29 janeiro 2022

LIÇÃO 6: A BÍBLIA COMO UM GUIA PARA A VIDA


TEXTO ÁUREO:

“Lâmpada para os meus pés é tua palavra e luz, para o meu caminho.” (Sl 119.105)  


VERDADE PRÁTICA:

A Bíblia é um guia seguro para a nossa caminhada cristã. Alicerçados nos ensinos da Palavra de Deus, somos instigados a viver com sabedoria e prudência.


LEITURA DIÁRIA

Segunda – feira 1 Co 10.4 

Nossa vida deve ser edificada na rocha, que é o próprio Cristo, e a sua Palavra   

Terça – feira Jo 8.12 

Cristo é a luz do mundo e quem o segue não anda em trevas   

Quarta – feira Pv 3.7 

O mero conhecimento sem a prática não produz sabedoria   

Quinta – feira Pv 2.6 

Deus é a fonte de toda a verdadeira sabedoria   

Sexta – feira Ef 1.7,8 

A graça de Deus nos faz alcançar o perdão, e ainda a sabedoria e a prudência   

Sábado – Ef 5.15 

A Bíblia nos exorta a viver prudentemente, e não como néscios    


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Salmos 119.97-105


97 – Oh! Quanto amo a tua lei! É a minha meditação em todo o dia.   

98 – Tu, pelos teus mandamentos, me fazes mais sábio que os meus inimigos, pois estão sempre comigo.   

99 – Tenho mais entendimento do que todos os meus mestres, porque medito nos teus testemunhos.   

100 – Sou mais prudente do que os velhos, porque guardo os teus preceitos.   

101- Desviei os meus pés de todo caminho mau, para observar a tua palavra.   

102 – Não me apartei dos teus juízos, porque tu me ensinaste.   

103 – Oh! Quão doces são as tuas palavras ao meu paladar! Mais doces do que o mel à minha boca.   

104 – Pelos teus mandamentos, alcancei entendimento; pelo que aborreço todo falso caminho.   

105 – Lâmpada para os meus pés é tua palavra e luz, para o meu caminho.   


Hinos Sugeridos: 141, 458, 498 da Harpa Cristã    


PLANO DE AULA


1- INTRODUÇÃO

Nesta lição, temos como propósito mostrar que a Bíblia é um verdadeiro guia para a nossa vida. Quem põe em prática seus ensinamentos será considerado um verdadeiro sábio. A Bíblia é um livro divino que nos ensina a sabedoria de todas as áreas da vida. Neste livro está presente o que precisamos para viver de maneira que glorifique a Deus. Que os nossos alunos permitam que a Bíblia seja o guia da vida deles!  


2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição: 

I) Enfatizar que o crente deve alicerçar a sua vida na Bíblia; 

II) Esclarecer que Deus é a fonte da verdadeira sabedoria;

III) Mostrar que o salvo em Cristo deve viver com sabedoria e prudência. 

B) Motivação: 

A sabedoria e a prudência são virtudes que resultam do propósito resoluto de viver os ensinamentos da Bíblia. Quem as leva sério e as põem em prática se torna mais sábio e prudente na maneira de viver. 

C) Sugestão de Método: 

Escolha um trecho do livro de Provérbios e mostre a atemporalidade da sabedoria ali presente no texto. As opções de textos bíblicos de sabedoria são abundantes. Explique que o livro de Provérbios foi escrito com 0 propósito de fazer dos leitores, pessoas mais sábias.  


3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: Desafie a classe a colocar em prática a sabedoria das Escrituras. Aqui você pode usar o mesmo trecho escolhido em Provérbios para encorajar os alunos a praticar uma verdadeira sabedoria.  


4- SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão: Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios às Lições Bíblicas. Na edição 88, p.39, você encontrará um subsídio especial para esta lição 

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará um auxílio que dará suporte na preparação de sua aula: 

1) O texto “Entenda a História da Escritura como Todo” aprofunda o primeiro tópico, mostrando a importância de compreender a Bíblia de maneira global para aplicá-la como guia em nossa vida; 

2) O texto “O Caráter do Professor Cristão” auxilia na aplicação do segundo tópico de maneira que o docente da Escola Dominical tenha um caráter guiado pela Bíblia no dia a dia.    


INTRODUÇÃO 


A Bíblia, quando obedecida, torna-se um verdadeiro guia para o viver cristão. Cristo nos adverte ao exame das Escrituras porque nelas estão reveladas as palavras de vida eterna (Jo 5.39). Tiago assevera que a Palavra de Deus transforma a nossa natureza, e nos conduz pela vereda da salvação (Tg 1.21). Nesta lição, veremos que a Escritura é um alicerce constituído de sabedoria e prudência para a vida.    


