30 janeiro 2019

Os principais ensinamentos da Bíblia


    
A Bíblia é o livro mais reconhecido do mundo! Mas o que ela ensina? Esses são os ensinamentos principais da Bíblia:

Sobre Deus:

Deus é o personagem principal da Bíblia. Deus é eterno. Ele sempre existiu e sempre vais existir. Foi Deus que criou o mundo e tudo que existe, para ser bom. Tudo está debaixo de Seu poder e nenhum de Seus planos pode ser frustrado. Não existe outro Deus.

Deus é amor, é justo e é bom. Ele detesta o mal mas também tem misericórdia e gosta de perdoar quem se arrepende. Na Bíblia, Deus se revela em 3 formas ou pessoas diferentes: o Pai, Filho e o Espírito Santo. Não são 3 deuses diferentes, são 3 lados do mesmo Deus.

Referências bíblicas: Gênesis 1:1, Salmo 90:2, Provérbios 21:30, Isaías 44:6, 1 João 4:8, Salmos 86:5, Ezequiel 18:32, 2 Coríntios 13:14, Gênesis 1:1.
   
O homem e o pecado

Deus criou o homem e a mulher à Sua imagem e semelhança e os abençoou. Cada vida humana é preciosa. Ele também nos deu capacidade de escolha. Mas o primeiro casal, Adão e Eva, escolheram pecar (não seguir a vontade de Deus). Desde então, todos os seres humanos têm uma tendência para pecar e ficam escravizados pelo pecado.

O pecado nos separa de Deus e nos torna culpados. O castigo do pecado é a morte e a separação eterna de Deus, no lago de fogo. Mas Deus nos ama; por isso Ele criou um plano para nos salvar...

Referências bíblicas: Gênesis 1:27, Romanos 5:14, Romanos 3:23, Romanos 6:23, Gênesis 1:27.

Jesus

Deus decidiu pagar o castigo do pecado em nosso lugar. Ele veio à terra como um homem, Jesus.

Jesus cresceu e viveu como um homem normal, mas, sem nunca pecar. Depois, ele passou alguns anos pregando as boas notícias da chagada do Reino de Deus, fazendo milagres e expulsando demônios. No fim de seu ministério, Jesus foi crucificado. Na cruz, Jesus ofereceu a sua vida em troca da nossa, pagando o preço que nós merecemos.

Mas,Jesus não ficou morto. Três dias depois, ele ressuscitou! Como não tinha pecado, a morte não o podia reter. Jesus foi visto por mais de 500 pessoas depois que ressuscitou. Depois, ele subiu ao Céu, onde está agora, junto do Pai, intercedendo por todos os que crêem nele.

Referências bíblicas: Marcos 1:15, 1 Coríntios 15.3-8, Romanos 3:25-26, Atos dos Apóstolos 2:32-33, Atos dos Apóstolos 2:32-33.      

O Espírito Santo

Depois que subiu ao Céu, Jesus enviou o Espírito Santo para estar com todos que crêem nele. O Espírito Santo age no mundo, convencendo do pecado, da justiça e do juízo. Ele também capacita quem crê a seguir Jesus e a entender as coisas de Deus. O Espírito Santo mora dentro de todos os que são salvos.

Foi o Espírito Santo quem inspirou as pessoas que escreveram os livros da Bíblia. É por isso que a Bíblia é coerente, apesar de ter sido escrita por muitas pessoas diferentes ao longo de vários séculos.

Referências bíblicas: João 16:7-8, Atos dos Apóstolos 2:38, 2 Pedro 1:20-21, Atos doa Apóstolos 2:38.
    
A salvação

Ninguém consegue pagar o preço de seu próprio pecado. Nenhum ato de bondade consegue equilibrar as contas com Deus. Somente Jesus salva.

A salvação vem pela fé. Isso significa que você precisa reconhecer que você tem pecado e se arrepender (decidir mudar). Quando você crê que Jesus morreu e ressuscitou por seus pecados e confessa que ele é seu salvador, Jesus lhe salva, perdoando todos os seus pecados. Isso se chama justificação. O Espírito Santo mora dentro de você e você morre para o pecado, dedicando sua vida a seguir os ensinamentos de Jesus. Quem é salvo, também deve ser batizado.

Quem é salvo está livre da condenação do pecado e um dia irá ressuscitar para a vida eterna! Não se torna logo perfeito nessa vida, mas, Deus ajuda a vencer o pecado e a mudar de vida. Isso se chama santificação.

Referências bíblicas: João 14:6, Romanos 10:9-10, Romanos 6:3-4, Romanos 8:1-2, 1 Coríntios 15:22-23, Romanos 10:9-10     .

A igreja

A igreja é o conjunto de todos os salvos por Jesus. Deus quer que as pessoas se juntem como igreja para crescerem juntos e mais fortes. Ninguém é perfeito mas, pelo poder de Jesus, nos tornamos uma família unida. Juntos, aprendemos na Bíblia como viver para Deus.

Deus está onde dois ou três estão reunidos em seu nome. O Espírito Santo dá dons diferentes a cada pessoa, para ajudar no crescimento da igreja. A missão da igreja é fazer mais discípulos de Jesus.

Referências bíblicas: Hebreus 10:25, Mateus 18:20, 1 Coríntios 12:4-7, Romanos 12:4-5, Mateus 28:19-20, Hebreus 10:25.

Anjos e demônios

Os anjos são seres espirituais que Deus criou para servi-lo. Mas, o diabo e alguns outros anjos se rebelaram e agora lutam contra Deus. O lago de fogo foi criado para punir o diabo e seus anjos.

