, mas ressuscitou e em breve voltará. 


A nossa esperança não está neste mundo. Paulo disse que "Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens." (1 Co 15.19). A esperança, a fé e o amor são três virtudes indispensáveis, que são interdependentes e aparecem juntas na Bíblia (1 Co 13.13). Estas três virtudes são chamadas de virtudes teologais, pois são provenientes de Deus. Portanto, ninguém tem fé, esperança e amor verdadeiros se não tiver Deus no coração. É esta esperança que nos mantém de pé e nos encoraja a enfrentar as lutas e tribulações deste mundo.


TÓPICOS DA LIÇÃO


I. A APARIÇÃO DE JESUS CRISTO


No primeiro tópico, falaremos das aparições de Jesus após a sua ressurreição. Inicialmente, falaremos da aparição de Jesus aos discípulos, quando eles estavam trancados em casa com medo dos judeus. Jesus apareceu no meio deles e disse: “Paz seja convosco”. Na sequência, falaremos dos registros das aparições de Jesus ressurreto que aconteceram em um período de quarenta dias após a sua ressurreição. Por fim, falaremos de três preciosas lições que a ressurreição de Jesus nos traz. 


II. APARIÇÃO DE JESUS: ESPERANÇA E PLENA ALEGRIA


No segundo tópico, falaremos da aparição de Jesus ressurreto, como geradora de esperança e plena alegria. Veremos que o medo deu lugar à esperança no coração dos discípulos após contemplarem o Cristo ressurreto. Na sequência, veremos que a tristeza deu lugar à alegria, com a chegada da notícia da ressurreição. Por fim, veremos que a esperança e a alegria são duas virtudes que estavam presentes na manifestação de Jesus aos seus discípulos e também devem ser evidentes na vida daqueles que crêem que Jesus venceu a morte. 


III. APARIÇÃO DE JESUS: CONVICÇÃO FORTALECIDA


No terceiro tópico, veremos que a aparição de Jesus fortalece a nossa convicção. Veremos que as dúvidas foram dissipadas e a fé dos discípulos foi reforçada, com a aparição de Jesus. Em seguida, falaremos do fortalecimento da fé com base na experiência de Tomé, que era cético, mas fez uma importante declaração de fé após o encontro com o Cristo ressurreto. Por fim, falaremos no fortalecimento da nossa esperança em relação ao futuro, pois a ressurreição e glorificação do Senhor Jesus é a garantia de nós também ressuscitaremos em um corpo glorioso.


REFERÊNCIAS:  


CABRAL, Elienai. E o Verbo se fez carne: Jesus sob o olhar do apóstolo do amor. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2025.

Revista Ensinador Cristão. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2025, Ed. 101, p.42.

Comentário Bíblico Beacon. Volume 7. RIO DE JANEIRO: CPAD,  2022, p.164, 165. 


22 junho 2025

RENOVAÇÃO DA ESPERANÇA


SUBSÍDIOS DA REVISTA ENSINADOR CRISTÃO / CPAD

Chegamos ao final de mais um trimestre e rogamos a Deus que as ricas bênçãos continuem a se derramar sobre seu ministério. Neste trimestre, sua classe aprendeu lições preciosas acerca do Evangelho de João e, para finalizarmos, nesta última lição veremos que a esperança do crente é renovada a partir da ressurreição de Cristo. A fé e a esperança dos discípulos foram renovadas quando Jesus lhes apareceu estando todos reunidos com as portas fechadas (Jo 20.9).


Como sabemos pelas narrativas dos Evangelhos, os discípulos estavam arrasados em decorrência da morte prematura de Jesus. Por um momento, perderam a esperança na manifestação do reino messiânico, bem como na restauração de Israel enquanto nação. Mas não somente isso: perderam também a esperança nas promessas proferidas pelo próprio Mestre, de quem aprenderam preciosas lições e na companhia de quem testemunharam grandes maravilhas. Seria este o triste final da manifestação do Filho de Deus ao mundo? O relato de João nos mostra que a história teve um desfecho completamente diferente do que os discípulos imaginavam. O mesmo Cristo que havia sido ultrajado estava agora vivo diante deles (Jo 20.10-18).


