(Comentário do 3º tópico da lição 13: Renovação da esperança).
Ev. WELIANO PIRES
No terceiro tópico, veremos que a aparição de Jesus fortalece a nossa convicção. Veremos que as dúvidas foram dissipadas e a fé dos discípulos foi reforçada, com a aparição de Jesus. Em seguida, falaremos do fortalecimento da fé com base na experiência de Tomé, que era cético, mas fez uma importante declaração de fé após o encontro com o Cristo ressurreto. Por fim, falaremos do fortalecimento da nossa esperança em relação ao futuro, pois a ressurreição e glorificação do Senhor Jesus é a garantia de nós também ressuscitaremos em um corpo glorioso.
1. As dúvidas dissipadas. Os discípulos, principalmente Tomé, tinham muitas dúvidas e incertezas sobre o futuro, depois da morte de Jesus. Muitos criticam Tomé pela incredulidade, a ponto de alguém que duvida de alguma coisa ser chamado de Tomé. Entretanto, não foi apenas ele que duvidou. Ele se destacou porque era sincero e manifestou publicamente as suas dúvidas.
Jesus já havia dito a eles antes de ser morto, que iria morrer, mas ressuscitaria ao terceiro dia. Eles, porém, não compreendiam e tinha receio de perguntar: “E, tendo saído dali, passavam pela Galileia, e Jesus não queria que ninguém o soubesse, porque ensinava os seus discípulos e lhes dizia: O Filho do Homem será entregue nas mãos dos homens, e estes o matarão; mas, três dias depois da sua morte, ressuscitará. Eles, porém, não compreendiam isto e tinham medo de perguntar”. (Mc 9.30-32).
Após a ressurreição, os outros discípulos também duvidaram e não acreditaram no depoimento de Maria Madalena, Joana, Maria, mãe de Tiago, e outras que foram com com elas ao sepulcro e viram os anjos, que afirmaram que Jesus havia ressuscitado. Maria Madalena viu o próprio Jesus, quando voltava do sepulcro chorando, por causa do corpo de Jesus que não estava lá. Estas mulheres contaram aos apóstolos o que aconteceu, mas “as suas palavras lhes pareciam como desvario, e não as creram”. (Lc 24.8-11).
Da mesma forma, os dois discípulos no caminho de Emaús, falavam a respeito do que aconteceu com Jesus, demonstrando frustração com a morte de Jesus, como se aquilo fosse o fim de tudo. Jesus se aproximou deles e perguntou sobre o que eles estavam falando. Sem reconhecê-lo, eles perguntaram se Jesus era algum peregrino que passava por Jerusalém, para não saber dos últimos acontecimentos.
Jesus perguntou a que acontecimentos eles se referiam e eles contaram todos os detalhes da sua morte. Em seguida disseram que esperavam que fosse Ele o remidor de Israel, mas já era o terceiro dia depois da sua morte. Por fim, relataram o testemunho das mulheres e que alguns dos discípulos também foram ao sepulcro e confirmaram este testemunho, mas ninguém o viu.
Jesus, então, lhes expôs tudo o que as Escrituras diziam sobre Ele. Chegando à sua aldeia, eles o convidaram para entrar. Jesus entrou e quando deu graças pelo pão, eles o reconheceram e Ele desapareceu. A aparição de Jesus, nesta e em outras ocasiões, afastou as dúvidas que eles tinham, pois as provas eram incontestáveis.
2. Fortalecimento da fé. Tomé sempre mostrava-se cético diante dos discursos de Jesus. Na verdade, ele era o mais sincero manifestava as suas dúvidas. Ao ver Jesus ressuscitado, Tomé se rendeu e fez uma maravilhosa confissão de fé na divindade de Jesus: “Senhor meu, e Deus meu!” (Jo 20.28). Após constatar a ressurreição de Jesus, Tomé se converteu de verdade e continuou servindo a Deus, junto com os demais apóstolos. Segundo a tradição cristã, ele foi missionário na Síria e na Índia e foi martirizado na Índia no ano 72 d.C.
O Cristianismo está fundamentado na verdade e não consiste em mitos e fábulas. Todos os céticos que analisarem as evidências e forem realmente sinceros, irão se render aos fatos. Isso tem acontecido com muitos céticos ao longo da história que são sinceros, como é o caso do psicanalista Augusto Cury, que dedicou-se a estudar a história de Jesus, com o objetivo de “desmascarar o Cristianismo”. Entretanto, ao estudar o assunto profundamente, acabou se convertendo a Cristo e tornou-se um famoso escritor cristão.
3. Fortalecimento da esperança. A comprovação da ressurreição de Jesus, fortaleceu a esperança dos discípulos em relação à ressurreição dos justos no futuro. Da mesma forma, fortalece também a nossa esperança em relação ao futuro, após a morte. Para aqueles que têm a convicção de que Jesus ressuscitou, as profecias escatológicas não os assustam, mas são motivos de alegria, por saber que se aproxima a vinda do Senhor.
Conforme vimos na lição passada, a ressurreição é a base da fé cristã. O fato de sabermos que Cristo ressuscitou, fortalece a esperança de que nós também ressuscitaremos ou seremos transformados, na ocasião do arrebatamento da Igreja. Paulo falou para os Tessalonicenses não se entristecerem como os demais que não tem esperança, por causa da morte dos cristãos. Evidentemente, ele não se referia à tristeza natural pela morte de um ente querido, mas ao desespero como se aquilo fosse o fim. A morte para o cristão representa o fim da jornada neste mundo, mas é o início da eternidade com Cristo.
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