O diabo tem grande poder no mundo, porque todos os escravos do pecado estão debaixo de seu domínio. Os demônios tentam, oprimem e destroem vidas. No entanto, eles sabem que a guerra já está perdida e um dia vão ser castigados.

Os anjos fiéis a Deus obedecem a Seus mandamentos e ajudam os salvos nas batalhas espirituais.

Referências bíblicas: Hebreus 1:14, Mateus 25:41, Apocalipse 12:7-12, João 10:10, João 10:10.

O fim dos tempos

Um dia Jesus voltará. Quando isso acontecer, ele derrotará completamente o diabo e todos que se rebelam contra Deus. O pecado será eliminado, os mortos ressuscitarão e todos serão julgados. Quem se rebelou contra Deus sofrerá condenação eterna mas todos os salvos serão transformados e terão a vida eterna! Os salvos viverão para sempre na presença de Deus, sem mais sofrimento nem dor.

Referências bíblicas: Apocalipse 22:12, Daniel 12:2, 1 Tessalonicenses 4:16-17, 2 Pedro 3:10-14, Apocalipse 21:1-4, Apocalipse 22:12.

Fonte: bibliaon.com

28 janeiro 2019

O dilema entre ajudar as vítimas e punir os culpados


Em uma pequena cidade, morava o poderoso Dr. Aristóteles. Era dono de uma enorme fazenda, responsável por toda a produção de feijão, milho e arroz e criava muito gado, para a produção de leite e carnes. Possuía também vários caminhões, que escoam a toda a produção, abastecendo a cidade e a região circunvizinha.
O Dr. Aristóteles não respeitava as leis e, por ser poderoso e responsável pela sobrevivência da população, as autoridades faziam vistas grossas aos seus abusos e crimes. Os trabalhadores da sua fazenda trabalham em sem nenhuma proteção; os motoristas dos seus caminhões não possuíam habilitação e dirigiam embriagados; os caminhões transportavam cargas acima de suas capacidades e não atendiam as condições mínimas de segurança. Tudo isso, é claro, para que o Dr. Aristóteles aumentasse cada vez mais os seus lucros.
Certa vez, um dos seus motoristas transportava uma carga acima da capacidade do caminhão. O caminhão estava com os pneus carecas e não passava por revisão há muito tempo. O motorista sem habilitação e alcoolizado, dirigia em alta velocidade.
Um policial rodoviário viu aquilo e nada fez, pois, percebeu que o caminhão era do Dr. Aristóteles e ele recebera ordens do seu superior para não incomodá-los, pois, o Dr. Aristóteles movimentava a economia da cidade e gerava muitos empregos. Esta situação se repetia toda semana.
Como era de se esperar, em uma destas viagens, o motorista perdeu o controle e chocou-se com um ônibus que vinha em sentido contrário, cheio de passageiros. A maioria dos passageiros morreu na hora e os sobreviventes sofreram ferimentos graves. Alguns ficaram tetraplégicos.
A Polícia rodoviária veio ao local, mas, com ordens de aliviar para o motorista. No boletim de ocorrência constou que foi apenas ‘um acidente’. Nem o motorista, nem o Dr. Aristóteles foram responsabilizados e tudo continuou como era antes.
Para “aliviar” a situação das vítimas, o motorista do ônibus foi orientado a dizer que o motorista do caminhão não teve culpa, para que assim as vítimas pudessem receber o dinheiro do seguro obrigatório.
Diante de tanta imprudência, irresponsabilidade e descaso criminosos das autoridades, um vereador da cidade, indignado com a situação, tentou de várias formas, alertar que aquilo não fora um acidente comum, mas, uma sequência de atos criminosos. Alertou também, que aquela tragédia iria se repetir. Ninguém lhe deu ouvidos. Ao contrário, permitiram que o Dr. Aristóteles aumentasse a sua frota, com caminhões nas mesmas condições.
O vereador tinha razão. A segunda tragédia aconteceu, em proporções muito maiores. Um dos caminhões do Dr. Aristóteles, com pneus carecas, como de costume, e motorista sem habilitação, faltou freio por falta de manutenção e chocou-se com uma escola, matando dezenas de crianças. Diante da tragédia, equipes de resgates de outras cidades se mobilizaram para socorrer as vítimas. Doadores de sangue estavam a postos. Ambulâncias e bombeiros corriam contra o tempo para salvar as vítimas mais graves. Mas, infelizmente, poucos sobreviveram.
Diante desta tragédia anunciada, o vereador que denunciara o primeiro acidente como criminoso, de novo se manifestou, cobrando a identificação e punição dos responsáveis por estas tragédias criminosas e não naturais. Porém, boa parte da população o acusou de insensível, que só sabe criticar e não se preocupa em ajudar as vítimas. Segundo diziam, aquele não era momento de apontar culpados, mas, de se preocupar com as vítimas.

Já dizia Victor Hugo:
“Quem poupa o lobo, sacrifica a ovelha.”

Este relato é uma ficção. Qualquer semelhança com os nomes ou acontecimentos reais, terá sido mera coincidência.

Weliano Pires


27 janeiro 2019

O esvaziamento dos cultos de ensino nas Assembleias de Deus

Os cultos de ensino ou de doutrina são uma característica das Assembleias de Deus no Brasil, desde a sua fundação. No início da denominação, não havia cursos teológicos. Por isso, um dos cultos da semana era destinado ao ensino da Palavra de Deus. No culto de ensino, iniciava-se com um período maior de oração, cantava-se um ou dois hinos e durante uma hora ou mais, o pastor trazia um estudo bíblico para a Igreja.

