31 março 2021

CORINTO: UMA IGREJA PROBLEMÁTICA NA ADMINISTRAÇÃO DOS DONS ESPIRITUAIS (1 Co 12.1-11).

Imagem: Biblioteca Bíblica

(Estudo do terceiro tópico da lição 01: E deu dons aos homens).

A cidade de Corinto era a capital da província romana da Acaia. Era uma cidade muito promíscua e idólatra. Chegou ao ponto das pessoas usarem a expressão "corintianizar", para se referir à imoralidade.

A Igreja de Corinto era uma Igreja que tinha muitos dons. Paulo chegou a dizer que "nenhum dom vos falta". Mas, por outro lado, era uma Igreja carnal e problemática. 

Na Igreja em Corinto, havia problemas de divisões internas, onde alguns grupos seguiam a Pedro, João, Apolo, Paulo e outros diziam que eram apenas de Cristo. Havia problemas de imoralidade sexual, problemas em relação aos alimentos sacrificados ao ídolos, dissensões na hora da ceia e ignorância e arrogância em relação ao uso dos dons espírituais. Por isso, Paulo escreveu dois capítulos inteiros, para tratar deste assunto.


1 – Os dons são importantes. Os crentes de Corinto tinham dons, mas, eram carnais e imaturos. (1 Co 3.1). Tudo era motivo para disputas, até os dons espirituais. Um achava que era mais importante que o outro, porque tinha um determinado dom.

Ora, todos os dons são dádivas de Deus e tem a sua importância. Paulo os comparou aos membros do corpo humano, onde todos trabalham em harmônia, em benefício do corpo. Nenhum membro, por mais importante que seja, não sobrevive fora do corpo e não é independente dos demais.

O objetivo dos dons é servir à Igreja e não exaltar ao seu portador. Ninguém é mais do que o outro por possuir um dom, pois, o dom não é dele, é de Deus e a Glória é para Ele.


2 – Diversidade dos dons. Os dons são diversos e tem finalidades diferentes. Paulo disse que nem todos tem o mesmo dom e que todos os dons tem a sua importância. Conforme vimos no tópico anterior, há dons que manifestam a sabedoria de Deus, outros revelam o poder de Deus e outros trazem uma mensagem de Deus à Igreja.

Embora sejam diferentes, os dons pertencem ao mesmo Espírito e servem à mesma Igreja. Logo não pode haver competição entre eles. Os dons refletem a necessidade de cada Igreja local. A Igreja de Roma tinha necessidades diferentes da Igreja de Corinto e da Igreja de Éfeso.


3 – Autossuficiência e humildade. Os dons não definem a conduta do portador. Não é porque alguém recebeu um dom de Deus, que é mais santo que os outros. Aliás, dons espirituais não salvam ninguém. Os dons pressupõem responsabilidade e não são motivo para orgulho.

O amor é mais importante que todos os dons. (I Co 13). Não foi por acaso que o capítulo 13 da primeira Epístola aos Coríntios está entre o 12 e o 14, que falam dos dons espírituais. Paulo recomendou aos Coríntios que buscassem com zelo os melhores dons e ele lhes mostraria um caminho ainda mais excelente, que é o amor.

No capítulo 13, ele disse que, ainda que falasse que em línguas, profetizasse, tivesse o dom da fé, desse tudo o quanto tinha aos pobres e se entregasse para ser queimado, se não tivesse amor, de nada aproveitaria.

O amor consiste em fazer o bem benefício do próximo, mesmo que ele não mereça. Os dons espirituais devem ser pautados pelo amor e não são para benefício do portador. Quem tem dons espirituais não é autossuficiente e depende de Deus. Por isso, deve ter sempre humildade. 


Pb. Weliano Pires

Assembleia de Deus

Ministério do Belém

São Carlos, SP

30 março 2021

OS DONS DE SERVIÇO, ESPIRITUAIS E MINISTERIAIS

Imagem do site o Pentecostal bíblico.


(Estudo do segundo tópico da Lição 1: E deu dons aos homens)

Conforme foi dito no tópico anterior, para facilitar o entendimento no estudo dos dons, a teologia dividiu-os em três categorias, com as suas respectivas subdivisões. Vejamos, pois, as divisões e subdivisões dos dons de serviço, dons espirituais e dons ministeriais, para facilitar a nossa compreensão. 

1 – Dons relacionados ao serviço cristão (Rm 12.3,8). Esta categoria de dons está listada em Romanos 12 e está relacionada ao serviço cristão, de forma individual em prol do próximo e da manutenção da comunhão entre os irmãos. São também chamados de "Dons da Graça". Nesta categoria estão os seguintes dons: 

1.1. Profecia. Não é o mesmo dom de profecia de 1 Coríntios. Este dom se refere a uma capacidade sobrenatural dada por Deus, para falar com sabedoria e franqueza para influenciar os demais a servir a Deus com fidelidade. 

1.2. Ministério. Ajudar nas atividades públicas das Igreja, a fim de servir ao próximo, seja na assistência social, servir à Ceia, ajudar na limpeza, visitar os enfermos, etc. 