Ponto Chave: GUIA


I – A BÍBLIA É UM ALICERCE PARA A VIDA


1. A Palavra de Deus é alicerce. Importante ressaltar que a Bíblia é a única infalível revelação escrita, divinamente inspirada (2 Tm 3.16; Ap 1.1). Quem ouve e coloca em prática a Palavra de Deus é comparado a uma pessoa prudente cuja casa é alicerçada sobre a rocha (Mt 7.24). Nesta ilustração de Jesus, a casa simboliza a vida. A vida deve ser edificada nos ensinos de Cristo a fim de alcançar a virtude e um destino glorioso (Jo 3.16). O próprio Cristo é a rocha (l Co 10.4). Ele tem as palavras de vida eterna (Jo 6.68). A síntese desse grande ensinamento é que nem as crises dessa vida e nem a eternidade poderá abalar quem está firmado em Cristo e na sua Palavra (Mt 7.25).  


2. A Palavra de Deus é luz. Os Salmos declaram que a Palavra de Deus é “lâmpada para os pés” e “luz para o caminho” (Sl 119.105). Significa que a Bíblia possui orientações para cada passo do nosso viver e instruções para todo o curso da nossa vida. Pedro fala da Palavra com o “um a luz que alumia em lugar escuro” (2 Pe 1.19). Quer dizer que a luz das Escrituras dissipa a escuridão espiritual e nos conduz em segurança pelo caminho da vida eterna. Cristo disse: “ Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas” (Jo 8.12); e Paulo ensina que devemos andar como filhos da luz (Ef 5.8), isto é, afastados da prática do pecado (1 Jo 3.6). 


3. A Palavra de Deus é imutável. Tendo a inspiração divina como pressuposto, ratificamos novamente que a Palavra de Deus é a nossa autoridade final de fé e prática (2 Pe 1.21). A Bíblia difere de outros livros porque seus ensinos são fidedignos e confiáveis, não erram e nem falham (Jo 10.35). Desse modo, o texto bíblico permanece inalterado (Mc 13.31). Por conseguinte, os princípios bíblicos têm aplicação hoje, assim como o tiveram antigamente (Is 55.11) – Os padrões da ética e da moral cristã não sofrem mudanças (l Pe 1.20). Portanto, os valores cristãos são permanentes, pois a fonte de autoridade é permanente (Mt 5.18). Assim sendo, o comportamento e o caráter do cristão se alicerçam nas doutrinas bíblicas (Ef 2.20).  


SINÓPSE I

A vida do crente está alicerçada na imutável Palavra de Deus: a luz para o nosso caminho.


AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO


“Entenda a História da Escritura como um Todo Um aspecto de importância vital sobre a Bíblia em seu contexto é compreender a sua história global. Uma razão pela qual temos dificuldade em entender e viver os trechos da Bíblia é que não conseguimos compreender o quadro geral, a história global. Perguntei a David [S. Dockery] sobre a importância de compreender o panorama geral da Bíblia. Ele respondeu: ‘Acredito que precisamos entender a grande história, desde a criação até o livro de Apocalipse, e entender que Deus não se revelou apenas em determinados momentos, para pessoas em particular, mas o fez de forma progressiva.  


À medida que o tempo passava na história bíblica. Deus revelou mais e mais aspectos de seu plano para a humanidade. Nós vemos a progressão, por exemplo, nas alianças que Ele fez com as pessoas. Ele fez uma aliança com Abraão, uma aliança que foi amplificada com Davi, e depois ainda mais ampliada na nova aliança prometida em Jeremias. A aliança se cumpre quando começamos ler Mateus 1, à medida que Mateus traça a genealogia e a história de Jesus através das alianças do Antigo Testamento. […] O panorama geral evita que leiam os passagens fora do contexto ou atribuímos à Bíblia algo que não está nela’” 

GUTHRIE, George. Lendo a Bíblia Para a Vida: Seu Guia para Entender e Viver a Palavra de Deus. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2014, p.35)    


II – A BÍBLIA NOS TORNA PESSOAS SÁBIAS


1.   O conceito de sabedoria. O substantivo hebraico para sabedoria é hokmãh; e o seu correspondente em grego é sophia. Ambas as palavras têm o sentido de “ habilidade”, “experiência” e “ qualidade de quem é sábio”. A obra Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal assegura que “ a sabedoria reúne o conhecimento da verdade com a experiência do cotidiano”. Significa que o conhecimento absorvido pela mente deve ser aplicado em todas as situações da vida (Pv 4.5-8 ). Nesse aspecto, o conhecimento sem a prática não produz sabedoria (Pv 3.7).  


2. Deus é a fonte da sabedoria. A sabedoria é um dos atributos divinos (Dn 2.20; Rm 16.27). Portanto, Deus é a sua fonte (Pv 2.6; Ef 1.16,17). A sabedoria divina é inescrutável (Rm 11.33) Toda a sabedoria dos santos provém da parte de Deus (Ef 1.8,9). Em resumo, visto que Deus é a verdadeira sabedoria, as suas palavras e seus atos são igualmente sábios (Sl 19.7; Pv 3.19). Nesse sentido, todos que vivem de acordo com os preceitos da Palavra de Deus são considerados pessoas sábias (l Co 2.6,7).  


