Na lição passada, vimos a quarta seção do Sermão do Monte, que trata da verdadeira espiritualidade e as motivações por trás dos atos de justiça do cristão. Jesus falou a respeito de ajudar aos necessitados em público, com o objetivo de ser elogiado pelos homens e chamou de hipócrita aqueles que agem dessa forma. Os fariseus praticavam esmolas, jejuns e orações. Mas o objetivo era o de serem vistos e tidos como piedosos.
Jesus não condenou a prática de dar esmolas aos necessitados, que naquela época eram muito mais do que hoje. Ao contrário, Ele ensinou que, quando socorremos os necessitados, estamos fazendo isso a Ele. Entretanto, no Sermão do Monte, Jesus ensina que devemos fazê-lo sem tocar trombetas, ou seja, sem aparecer.
Na sequência, o Senhor Jesus ensinou que Deus vê tudo e recompensa a cada um. Tudo o que fazemos, seja para Deus ou para o próximo, terá recompensa. Portanto, não devemos nos preocupar se estamos sendo vistos ou não, pois a recompensa é Deus quem nos dá e Ele é justo e bom ao recompensar.
LIÇÃO 9: ORANDO E JEJUANDO COMO JESUS
A lição desta semana é uma continuação da anterior. No Sermão do Monte, Jesus fez menção a três práticas da ética cristã: esmolas, oração e jejum. Na lição passada falamos sobre a prática de dar esmolas em público e nesta lição falaremos sobre as outras duas, que são a oração e o jejum. Assim como fizera em relação à prática de dar esmolas, Jesus orientou os seus discípulos sobre como deveriam proceder em relação à oração e ao jejum, contrapondo-se à forma que os hipócritas o faziam, que era orar e jejuar com o objetivo de serem vistos e elogiados.
A oração é um diálogo com Deus. Aliás, mais do que isto, é uma conversa do crente com o seu Senhor. Há na Bíblia vários tipos de orações: confissões, adoração, súplicas, ações de graça e intercessões. Os homens de Deus no Antigo e no Novo Testamento viam a oração como um recurso poderoso e indispensável, semelhante ao que o alimento cotidiano é para o corpo físico. A Bíblia nos apresenta a forma correta de orarmos a Deus, que veremos em detalhes no primeiro tópico da lição.
Os discípulos de Jesus lhe rogaram que Ele lhes ensinasse a orar. Jesus, então, lhes forneceu um modelo de oração, não para ser repetido como uma reza, mas para servir de parâmetro em suas orações. Diferente do que alguns ensinam, Jesus não condenou a oração pública, pois temos registro de ocasiões em que Ele mesmo ou os seus apóstolos fizeram orações públicas. Entretanto, Jesus recomendou que as orações devem ser discretas e não devem conter vãs repetições como as dos gentios, que acreditavam que por muito falar seriam ouvidos.
Na Bíblia o jejum sempre aparece junto com a oração. Ambos são atos de disciplina, autonegação e humilhação, que demonstram total dependência de Deus. Na lei mosaica havia um dia anual destinado ao jejum, que era o dia da expiação. Depois, os judeus estabeleceram diversas formas de jejum e por último, estabeleceram como regra, orar três vezes ao dia e jejuar duas vezes por semana. Assim como aconteceu com a esmola, a prática da oração e do jejum se tornou motivo de orgulho para os judeus. Jesus, no entanto, não estabeleceu dias específicos para o jejum, deixando-o de forma voluntária e espontânea. Além disso, ensinou que tanto o jejum como a oração devem ser praticados buscando a glória de Deus e a comunhão com Ele e não para atrair os olhares humanos.
GOMES, Osiel. Os Valores do Reino de Deus: A Relevância do Sermão do Monte para a Igreja de Cristo. Editora CPAD. 1ª edição: 2022. pág. 158-160.
CHAMPLIN, Russell Norman. O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. Vol. 1. pág. 321.
HENRY, Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição completa. Editora CPAD. 1Ed 2008. pág. 63.
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Pb. Weliano Pires
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