26 junho 2023

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 01: A IGREJA DIANTE DO ESPÍRITO DA BABILÔNIA


Ev. WELIANO PIRES

Nesta primeira lição, faremos uma introdução ao tema do trimestre. Com base no capítulo 17 do Apocalipse, o nosso tema será escatológico. Falaremos sobre o confronto entre a Igreja de Cristo e o espírito da Babilônia, que já se encontra presente neste mundo. No Livro do Apocalipse o apóstolo João usou o termo “Babilônia”, em sentido figurado. Nessa época, a grande cidade de Babilônia não existia mais e foi usada como figura, para se referir a um império maligno, de proporções globais, que dominará o mundo após o arrebatamento da Igreja. Este império é chamado também de Anticristo e só se manifestará depois que a Igreja for tirada da terra. Entretanto, o seu espírito e as suas ideologias já estão presentes no mundo atual.


No mundo atual há uma onda crescente de hostilidade ao Cristianismo e aos seus valores. Evidentemente, esta onda de perseguição não ocorre apenas como aconteceu nos primórdios da Igreja Cristã, onde os cristãos foram arrastados pelas ruas e levados às prisões por Saulo de Tarso. Nem tampouco, como aconteceu nas perseguições romanas, onde os cristãos eram jogados nas arenas para lutarem com feras famintas que os devoravam, outros foram queimados vivos em tachos de óleo quente, decapitados, crucificados, esfolados vivos, etc. 


A perseguição atual não acontece apenas nas ditaduras que ainda matam e torturam cristãos. Ela acontece de forma sutil, usando leis para calar o Cristianismo e deter o seu crescimento ou, no mínimo, desvirtuá-lo, tudo em nome de uma suposta liberdade, democracia e multiculturalismo. Com base nessas leis, o estado Igrejas são processadas e aplicam-se multas altíssimas, cancelamentos de vistos e prisões de pastores, e muitas exigências que praticamente inviabilizam o funcionamento das Igrejas em alguns lugares. Não são poucos os líderes cristãos que são ameaçados juridicamente por causa da sua fé, ou de suas pregações. Em contrapartida, as ideologias contrárias aos valores cristãos são protegidas e incentivadas pelas autoridades, sendo ensinadas inclusive às crianças. 


No primeiro tópico, falaremos sobre a Babilônia e os seus significados. Estudaremos as figuras utilizadas por João em Apocalipse 17: A grande prostituta, que é símbolo das multidões seduzidas pela idolatria, paganismo e sua oposição à fé cristã (Ap 17.15); Falaremos também sobre a mulher e a besta escarlata, que é uma referência ao Anticristo que, pelo poder de Satanás, faz oposição a Jesus (2 Ts 2.4,9,10); Por último, falaremos sobre o nome da prostituta que é “Mistério, a Grande Babilônia” (Ap 17.5a). O nome “babilônia” aqui não é geográfico, mas simbólico. Não se trata apenas de uma cultura sem Deus, mas de uma cultura contra Deus. O “espírito da Babilônia”, portanto, é um sistema global deliberadamente anticristão.


No segundo tópico,  falaremos sobre o “espírito da Babilônia” e a sua atuação em três sistemas principais: No sistema religioso, faz com que as pessoas sejam seduzidas pela “prostituição espiritual”, sejam amantes de si mesmo, dos prazeres e do dinheiro; No sistema político e cultural, exerce forte influência na política e na cultura, promovendo as pautas progressistas, o politicamente correto e o patrulhamento ideológico, para perseguir e considerar como fundamentalistas religiosos aqueles que defendem a Verdade bíblica; No sistema econômico, atua para motivar as pessoas a enriquecerem de forma injusta, ilícita e imoral, levando-os a confiar nas riquezas e buscá-las a qualquer custo. 


No terceiro tópico, falaremos sobre a posição da Igreja diante do espírito da Babilônia. Veremos três pontos fundamentais, para a Igreja não sucumbir diante deste império maligno: Primeiro, não negociar a ortodoxia bíblica. A Igreja é a coluna e firmeza da Verdade e, como tal, deve reafirmar a verdade bíblica como valor universal e imutável; segundo, formar o caráter de Cristo, que é uma referência à nova vida, modo de pensar e agir daqueles que pertencem a Cristo; Terceiro, aguardar a Volta de Cristo. O cristão é exortado a não viver desapercebido, mas esperar o seu Senhor olhando, orando e vigiando, e renunciar às concupiscências deste mundo  e viver em santidade.

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