1.3. Ensino. Capacidade dada por Deus para ensinar e aplicar as verdades de Deus ao próximo. 

1.4. Exortação. Habilidade dada por Deus para encorajar os irmãos.  

1.5. Liberalidade. Generosidade dada por Deus para  ajudar ao próximo e contribuir com a Igreja.

1.6. Liderança. Capacidade concedida por Deus para exercer liderança e influenciar os irmãos a se desenvolverem espiritualmente. 

1.7. Misericórdia. Empatia voluntária pelo próximo e capacidade de condoer-se pelo sofrimento alheio, sem esperar nada em troca. 

2 – Dons espirituais. (1 Co 12.8-10). 

Os dons espirituais [gr. pneumatikos] estão registrados nos capítulos 12 a 14 da primeira Epístola aos Coríntios. Estes dons estão subdivididos em três categorias, para facilitar o entendimento:

2.1. Dons de revelação: São dons que manifestam a sabedoria e onisciência do Espírito Santo à Igreja.

a. Palavra do conhecimento: Capacidade sobrenatural para perceber, falar e agir quando os meios naturais são insuficientes.

b. Palavra da Sabedoria: Conhecimento sobrenatural sobre fatos, causas ou ensinamentos, sem conhecimento prévio. 

c. Discernimento de espíritos: Capacidade sobrenatural de identificar a natureza  e a origem de manifestações espirituais. 

2.2. Dons de elocução ou de inspiração: São dons que manifestam a mensagem do Espírito Santo à Igreja. 

a. Profecia: Habilidade sobrenatural para transmitir uma mensagem verbal, em nome de Deus à Igreja, a fim de exortá-la, confortá-la e consolá-la. 

b. Variedade de línguas: Capacidade para transmitir uma mensagem de Deus à Igreja em uma língua desconhecida inclusive para quem fala. Deve estar sempre acompanhado da interpretação. 

c. Interpretação: É o complemento do dom de variedade de línguas. É a transmissão da mensagem de Deus que foi transmitida em língua estranha, para a edificação da Igreja. 

2.3. Dons de poder: São dons que manifestam o poder de Deus à Igreja.  

a. Dom da fé: Confiança sobrenatural para confiar em Deus e a fim de realizar maravilhas em seu nome. 

b. Dom de curar: Manifestação sobrenatural para curar doenças fisicas, emocionais e espirituais, sem auxílio dos meios naturais. 

c. Operação de maravilhas: Capacidade sobrenatural para realizar sinais extraordinários e espantosos, com o objetivo de convencer os incrédulos. 

3. Dons ministeriais. (Ef. 4.11). 

São dons concedidos pelo Senhor Jesus à sua Igreja, com o objetivo de “aperfeiçoar” o Corpo de Cristo. A palavra grega traduzida por "aperfeiçoar" era usada para se referir ao ato de fixar um osso quebrado durante uma cirurgia. 

a. Apóstolo: Refere-se ao colégio apostólico, responsável por lançar os fundamentos da Igreja. Depois, Paulo foi escolhido pelo próprio Senhor Jesus para ser apóstolo. Não existem mais apóstolos em nossos dias. 

b. Profeta: É um ministro da Palavra, chamado por Deus para proclamar a palavra de Deus, exortando à Igreja a viver uma vida santa. É diferente dos profetas do Antigo Testamento. 

c. Evangelista: É um ministro chamado por Deus para proclamar o evangelho, visando a salvação de almas e fundar novos trabalhos, antes da chegada de um pastor. 

d. Pastor: Ministro chamado por Deus para apascentar o rebanho, não como dominador, mas como alguém que alimenta, protege, conduz, serve de exemplo à Igreja.

e. Doutor ou mestre: Ministro chamados por Deus para se dedicarem ao estudo sistemático da Palavra de Deus e ensinarem a sã doutrina ao povo de Deus. 

Não vamos nos aprofundar muito porque estudaremos cada um deles com mais profundidade, em lições posteriores.  


Pb. Weliano Pires
Assembléia de Deus
Ministério do Belém
São Carlos, SP


29 março 2021

OS DONS NA BÍBLIA


Iniciamos novo trimestre em nossa Escola Bíblica Dominical, com o tema Dons Espirituais e Ministeriais — Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário.


Nesta primeira lição faremos uma introdução ao assunto do trimestre, com o tema: “E deu dons aos homens”. A lição traz os conceitos da palavra dom, no Antigo e no Novo Testamento; uma conscientização de que os dons espirituais são atuais e bíblicos; uma breve análise sobre os dons de serviço, dons espirituais e dons ministeriais; os problemas da igreja de Corinto na administração dos dons espirituais. 

Considerando que, tudo o que nós temos e somos provém de Deus, podemos concluir que Deus concedeu dons a todos os seres humanos. Existem vários tipos de dons, concedidos por Deus, mesmo àqueles que não lhe servem. 

Existem os dons naturais, que são as dádivas que Deus por sua infinita bondade concede à humanidade, como a vida, a inteligência, etc. 

Há também os dons da Graça de Deus, que são capacidades especiais para agir em favor da comunhão entre os irmãos e servir à Igreja de Cristo. 