O Comentário Devocional da Bíblia (CPAD) afirma: “A primeira reação à descoberta de que o sepulcro de Jesus estava vazio foi de pânico. Alguém devia ter roubado o corpo! João, o ‘outro discípulo’, viu os panos em que Jesus fora envolvido sobre uma laje de pedra e supôs que o corpo de Jesus ainda estava lá. Pedro inclinou-se, entrou e descobriu que os lençóis de linho que envolviam o corpo de Cristo estavam vazios! Não havia nenhum corpo dentro! João entrou e viu os lençóis e os lenço que tinha estado sobre a cabeça de Jesus. A prova era indiscutível. Os dois não entenderam, mas sabiam. Jesus ressuscitara dos mortos. Não existe nenhum acontecimento na história antiga que tenha sido mias documentado do que a morte e ressurreição de Jesus. A prova é indiscutível. As pessoas não têm de entender. Mas qualquer exame cuidadoso do testemunho obriga à crença de que Jesus realmente ressuscitou” (2012, p.709).


Ao testemunharem que Jesus havia ressuscitado, João e Pedro rapidamente foram ao encontro dos demais discípulos para confirmar as palavras de Maria Madalena: Jesus ressuscitou! (Jo 20.1-9). Não era mais só o testemunho dela; eles mesmos contemplaram que a ressurreição era real. Não é só o que lemos ou cremos, mas a experiência com o Espírito Santo nos testifica que nossa esperança no Cristo ressuscitado não é debalde (At 1.8). Ele renova a fé e fortalece por Sua graça até o fim.


FONTE: Revista Ensinador Cristão. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2025, Ed. 101, p.42.


21 junho 2025

A RESSURREIÇÃO DE JESUS

(Comentário do 3° tópico da Lição 12: Do julgamento à ressurreição)

Ev. WELIANO PIRES

O terceiro tópico nos fala da Ressurreição de Jesus, que foi a primeira desta natureza. Inicialmente, falaremos do túmulo vazio, como evidência clara da ressurreição de Jesus. Na sequência, falaremos da ressurreição de Jesus como base da Fé Cristã. Por último, veremos que o Cristo Ressurreto quebra a incredulidade. Depois de ressuscitado, Jesus apareceu a várias pessoas que inicialmente não creram no testemunho daqueles que o haviam visto ressurreto. 


1. O Túmulo Vazio. Jesus havia falado várias vezes aos seus discípulos sobre a sua morte e também sobre a ressurreição. Mas eles continuavam céticos e sem entender. João iniciou o capítulo 20 dizendo que Maria Madalena foi ao sepulcro de Jesus, na manhã de domingo, sendo ainda escuro, e constatou que a pedra da entrada do túmulo havia sido removida. Diante deste fato, ela correu e contou a Pedro e a João. Estes apóstolos também foram ao sepulcro e constataram que ele estava vazio. 


O relato de João não entra em detalhes aqui, mas Marcos e Lucas relataram que Maria Madalena foi ao sepulcro na companhia de Maria, mãe de Tiago, e Salomé. Elas compraram especiarias para ungir o corpo de Jesus, sendo já o dia da ressurreição. Portanto, não esperavam que Ele ressuscitaria. 


Chegando ao local e vendo a pedra removida, entraram e viram que o túmulo estava vazio. Elas ficaram atemorizadas, imaginando que o corpo do Senhor tivesse sido furtado. Mas apareceram dois anjos vestidos com vestes resplandecentes e anunciaram que Jesus havia ressuscitado (Mc 16.1-7; Lc 24.1-7). 


Esta é uma das principais diferenças entre Jesus e os fundadores de outras religiões. Se formos aos sepulcros deles, encontraremos a informação: aqui jaz o mestre fulano de tal. Mas no túmulo de Jesus, em Jerusalém, está escrito: Ele não está aqui, pois já ressuscitou. 


2. A Ressurreição como base da Fé Cristã. A ressurreição é a base da Fé Cristã. Sem ressurreição não há Cristianismo. O apóstolo Paulo na primeira Epístola aos Coríntios, dedicou o capítulo 15 inteiro para falar da ressurreição dos mortos, porque havia pessoas naquela Igreja que não acreditavam na ressurreição.


O apóstolo iniciou dizendo que Cristo morreu pelos nossos pecados, foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. Em seguida falou que Ele foi visto por Pedro, depois pelo colégio apostólico e por mais de quinhentos irmãos, a maioria dos quais ainda eram vivos na época. Depois foi visto por Tiago (o irmão de Jesus) e pelo próprio Paulo.


Depois de apresentar tantas testemunhas da ressurreição de Cristo, Paulo disse que se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou e se Cristo não ressuscitou, a nossa fé é vã. Em outras palavras, a ressurreição de Cristo é a garantia da nossa ressurreição. Portanto, se alguém não acredita que Jesus ressuscitou não pode ser considerado cristão. 


