(Estudo do tópico 3 da Lição 2: O propósito dos Dons Espirituais)
Os dons espirituais são dádivas de Deus à sua Igreja, para a sua edificação espiritual. Conforme vimos no tópico anterior, os dons não são para elitizar o crente e não o torna mais espiritual. Os dons espirituais devem ser utilizados com amor, para que todo o Corpo de Cristo seja edificado.
1. Os dons na igreja. O assunto dos dons espirituais é tão importante, que Paulo dedicou dois capítulos de 1 Coríntios, para falar sobre isso. (12 e 14). Entretanto, entre estes dois capítulos, está o capítulo 13, onde ele fala que o amor é superior a todos os dons.
Olhando para a nossa Bíblia hoje, parece que Paulo introduziu um capítulo entre os outros dois, que não está relacionado ao assunto. Mas, quando a Bíblia foi escrita, não havia a separação de capítulos e versículos como hoje. Então, ele estava falando do mesmo assunto. Começou falando dos dons e, dentro deste assunto, o apóstolo destacou a suprema excelência do amor, colocando-o acima dos dons espirituais, da fé e da esperança.
O propósito dos dons é servir à Igreja de Cristo e edificá-la. Isso só acontece se houver amor. Onde não há amor, há inveja, egoísmo, ódio, prepotência, arrogância e falta de empatia pelo próximo. Por isso, Paulo diz que se ele falasse as línguas dos homens e dos anjos, tivesse fé a ponto de transportar os montes, distribuísse tudo o que tem aos pobres e entregasse o seu corpo para ser queimado, se não tivesse amor, seria tudo em vão.
2. Os sábios arquitetos do Corpo de Cristo. Em 1 Coríntios 3, Paulo comparou a Igreja de Cristo a uma lavoura e a um edifício. Falando sobre a Igreja como um edifício, o apóstolo alerta que o fundamento deste edifício já foi posto e é Cristo. (1 Co 3.11).
Em uma construção, o arquiteto faz a planta do edifício, contendo as medidas e o formato do prédio. A fundação e a estrutura do prédio são projetadas pelo engenheiro civil. Depois que é feita a planta, o engenheiro assume a construção e contrata os construtores para executarem a obra. Mas, os construtores não podem alterar o projeto, senão a edificação não será aprovada e pode cair.
Da mesma forma, os ministros do Evangelho são edificadores e precisam tomar cuidado com o edifício de Deus, que é a Igreja. O projeto é dele. Ele é o arquiteto e o engenheiro da Igreja. O alicerce da Igreja já foi lançado e os construtores não podem lançar outro fundamento.
3. Despenseiros dos dons. Falando sobre a administração dos dons espirituais, o apóstolo Pedro comparou-a à figura do despenseiro. “Servindo uns aos outros conforme o dom que cada um recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus. Se alguém fala, fale como entregando oráculos de Deus; se alguém ministra, ministre segundo a força que Deus concede; para que em tudo Deus seja glorificado por meio de Jesus Cristo, a quem pertencem a glória e o domínio para todo o sempre. Amém. 1 Pe 4.10,11). Paulo também usou a mesma figura do despenseiro, para se referir ao ministério cristão: “Que os homens nos considerem como ministros de Cristo, e despenseiros dos mistérios de Deus. Além disso, requer-se dos despenseiros que cada um se ache fiel.” (1 Co 4.1,2).
Nos tempos bíblicos, o despenseiro era a pessoa responsável pela despensa. O seu trabalho consistia em comprar e armazenar alimentos em casa, para alimentar a família do patrão.
Da mesma forma, os despenseiros da obra do Senhor também devem alimentar a família de Deus, com os dons que o Espírito Santo lhes concede. Entretanto, assim como os despenseiros não são donos da casa e devem prestar contas do seu trabalho, os portadores dos dons espirituais também não são donos dos dons e irão prestar contas ao Senhor, sobre o uso dos dons que o Senhor lhes concedeu.
Assembléia de Deus
Ministério do Belém
São Carlos, SP
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