Escrevendo aos Coríntios, Paulo dedicou dois capítulos para falar sobre os dons espírituais, que o Espírito Santo concede à Igreja. E, no capítulo 4, versículo 11, da Epístolas aos Efésios, Paulo falou que Jesus concedeu outros dons à Igreja, para o aperfeiçoamento dos Santos. 

Neste primeiro tópico da primeira lição, vamos ver o que a Bíblia fala no Antigo e no Novo Testamento sobre dons. 

1. Os dons no Antigo Testamento.
No Antigo Testamento, há várias palavras que foram traduzidas como "dádivas" ou "dom". Todas elas tem origem na raiz hebraica "nathan", que significa “dar”.

A palavra dom aparece em sentido genérico, para se referir ao homem desfrutando do fruto de seu trabalho, como um dom de Deus. (Ec 3.13). 

Deus concedeu dons especiais a várias pessoas: reis, sacerdotes, profetas, juízes e até aos artesãos do Tabernáculo. (Ex 25.32).

No Antigo Testamento, os dons eram restritos a algumas pessoas em especial e não eram distribuídos a toda a comunidade de Israel.

2 – Os dons no No Novo Testamento.
No Novo Testamento, o assunto é mais abrangente e a palavra “dom” aparece com diferentes significados:

a. "Dom" no sentido de fazer doação ou ajuda. Em Filipenses 4.15 a palavra dom aparece com o sentido de "dar" ou ofertar uma ajuda a uma pessoa necessitada. 

b. "O Dom de Deus" Refere-se à Salvação, que Deus concedeu aos que crerem em Jesus. Falando com a mulher samaritana, Jesus disse que "se ela conhecesse o Dom de Deus e que é o que estava lhe pedindo água, ela é que pediria e Ele lhe daria água viva". (Jo 4.10).

c. O Dom do penhor do Espírito. Refere-se à entrada do Espírito Santo na vida do crente, quando ele recebe a Cristo. Quando o homem crê em Jesus,  Deus lhe concede o Espírito Santo, como garantia de que aquela pessoa pertence a Deus. (2 Co 1.21-22).

d. Dom do Espírito Santo. (At 2.38). Em Após o discurso de Pedro, no dia de Pentecostes, as pessoas lhe perguntaram: - O que faremos, varões irmãos?
Pedro respondeu:
- Arrependei-vos e cada um de vós seja batizado em Nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados e recebereis "o Dom do Espírito Santo". [grifo meu]. Este dom refere-se ao batismo no Espírito Santo, que é um revestimento de poder, para o crente pregar com ousadia o Evangelho de Cristo. 

e. Dons espirituais. (1 Co 12-14). São capacitações sobrenaturais que o Espírito Santo concede à Igreja do Senhor, para edificação, exortação e consolação do povo de Deus.

e. Dons Ministeriais (Ef 4.11). São ministérios concedidos por Jesus à sua Igreja, para o seu aperfeiçoamento. 

f. Dons de serviço ou de operações. (Rm 12.3-8). São dádivas que Deus concede aos membros do corpo de Cristo, a fim de servirem uns aos outros, fortalecendo a unidade e comunhão. 

3 – Uma dádiva para a IgrejaOs dons são dádivas ou presentes que Deus concede à sua Igreja, visando o seu aperfeiçoamento, equipando-a com capacitações sobrenaturais, para o desempenho da sua missão.

Para facilitar o entendimento, a teologia divide os dons em três categorias principais: Dons de Serviço, Dons Espirituais e Dons Ministeriais, conforme se encontra nas epístolas paulinas aos Romanos, 12, 1 Coríntios 12 a 14 e Efésios 4.11.

Esta divisão não é exaustiva e não significa que todos os dons do Espírito Santo estão reunidos nestas listas. É apenas um recurso didático. 
No próximo tópico vamos conhecer cada uma destas categorias as suas respectivas subdivisões. 

Pb. Weliano Pires
Assembleia de Deus
Ministério do Belém
São Carlos, SP.


28 março 2021

RESUMO DO 2º TRIMESTRE DE 2021

Imagem: CPAD


Graças a Deus, chegamos ao final do primeiro trimestre de 2021, em nossa Escola Bíblica Dominical. Estudamos sobre O Verdadeiro Pentecostalismo - A Atualidade da Doutrina Bíblica sobre a Atuação do Espírito Santo. Estudamos uma matéria da teologia chamada pneumatologia, que é o estudo da pessoa e obra do Espírito Santo. 

Logo na primeira lição, falamos sobre a personalidade, divindade, atributos e obra do Espírito Santo. Depois, estudamos sobre a atualidade das operações do Espírito Santo, da mesma forma que aconteceu no dia de Pentecostes e na Igreja Primitiva. Estudamos sobre os dons do Espírito Santo, o Fruto do Espírito, a cura divina, a liberdade e reverência no culto pentecostal, a evangelização e discipulado e, por último, falamos a respeito da “Bendita Esperança” da Igreja, que é a Vinda de Jesus para nos buscar. 