3. O Cristo Ressurreto quebra a incredulidade. Praticamente todos os discípulos de Jesus tiveram dificuldade de acreditar na ressurreição. O que deixou isso mais claro foi Tomé, porque era absolutamente sincero e falava o que pensava. Muitas pessoas o criticam e o associam à incredulidade, mas os outros também não creram. A diferença é que Tomé admitiu que não creria, se não colocasse o dedo nos sinais dos cravos e a mão no local do local do ferimento da lança. 


Os outros discípulos viram o sepulcro vazio, mas não creram que Jesus havia ressuscitado. Pensavam que alguém tivesse levado o seu corpo. Mesmo depois que as mulheres viram Jesus e lhe contaram, eles não creram. Os discípulos do caminho de Emaús ouviram os testemunhos e também não creram. 


Entretanto, após verem o Cristo Ressurreto, a incredulidade foi quebrada. Tomé, ao ver Jesus ressuscitado, exclamou: Senhor meu e Deus meu! Da mesma forma, Pedro e os demais apóstolos viram Jesus ressuscitado e a incredulidade foi quebrada. Saulo de Tarso, o terrível perseguidor da Igreja, ao ter um encontro com o Cristo Ressurreto, rendeu-se a Ele e nunca mais foi o mesmo. A partir daquele instante, o viver para ele era Cristo e o morrer era lucro. 


19 junho 2025

CRUCIFICAÇÃO, MORTE E SEPULTAMENTO DE JESUS

(Comentário do 2° tópico da Lição 12: Do julgamento à ressurreição) 

Ev. WELIANO PIRES 

No segundo tópico, falaremos dos acontecimentos relacionados à crucificação, morte e sepultamento de Jesus. Inicialmente, falaremos da trajetória até o Monte chamado Calvário, onde o crucificaram. Na sequência, falaremos do encerramento da missão de Jesus como homem neste mundo, quando declarou: Está consumado!. Por último, falaremos dos detalhes do sepultamento de Jesus. 

1. O caminho do Calvário. Pilatos tentou de várias formas impedir a crucificação de Jesus, pois não via nele nenhum crime e sabia que os judeus queriam matá-lo por ódio e inveja (Mc 15.10). Vendo que não conseguiria demovê-los da obsessão de matar Jesus, Pilatos lavou as mãos, na tentativa de se eximir da responsabilidade pela morte de um inocente (Mt 27.24). 

A partir daí, os soldados conduziram Jesus, sob espancamentos e humilhações, a um monte chamado em aramaico de “Gólgota", que significa “lugar da caveira”. Alguns comentaristas sugerem que este nome se dá devido à semelhança entre o formato daquele monte e uma caveira. Mas não há como saber ao certo, pois não sabemos a localização exata deste local. Outros dizem que é porque naquele lugar muitos condenados eram executados e as suas ossadas (caveiras) ficavam lá. O nome grego era kranion, que significa “caveira”. Calvário é a transliteração da palavra latina “Calvaria”, que significa caveira. Forçaram Jesus a levar a cruz até este local, onde o crucificaram ao no meio de dois criminosos. Cumpriu-se aqui a profecia de Isaías 53.12, que diz que ele “foi contado com os transgressores”.

Do ponto de vista bíblico, é impossível negar a morte de Jesus, pois há abundantes comprovações. Não há como negar a morte de Jesus sem negar as Escrituras. Mas, além da confirmação bíblica, a morte de Jesus é confirmada também pela história, inclusive por historiadores que não eram cristãos, como o judeu Flávio Josefo e o romano Tácito. Mas há hereges, tanto no passado quanto no presente, que negam que Jesus morreu e dizem que foi outra pessoa que morreu em seu lugar. Entretanto, a Bíblia diz o contrário disso: foi Jesus quem morreu no lugar de outras pessoas. 

2. A missão foi encerrada. João não trouxe muitos detalhes sobre os momentos finais de Jesus depois de ter sido crucificado. Entretanto, Lucas, que era historiador e colheu informações com várias pessoas que presenciaram aquele momento, registrou as zombarias dos soldados, as palavras de Jesus pedindo ao Pai que perdoasse os seus algozes, o arrependimento de um dos criminosos e  a blasfêmia do outro, o escurecimento do sol e o terremoto, a rasgadura do véu do templo e o reconhecimento de um centurião de que Jesus era justo, por causa desses acontecimentos. 

João deu ênfase às mulheres que acompanharam Jesus ao pé da Cruz e às palavras de Jesus dirigidas a ele para que recebesse Maria em sua casa como sua mãe, e a Maria para que o recebesse como filho. Os católicos se apegam nisso, para defender a posição de Maria como mãe dos cristãos. Mas Jesus não disse isso a nenhum outro cristão, apenas a João. 

