“E uma mulher, das mulheres dos filhos dos profetas, clamou a Eliseu, dizendo: Meu marido, teu servo, morreu; e tu sabes que o teu servo temia ao SENHOR; e veio o credor, para levar os meus dois filhos para serem servos.” (2 Reis 4.1).
Muitos pregadores destacam a fé e persistência desta mulher, ao procurar um homem de Deus, após a morte do seu marido. De fato, é louvável a sua atitude, pois, no auge do desespero, em vez de murmurar, ela buscou a ajuda de Deus. Entretanto, eu gostaria de falar sobre o esposo dela, que segundo ela mesma diz, era um homem temente a Deus.
Apesar de ser um homem que temia ao Senhor, ele foi negligente com a própria família, pois, além de não deixar nenhum patrimônio, ainda deixou dívidas, que naquela época, eram pagas com a escravidão do próprio devedor ou dos filhos, em caso de morte deste.
Infelizmente, em nossos dias, muitos homens e mulheres de Deus também repetem este comportamento. Cuidam da Obra de Deus e a ela se entregam totalmente. Mas, em contrapartida, se esquecem da família, pensando que viverão eternamente neste mundo.
Vejam abaixo algumas práticas negligentes, que prejudicam a família:
1. Não trabalhar. Há pessoas que não trabalham ou perdem empregos, em nome da fé. Isso traz sérios problemas para a família. Além de passarem necessidades, isso causa separações. O trabalho dignifica o ser humano. O apóstolo Paulo escreveu: “Aquele que não quiser trabalhar, também não coma”. (2 Tessalonicenses 3.10).
2. Não valorizar o cônjuge. Há pessoas que depois que se convertem, querem viver como anjos: Não namoram, não saem com a esposa e não tem tempo para o lazer. Isso, além de causar estresse, pode acabar com o casamento. O casamento do cristão deve ser vitalício (até que a morte os separe). Mas, isso não acontece automaticamente. É preciso haver cuidado e investimento para que o casamento dure.
3. Não cuidar dos filhos. Há crentes que evangelizam, oram, jejuam, trabalham na Igreja, mas se esquecem dos filhos. Entretanto, o diabo e o mundo não os esquecem e eles acabam se perdendo. Não adianta ganhar muitas almas e perder a própria família. Os nossos filhos são herança do Senhor (Salmo 127.3). Temos a responsabilidade diante de Deus de instruí-los na Palavra de Deus, para que não se percam. (Provérbios 22.5).
4. Não planejar o futuro. Pensando apenas em ir para o céu, muitos crentes não se preparam para a velhice: Não contribuem com o INSS, não guardam dinheiro, não se preparam profissionalmente e por isso, passam por grandes dificuldades na velhice, tornando-se um peso para a família e para a Igreja.
Neste tempo de pandemia, muitas pessoas, inclusive obreiros, estão em situação difícil, porque nunca se preocuparam com o futuro. Sei de casos de pastores que morreram e a família ficou desamparada, porque eles não pagavam o INSS.
Há casos de pessoas que trabalham na informalidade, não têm seguro de vida, não têm nenhuma reserva financeira e não pagam o INSS. Estes também, se sofrerem um acidente ou vierem a óbito, a família ficará em situação muito difícil. Não podemos agir assim. Se amamos a nossa família, devemos nos preocupar com o futuro e bem estar deles.
Veja o que o Apóstolo Paulo diz, sobre o cuidado com a família:
“Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé, e é pior do que o infiel.” (1 Timóteo 5.8)
Pb. Weliano Pires
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