Iniciamos agora, um novo trimestre de estudos, com o tema: Dons Espirituais e Ministeriais — Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário. O Comentarista deste trimestre é o renomado pastor e escritor Elinaldo Renovato de Lima, autor de diversos livros publicados pela CPAD, comentarista de Lições Bíblicas, pastor presidente da Assembleia de Deus em Parnamirim - RN e professor universitário.

A revista deste trimestre é a repetição da revista do 2º trimestre de 2014. O tema estudado será um aprofundamento do assunto do primeiro trimestre, pois, estudamos apenas de forma genérica sobre os dons do Espírito Santo. Agora, estudaremos dois dos três grupos de dons descritos no Novo Testamento: Os dons espirituais (1 Co 12.4-7), os dons ministeriais (Ef 4.11) e os dons de serviço (Rm 12.3-8). Estudaremos apenas os dons espirituais e ministeriais.

Na primeira lição, teremos uma introdução ao assunto do trimestre, com o tema: “E deu dons aos homens”. A lição traz os conceitos da palavra dom, no Antigo e no Novo Testamento; uma conscientização de que os dons espirituais são atuais e bíblicos; uma breve análise sobre os dons de serviço, espirituais e ministeriais; e os problemas da igreja de Corinto na administração dos dons espirituais. 

Em seguida, na lição 2, estudaremos o verdadeiro propósito dos dons espirituais, que não são para elitizar o crente. Os dons devem ser utilizados para edificar a si mesmo e aos outros. O verdadeiro propósito dos dons é a edificação do Corpo de Cristo.

Para melhor estudar o assunto, os dons espirituais foram divididos em três categorias: dons de revelação, de elocução e de poder. 

Na lição 03, estudaremos os dons de revelação: palavra de sabedoria, palavra do conhecimento e discernimento de espíritos. Esta categoria de dons revela o conhecimento e a sabedoria de Deus. 

Continuando o estudo dos dons espirituais, na Lição 04 veremos os dons de poder, que são: o dom da fé, dons de curar e dons de operação de maravilhas. Estes três dons revelam o poder de Deus e corroboram com a pregação do Evangelho. 

O tema seguinte, na Lição 05, são os dons de elocução: dom de profecia, de variedades de línguas e de interpretação das línguas. Este três dons tem como propósito edificar, exortar e consolar a Igreja de Cristo (1Co 14.3). 

Na lição 06, iniciaremos o estudo dos dons ministeriais, descritos em Efésios 4.11: Apóstolos, profetas, evangelistas, pastores, mestres ou doutores. Começaremos falando sobre o Ministério de apóstolo. Nesta lição analisaremos biblicamente o colégio apostólico; veremos os detalhes do ministério apostólico de Paulo; e a respeito da existência de apóstolos na atualidade. 

Em seguida, na lição 07, veremos o ministério de profeta. Nesta lição veremos a função do profeta no Antigo Testamento; o ofício do profeta no Novo Testamento; e algumas características, que diferenciam o verdadeiro do falso profeta.

Na lição 08, estudaremos o ministério de evangelista. Esta lição destaca o envio dos setenta discípulos por Jesus, para uma missão evangelística; a grande comissão dada por Jesus à sua Igreja, após a ressurreição em Mateus 28.18-20; e as características do dom ministerial de evangelista. 

Continuando o estudo dos dons ministeriais, na lição 09 estudaremos sobre o ministério de pastor. Nesta lição são expostas as características de Jesus como o sumo pastor; as características de um verdadeiro pastor; e os detalhes da missão polivalente do ministério pastoral.

Na Lição 10, o nosso tema será o ministério de mestre ou doutor. Veremos que Jesus é o nosso mestre por excelência: Jesus ordenou à igreja do primeiro século que ensinasse a Palavra de Deus e ela o fez com persistência; a importância do dom ministerial de mestre para a Igreja local, principalmente no discipulado.  

Na lição 11 veremos o ministério de presbítero, bispo ou ancião. Estudaremos sobre a escolha dos presbíteros; o significado do termo presbítero; a importância e os deveres do presbitério. 

Na Lição 12, trataremos de outro do Diaconato. A lição fala do estilo de vida de Jesus, como um autêntico diácono, que é aquele que se dispõe a servir ao próximo por amor; sobre a instituição do ministério do diácono no capítulo 6 do Livro de Atos dos Apóstolos; e sobre as qualificações e funções dos diáconos, na Igreja Primitiva e nos dias atuais.

Por último, na lição 13, estudaremos sobre a multiforme Sabedoria de Deus. A lição faz uma conclusão do tema estudado no trimestre, falando sobre o caráter diverso dos dons espirituais e ministeriais; as qualidades dos bons despenseiros dos mistérios divinos; e a relação dos dons espirituais com o fruto do Espírito.

Bons estudos! 