Sabendo que a sua obra na cruz havia chegado ao fim e que as profecias haviam se cumprido, Jesus disse que estava com sede. Deram-lhe uma esponja encharcada de vinagre, que causaria mais sede ainda. O vinagre aqui não se refere ao vinagre atual que usamos na cozinha. Aqui é uma palavra genérica para se referir a uma espécie de bebida inebriante que os soldados ofereciam aos condenados para aliviar a dor. O texto de Mateus diz que deram vinagre misturado com fel e Jesus recusou. Esta mistura era anestesiante e poderia aliviar o sofrimento, pois Jesus não quis tomar. João, no entanto, falava de outro momento e disse que Jesus tomou o vinagre. 

Depois disso, Jesus proferiu a expressão  grega “Tetelestai”, que significa “está consumado”, ou “foi concluído”. A missão de Jesus entregar-se em sacrifício a Deus por nós estava encerrada. Após pronunciar a expressão tetelestai, Jesus dirigiu-se ao Pai e disse: Em tuas mãos, entrego meu espírito. Tendo dito isso, expirou. A partir deste instante, o corpo de Jesus estava morto, como o de qualquer ser humano quando morre. Mas, o que aconteceu com o seu espírito? Para onde Ele foi? Alguns pregadores emocionalistas tentam dramatizar este momento e criam teses equivocadas que não tem nenhum fundamento bíblico. 

O primeiro equívoco é dizer que houve uma festa no inferno para comemorar a morte de Jesus, que foi interrompida quando Jesus chegou lá. É preciso esclarecer, em primeiro lugar, que o diabo e seus anjos não estão no inferno, pois este não foi inaugurado ainda. Eles estão nas regiões celestiais e na terra. Em segundo lugar, é preciso esclarecer também que o inimigo não tinha nada a comemorar. Diferente de muitos crentes, ele conhece as Escrituras e sabia que a morte de Cristo representava a vitória contra o pecado e a morte. Por isso, ele tentou até o fim, evitar que Jesus fosse à cruz. 

Outro equívoco destes pregadores é dizer que Jesus foi ao inferno e tomou as chaves da morte e do inferno, das mãos do diabo. Ora, o diabo nunca teve chave de lugar algum. O controle da morte sempre esteve nas mãos de Deus. É Ele quem dá a vida e tira (1 Sm 2.6). Mas a Bíblia não diz que Jesus tomou as chaves da morte e do inferno? Não! A Bíblia que Ele tem as chaves da morte e do inferno, pois sempre teve: “E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno”. (Ap 1.18). 

3. O Sepultamento. A morte por crucificação prolongava o sofrimento dos condenados, que às vezes demoravam alguns dias agonizando até morrer. Por causa da festa da Páscoa, os judeus não queriam que os corpos crucificados permanecessem naquele local à vista das pessoas que viriam à festa. Por isso, pediram autorização a Pilatos para quebrar-lhes as pernas a fim de apressar a morte e tirá-los da cruz. Mas, quando chegaram próximo a Jesus, Ele já havia entregado o seu espírito ao Pai. Por isso não lhe quebraram as pernas, mas um soldado furou o seu lado e saiu sangue misturado com água. 

Havia um discípulo de Jesus chamado José, que era da cidade de Arimatéia. Este era um homem rico, membro do Sinédrio e era discípulo de Jesus em oculto, por medo dos judeus. Este foi a Pilatos e pediu que liberasse o corpo de Jesus, para que ele o sepultasse. Nicodemos, outro discípulo secreto de Jesus, comprou especiarias para preparar o corpo para o sepultamento e foi com José de Arimatéia. 

Jesus foi sepultado em um sepulcro novo, aberto em uma rocha. Os judeus rogaram a Pilatos que colocasse guardas na entrada do sepulcro, para evitar que os discípulos furtassem o corpo de Jesus e mentissem ao povo dizendo que Jesus ressuscitou. Muitos céticos que não crêem na ressurreição, insistem em dizer que o corpo de Jesus foi furtado. Mas, não há nenhum fundamento nisso, pois além da segurança ter sido reforçada, a ressurreição de Jesus teve muitas testemunhas, como veremos no próximo tópico. 

18 junho 2025

A PRISÃO E A CONDENAÇÃO DE JESUS

(Comentário do 1º tópico da Lição 12: Do julgamento à ressurreição)

Ev. WELIANO PIRES

No primeiro tópico, falaremos dos detalhes da prisão de Jesus no Jardim do Getsêmani, que fica no Monte das Oliveiras, e sua condenação à morte. Inicialmente, falaremos do contexto em que se deu a prisão. Na sequência, trataremos dos interrogatórios feitos pelo Sumo Sacerdote Caifás e pelo governador da Judéia, Pôncio Pilatos. Por último, falaremos da condenação de Jesus à morte, por ordem de Pilatos. 