3. O temor é o princípio da sabedoria. A Bíblia registra que “O temor do Senhor é o princípio do saber” (Pv 1.7 – NAA). A frase “ temor do Senhor” não significa ter medo de Deus, mas expressa reverência e adoração (Dt 10.12). Essa atitude é o preceito pelo qual se inicia a sabedoria. O temor a Deus produz entendimento (Rm 12.1,2). E, por meio da obediência às Escrituras, os cristãos passam a viver como pessoas sábias (Ef 5.15). Em contraste, os que rejeitam ao Senhor e à sua Palavra permanecem na ignorância (Sl 14.1). 


4. Os benefícios da sabedoria. O salmista declara que o ato de meditar na Palavra de Deus, o tornou mais sábio do que todos à sua volta (Sl 119.98-100). Essa afirmação significa que ele adquiriu sabedoria ao aplicar os preceitos do Senhor na sua vida. Salomão assegura que a pessoa sábia tem muitos benefícios (Pv 9.12). Dentre eles, acumula conhecimento (Pv 10.14); ganha alma (Pv 11.30); tornar-se próspero (Pv 19.8); e exerce domínio próprio (Pv 29.11). Em vista disso, somos advertidos a empregar esforços na busca da sabedoria (Pv 4.7)  


SINOPSE II

Deus é a fonte da sabedoria e, por isso, o temor do Senhor é o princípio de toda a sabedoria. Logo, meditar e aplicar a Bíblia em nossa vida nos torna pessoas sábias.


AUXÍLIO DE EDUCAÇÃO CRISTÃ

 

“O Caráter do Professor Cristão S. Lewis admite que muitas pessoas reconhecem que certas qualidades de caráter (prudência, temperança, justiça e fortaleza, ou seja, ‘virtudes cardeais’) são virtuosas e valem a pena perseguir. Contudo, ele sugere que os cristão s identificam virtudes fora do escopo da norma. Entre as virtudes teológicas, estão a fé, a caridade e a esperança (centradas em Deus; Pv 18.2; 19.3; 23.9). Enquanto a Bíblia defende a abnegação, a humildade, a generosidade e a compaixão para com os outros, o mundo defende o egocentrismo, o orgulho, o consumo e o julgamento. A maturidade em Cristo evidencia-se no fruto do Espírito, no crescimento em conhecimento, no fortalecimento cada vez maior em perseverança e paciência e, por fim, no ser agradecido. […] A verdadeira transformação da mente do cristão manifesta-se na transformação do caráter e no testemunho verbal e não verbal. […] Torna-se claro que a verdade da Palavra de Deus é realmente ‘aprendida’ quando é vivida na comunidade de fé e no mundo” (LINHART, Terry. Ensinando as Próximas Gerações: O Guia Definitivo do Professor de Jovens. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.51-52).    


III – A BÍBLIA E A PRUDÊNCIA PARA A VIDA


1.   O conceito de prudência. O Dicionário Wycliffe esclarece que o termo hebraico arum é usado no sentido positivo para identificar uma pessoa sensata (Pv 14.8,15,18; 15.5), e que o adjetivo grego synetos enfatiza uma decisão inteligente (Pv 16.21). O Dicionário Vine destaca que o substantivo grego phronesis e suas declinações denotam sabedoria prática (Lc 1.17; Ef 1.8), e que synetos sugere avaliação que precede a ação (l Co 1.19). Em termos gerais, a prudência é a virtude que evita ações temerárias. Nesse aspecto, com cautela e bom senso, uma pessoa prudente é capaz de discernir e fazer a escolha correta (Dt 30.19; Lc 10.42).  


2. A prudência dos justos. A pregação de João Batista tinha como finalidade converter “ os rebeldes à prudência dos justos” (Lc 1.17). Nesse sentido, a mensagem da salvação em Cristo não apenas restaura o pecador, mas também o faz andar por veredas de retidão (Pv 4.18; 2 Co 5.17). Paulo declara que a graça de Deus nos traz sabedoria e prudência (Ef 1.8). A sabedoria para compreender a verdade, e a prudência para agir corretamente, segundo a vontade de Deus (Ef 1.9). Essas dádivas são aperfeiçoadas pela oração, leitura das Escrituras e comunhão com o Espírito Santo (l Ts 5.17; 2 Tm 3.14-15; Ef 5.18). 