Dois meses após a fundação da Assembléia de Deus, foi realizada a primeira aula da Escola Dominical em Belém (PA) e em 1930 foi lançada a Revista Lições Bíblicas pela CPAD. Foram criadas também as Escolas Bíblicas de Obreiros (EBO) para ensinar sistematicamente a Palavra de Deus aos obreiros. Estes trabalhos de ensino sempre foram muito bem frequentados. Era uma exigência para os candidatos ao ministério, a participação nos cultos de ensino e na Escola Dominical.

Infelizmente, nos últimos anos, esta realidade vem mudando. Tanto os cultos de ensino como a Escola Dominical estão cada vez mais vazias. Em muitos lugares, até mesmo obreiros não frequentam os cultos de ensino e Escola Dominical. Como consequência, temos cada vez mais, crentes raquíticos, sem firmeza espiritual e que abraçam ventos de doutrinas e inovações teológicas.

A meu ver, algumas razões contribuem para este esvaziamento:

1. Deturpação da mensagem do Evangelho. Em muitos púlpitos não se prega mais o Verdadeiro Evangelho de Cristo. Com o objetivo de ser politicamente correto e não espantar o povo, muitos pregadores pregam 'outros evangelhos", como a teologia da prosperidade, a confissão positiva, o triunfalismo, etc. Isso, evidentemente, traz para a Igreja, pessoas com outros interesses, que não é renunciar tudo e seguir a Cristo e sim, obter vantagens pessoais. Esse tipo de pessoa não se interessa em conhecer a palavra de Deus, porque esta contrasta os seus interesses escusos.

2. Pessoas com "comichão nos ouvidos". Existem pessoas que estão sempre em busca de novidades e revelações. Estas pessoas acham o ensino bíblico antiquado e procuram 'coisas novas'. Andam de campanha em campanha, buscando 'profetadas' e 'revelamentos'.

3. Despreparo para o ensino bíblico. Se por um lado, muitos crentes não se interessam em aprender a Palavra de Deus, por outro lado, muitos pastores e professores de Escola Dominical, não tem a mínima condição de ensinar, pois, também não aprenderam. A Bíblia diz que os bispos e presbíteros devem estar "aptos para ensinar". Mas, há pastores e professores que nunca leram a Bíblia toda e não se preparam para ensinar. No tempo destinado ao ensino da Palavra de Deus contam histórias e falam coisas indevidas.

4. Uso de linguagem inadequada. Há pessoas que até possuem conhecimento bíblico para ensinar, mas, usam linguagem vulgar e grosseira, que machuca os ouvintes. Ninguém gosta de ouvir pessoas que são grosseiras no falar e inconvenientes. Já vi muitos casos de pessoas que arrumaram confusão, por causa de palavras e exemplos usados durante a pregação. Púlpito não é lugar para indiretas, zombarias, ou piadas.

5. Extrapolação do horário. Via de regra, os cultos na Assembleia de Deus devem terminar às 21h00. Com os avisos, às vezes passam alguns minutos. Mas, alguns pastores quando estão pregando, esquecem do horário, principalmente, nos cultos de ensino, onde o tempo destinado à mensagem deve ser maior, por se tratar de ensino e ser necessário uma exposição mais abrangente. Ora, se precisam de mais tempo para ensinar, deveriam cantar menos, aproveitar mais o tempo e não extrapolar o horário do final culto. Já vi pastores estenderem a mensagem até às 21h40. Ora, se para de pregar às 21h40 ou mais e ainda vai dar avisos e orar, o culto irá terminar próximo das 22h00. Alguns irmãos moram longe, dependem de ônibus ou vão a pé e no dia seguinte, precisam acordar cedo. Sendo assim, preferem não ir ao culto a sair antes do término.

Conclusão

Precisamos ensinar a Palavra de Deus à Igreja e trazer de volta os crentes aos nossos cultos de ensino e à Escola Dominical. Para isso, precisamos nos preparar para ensinar, ser prudentes no falar e fazer bom uso do tempo. Um bom livro de homilética pode nos ajudar. 

Pense nisso!

Pb. Weliano Pires

27 dezembro 2018

Inesperado


Leitura Bíblica: Miquéias 5.2-5a

“Muitos são os planos no coração do homem, mas o que prevalece é o propósito do Senhor.”  (Pv 19.21).

Hoje em dia, é comum o parto ser algo planejado. Muitos fazem exames e acompanhamentos, e até marcam a data e o local do nascimento. Mas nem sempre tudo sai como esperado. Em um voo de Dubai às Filipinas, uma mulher deu à luz com a ajuda de funcionárias e passageiras que eram enfermeiras. Por isso, houve uma parada de emergência em uma cidade da Índia, para que a mãe e a bebê tivessem os devidos cuidados. Assim, por mais planejado que estivesse aquele parto, a forma e o local do nascimento acabaram sendo totalmente inesperados.

Esta história nos lembra outra, ocorrida há mais de dois mil anos. Maria, grávida de Jesus, e José tiveram de partir da Galiléia, onde viviam, para Belém, pois fora decretado que todos deveriam voltar à sua terra natal para que fosse contada a população. Ali, o imprevisto para o casal ocorreu: Maria entrou em trabalho de parto. A situação foi tão inesperada para eles que sequer encontraram um local apropriado para o nascimento do bebê.