Pb. Weliano Pires

Assembleia de Deus

Ministério do Belém

São Carlos-SP

Revista Adulto – 2° TRIMESTRE 2021



Título: Dons Espirituais e Ministeriais — Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário

Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima

Lição 01 – E deu dons aos homens
Lição 02 – O propósito dos Dons Espirituais
Lição 03 – Dons de Revelação
Lição 04 – Dons de Poder
Lição 05 – Dons de Elocução
Lição 06 – O Ministério de Apóstolo
Lição 07 – O Ministério de Profeta
Lição 08 – O Ministério de Evangelista
Lição 09– O Ministério de Pastor
Lição 10 – O Ministério de Mestre ou Doutor
Lição 11 – O Presbítero, Bispo ou Ancião
Lição 12 – O Diaconato
Lição 13 – A multiforme Sabedoria de Deus.

Fonte: CPAD (Casa Publicadora das Assembleias de Deus)

24 março 2021

VIVENDO COM FIDELIDADE




Quando falamos de fidelidade, o que nos vem à mente é o relacionamento entre um casal, onde há exclusividade de um para com o outro e não há traição. A fidelidade é um dos atributos morais de Deus. Deus é o maior exemplo de fidelidade e Ele espera  que o crente em Jesus também seja fiel. Viver a vida com fidelidade é adotar um estilo de vida, de forma a estar pronto para a vinda do Senhor. 


1. Definição. Na Bíblia, as palavras fidelidade, verdade e lealdade pertencem ao mesmo campo semântico. A palavra grega “pistis” é traduzida em alguns textos por fé e em outros por fidelidade ou lealdade. No Antigo Testamento a palavra hebraica para fidelidade é ‘emunah’, ou ‘munah’ de forma abreviada  que significa “certeza”, “confiabilidade” ou “fidelidade”. Esta palavra é usada em Hc 2.4 e traduzida na maioria das versões bíblicas em português por “fé”. “...O justo viverá pela sua fé”. A Nova Versão Internacional, no entanto, esta palavra por fidelidade. Ser fiel é honrar os compromissos assumidos, custe o que custar. Em Deuteronômio 32.4, é usada a mesma palavra para se referir à fidelidade de Deus. “Eis a Rocha! Suas obras são perfeitas, porque todos os seus caminhos são juízo; Deus é fidelidade, e não há nele injustiça; é justo e reto.” 


Jesus falou várias vezes sobre crer nEle. Mas, em todas as ocasiões, Ele não se referia apenas a acreditar nEle e sim, ser fiel incondicionalmente. Fidelidade é a crença comprovada pelas obras, como defende Tiago. “A fé sem obras é morta''. (Tg 2.20).


2. A fidelidade de Deus. A fidelidade é um dos atributos comunicáveis de Deus. (Dt 7.9; Hb 10.23). Deus  é fiel em seu caráter (Sl 33.4) em Sua Palavra (Jr 1.12; Mt 24.35) e em seus atos. Deus é fiel a si mesmo e a sua fidelidade independe da fidelidade humana (2 Tm 2.13). Deus cumpre integralmente aquilo que Ele promete. Nenhuma das suas palavras jamais cairá por terra. Os salmistas, em vários salmos, louvaram a Deus por sua fidelidade. (Sl 34.4; 100.5; 119.90). Deus é o Deus da Verdade e não pode mentir, trair ou falhar, pois, Ele é fiel aos seus princípios e digno de toda confiança. Quem confia em Deus jamais se decepcionará. “Porquanto a Escritura diz: Todo aquele que nele crê não será confundido.” (Rm 10.11).


3. A fidelidade como virtude cristã. A fidelidade também é uma das virtudes do fruto do Espírito em Gl 5.22. Algumas versões da Bíblia traduzem a palavra grega "pistis" neste texto por “fé”. Mas, pelo contexto, fidelidade é a melhor tradução, pois está associada às palavras bondade e benignidade. Muitas pessoas se enganam achando que ser salvo pela fé é muito pouco e querem acrescentar obras e sacrifícios para ‘merecerem’ a salvação. Outros acham que simplesmente acreditar em Jesus é suficiente para ser salvo. Mas, ter fé em Cristo não significa apenas acreditar que Ele existe, pois, os demônios também o fazem. (Tg 2.19). Crer em Cristo significa ser fiel a Ele, até mesmo com o sacrifício da própria vida. “Porque para mim, o viver é Cristo e o morrer é ganho”. (Fp 1.21).


4. Tempos e estações. Israel era dominado pelos romanos, quando Jesus viveu nesta terra. Quando Ele ressuscitou, falou para os seus discípulos que iria para o Céu, mas, em breve voltaria para buscá-los. Os discípulos imaginavam que Ele seria um líder político, que libertaria o seu povo do domínio dos romanos e perguntaram se Jesus restauraria nesse tempo o reino a Israel. (At. 1.6). Jesus respondeu que não lhes competia saber os ‘tempos’ e ‘estações’ que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder (At 1.7). 


Tempos e estações no grego são, respectivamente, chronos e kairós. Chronos significa a extensão do tempo e Kairós significa a qualidade do tempo ou oportunidades. Jesus estava falando que haveria um espaço de tempo (chronos) entre o início da Igreja e Sua segunda vinda e haveria ocasiões (kairós) com sinais que aconteceriam durante o estabelecimento do Reino de Deus. Paulo também usa as mesmas expressões em 1 Ts 5.1, para responder às perguntas sobre os últimos acontecimentos: “Mas, irmãos, acerca dos tempos e das estações, não necessitais de que se vos escreva”. Jesus deixa claro que tanto o chronos (tempo decorrido) quanto o kairós (ocasiões e acontecimentos) pertencem única e exclusivamente a Deus. 



