10 outubro 2023

MISSÕES TRANSCULTURAIS NO ANTIGO TESTAMENTO

SUBSÍDIO DA REVISTA ENSINADOR CRISTÃO / CPAD

Prezado(a) professor(a),

Nesta lição, veremos que Deus escolheu a nação de Israel com um propósito missionário. O plano de reconciliação entre o Criador e a humanidade foi estabelecido desde os tempos antigos e a vontade de Deus era que Seu povo o divulgasse às demais nações. No decorrer da história, percebemos que essa missão não foi acolhida pelos israelitas, haja vista as muitas vezes que o Senhor os repreendeu para que não se contaminassem com as religiões pagãs que habitavam ao seu redor.

Os diversos eventos que ocorreram na história de Israel — a majestosa libertação dos hebreus da escravidão no Egito e as vitórias alcançadas durante a ocupação da Terra Prometida — marcaram a nação e serviram de testemunho às gerações seguintes. Entretanto, as leis e os testemunhos dos profetas não foram suficientes para que os descendentes permanecessem fiéis à aliança que Deus havia estabelecido (Êx 19.5,6). Com o passar dos anos, a iniquidade se multiplicou de modo que não restou alternativa a não ser a repreensão pelo cativeiro (Jr 25.8-12). Nesse período, o Reino do Sul, responsável por manter o concerto divino, foi devastado. Todavia, o propósito divino ficaria firme por meio do remanescente fiel.

Segundo George W. Peters (Teologia Bíblica de Missões, CPAD), “dentre todas as religiões, a religião revelada do Antigo Testamento constitui a missão de Deus no mundo pelo menos de quatro maneiras: 1. Ela é uma ação divina, expressando desaprovação das religiões etnicamente desenvolvidas e humanamente criadas, e das práticas pagãs do mundo. Ela está designada a preservar o mundo da suprema decadência moral e religiosa e de um total vazio espiritual. É a testemunha constante de Deus no mundo (At 14.17); 2. É um monoteísmo étnico, divinamente inspirado, que preserva o homem da desorientação total no panteísmo, na idolatria e no espiritismo. O monoteísmo étnico por si só pode conferir significado ao universo, à história e particularmente à cruz, assim como profundidade ao evangelho da graça; 3. É a criação de Deus para sustentar a esperança divinamente inspirada no Redentor prometido (Gn 3.15), que salvaria a humanidade da condição do pecado e destruição e restauraria sua glória, seu propósito e significado originais; 4. É o chamado divino de uma minoria seletiva usada como instrumento capaz de gerar um ímpeto eficaz missionário na humanidade, almejando bênçãos e salvação para toda a humanidade” (p.108).

Tanto as vitórias de Israel quanto a sua queda serviram de testemunho para que as outras nações soubessem que o relacionamento com Deus não pode ser estabelecido de forma superficial e inconsistente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

A PAZ ILUSÓRIA DO MUNDO

(Comentário do 2° tópico da Lição 8: A promessa de paz) Ev. WELIANO PIRES No segundo tópico, falaremos da paz ilusória deste mundo. Veremos ...