31 março 2021

CORINTO: UMA IGREJA PROBLEMÁTICA NA ADMINISTRAÇÃO DOS DONS ESPIRITUAIS (1 Co 12.1-11).

Imagem: Biblioteca Bíblica

(Estudo do terceiro tópico da lição 01: E deu dons aos homens).

A cidade de Corinto era a capital da província romana da Acaia. Era uma cidade muito promíscua e idólatra. Chegou ao ponto das pessoas usarem a expressão "corintianizar", para se referir à imoralidade.

A Igreja de Corinto era uma Igreja que tinha muitos dons. Paulo chegou a dizer que "nenhum dom vos falta". Mas, por outro lado, era uma Igreja carnal e problemática. 

Na Igreja em Corinto, havia problemas de divisões internas, onde alguns grupos seguiam a Pedro, João, Apolo, Paulo e outros diziam que eram apenas de Cristo. Havia problemas de imoralidade sexual, problemas em relação aos alimentos sacrificados ao ídolos, dissensões na hora da ceia e ignorância e arrogância em relação ao uso dos dons espírituais. Por isso, Paulo escreveu dois capítulos inteiros, para tratar deste assunto.


1 – Os dons são importantes. Os crentes de Corinto tinham dons, mas, eram carnais e imaturos. (1 Co 3.1). Tudo era motivo para disputas, até os dons espirituais. Um achava que era mais importante que o outro, porque tinha um determinado dom.

Ora, todos os dons são dádivas de Deus e tem a sua importância. Paulo os comparou aos membros do corpo humano, onde todos trabalham em harmônia, em benefício do corpo. Nenhum membro, por mais importante que seja, não sobrevive fora do corpo e não é independente dos demais.

O objetivo dos dons é servir à Igreja e não exaltar ao seu portador. Ninguém é mais do que o outro por possuir um dom, pois, o dom não é dele, é de Deus e a Glória é para Ele.


2 – Diversidade dos dons. Os dons são diversos e tem finalidades diferentes. Paulo disse que nem todos tem o mesmo dom e que todos os dons tem a sua importância. Conforme vimos no tópico anterior, há dons que manifestam a sabedoria de Deus, outros revelam o poder de Deus e outros trazem uma mensagem de Deus à Igreja.

Embora sejam diferentes, os dons pertencem ao mesmo Espírito e servem à mesma Igreja. Logo não pode haver competição entre eles. Os dons refletem a necessidade de cada Igreja local. A Igreja de Roma tinha necessidades diferentes da Igreja de Corinto e da Igreja de Éfeso.


3 – Autossuficiência e humildade. Os dons não definem a conduta do portador. Não é porque alguém recebeu um dom de Deus, que é mais santo que os outros. Aliás, dons espirituais não salvam ninguém. Os dons pressupõem responsabilidade e não são motivo para orgulho.

O amor é mais importante que todos os dons. (I Co 13). Não foi por acaso que o capítulo 13 da primeira Epístola aos Coríntios está entre o 12 e o 14, que falam dos dons espírituais. Paulo recomendou aos Coríntios que buscassem com zelo os melhores dons e ele lhes mostraria um caminho ainda mais excelente, que é o amor.

No capítulo 13, ele disse que, ainda que falasse que em línguas, profetizasse, tivesse o dom da fé, desse tudo o quanto tinha aos pobres e se entregasse para ser queimado, se não tivesse amor, de nada aproveitaria.

O amor consiste em fazer o bem benefício do próximo, mesmo que ele não mereça. Os dons espirituais devem ser pautados pelo amor e não são para benefício do portador. Quem tem dons espirituais não é autossuficiente e depende de Deus. Por isso, deve ter sempre humildade. 


Pb. Weliano Pires

Assembleia de Deus

Ministério do Belém

São Carlos, SP

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