No entanto, por mais repentina que pareça ter sido, essa situação não pegou todos de surpresa. No texto de hoje, Miquéias anuncia que a cidade de Belém receberia a honra de ser a cidade natal do Salvador prometido. Ele disse estas palavras enquanto atuou como profeta aproximadamente setecentos anos antes do nascimento de Jesus. José e Maria poderiam até mesmo não saber que Jesus nasceria em Belém, mas Deus sabia. Para ele nada ocorreu de forma inesperada. Pelo contrário, tudo fazia parte de seu plano de amor, a fim de que houvesse perdão a nós pecadores por meio da morte de Cristo na cruz. Da mesma forma, podemos contar com a ajuda de Deus em relação ao nosso futuro. Não sabemos o que nos espera, mas ele conhece o nosso amanhã. Por isso, entregue o seu futuro a Deus, siga as suas orientações e confie que os planos dele se cumprirão em sua vida.

Por mais inesperada que possa parecer determinada situação, tenha certeza de que Deus tem pleno controle sobre ela.

Fonte: www.transmundial.com.br/presente-diario

22 dezembro 2018

Por que a base de minha fé está nas Escrituras?


Prof. Paulo Cristiano da Silva

1- Porque Deus repetidamente nos advertiu a não acrescentar, nem diminuir e seguir fielmente sua Palavra. (Dt 4.2; Js 1.7-8; Ap 22.18-19; 2 Ts 3.14). Qualquer que contrarie esta solene orientação divina peca contra o Senhor Nosso Deus e denigre a Autoridade das Escrituras.

2- Porque Toda palavra de Deus é pura e não está aberta a acréscimos (Sl 12.6; 119.140; Pv 30.5-6) . Quem rejeita este princípio denigre a Suficiência da Palavra de Deus Escrita, fazendo de Deus mentiroso e maculando a revelação divina. Na medida em que o homem imperfeito acrescenta seus entendimentos não-inspirados naquilo que Deus perfeitamente inspirou, toda a pureza do ensino bíblico é corrompida.

3- Porque a Escritura, como única regra infalível de fé, é o padrão concedido por Deus à Sua igreja, tanto para que pudéssemos julgar os falsos mestres (1 Pd 3.1ss; Mt 7.15; At 20.29-30; Rm 16.17; 1 Tm 4.1; 1 Jo 4.1; Ap 2.2), como também, para que pudéssemos reconhecer a autoridade legítima conferida aos pastores do rebanho do Senhor na Terra (Ef 4.11; 1 Pd 5.1ss; Hb 13.17). De modo que, caso a revelação da Palavra de Deus nos dias atuais ultrapassasse o ensino bíblico, estaria aberto um fortíssimo precedente para que os apóstatas dos tempos pós-apostólicos impusessem dogmas anti-bíblicos como se fossem verdadeiros ou, até mesmo, formulassem para si novas revelações extra-bíblicas, como se fossem divinas, sem que pudessem sequer ser questionados.

Este é um exemplo da importância da Escritura na Igreja, no que tange ao exercício do seu governo. É uma prova de que a Igreja necessita de uma regra infalível como padrão da verdade, e que esta regra não pode ser ela própria. Este é o papel normativo que a Escritura exerce, como forma autoritativa e final da verdade divina aos homens (Êx 34.27; Dt 29.29; 2 Rs 22.10-13; Is 8.20; Ap 1.3). Os apóstolos e profetas lançaram o fundamento da Igreja Cristã (Ef 2.20), de modo que, embora ausentes, ainda podemos construir o nosso viver nos ensinos registrados infalivelmente nas Escrituras Sagradas. A Escritura é, portanto, o único padrão infalível para a verdade espiritual, revelando tudo o que devemos crer para nossa salvação, fé e vida cristã, anunciando tudo o que Deus requer de nós.

No entanto, é necessário esclarecermos que isto não é uma negação à autoridade da Igreja de Deus e está muito longe de ser. Antes, isto consiste [apenas] em um reconhecimento prático de que a autoridade da igreja só pode ser absoluta quando é pronunciada biblicamente (cf. Is 8.20), ou seja, apoiada na infalibilidade das Escrituras. É o reconhecimento verdadeiro de que o Juiz Supremo pelo qual todas as controvérsias religiosas (Mt 22.29,31) e pelo qual a Igreja deve se orientar (At 15.15), e todas as opiniões particulares (Sl 19.7-8; 119.105; 1 Co 4.6; 2 Ts 3.14), e em cuja sentença devemos nos firmar não pode ser outro senão o Espírito Santo falando na Escritura (At 28.25; cf. Hb 3.7ss; 10.15-16).

4- Porque nenhum dos doze apóstolos originais está vivo; mas a palavra de Deus escrita é viva e eficaz (Hb 4.12). Antes, quando ainda estavam vivos, os apóstolos foram guiados pelo Espírito Santo (Jo 14.26; 16.13) e escreveram tendo em vista a manutenção da doutrina (Fp 3.1; 2 Pd 1.15; 3.1-2).

Os inimigos do Sola Scriptura perdem muito tempo falando acerca da existência da tradição nos tempos apostólicos, algo que não negamos e jamais o fizemos (em relação à igreja iniciante, antes do fechamento do cânon), se esquecendo de falar daquilo que realmente precisam provar. Os inimigos da bíblia parecem não compreender que a questão não é se os ensinos orais deviam ser obedecidos pelos cristãos, mas é onde estes ensinos foram infalivelmente preservados para nós! Sendo assim, eles não precisam nos mostrar que a tradição oral apostólica existiu (porque isso nós já sabemos), mas precisam demonstrar que os apóstolos ensinaram que as suas instruções orais seriam necessárias para suplementar as Escrituras para a igreja no decurso das épocas, e que esta mensagem pregada oralmente é diferente daquela que está presente em todo o conjunto das Escrituras (por seus mais diversos autores e não só por um autor ou uma epístola), de modo que a bíblia não contenha sequer o suficiente para a fé e a prática cristã, ao contrário do que ela mesma declara em 2 Tm 3.15-17- e que haja evidências bíblicas que estes ensinos pregados pelos inimigos do Sola Scriptura são os mesmos que apóstolos fizeram referência. Isto eles realmente não podem nos mostrar, porque, de fato, nenhum dos apóstolos ensinou isto, e nem a Bíblia como um todo nos ensina.