3. Os benefícios da prudência. O livro de Provérbios descreve os benefícios da prudência (Pv 1.1-6 ). Dentre eles, destaca-se: o autocontrole para não revidar ofensas (Pv 12.16); a humildade para não exibir conhecimento (Pv 12.23); a correta tomada de decisões (Pv 13.16); o pensar antes de agir para não ser influenciado (Pv 14.15); O alcance de boa reputação e alta posição (Pv 1 4 -35); a sujeição ao aprendizado e a correção (Pv 15.5); e o desviar-se do perigo por meio de soluções antecipadas (Pv 22.3). Nos Evangelhos, Cristo enfatizou que a pessoa prudente tem a Palavra de Deus como regra de vida (Mt 7.24); procede com retidão e cumpre seus deveres com fidelidade (Mt 24.45 ); por fim , cuida com esmero da sua vida espiritual e mantém acesa a chama do Espírito (Mt 25.4). Em vista disso, a Bíblia nos exorta a viver prudentemente, e não como néscios (Ef 5.15).  


CONCLUSÃO

A Bíblia é um guia seguro para a nossa caminhada cristã. O texto sagrado aponta para Cristo: o único caminho que leva à vida (Mt 7.14). Nessa nobre tarefa, a imutável Palavra de Deus alumia o caminho que devemos trilhar. Assim , por meio da obediência às Escrituras, e o temor a Deus, recebem a sabedoria e prudência em nosso andar como filhos da luz (Ef 5.8).    


SINOPSE II

A prudência é a sabedoria na prática. Ela nos leva a agir corretamente e sem precipitações, segundo a vontade de Deus.


REVISANDO O CONTEÚDO


1 - Quem ouve e coloca em prática a Palavra de Deus é comparado a quê?

Quem ouve e coloca em prática a Palavra de Deus é comparado a um a pessoa prudente cuja casa é alicerçada sobre a rocha (Mt 7.24).  


2- Por que os valores cristãos são permanentes?

Os valores cristãos são permanentes, pois a fonte de autoridade é permanente (Mt 5.18).  


3- O conhecimento sem a prática produz sabedoria?

Não. O conhecimento sem a prática não produz sabedoria (Pv 3.7).  


4- Que ato, segundo o salmista, torna a pessoa mais sábia?

O salmista declara que o ato de meditar na Palavra de Deus o tornará mais sábio que todos à sua volta (Sl 119.98-100).  


5- Cite pelo menos três benefícios da prudência.

Autocontrole, humildade e pensar antes de agir.  


28 janeiro 2022

REGRAS BÁSICAS DE INTERPRETAÇÃO

Comentário do 3° tópico da lição 5: Como ler as Escrituras)


Neste terceiro tópico, falaremos um pouco sobre  as regras básicas para interpretação da Bíblia. Conforme já dissemos, a  interpretação do texto bíblico não é tão simples como a de um texto comum, escrito em nossa língua, em nossa região, por um autor que é nosso contemporâneo. As Escrituras são um conjunto de livros, escritos por autores diferentes, de culturas diferentes, que viveram em épocas muito distantes. Por outro lado, a Bíblia é de origem divina, pois, Deus é o seu autor e ela forma uma harmonia entre os seus livros. Como interpretar corretamente os textos bíblicos? Que método devemos usar? Quem pode interpretar a Bíblia? Neste tópico vamos falar sobre hermenêutica bíblica e trazer respostas para estas perguntas. 


1. A Escritura é sua própria intérprete. A palavra “hermenêutica” vem do verbo grego “hermeneuein”, que significa “declarar”, “anunciar”, “interpretar”, tornar compreensível”. Esta palavra tem origem na mitologia grega. Na Grécia antiga, Hermes era um personagem mítico que, por sua capacidade de compreender e revelar, intermediava a mensagem dos deuses aos homens. Em termos simples, hermenêutica é a arte e a ciência da interpretação. 

Em vários campos das ciências humanas a hermenêutica é usada, como no direito, na literatura, na história, na filosofia, etc. A hermenêutica aproxima o leitor da intenção do autor.  No caso da interpretação bíblica, a hermenêutica nos fornece os princípios adequados para interpretar corretamente a Palavra de Deus. Não basta apenas ler o texto e interpretá-lo pela gramática do texto. É preciso considerar que a Bíblia é a Palavra de Deus, inerrante e infalível. Por isso precisamos da iluminação do Espírito Santo, como vimos no tópico anterior. 

Na Idade Média, a Igreja Católica chegou a proibir a leitura da Bíblia, alegando que somente os seus clérigos poderiam interpretar as Escrituras. Durante a Reforma Protestante, Martinho Lutero foi acusado de interpretar as Escrituras “pelo espírito humano”, contrariando a interpretação oficial da Igreja. Lutero, em sua defesa, afirmou que as Escrituras devem ser interpretadas por si mesmas:  

“Eu não quero ser elogiado por ser mais culto do que todos, mas por ter somente a Escritura por regra. Também não quero que ela seja interpretada pelo meu próprio espírito ou por qualquer espírito humano, mas entendida por si própria e por seu próprio espírito”. 

