Ev. WELIANO PIRES
REVISÃO DA LIÇÃO PASSADA
Na lição passada estudamos sobre a deturpação da doutrina bíblica do pecado. No mundo dominado pelo espírito da Babilônia, a doutrina do pecado vem sendo deturpada através de novas teologias e, com isso, práticas pecaminosas passaram a ser vistas como algo normal.
No primeiro tópico falamos sobre o ensino bíblico a respeito da natureza do pecado. Vimos a definição bíblica de pecado, a partir dos termos hebraicos e gregos, que tem o sentido de “errar o alvo”. Falamos também da universalidade do pecado e da corrupção total, ou depravação total da natureza humana.
No segundo tópico, falamos das teologias modernas que deturpam o conceito de pecado. O comentarista nos apresentou três teologias modernas que são características dos tempos pós-modernos: A teologia do pecado social, a teologia da libertação e o liberalismo teológico. As duas primeiras dizem que o pecado não é a corrupção moral do ser humano, e sim, algo construído por estruturas opressoras, principalmente, na área econômica. O liberalismo teológico, por sua vez, questiona a inspiração, a inerrância e a infalibilidade das Escrituras. Nega também os milagres e o sobrenatural, considerando-os como mitos e fábulas.
No terceiro tópico, falamos da normalização do pecado nos tempos atuais. As principais consequências disso são: crise ética na sociedade; imoralidade sexual generalizada; e a dessacralização da vida. Algumas práticas, que até pouco tempo eram repudiadas e consideradas vergonhosas, hoje são defendidas publicamente e até incentivadas. Em lições posteriores, abordaremos com mais profundidade estas questões.
LIÇÃO 03: O PERIGO DO ENSINO PROGRESSISTA
Nesta lição, daremos
continuidade ao assunto abordado no tópico II da Lição passada. Abordaremos
alguns perigos do ensino progressista à fé cristã bíblica. Fazem parte do
ensino progressista: o liberalismo teológico, o teísmo aberto, a teologia da
libertação, a teologia feminista, a teologia negra, a teologia queer e muitas
outras teologias nefastas que contrariam frontalmente as Escrituras. Dois
destes ensinos, o liberalismo teológico e a teologia da libertação, nós vimos
na lição passada.
O grande perigo destes ensinos nefastos é que eles estão nas escolas e se infiltram muitas vezes em nossas Igrejas e institutos teológicos. Recentemente vimos nas redes sociais um vídeo, no qual, uma militante progressista recomendava que os seus colegas se infiltrassem nas Igrejas como voluntários para cuidar das crianças e lá ensinassem o socialismo. Isso serve de alerta aos pastores, para fazerem uma rigorosa seleção de professores e constante treinamento e observação, principalmente nas classes de crianças, adolescentes, jovens e discipulado, pois nestas classes os alunos não tem muito conhecimento bíblico e podem ser facilmente manipulados.
No primeiro tópico, falaremos sobre a descaracterização do Cristianismo. O ensino progressista é diametralmente oposto ao Cristianismo, embora muitos dos seus adeptos façam muitos esforços para conciliá-los. Veremos neste tópico, três pontos do progressismo que descaracterizam o verdadeiro Cristianismo: Primeiro, a deterioração moral. Para os progressistas não deve existir princípios morais absolutos e cada um deve praticar aquilo que quiser; Segundo, a erosão da ortodoxia. Os progressistas encontram resistência às suas teorias exatamente na Palavra de Deus. Por isso, atacam à ortodoxia bíblica e reduzem o texto bíblico a um mero registro de experiências religiosas; Terceiro, a corrupção da fé. O ensino progressista procura corromper a fé, para que as pessoas se tornem escravas do pecado, tendo a consciência cauterizada.
No segundo tópico, falaremos das teorias progressistas. O movimento progressista é muito amplo e envolve várias teorias, que não seria possível estudar todas em uma única lição. O comentarista se deteve em apenas três delas, que estão relacionadas ao campo da teologia. Primeiro, falaremos da desconstrução da Bíblia. O ensino progressista nega a inerrância, inspiração e infalibilidade das Escrituras. Com isso, procura reinterpretar e ressignificar as Escrituras, para adaptá-las à concupiscência humana. Segundo falaremos do Teísmo aberto. Esta teoria diz que Deus é limitado, não conhece o futuro e não exerce controle sobre o Universo e a vida humana. Chegam ao cúmulo de dizer que “Deus foi surpreendido pelo pecado no Éden e forçado a redesenhar a história.” Por último, falaremos da Teologia da desmitologização. Esta teoria ensina que há muitos mitos na Bíblia e propões separá-los da verdade. Nessa perspectiva, Céu, Inferno, tentação, demônios e possessões, a doutrina da concepção e do nascimento virginal e até mesmo a promessa da vinda de Cristo são apenas mitos.
No terceiro tópico, veremos a refutação ao ensino progressista. O comentarista nos apresenta pelo menos três formas principais de se refutar o ensino progressista. Primeiro, reafirmando a autoridade bíblica. É indispensável fortalecer a doutrina da inspiração divina, verbal e plenária da inerrante Palavra de Deus (2 Tm 3.16,17). Segundo, ensinando as doutrinas bíblicas. É obrigação dos pastores e mestres da Igreja, ensinar as doutrinas bíblicas à Igreja. Isso envolve a evangelização, discipulado, educação cristã e formação teológica de obreiros. Terceiro, enfatizando a santificação. O fortalecimento da autoridade bíblica e o aprendizado das doutrinas cristãs precisam estar atrelados a uma vida de santidade (1 Pe 1.16). O Cristianismo não é uma religião de discursos corretos, distanciados da prática. Precisamos viver aquilo que pregamos e mostrar ao mundo a santidade bíblica em nossa própria vida, em todas as áreas. A santificação é a operação do Espírito Santo para manter o salvo separado do pecado (Rm 12.1,2).
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