Quando converso com um dos inimigos do Sola Scriptura eu tenho o costume de pedí-los: “Já que você insiste nisto. Faça-me um favor: Chame aqui o Apóstolo Paulo para que ele nos tire esta dúvida”. Digo isto porque, não havendo mais apóstolos em nossos dias, as Escrituras são a única fonte de fé segura e infalível para que possamos determinar o que é de fato apostólico e perseverar na doutrina dos apóstolos (At 2.42), tal como fazia a igreja primitiva. A lógica é: Se não ouvimos atualmente os Apóstolos pregando oralmente e temos seus escritos bíblicos, logo, temos contato com a doutrina dos apóstolos atualmente Só pela mensagem que a Bíblia nos transmite.

Por outro lado, é bom que se diga que, ainda que um anjo vindo do céu ou qualquer que reivindicasse ser apóstolo, se nos pregasse uma mensagem diferente ou que fosse além do que hoje podemos encontrar na Bíblia (e, com certeza, nenhum dos apóstolos o faria, porque há somente um Evangelho, que está contido inteiramente nas Escrituras, cf. 1 Co 15.3,4; 2 Tm 3.15), estaríamos autorizados a rejeitar tal ensino, por Gálatas 1.8. 5- Porque “tudo quanto, outrora, foi escrito para o nosso ensino foi escrito” (Rm 15.4). Sendo a Bíblia a única fonte perfeita, fiel, reta e pura (Sl 19.7-8), devemos aprender “a não ir além do que está escrito” (1 Co 4.6, um princípio muito semelhante a Dt 29.29).

O apóstolo Pedro, sabendo que sua morte se aproximara, conforme lhe fora revelado (2 Pd 1.14), fez questão de escrever aos cristãos (2 Pd 1.15; 3.1), buscando firmá-los na revelação que já havia sido dada (2 Pd 3.2), orientando-lhes a se apegarem à verdade das Escrituras (2 Pd 1.19-21) e se acautelarem com os falsos profetas que viriam (2 Pd 2.1). Porém, nada disso Pedro necessitaria fazer, se ele sequer imaginasse que haveria sucessores em sua missão apostólica, que gozariam de uma infalibilidade. Tudo isto seria uma perda de tempo, se Pedro houvesse ensinado àquelas comunidades cristãs a seguirem incondicionalmente um “sucessor” infalível ou uma hierarquia situada em determinada cidade (como Roma, Antioquia, Alexandria, Jerusalém, etc). Se Pedro escreveu o seu ensino para que as futuras gerações lembrassem (2 Pd 1.13-15; 3.1-2), como nós lembramos atualmente do que os apóstolos ensinaram? Será escutando a Roma? Será lendo o que dizem os denominados “pais da Igreja”? Será lendo bulas e decretos papais? Não! Lendo o Novo Testamento, escrito pelos próprios apóstolos!

Os opositores do Sola Scriptura caem em contradição quando citam a existência da tradição apostólica, nas igrejas dos tempos apostólicos – algo que jamais negamos-, usando alguns textos da Escritura, como 2 Ts 2.15. Eles argumentam que suas tradições não são tradições meramente humanas (como aquelas que o Senhor Jesus condenou em Mt 15.1-3,9 e em Mc 7.5-13), mas são aquelas tradições que o apóstolo faz menção positivamente. Porém, eles se equivocam porque falta-lhes um princípio básico: Como poderíamos determinar nos dias atuais se uma tradição é apostólica ou meramente humana? A resposta simples a esta questão é por demais óbvia: Só podemos determinar pelas Escrituras! Ou, em outras palavras: Sola Scriptura! Esta é uma lógica irrefutável da qual os inimigos da bíblia não podem fugir, sob pena de serem anatematizados por Paulo, mediante as palavras de Gálatas 1.8, por estarem pregando um outro evangelho. Aliás, a própria incapacidade de se estabelecer um elo histórico para estas tradições, traçada desde os apóstolos, prova a natureza espúria das reivindicações dos opositores do Sola Scriptura.

6- Porque a bíblia é a “palavra da verdade” (2 Tm 2.15) pela qual nós fomos gerados para que fôssemos como que primícias das criaturas de Deus (Tg 1.18). Pela pregação dela recebemos a fé (Rm 10.17), como o fim da fé é a salvação do crente (1 Pd 1.9; cf. Jo 20.31; Ef 2.8-9) e “as sagradas letras podem nos fazer sábios para a salvação pela fé em Cristo Jesus” (cf. 2 Tm 3.15), logo, ela é plenamente suficiente para nos transmitir a verdade salvadora (cf. Jo 20.31).