Esta afirmação de Lutero resultou na tese de que “a Bíblia é a sua própria intérprete''. Portanto, os textos que não estão muito claros em uma parte das Escrituras, podem ser explicados por outros mais claros, pois a Bíblia é uma unidade e o seu autor é Deus, que jamais se contradiz. 


2. Princípios de interpretação bíblica. Há várias regras para a interpretação correta das Escrituras. Para comentar todas elas aqui, deixaria o texto muito extenso. Quero destacar apenas três pontos fundamentais, que o intérprete da Bíblia deve se atentar:

a. A Bíblia interpreta-se a si mesma. Conforme vimos no item anterior, esta é a primeira e fundamental regra para a correta interpretação bíblica.

b. Os textos bíblicos devem sempre manter o seu sentido literal. Deve-se considerar também os recursos literários (poesia, figuras de linguagem, narrativas, profecia, etc.), mas é preciso ter cuidado com expressões simbólicas e alegóricas. 

c. O texto deve sempre ser lido dentro do respectivo contexto. Devemos sempre considerar que um texto é formado por uma sequência de palavras e frases, que não podem ser lidas separadamente, sob pena de se perder ou deturpar a intenção do autor. As palavras ou frases também podem ter sentidos diferentes, de acordo com o contexto em que estão situadas.    


3. Os perigos da hermenêutica pós-moderna. Conforme vimos, a hermenêutica bíblica é muito importante para nos aproximar do sentido original dos textos bíblicos e nos proporciona a correta interpretação. Entretanto, as regras da hermenêutica não são infalíveis e não podem ser igualadas à Bíblia. Necessitamos também da iluminação do Espírito Santo, para entender e discernir espiritualmente as coisas espirituais. 

Neste aspecto, rejeitamos a chamada hermenêutica pós-moderna. Esta forma de interpretação da Bíblia nega que existe um sentido absoluto para a verdade bíblica e busca rever e ressignificar a verdade revelada na Palavra de Deus. A teologia assembleiana rejeita qualquer interpretação que negue a inerrância, infalibilidade, inspiração divina e autoridade da Bíblia. 


REFERÊNCIAS:


BAPTISTA, Douglas. A Supremacia das Escrituras a inspirada, inerrante e infalível palavra de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2021.    

CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Editora Hagnos. Vol. 2. pag. 481.      

BENTO, Esdras Costa.  Hermenêutica Fácil e Descomplicada. Editora CPAD. 1 Ed. 2003. pag. 69-72; 96,97.

REVISED, Joseph Angus. História, Doutrina e Interpretação da Bíblia. Editora Hagnos, 1 Ed. 2008. 


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Pb. Weliano Pires

26 janeiro 2022

PRESSUPOSTOS PENTECOSTAIS PARA LER A BÍBLIA



Comentário do 2° tópico da lição 5: Como ler as Escrituras)


Os críticos do Pentecostalismo costumam nos acusar de valorizar mais a experiência do que a Palavra de Deus, ou colocá-la em pé de igualdade com ela. Entretanto, estas acusações não têm fundamento, pois o Movimento Pentecostal nasceu sob a égide das Escrituras e da oração. Não se deve confundir Pentecostalismo com Neopentecostalismo ou aberrações de pessoas que não conhecem a Palavra de Deus. 


1. Autoridade da Bíblia. Na lição 1, estudamos sobre a autoridade da Bíblia. Vimos naquela lição que a Bíblia é de origem divina. Ela é a revelação escrita que Deus fez de Si mesmo à humanidade. Falamos também sobre autenticidade e supremacia das Escrituras. Portanto, ao lermos as Escrituras, a primeira coisa que devemos ter em mente é que ela tem autoridade absoluta, pois é a inerrante, infalível e inspirada Palavra de Deus. 

Quando falamos de autoridade, devemos lembrar que somente Deus tem autoridade absoluta, pois Ele é o Criador de todas as coisas e, portanto, o Soberano do universo. Toda autoridade no Céu e na Terra pertence a Ele. Se alguém possuir alguma autoridade, ela foi concedida por Deus. Ao interrogar Jesus e ver que ele não lhe respondia, Pilatos indagou:

– Não respondes a mim? Não sabes que tenho autoridade para soltar-te, ou para mandar crucificar-te? (Jo 19.10)

Jesus lhe respondeu:

– Nenhuma autoridade terias contra mim, se não fosse concedida por meu Pai. (Jo 19.11). 

Portanto, a Palavra de Deus tem autoridade absoluta e não pode jamais ser questionada, relativizada ou desobedecida. Quem faz isso, peca contra Deus. 


2. A iluminação do Espírito Santo. O segundo pressuposto pentecostal para ler a Bíblia é a doutrina da iluminação do Espírito Santo. Nós pentecostais cremos que a Bíblia é a revelação escrita de Deus, produzida mediante a inspiração do Espírito Santo de Deus. Portanto, para se compreender esta revelação, precisamos da iluminação do Espírito Santo. A Bíblia não é um livro humano, para ser entendida somente através do intelecto humano na academia. 

