02 julho 2023

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 02: A DETURPAÇÃO DA DOUTRINA DO PECADO


Ev. WELIANO PIRES

Nesta lição veremos que a doutrina bíblica do pecado vem sendo corrompida. Em algumas religiões orientais, a existência do pecado é negada. Em outras religiões, o pecado se retringe aos males causados ao próximo, como o assassinato, a agressão, a exploração, roubo, etc. No mundo dominado pelo espírito da Babilônia, a doutrina do pecado vem sendo deturpada através de novas teologias e práticas pecaminosas passaram a ser vistas como algo normal. Esta deturpação da doutrina do pecado é proposital e tem por objetivo manter o ser humano afastado de Deus e, consequentemente, impedir que seja salvo.


A doutrina do pecado é chamada de Hamartiologia, palavra formada de dois vocábulos gregos: “Hamartia” (que é traduzida por pecado e significa “errar o alvo”) e “logos” (estudo, doutrina). Com a desobediência do primeiro casal, a natureza pecaminosa foi transmitida à sua posteridade. Por isso, todos os seres humanos já nascem pecadores. O único remédio para desfazer os efeitos do pecado é a regeneração, que só pode ser realizada por meio do sacrifício de Cristo. 

 

Esta é uma das doutrinas fundamentais do Cristianismo, que está ligada diretamente a outras doutrinas como a Soteriologia, que é a doutrina da salvação, a Antropologia, que é a doutrina do homem, e a Cristologia, que é a doutrina de Cristo. Não há como entender estas doutrinas, sem antes compreender a doutrina do pecado, pois, sem pecado, o homem seria perfeito e não haveria necessidade de salvação, ou de um Salvador.


No primeiro tópico falaremos sobre o ensino bíblico a respeito da natureza do pecado. Traremos a definição bíblica de pecado, a partir dos termos hebraicos e gregos, respectivamente “chata´th” e “hamartia”, que tem o sentido de “errar o alvo”. Falaremos também da universalidade do pecado, ou seja, que o pecado do primeiro casal corrompeu toda a humanidade e, portanto, todos os seres humanos, sem exceção, nascem pecadores. Por último, falaremos da corrupção total, ou depravação total da natureza humana. Isto significa que a natureza humana foi corrompida em todos os aspectos, o que impede o ser humano de se voltar para a Deus por si mesmo, sem a ação do Espírito Santo. 

 

No segundo tópico, falaremos das teologias modernas que deturpam o conceito de pecado. Há várias teologias erradas em relação ao pecado. Neste tópico, o comentarista nos apresenta três delas que são características dos tempos pós-modernos: A teologia do pecado social, a teologia da libertação e o liberalismo teológico. As duas primeiras dizem que o pecado não é a corrupção moral do ser humano, e sim, algo construído por estruturas opressoras, principalmente, na área econômica. O liberalismo teológico, por sua vez, questiona a inspiração, inerrância e infalibilidade das Escrituras. Negam os milagres e o sobrenatural, considerando-os como mitos e fábulas.


No terceiro tópico, falaremos da normalização do pecado nos tempos atuais. O espírito da Babilônia tenta apresentá-lo algo normal e inofensivo. As principais consequências disso são: crise ética na sociedade; imoralidade sexual generalizada; e a dessacralização da vida. A sociedade atual está mergulhada em uma crise ética e moral, semelhante às cidades de Sodoma e Gomorra e aos povos cananeus que o Senhor expulsou da terra que Ele deu a Israel. Algumas práticas, que até pouco tempo eram repudiadas e consideradas vergonhosas, hoje são defendidas publicamente e até incentivadas. Em lições posteriores, abordaremos com mais profundidade estas questões. 


REFERÊNCIAS: 

BATISTA, Douglas. A Igreja de Cristo e o império do mal: Como viver neste mundo dominado pelo espírito da Babilônia. 1ª Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.
HORTON, Stanley M (ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.298).


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