Alguns inimigos do Sola Scritptura gostam de dar tiro em espantalho quando citam passagens como João 21.25, que diz que nem tudo aquilo que Jesus fez está escrito na bíblia. Ora, quem disse que negamos isto? Dizer que algo é suficiente não significa dizer que algo contém todas coisas e sobre tudo, mas é dizer que de todas as coisas e sobre tudo temos tudo aquilo que nos é necessário. No caso em que se está tratado, aquilo que é suficiente para a fé e a prática cristã (2 Tm 3.15-17). João, ao dizer que nem tudo o que Jesus fez está na bíblia, de modo algum anula o Sola Scriptura. Do contrário os inimigos da bíblia e do Sola Scriptura seriam obrigados a nos trazer todos os sermões do Senhor Jesus e de Paulo pelas suas “tradições”, sob pena de rejeitarmos as tais “tradições” por serem desgraçadamente “incompletas”!

Além do mais, temos boas razões para crermos na Suficiência da Bíblia. Afinal, se Deus preservou tudo aquilo que foi de Sua vontade e entendeu ser necessário para o nosso conhecimento acerca da revelação veterotestamentária (Rm 15.4; 1 Co 10.11), fazendo chegar os ensinos orais à forma escrita, a qual foi citada por Jesus como algo completado (cf. Lc 16.16; 24.44; Mt 7.12), o peso de provar que Deus rescindiu desses padrões cai sobre os inimigos do Sola Scriptura, e não sobre nós.

7- Porque a messianidade de Cristo é baseada nas Escrituras (Lc 24.27; At 13.27-41; At 18.28; Rm 1.2) e a Suprema Autoridade das Escrituras foi provada por Jesus (Jo 5.45-47.10.35). Em Atos 17.10-12, com efeito, os bereanos foram considerados mais nobres porque, após ouvirem a pregação, iam conferir nas Escrituras para ver se as coisas eram de fato assim. Três pontos nos chamam à atenção neste caso que a bíblia nos relata.
Primeiro, para os bereanos (que foram considerados pelo autor inspirado como mais nobres), a Autoridade Final estava nas Escrituras. Eles fizeram muitíssimo bem em receber as palavras dos mensageiros de Cristo, mas fizeram ainda melhor em verificar se a doutrina [na qual estavam sendo ensinados] era de acordo com a Palavra de Deus.

Segundo, este caso nos mostra que cada cristão deve se submeter aos pastores que Cristo deu à Igreja, na medida em que estes sejam fiéis às Sagradas Escrituras (isto é um princípio bíblico de autoridade, cuja importância já vimos no item 3). Isto evidencia de modo inequívoco que o ensino oral dos apóstolos podia ser testado pelas Escrituras, tornando, assim, inválidos os argumentos dos grupos religiosos que advogam em favor de tradições que jamais podem passar pelo crivo das Escrituras.

Terceiro, este caso nos mostra que a Palavra de Deus é auto-autenticável, porque eles já tinham as Escrituras (ainda que não na sua totalidade como na nossa Bíblia) às quais eles podiam apelar e as reconheciam como Palavra de Deus- e isto antes de qualquer concílio decretá-las. O mesmo ocorre com o povo cristão em relação aos escritos neo-testamentários, conforme Jo 10.14,27, até porque, seria um terrível menosprezo à Soberania do Senhor Deus afirmar que a Sua Palavra necessita ser confirmada pelo homem para ser verdadeira ou considerada como tal (veja Hb 6.13). Do contrário, se a Palavra do Senhor só pudesse ser crida como palavra verdadeiramente divina mediante um testemunho humano, como creríamos em Gênesis 1, onde Deus relata dias da criação anteriores à criação do homem? Isto é a prova da Auto-Suficiência da Autoridade divina, devidamente expressa na auto-autentificação de Sua Palavra, garantida por Sua providência e preservação.

Uma prova inconteste desta providência divina é que o Antigo Testamento foi preservado, mediante a Soberania Divina, apesar da falibilidade dos líderes judeus (Mt 15.1-4; 22.29-32; Lc 11.39-52) e de Israel, como nação. Por que, então, seríamos levados a crer que Deus falharia na preservação do Novo Testamento, que é o esplendor da revelação divina ao homem (2 Co 3.6-18; Ef 3.1-7; Hb 1.2)? Cremos, no entanto, que o Cânon bíblico é resultado da ação soberana de Deus, “que faz todas as coisas segundo o conselho de sua vontade”(cf. Ef 1.11). Por analogia, João Batista não tornou Jesus o Cristo por ter confessado que Ele o era, mas meramente reconheceu sua condição gloriosa de Cristo. Assim também, posteriormente, a Igreja Cristã não fez a Bíblia ser inspirada e nem a tornou Palavra de Deus, mas meramente reconheceu o cânon, como as ovelhas reconhecem a voz do seu Pastor (v. Jo 10.4,16).8- Porque freqüentemente, quando uma controvérsia doutrinária era estabelecida, Jesus Cristo apelava para as Sagradas Escrituras (Mt 22.29, “Errais não conhecendo as Escrituras…”; Mc 12.10,24). E Ele mesmo nos deu exemplo ao resistir e refutar a todo erro com a Palavra de Deus, exatamente como Jesus fez com Satanás (Mt 4.4,7,10, “Está escrito”…”também está escrito”… “porque está escrito”). Jesus estava nos ensinando a nunca nos afastarmos daquilo que as Santas Escrituras nos ensinam, para que assim não viéssemos a crer no erro, cair nas ciladas de Satanás ou aceitar suas mentiras. Com efeito, todos os cristãos devem agir assim (Ef 6.17), pois todos os verdadeiros servos de Deus estimam de maneira especial a Palavra (Sl 119.140; Jo 14.23; Jo 10.27) e, através do conhecimento da Bíblia, evitam pecar contra o seu Deus (Sl 119.11; Jo 10.27).