O apóstolo Paulo, escrevendo aos Coríntios declarou: "Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente." (1 Co 2.14). Então, sendo a Bíblia a revelação de Deus, só é possível compreendê-la, mediante a ação do Espírito Santo em nossa mente. 

Entretanto, é preciso destacar que a iluminação do Espírito Santo para compreendermos as Escrituras não se trata de uma nova revelação ou nova inspiração divina. A Palavra de Deus é completa e suficiente. O Espírito Santo nos ajuda a compreender aquilo que já foi revelado. Paulo escreveu que "ainda que um dos apóstolos ou mesmo um anjo anunciasse outro Evangelho, além daquele que ele havia anunciado, deveria bater considerado anátema." (Gl 1.8). 


3. O valor da experiência. Somos chamados de pentecostais, porque acreditamos que aquilo que aconteceu com os discípulos no dia de Pentecostes, é válido para os nossos dias. Cremos na atualidade do batismo no Espírito Santo e dos dons espirituais. A base para a nossa crença, no entanto, não é a experiência ou uma nova revelação, como fazem algumas seitas, mas a própria Bíblia: "Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar.” (At 2.39). 

As doutrinas bíblicas devem ser vivenciadas pela Igreja de Cristo. O Cristianismo não é uma religião de discursos filosóficos e moralistas. O Espírito Santo passa a morar naqueles que crêem Jesus e opera os milagres na vida deles: o novo nascimento, a santificação, o Fruto do Espírito e concede dons espirituais, visando aquilo que for útil: “Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil.” (1 Co 12.7). 

As experiências ou mesmo os dons espirituais, no entanto, não podem ser equiparados à Palavra de Deus. Os dons espirituais podem e devem ser julgados pela Igreja (1 Co 12.10; 14.29; 1 Jo 4.1). Mas, a Palavra de Deus tem completa autoridade sobre a Igreja e não pode jamais ser julgada ou questionada. Os verdadeiros pentecostais interpretam as experiências ou manifestações espirituais à luz das Escrituras e não o contrário. Toda e qualquer experiência, milagre ou manifestação espiritual que não estiverem de acordo com as Escrituras devem ser rejeitados.


REFERÊNCIAS:


BAPTISTA, Douglas. A Supremacia das Escrituras a inspirada, inerrante e infalível palavra de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2021.    

CHAMPLIN, Russell Norman. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Editora Hagnos. Vol. 2. pág. 481.   

HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, págs..46,48.

REVISED, Joseph Angus. História, Doutrina e Interpretação da Bíblia. Editora Hagnos, 1 Ed. 2008.    


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Pb. Weliano Pires

25 janeiro 2022

A BÍBLIA PRECISA SER INTERPRETADA


Comentário do 1° tópico da lição 5: Como ler as Escrituras)


Nos primeiros anos de escola, assim que o aluno aprende a ler, logo em seguida são passadas narrativas para ele ler. Após a leitura vem os exercícios de interpretação do texto lido, para desenvolver a sua capacidade de interpretação de texto. Isto acontece porque não basta ler um texto, é preciso entender o que se leu. Com a Bíblia não é diferente. Além de lê-la, precisamos também compreender aquilo que lemos. Entretanto, não é uma tarefa tão simples. Interpretar um texto que foi escrito em nossa própria língua, em nosso país, em uma época próxima à que vivemos pode ser relativamente fácil. Mas, no caso da Bíblia, devido às nossas limitações, por causa da nossa natureza pecaminosa e por causa das particularidades da Bíblia, necessitamos de ferramentas que nos auxiliem na interpretação dos textos bíblicos.


1. A importância da exegese. A palavra "exegese" vem de dois termos gregos "ex" (fora) e "agein" (guiar). Significa, portanto, literalmente "guiar para fora". A junção destes dois termos deu origem à palavra exegese, que significa extrair de um texto o seu sentido ou intenção original. Em relação à Bíblia, o papel da exegese é buscar o significado e a intenção originais do texto bíblico e trazê-los ao leitor atual. Para se fazer uma exegese do texto bíblico, o leitor deve esvaziar-se completamente das suas ideologias e convicções pessoais e deixar que o texto fale por si mesmo. 


É muito importante que o intérprete da Bíblia, ao fazer a exegese do texto tenha em mãos um dicionário de língua portuguesa, um dicionário bíblico, uma concordância bíblica, um dicionário de palavras-chaves em hebraico e grego e mais de uma versão da Bíblia. Isso, certamente ajudará na compreensão e busca do sentido original dos textos bíblicos. Eu recomendo a Bíblia de Estudo Palavra-Chave, publicada pela CPAD, e a Concordância Bíblica de Stong. Ao contrário da exegese, existe outra ferramenta chamada "eisegese", que faz o oposto. Na eisegese, o intérprete traz as próprias teorias e convicções para dentro do texto bíblico e procura justificá-las usando a Bíblia, querendo fazê-la dizer aquilo que ela não diz. 