Pb. Weliano Pires

Assembléia de Deus

Ministério do Belém

São Carlos - SP


REFERÊNCIAS:

LIÇÕES BÍBLICAS. Rio de Janeiro: CPAD. 1° Trimestre de 2021.

ENSINADOR CRISTÃO. Rio de Janeiro: CPAD. 1° Trimestre de 2021.

BÍBLIA DE ESTUDO PALAVRA CHAVE. 4 Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2015.





23 março 2021

A NECESSIDADE DE VIGILÂNCIA

 

Foto: Estilo Adoração

Precisamos estar vigilantes quanto a vinda do Senhor, porque não sabemos o dia, nem a hora em que Ele há de vir. Devemos também nos prevenir contra os falsos alarmes.

1. Exortação à vigilância

Vigiar significa ficar atento aos possíveis ataques, para não ser apanhado de surpresa. A vigilância consiste em estar acordado e alerta para todos os lados, fechando as brechas e vulnerabilidades, para evitar o elemento surpresa. Um ladrão que pretende furtar alguma coisa, age sempre nos descuidos e falhas da vigilância. 

Jesus comparou o momento da sua vinda com o ataque repentino de um ladrão a uma residência, durante a noite. (Mt. 24.42,43)

a. O crente deve vigiar com as suas fraquezas. Cada um de nós tem os seus pontos fracos e seremos tentados nessas áreas. Portanto, devemos vigiar para não cairmos. 

b. O crente não deve menosprezar o inimigo. Muitos crentes erram ao subestimar a astúcia do inimigo, dizendo que ele está amarrado. Mas, isso é um equívoco. O inimigo é mais esperto do que muita gente pensa. Ele também é ousado e chegou ao ponto de exigir que Jesus o adorasse. 

c. O crente não deve se auto superestimar. O outro extremo é dar ao diabo um poder que ele não tem. O inimigo é astuto e perigoso. Mas, ele não é soberano, nem onipotente. Ele só pode agir até onde Deus permitir. Há crentes que vivem apavorados com medo do diabo  e vêem demônios para todos os lados. Não podemos viver assim. Maior é o que está conosco. 

2. Os alarmes falsos.

Ao longo da história da Igreja, várias pessoas marcaram a data da volta de Cristo, mas, como era de se esperar, todas elas erraram. Guilherme Miller, fundador do Movimento adventista, marcou a volta de Jesus para 22 de outubro de 1844. O nome aventista vem de “advento”, pois este grupo aguardava o advento ou a vinda de Jesus. O dia marcado chegou e nada aconteceu. 

Charles Taze Russell, fundador do movimento Estudantes da Bíblia, que depois veio a se tornar Testemunhas de Jeová, marcou o retorno de Cristo para 1914. Também não aconteceu nada na data marcada. Os seus sucessores na organização remarcaram a data para 1925, 1975, 1984 e 2000. Mas, todos erraram. 

Recentemente, outros grupos marcaram a data para 2018, contando uma geração de setenta anos, após o ressurgimento de Israel como nação, que aconteceu em 1948. A “apóstola” Neuza Itioka, do Ministério Ágape assim escreveu: “De acordo com alguns estudiosos e profetas e incluindo o rabino Ben Samuel que  profetizou, que provavelmente, em 2017 ou 2018, o Messias Jesus estaria inaugurando o seu reinado do milênio.  Sim, de acordo com os acontecimentos, a figueira que representa Israel floresceu em 1947 e o Senhor disse que, a geração que assistiu o florescimento não passaria, até que todas estas coisas acontecessem. Uma geração dura 70 anos.  De 1947 mais 70 anos corresponde a 2017. (Lc. 21; 29-33). Aparentemente, o Messias está para voltar, logo e logo. Você e eu poderemos estar no meio desta igreja que sobe ou fica”. O ano de 2018 passou e nada aconteceu. 

Há ainda em nossos dias, muitos que afirmam que "esta é a geração do arrebatamento". Isto significa dizer que Jesus voltará nos próximos 100 anos, pois, certamente daqui a 100 anos nenhum de nós estaremos aqui. Se por um lado sabemos que a volta do Senhor está próxima, por causa dos sinais que estão acontecendo, não podemos jamais marcar o tempo da sua vinda, seja o dia, o ano ou o século, pois, nem Jesus marcou o tempo da sua vinda e disse que não nos compete saber "o tempo e as estações, que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder. 

Todos esses ‘profetas’, videntes e grupos falharam e outros que marcarem a volta do Senhor também irão falhar. É um erro tentar adivinhar os tempos e as estações (At 1.7), a respeito dos acontecimentos futuros, pois só Deus sabe o dia e hora (Mt 24.36; Mc 13.32). Quando estudamos escatologia, que é a doutrina das últimas coisas, é apenas para estarmos preparados e não para sabermos o tempo em que as coisas acontecerão. 