9- Porque à verdade de Deus, revelada em Sua palavra (v. Jo 17.17; Sl 119.142,167), não se pode comparar às opiniões dos homens (Nm 23.19; Rm 3.4; 1 Jo 5.9a) ou tradições humanas que surgem no meio do povo de Deus (Mt 15.3ss; Mc 7.7-9; Cl 2.8), visto que todos os homens são passíveis de erro (Sl 116.11) e “mais leves que a vaidade” (Sl 62.9).

Por isso rejeitamos tudo que não está de acordo com esta regra infalível (Is 8.20; Gl 1.8; At 17.11; At 24.14; Sl 119.105), a saber, a Sagrada Escritura inspirada (2 Tm 3.16), conforme os apóstolos nos ensinaram: “Provai os espíritos se procedem de Deus” (l Jo 4.1). E: “Se alguém vem ter convosco e não traz esta doutrina, não o recebais em casa” (2 Jo 10).

10- Porque “o que Deus diz, a Escritura diz”! A Suprema Autoridade das Escrituras fica evidentea o analisamos as citações e as fórmulas utilizadas pelos escritores neo-testamentários ao mencionarem as Escrituras: “Deus diz”, “O Espírito Santo diz”, e tantas outras (cf.At 3.24, 25; 2 Co 6.16; At 1.16). Percebe-se, por tais fórmulas, que “O que Deus diz” e “o que as Escrituras dizem” é exatamente [e sempre] a mesma coisa. Daí o porquê de algumas vezes a Escritura ser mencionada de forma personificada, tal como Deus falando por si mesmo (Gl 3.8; Rm 9.17). E é por isso que a Escritura é autoritativa (2 Pd 1.19-21)! O “Assim diz o Senhor”, que confirma nossa fé, bem por esse motivo que expomos, só encontramos nas Escrituras.

Conclusão

Os cristãos evangélicos não aderem ao Sola Scriptura por acaso, mas porque assim são orientados pelo ensino bíblico da Suprema Autoridade das Escrituras. De fato, temos boas razões bíblicas para aceitarmos tal posicionamento doutrinário, sem termos, por outro lado, nenhum motivo razoável para o negarmos. Nas Escrituras, as igrejas cristãs podem encontrar uma fonte segura para se firmarem na doutrina dos apóstolos, um guia infalível e suficiente para todas as questões espirituais.

A aplicação correta de Sola Scriptura previne aos cristãos de apoiarem sua fé na sabedoria e tradição dos homens, serem levados por quaisquer ventos de doutrina e seguirem falsos profetas, ainda que sob pretextos de infalibilidade por parte de alguns falsos mestres. Sola Scriptura serve ao mesmo tempo de âncora da verdade para os crentes a fim de firmá-los na sã doutrina e de uma bússola pela qual todos os cristãos podem conhecer a direção de Deus para suas vidas.

Sola Scriptura oferece ao cristão uma segurança fiel e verdadeira que os hereges, que rejeitam tal princípio, jamais poderão oferecer. Os opositores do Sola Scriptura nunca podem ter a certeza de que aquilo que eles crêem foi de fato ensinado pelos apóstolos do Senhor. Aliás, o próprio conceito de apostolocidade da fé cristã e da Igreja pressupõe sola scriptura (cf. 5). Haja visto que, enquanto nenhum de nós ouve atualmente as pregações dos apóstolos de viva voz, todos encontramos seus ensinos infalivelmente registrados e inspirados somente nas Escrituras; o que torna, inequivocamente e irrefutavelmente, Sola Scriptura a única alternativa viável para seguirmos fielmente a doutrina apostólica, sem perigos de ultrapassá-la, mesmo quando estamos vivendo tempos de grande apostasia.

Desejando manter-me fiel à palavra de Cristo e aos ensinos dos seus santos apóstolos, sob inspiração do Espírito Santo, busco basear a minha fé nas Escrituras. Como o povo de Deus tem dito, digo também eu: Sola Scriptura!

19 dezembro 2018

Certeza de pertencer

Leitura Bíblica: Salmo 25.1-22

“O Senhor confia os seus segredos aos que o temem, e os leva a conhecer a sua aliança.” (Sl 25.14).

Uma característica impressionante e marcante nos salmos de Davi é a intimidade dele com Deus. Percebe-se isso pela maneira como ele se dirige ao Senhor, sem reservas, e pelas revelações que vai registrando. Uma destas está no versículo em destaque, que em outra tradução diz, literalmente: “A intimidade do Senhor é para os que o temem…” (ARA). Essa confiança e esperança de Davi em Deus, que transparecem no salmo da leitura de hoje, revelam uma certeza de pertencimento que impressiona.

Essa intimidade precisa ser cultivada, preservada e amada! Pela maneira como Davi se dirige a Deus, é quase como se ele visse o Pai aguardando por esse momento tanto quanto ele mesmo anseia por isso! O salmista sente e sabe que na presença do Pai está em casa. E pode ser assim conosco, também. Encontrá-lo é, sim, a maior das alegrias! E, por ser algo vivido e experimentado no nosso íntimo, esse relacionamento nos acompanha o dia inteiro, sem depender de lugares ou horas ou rituais especiais. Por isso, o salmo fala de segredos e de uma aliança compartilhada entre o Deus Altíssimo e a pessoa que o procura. Podemos falar, pedir, clamar, louvar ou mesmo ficar em silêncio – ao mesmo tempo, Deus vai derramando sua vida em nosso coração!

Mesmo conscientes de nossa culpa por desobedecer a Deus e agir por conta própria, podemos chegar ao Pai confiantes. A sua Palavra não soa estranha. Pelo contrário! Podemos discerni-la como escrita para nós! Suas palavras batem fundo, atiçam a sede pelo Senhor e inflamam a alma; é possível ver a própria vida no que está escrito, como em um espelho. E orar passa a ser a coisa mais natural do mundo. O nome disso? Intimidade. Só pode!

