16 maio 2022

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 8: SENDO PERFEITOS


REVISÃO DA LIÇÃO PASSADA

Na lição passada estudamos o tema: Não retribua pelos padrões humanos. Falamos sobre a quinta e a sexta antítese, proferidas por Jesus no Sermão do Monte, que tratam, respectivamente, da lei do talião (Mt 5.38-42) e do amor ao próximo (v. 43-47). Jesus citou uma parte do texto de êxodo 21.24, que tratava das penas para os crimes de lesão corporal e dizia: “Olho por olho e dente por dente”. Depois falou sobre a questão do amor ao próximo, que os rabinos acrescentavam: “...odiarás ao teu inimigo”. 


Os rabinos judeus interpretavam a lei de forma distorcida, na questão do amor ao próximo, para adequá-la às suas conveniências, e diziam: “amarás o teu próximo e odiarás os teus inimigos." Mas, em parte alguma da Lei dizia para odiar os inimigos. A lei mosaica previa pena proporcional ao crime praticado, para evitar que a parte ofendida se excedesse e aplicasse a vingança. 


A lei do talião esta prevista em outros códigos penais das sociedades antigas, como no código de Hamurabi, da Mesopotâmia, que foi o primeiro código de leis da história. As penas, no entanto, eram previstas em lei e tinham que ser aplicadas por juízes, no devido processo legal. Não se tratava, portanto, de vingança. 


Jesus, apresentou o seu ensino sobre estas questões e mandou: amar os inimigos, não se vingar, dar a outra face ao que nos ferir e socorrer aos que nos pedirem ajuda. É um padrão de justiça altíssimo e inatingível pela natureza humana, corrompida pelo pecado. O natural do ser humano é se vingar e retribuir as ofensas no mesmo padrão ou até mais. Somente alguém transformado pelo Espírito Santo será capaz de esboçar estas reações apresentadas por Jesus.


LIÇÃO 8: SENDO PERFEITOS

 

Estudamos até agora, três seções principais do Sermão do Monte. Na primeira seção, em Mateus 5.3-12, falamos sobre as bem-aventuranças, que são a essência daquilo que o cristão nascido de novo deve ser. Na segunda seção, em Mateus 5.13-16, falamos sobre a influência do cristão no mundo, representada pelas figuras do sal da terra e luz do mundo. Depois, na terceira seção em Mateus 5.17-20, vimos como deve ser a relação de Jesus com a Lei mosaica. 


Na lição desta semana veremos a quarta seção do Sermão do Monte, que trata da verdadeira espiritualidade e as motivações por trás dos atos de justiça do cristão. Jesus fala a respeito de ajudar aos necessitados em público, com o objetivo de ser elogiado pelos homens e chama de hipócrita aqueles que agem dessa forma. Os fariseus praticavam esmolas, jejuns e orações. Mas o objetivo era serem vistos e tidos como piedosos. 


Jesus não condenou a prática de dar esmolas aos necessitados, que naquela época eram muito mais do que hoje. Ao contrário, Ele ensinou que, quando socorremos os necessitados, estamos fazendo isso a Ele. Entretanto, no Sermão do Monte, Jesus ensina que devemos fazê-lo sem tocar trombetas, ou seja, sem aparecer. 


Na sequência, o Senhor Jesus ensina que Deus vê tudo e recompensa a cada um. Tudo o que fazemos, seja para Deus ou para o próximo, terá recompensa. Portanto, não devemos nos preocupar se estamos sendo vistos ou não, pois a recompensa é Deus quem nos dá e Ele é justo e bom ao recompensar. 


REFERÊNCIAS:


GOMES, Osiel. Os Valores do Reino de Deus: A Relevância do Sermão do Monte para a Igreja de Cristo. Editora CPAD. 1ª edição: 2022. pag. 142-144.

LOPES, Hernandes Dias. Mateus Jesus, O Rei dos reis. Editora Hagnos. pag. 211.

CHAMPLIN, Russell Norman. O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. Vol. 1. pág. 318.

HENRY, Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição completa. Editora CPAD. 1Ed 2008. pag. 61.



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Pb. Weliano Pires

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