Pb. Weliano Pires
Assembléia de Deus
Ministério do Belém
São Carlos - SP


22 março 2021

BREVE O SENHOR VIRÁ

A vinda de Jesus é certa e está próxima. Ele prometeu que virá (Jo 14.1-3; Ap 3.10) os anjos (At 1.11) e os apóstolos (1 Ts 4.16,17; 2 Pe 3) também reafirmaram a promessa da sua vinda. Logo, a vinda do Senhor não é uma probabilidade, é uma certeza que temos, pois, fiel é o que prometeu. A vinda de Jesus traz esperança ao crente fiel e ao mesmo tempo, pavor aos que não estão firmes com Ele.

1. A vinda de Cristo. A vinda de Cristo é tão certa quanto os dias e estações do ano, porque o nosso Senhor prometeu em Sua Palavra que voltará. Há abundância de textos bíblicos falando sobre a vinda de Jesus, tanto no Novo, quanto no Antigo Testamento. Entretanto, no Novo Testamento está mais claro, pois, no Antigo Testamento havia mais profecias a respeito da primeira vinda do Messias. (Zc 14.4; Jo 14.1-3; 1 Ts 4.16-18; 2 Pe 3; Ap 3.10; 22.20). 

No Cristianismo, há divergências quanto à forma que Ele virá. Mas, todos concordam que Ele virá. Um Igreja Cristã genuína crê e espera pela volta do Senhor. Entretanto, no meio evangélico há pensamentos diferentes sobre o retorno de Cristo.

Alguns crêem que Ele arrebatará a Igreja ao Céu, onde acontecerá o Tribunal de Cristo e as Bodas do Cordeiro. Depois de sete anos, se manifestará em glória, junto com a Igreja, para estabelecer o seu reino milenial. Nesse grupo está a Assembléia de Deus. Mesmo nesse grupo há diferentes pontos de vista, em relação à tribulação. Há os pré-tribulacionistas, que crêem que Jesus virá antes da tribulação; os midi-tribulacionistas, que acreditam que Ele virá no meio da tribulação e os pós-tribulacionistas, que crêem que Cristo virá após a tribulação. Há também os que crêem que não haverá arrebatamento, mas, haverá somente a manifestação de Jesus em glória. Todos estes, no entanto, acreditam na vinda de Jesus para buscar a sua Igreja.

2. Uma promessa de Jesus. Jesus prometeu em vários textos que voltará. (Mt 24.30; Jo 14.1-3; Ap 3.10;). No seu Sermão Profético, o Senhor alertou os seus discípulos sobre a vigilância e necessidade de estarem preparados para a sua vinda. No Apocalipse também, em várias ocasiões, o Senhor deixou claro para o apóstolo João, que há de vir buscar o seu povo. Isso nos dá certeza em relação à sua vinda, pois, sabemos que Ele é fiel e cumpre a sua Palavra (Mt 24.35).

Quando Jesus subiu ao Céu, os discípulos ficaram olhando para as alturas. Dois anjos apareceram e perguntaram-lhes por que estavam olhando para o Céu. Em seguida, prometeram que da mesma forma que Jesus subiu ao Céu, também virá outra vez. (At 1.11). Os Apóstolos também, inspirados pelo Espírito Santo, falaram em vários textos, sobre a Vinda de Jesus. Paulo (1 Ts 4.17; 1 Co 15.51,52) Pedro (2 Pe 3); Tiago (Tg 5.8). 

3. O dia se aproxima. Quando Jesus viveu aqui neste mundo, Ele disse várias vezes que iria para o Céu, mas, que em breve voltaria para buscar o seu povo. (Ap 3.10; Ap 22.20). Jesus também falou durante o seu ministério terreno, sobre vários sinais que antecederiam a sua vinda ou que demonstraram que ela se aproxima. 

Eis alguns sinais descritos na Bíblia, que antecedem a Vinda de Jesus:

  • A efusão do Espírito prometida para os últimos dias, que começou no Pentecostes e reascendeu no Movimento Pentecostal, no início do Século XX. (Jl 2.28-32; At 2.16-21).

  • O surgimento de falsos profetas, falsos mestres e falsos Cristos (Mt 24.5,11; 2 Pe 2). 

  • A multiplicação da iniquidade e esfriamento do amor (Mt 24.12)

  • Guerras, rumores de guerra e terremotos; (Mt 24.6) 

  • Fomes e doenças incuráveis (Mt 24.7)

  • O renascimento do Estado de Israel (Lc 21.29-31). 


Pb. Weliano Pires

Assembléia de Deus

Ministério do Belém

São Carlos - SP


INTRODUÇÃO À LIÇÃO 13



TEXTO ÁUREO:

“Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo.”  (Tt 2.13)

VERDADE PRÁTICA: 

“A nossa esperança é algo vívido e real, não se baseia em utopia e nem em imaginação humana, mas em fatos revelados na Palavra de Deus e confirmados pela História.”

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Atos 1.6-11

6 - Aqueles, pois, que se haviam reunido perguntaram-lhe, dizendo: Senhor, restaurarás tu neste tempo o reino a Israel?

