(Estudo do segundo tópico da Lição 2: O propósito dos dons espirituais)
Conforme vimos no tópico anterior, os dons são concedidos pelo Espírito Santo, não por merecimento, mas, por sua Graça; não para tornar o crente superior aos demais, mas, para edificação espiritual do Corpo de Cristo. Esta edificação acontece de três formas: Edificação a si mesmo, aos irmãos em Cristo e até aos que não são crentes.
1. Edificando a si mesmo. Esta edificação pessoal é feita através do falar em línguas. Paulo diz que “o que fala língua estranha edifica-se a si mesmo” (1 Co 14.4). Falando sobre o dom de variedade de línguas, Paulo diz que, se não houver intérprete, a pessoa deve falar em línguas consigo mesmo e com Deus, pois somente ele é edificado. Infelizmente, vemos em nossas Igrejas, pessoas falando em línguas ao microfone em cultos públicos, como se isso fosse um sinal de superioridade espiritual. Mas, não é assim que a Bíblia nos ensina. Veremos mais sobre isso na Lição 5, onde trataremos dos dons de elocução.
2. Edificando os outros. “Assim também vós, como desejais dons espirituais, procurai abundar neles, para edificação da igreja.” (1 Co 14.12). No capítulo 14 da primeira epístola aos Coríntios, Paulo traz várias recomendações para o uso dos dons espirituais em público. Ele diz que, “o que fala em línguas fala a Deus e edifica-se a si mesmo, mas, o que profetiza, fala aos homens, para edificar, confortar e consolar.” (I Co 14. 2-4). Com exceção do dom de variedade de línguas, todos os demais servem para a edificação de outras pessoas e não do seu portador.
3. Edificando até o não crente. Como os dons espirituais poderão edificar os que não são crentes, se eles não entendem? Paulo explica isso, argumentando que se entrar em nosso meio algum indouto ou infiel, ele se convencerá pela profecia de que Deus está entre nós, pois, os segredos do seu coração serão revelados (1 Co 14.24,25). Por outro lado, ele diz que se um descrente entrar em nosso meio e todos se puserem a falar em línguas, ele se escandalizará e dirá que estamos loucos. Paulo conclui este texto dizendo que se alguém se julga profeta ou espiritual, deve entender que os seus escritos são mandamentos do Senhor e que tudo deve ser feito com decência e ordem, pois, Deus não é Deus de confusão.
Pb. Weliano Pires
Ministério do Belém
São Carlos, SP
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