2. As limitações dos leitores. Todos nós, sem exceção alguma, somos limitados em vários aspectos. A primeira limitação que temos ao ler a Bíblia é a própria língua portuguesa. Na tradução da Bíblia para a nossa língua, feita por João Ferreira de Almeida e seus colaboradores, pois, ele morreu antes de concluída, foi usada uma linguagem culta, com características do português de Portugal. Naquela época, não se usavam pronomes de tratamento e muitas palavras surgiram depois, ou foram perdendo o seu sentido original. Muitos de nós temos dificuldade para entender a língua portuguesa, conjugar corretamente os seus verbos, usar a acentuação e pontuação adequados, entender as colocações pronominais, etc. Isso dificulta o entendimento do texto bíblico, mesmo em português. Vou citar três exemplos, que ilustram bem esta situação: 


Exemplo 1: 

Certa vez um presbítero, muito sério, por quem tenho muita consideração, leu o texto de João 4.26, da seguinte maneira: "Jesus disse-lhe: Eu sou eu, que falo contigo." Em seguida, começou a pregar, com a seguinte indagação: Será que eu posso dizer: eu sou eu? Eu não sou nada! Mas, Jesus,pode dizer: Eu sou eu! 

Embora ele estivesse correto em dizer que não somos nada, o texto que ele havia lido não diz "Eu sou eu". A mulher samaritana havia dito a Jesus, no versículo anterior: 

– Eu sei que o Messias (que se chama o Cristo) vem; quando ele vier, nos anunciará tudo." 

Jesus, então lhe respondeu: 

– Eu o sou, eu que falo contigo. 

O pregador subtraiu do texto o pronome oblíquo "O" e provavelmente não compreendeu o que ele significa. Este pronome substitui a palavra Messias. Em uma linguagem mais atualizada seria:

– Eu sou o Messias, eu que estou falando com você.


Exemplo 2. 

Em uma reportagem, apareceu a história de um certo "pastor", que supostamente teve uma revelação para que tivesse filho com uma mulher casada, da Igreja que ele era pastor. Para justificar esta abominação, ele usou o texto de Oséias 3.1 e leu-o da seguinte forma: "...Vai outra vez, ama uma mulher, amada de seu amigo e ADULTERA como o SENHOR ama os filhos de Israel…". Ele leu o texto, suprimindo o acento agudo e transformou o adjetivo "adúltera" no verbo adultera e entendeu que Deus havia mandado adulterar. O próprio repórter pediu para ver o texto e o questionou: 

– Mas tem um acento aqui, pastor! Aqui está dizendo “adúltera” e não “adultera.” 


Exemplo 3

Muitas pessoas lêem o texto de Romanos 12.13a: "Comunicai com os santos nas suas necessidades…" e concluem que devemos contar aos santos as nossas dificuldades. Mas não é isso que o texto diz. Comunicar neste texto tem o sentido de tomar parte ou ajudar, como está na Nova Versão Almeida: "Ajudem a suprir as necessidades dos santos." O pronome possessivo "suas" no texto, também se refere às necessidades dos outros e não às nossas próprias. 

Outra grande limitação nossa é compreender o sentido original dos textos bíblicos pois, eles foram escritos em outros idiomas, em outras culturas e em épocas muito distantes da que vivemos, como veremos a seguir. Claro que eu não estou sugerindo que todos os leitores da Bíblia sejam especialistas em hebraico, grego, arqueologia e cultura judaica, grega e romana. Estou apenas apontando a nossa limitação neste sentido. 


3. A natureza das Escrituras. Nas lições anteriores vimos algumas particularidades da Bíblia e as circunstâncias em que se deu a sua composição. A Bíblia foi escrita em hebraico, grego e alguns alguns trechos em aramaico. Estes três idiomas são muito diferentes do português. Além disso, a época em que a Bíblia foi escrita está muito distante de nós. Mesmo se estudarmos estes idiomas, ainda encontraremos dificuldades. O hebraico antigo e o aramaico não existem mais. O grego Koiné, também não é o mesmo grego que se fala atualmente. 

Há também os fatores culturais que são muito diferentes da nossa cultura. A Bíblia foi escrita na cultura oriental de milênios atrás. Mesmo se olharmos para Israel e para as nações citadas na Bíblia que ainda existem, são completamente diferentes dos tempos bíblicos. Portanto, é necessário considerar os aspectos culturais, gramaticais, filosóficos, religiosos e geográficos dos tempos bíblicos, para interpretarmos corretamente um texto bíblico. 


REFERÊNCIAS:


BAPTISTA, Douglas. A Supremacia das Escrituras a inspirada, inerrante e infalível palavra de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2021.    