1. A prisão. A prisão de Jesus estava repleta de ilegalidades, tanto pelas leis judaicas, quanto pelas leis romanas. Ele foi preso às pressas, em uma noite de sexta-feira, véspera da Páscoa, sem ter cometido crime algum e sem que houvesse nenhuma denúncia formal contra Ele. Foi uma trama orquestrada pelas autoridades judaicas, que buscavam uma ocasião para acusá-lo e condená-lo à morte. 

Pelas leis judaicas, um judeu não poderia ter sido preso na noite que antecede a Páscoa, pois era uma confraternização familiar chamada Sêder, na qual se recordava a libertação do Egito. Nesse período de confraternizações, os judeus ficavam em suas casas reunidos com a família. Nenhum judeu poderia ser preso nesse período.

Segundo o professor Roberto Victor Pereira Ribeiro, advogado, escritor e professor de direito penal, do ponto de vista das leis romanas, esta prisão também foi ilegal por ter sido realizada à noite, sem que houvesse nenhuma denúncia ou acusação formal contra Jesus. Além disso, segundo o professor, a legislação romana exigia que houvesse um indiciamento formal antes da detenção, o que também não aconteceu no caso de Jesus. 

Depois de ser detido ilegalmente, Jesus foi conduzido sob torturas e humilhações, à casa de Anás, que era o sogro de Caifás, o sumo sacerdote. Jesus estava desarmado, não resistiu à prisão e não desrespeitou ninguém para ser espancado daquela forma brutal. Pedro seguiu a Jesus de longe e na casa do sumo sacerdote, ao ser indagado se era discípulo de Jesus, o negou por três vezes. Por fim, Jesus foi conduzido ao palácio de Pilatos, governador da Judéia, para ser interrogado por ele. 

2. O interrogatório. Assim como a prisão, o interrogatório de Jesus também foi uma farsa, cheia de ilegalidades, movido por ódio e inveja, baseado em falsos testemunhos. Pilatos o interrogou e não encontrou crime algum nele. João não registrou, mas Jesus foi encaminhado também a Herodes, porque Jesus era tido como galileu e a Galileia era jurisdição de Herodes. 

Ao interrogá-lo e não obter nenhuma resposta, Herodes o desprezou e o mandou de volta a Pilatos. Como era Páscoa, Pilatos devolveu-o aos judeus, dando-lhes a possibilidade de escolherem entre Jesus e um criminoso chamado Barrabás, para que condenassem um e soltassem o outro. A multidão, orientada pelas autoridades religiosas, escolheu libertar Barrabás e crucificar Jesus.

3. A condenação. Diante da escolha por Barrabás, Pilatos ordenou que açoitassem a Jesus e o levassem para ser crucificado. A partir daí, iniciou-se uma série de torturas horripilantes contra o Mestre. Teceram uma coroa de espinhos pontiagudos que feriam-lhe o crânio, fazendo o sangue escorrer pelo seu rosto, para desdenhar da sua realeza. 

Todos estes sofrimentos horrendos, cumpriram a profecia de Isaías que diz: “Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados”. (Is 53.4,5).

Naquele momento, o Senhor tomou sobre o seu corpo as nossas dores e iniquidades, pagando o preço pelos nossos pecados. Ele jamais cometeu crime ou pecado algum. Foi condenado em um tribunal de exceção, por uma multidão raivosa, sem nenhuma prova de crime. Ele sofreu tudo aquilo pelos nossos pecados. O hino 484 da Harpa Cristã descreve isso muito bem na primeira estrofe: 


Houve Um que morreu por meus crimes na cruz,

‘Inda indigno e vil como sou;

Sou feliz, pois Seu sangue verteu meu Jesus

E com este, meus crimes lavou.


REFERÊNCIAS: 


CABRAL, Elienai. E o Verbo se fez carne: Jesus sob o olhar do apóstolo do amor. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2025.

Revista Ensinador Cristão. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2025, Ed. 101, p.42.

Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Volume 1. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2024, p.603, 605-606.

A MANIFESTAÇÃO DO AMOR NA SOLIDARIEDADE CRISTÃ

(Comentário do 3⁰ tópico da Lição 05: Uma Igreja cheia de amor). Ev. WELIANO PIRES   No terceiro tópico, falaremos da manifestação do amor a...