7 - E disse-lhes: Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder.

8 - Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.

9 - E, quando dizia isto, vendo-o eles, foi elevado às alturas, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos.

10 - E, estando com os olhos fitos no céu, enquanto ele subia, eis que junto deles se puseram dois varões vestidos de branco,

11 - os quais lhes disseram: Varões galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir.

HINOS SUGERIDOS: 451, 469, 514 da Harpa Cristã

PONTO CENTRAL: 

A esperança da Igreja é vívida e real.


REVISÃO DA LIÇÃO PASSADA

Tema – A Urgência do Discipulado

Falamos na lição passada sobre os conceitos de discípulo e discipular; Mostramos o tripé do discipulado: Palavra comunhão serviço; e falamos do discipulado como uma ferramenta indispensável para o crescimento espiritual e numérico da Igreja. 

Concluímos dizendo que o discipulado é um mandamento bíblico e que o novo crente deve ser ensinado, com muito amor e cuidado, para desenvolver a sua nova identidade. 


INTRODUÇÃO À LIÇÃO 13

Tema: Voltados os olhos para a Bendita Esperança

O resumo da mensagem pregada pelos pioneiros da Assembleia de Deus no Brasil era: Jesus Cristo salva, Jesus Cristo cura, Jesus Cristo batiza no Espírito Santo e em breve voltará. Durante este 1° trimestre de 2021, falamos a respeito do verdadeiro pentecostalismo, a atualidade da Doutrina Bíblica sobre a atuação do Espírito Santo. Iniciamos o trimestre falando sobre a pessoa do Espírito Santo, enfatizando a sua personalidade e divindade. Depois falamos sobre a atuação do Espírito na obra da redenção da humanidade. Prosseguimos falando sobre a atualidades das diversas operações do Espírito Santo como o Batismo do Espírito Santo, os dons espirituais, o Fruto do Espírito Santo, a santificação, a liberdade e reverência no culto a Deus, a cura divina, o compromisso com a Palavra de Deus, a evangelização e o discipulado. 

Nesta última lição, trataremos do último item da mensagem pregada pelos pioneiros: Jesus Cristo em breve voltará. O apóstolo Paulo chama este evento de "Bendita Esperança". Conforme descrito em nossa verdade prática, esta esperança não é algo utópico, mas, real e vívido, revelado na Palavra de Deus, cujos sinais previstos podem ser claramente notados na história.

No primeiro tópico da lição falaremos a respeito da certeza e brevidade da vinda do Senhor. Todos os cristãos verdadeiros são unânimes em afirmar que Jesus em breve voltará. Há divergências quanto à forma em que Ele virá, mas, não resta dúvidas sobre o acontecimento, pois, Ele prometeu que virá (Jo 14.1-3; Ap 3.10) os anjos (At 1.11) e os apóstolos (1 Ts 4.16,17; 2 Pe 3) também reafirmaram a promessa da sua vinda. 

No segundo tópico, falaremos a respeito da necessidade de estarmos vigilantes, ante a proximidade da vinda de Senhor. O Senhor nos alertou, com várias parábolas, a estarmos sempre alertas e vigilantes, pois, não sabemos o dia nem a hora em que Ele virá. Entretanto, nessa vigilância devemos tomar cuidado com falsos alarmes daqueles que insistem em marcar a data da volta de Jesus. Ao longo da história da Igreja, várias pessoas marcaram a data da volta de Cristo, mas, como era de se esperar, todas elas erraram. Se por um lado sabemos que a volta do Senhor está próxima, por causa dos sinais que estão acontecendo, não podemos jamais marcar o tempo da sua vinda, seja o dia, o ano ou o século, pois, nem Jesus marcou o tempo da sua vinda e disse que não nos compete saber "o tempo e as estações, que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder. 

No terceiro e último tópico, destacaremos a necessidade de aguardarmos a vinda do Senhor com fidelidade. Explicaremos neste tópico a definição bíblica do termo fidelidade. Mostraremos a fidelidade como um atributo comunicável de Deus. A fidelidade é também uma virtude do cristão verdadeiro, que reflete o caráter de Cristo. Por último, falaremos sobre as expressões "tempos e estações'', mencionadas por Jesus em Atos 1.7, respectivamente, "chronos" e "kairós" em grego, em resposta à pergunta dos discípulos, sobre quando iria acontecer a restauração do reino a Israel, que vivia sob o domínio romano. Eles esperavam que Jesus fosse um líder político como Davi, que iria guerrear contra os romanos e conquistar a independência do seu povo. Mas, Jesus já havia dito a eles que o seu reino não é deste mundo. Agora o Senhor lhes assegura que os tempos e as estações são prerrogativas do Pai. 


Pb. Weliano Pires

Assembléia de Deus

Ministério do Belém

São Carlos - SP.



MURMURAÇÃO: UM PECADO QUE NOS IMPEDE DE ENTRAR NA CANAÃ CELESTIAL

(Comentário do 3º tópico da Lição 07: O perigo da murmuração) Ev. WELIANO PIRES No terceiro tópico, veremos que a murmuração também nos impe...