REVISED. Joseph Angus. História, Doutrina e Interpretação da Bíblia. Editora Hagnos, 1 Ed. 2008.    

STEIN. Robert H. Guia básico para a interpretação da Bíblia. 1 Ed. 1999. Editora CPAD. pág. 15.    

CHAMPLIN, Russell Norman. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Editora Hagnos. Vol. 3. pág. 617.    

SILVA, Antônio Gilberto da. A Bíblia através dos séculos. Editora: CPAD. 15 Edição 2004.    

ARTHUR, Walkington. A inspiração divina da Bíblia. Editora Monergismo. 1ª edição, 2013.      


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Pb. Weliano Pires


24 janeiro 2022

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 05: COMO LER AS ESCRITURAS

REVISÃO DA LIÇÃO ANTERIOR


Na lição passada, estudamos sobre a estrutura da Bíblia Sagrada. Vimos como a Bíblia está organizada e que ela se divide em dois testamentos. Falamos resumidamente sobre a  classificação dos livros do Antigo Testamento e em seguida discorreremos sobre a classificação dos livros do Novo Testamento. 


Primeiro, falamos da organização geral da Bíblia Sagrada. Colocamos a definição etimológica do termo “Bíblia”. Discorremos sobre o cânon da Bíblia, trazendo a definição etimológica da palavra cânon. Falamos sobre os dois Testamentos da Bíblia, trazendo também a definição etimológica da palavra testamento e o uso desta palavra na Bíblia e na Igreja Primitiva. 


Segundo, falamos sobre a classificação dos livros do Antigo Testamento por assunto, como está em nossa Bíblia. Falamos também sobre a canonicidade do Antigo Testamento e tratamos de algumas particularidades e detalhes do Antigo Testamento.


Terceiro, falamos da classificação por assunto dos livros do Novo Testamento. Discorreremos sobre a canonicidade do Novo Testamento e as provas da sua inspiração divina. Por último, vimos algumas particularidades do Novo Testamento. 


LIÇÃO 05: COMO LER AS ESCRITURAS


Infelizmente há muitos crentes que não têm o hábito de ler as Escrituras. Há inclusive pastores que nunca leram a Bíblia inteira. Por outro lado, não são poucas as pessoas que se vangloriam de já terem lido a Bíblia inteira várias vezes. Não resta dúvidas de que ler a Bíblia é importante, pois, como já vimos até aqui, a Bíblia é a inspirada, inerrante e infalível Palavra de Deus. É o único manual de fé e prática do cristão. Sendo assim, é indispensável a leitura constante das Escrituras. 


Entretanto, não basta ler. É importante entender aquilo que lemos, pois, muitas heresias nascem da má interpretação ou distorções dos textos bíblicos. Como a Bíblia foi escrita em um contexto muito distante e diferente da época em que vivemos, é preciso interpretá-la corretamente, para a entendermos. Esta interpretação envolve a exegese e a hermenêutica, que são ferramentas muito importantes na interpretação de textos. A hermenêutica é a ciência da interpretação de textos e a exegese é uma das ferramentas desta ciência. 


No primeiro tópico, veremos que a Bíblia precisa ser interpretada. Falaremos neste tópico sobre a definição e a importância da exegese. Depois falaremos sobre as limitações dos leitores da Bíblia para entendê-la e algumas particularidades das Escrituras, que exigem uma interpretação minuciosa, para se entender. 


No segundo tópico, falaremos sobre os pressupostos pentecostais para a interpretação bíblicas. Os críticos do pentecostalismo costumam nos acusar de colocar a experiência acima da Bíblia. Mas esta acusação não tem fundamento Se alguém faz isso, não é pentecostal. Nós, os pentecostais, reconhecemos a Supremacia das Escrituras, como a infalível, inerrante e inspirada Palavra de Deus. Reconhecemos também a necessidade da iluminação do Espírito Santo para entendermos a Bíblia Reconhecemos o valor das experiências vividas, mas, entendemos que elas precisam estar amparadas na Bíblia. 


No terceiro e último tópico, falaremos sobre as regras básicas para a interpretação da Bíblia. Falaremos sobre a definição da Palavra hermenêutica e a sua importância para a interpretação bíblica. Depois falaremos sobre a regra áurea para a interpretação da Bíblia que é: A Bíblia é a sua própria intérprete. Falaremos também sobre alguns princípios para interpretação bíblia. Por último, como um alerta, falaremos sobre os perigos da hermenêutica pós-moderna, dominada pela teologia liberal que nega os milagres e a inerrância da Bíblia. 


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Pb. Weliano Pires


A PAZ QUE JESUS PROMETEU

(Comentário do 3º tópico da Lição 08: A promessa de paz) .  Ev. WELIANO PIRES  No terceiro tópico, falaremos da Paz prometida por Jesus. Ver...