Que a Palavra de Deus produza em nós transformação e intimidade com Deus.

Fonte: www.transmundial.com.br/presente-diario

18 dezembro 2018

Provisão

Leitura Bíblica: Êxodo 16.11-20

"Portanto, não se preocupem, dizendo: ‘Que vamos comer?’ ou ‘Que vamos beber?’ ou ‘Que vamos vestir?’". (Mt 6.31).

Na história da leitura de hoje, os hebreus estavam reclamando por estarem com fome. Eles haviam saído às pressas do Egito e não tinham levado comida para a viagem através do deserto. Não é óbvio para você que, se Deus os mandara sair às pressas, ele providenciaria a comida de que todas aquelas pessoas precisavam? Pois foi o que ele fez: enviou pão do céu, o maná – uma comida que nunca haviam experimentado antes. Deus lhes deu com fartura. Podiam pegar o quanto precisassem. Só deu uma ordem: pegar somente o que comeriam no dia. Simples, não é? Bem, nem tanto. Algumas pessoas pegaram comida a mais, para guardar para o dia seguinte. Como resultado, o maná estragou, começou a feder e deu bicho.

Por que será que estas pessoas desobedeceram uma ordem tão simples de ser cumprida? Porque lhes faltava fé. Eles não tinham certeza se Deus enviaria mesmo o maná na manhã seguinte e queriam se garantir por um tempo.

Toda vez que leio a história dos hebreus, fico perplexa com a falta de fé daquele povo. Sempre me pergunto como, depois de ver o mar Vermelho sendo aberto e tantas outras maravilhas, ainda podiam duvidar que Deus cuidaria de cada detalhe de suas vidas. Contudo, sempre me flagro agindo como os hebreus. Quantas vezes me pego pedindo a Deus que me dê hoje o dinheiro para pagar as contas de amanhã! Em muitos momentos, me falta fé, mesmo já tendo visto tantos milagres da provisão de Deus em minha vida. Sei que com você muito provavelmente também é assim. No evangelho escrito por Mateus, Jesus diz a seus seguidores que, se Deus nunca deixa faltar nada às aves e às flores, quanto mais cuidará de seus filhos! Se você parar e refletir sobre sua vida, vai perceber claramente Deus provendo tudo de que você realmente precisa – e no momento certo. Apenas confie, pois Deus não falha.

Quem obedece a Deus nunca terá falta daquilo que de fato necessita.

Fonte: www.transmundial.com.br/presente-diario

17 dezembro 2018

Gavetas


Leitura Bíblica: 1 Samuel 16.1-13

“Não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido.” (Lucas 12.2).

Sou uma pessoa bem organizada – acho que quem vem me visitar percebe isso. Mas, se as pessoas que me conhecem abrissem minhas gavetas, encontrariam ligação com o resto da casa? Elas são coerentes com o que está visível diante de todos? Somente nós sabemos a verdade das gavetas. Quando elogiam as almofadas, os quadros, a limpeza, as flores, podemos lembrar das gavetas: ali, onde ninguém entra, muitas vezes não existe essa ordem.

Aquilo que mostramos quando há platéia está alinhado com quem somos atrás da fechadura, no quarto escuro, nas conversas privadas das redes sociais? Seríamos admirados e invejados se nossa face verdadeira ficasse evidente ao cair a máscara?

Temos muito trabalho para manter nossa reputação falando o que os outros querem ouvir, agindo de forma ensaiada, tendo uma religião para nos mostrar “santos”. Desenvolvemos um talento especial para construir um personagem e estrelar nosso espetáculo e perdemos completamente o pudor, ao deixar escancarados diante de Deus os nossos bastidores. Vamos recolhendo os pedaços e as partes que nos incomodam e embolamos tudo dentro de uma gaveta do quarto, onde ninguém entra. Alheias ao nosso caos particular, as pessoas circulam pelos salões do nosso palácio de aparências. Mas, o Senhor não se surpreende com o que para muitos é admirável. No texto de hoje, lemos que ele mesmo rejeitou um homem que na mente de Samuel já estava praticamente escolhido como rei por seu exterior. (vs.6,7). Definitivamente, uma boa figura não o emociona.

Se desejamos agradar a Deus, o Espírito Santo nos chama a encarar as gavetas; limpar as mãos e a mente, abandonando uma vida dividida (Tiago 4.8), renovando nosso modo de pensar e vivendo como novas criaturas cada dia mais semelhantes “a Deus em justiça e em santidade provenientes da verdade” (conforme Efésios 4.22-24).

Que a face que só Deus vê seja a mesma que todos veem.

Fonte: www.transmundial.com.br/presente-diario

14 dezembro 2018

Esconde-esconde


Leitura Bíblica: Sofonias 1.14-2.3

Versículo-chave:

“Busquem o SENHOR… a justiça [e] a humildade; talvez vocês tenham abrigo no dia da ira do SENHOR.” (Sofonias 2.3).

Você já brincou de esconde-esconde? Temos que nos esconder e depois de uma certa contagem alguém vai nos procurar. Se formos achados, será nossa vez de procurar os outros.

Sofonias significa “Deus esconde”. Ele nasceu durante o reinado de Manassés, na época em que esse rei ímpio se mostrava também sanguinário, e talvez tenha sido escondido durante uma perseguição promovida pelo rei. Mais tarde, anunciaria a justiça divina contra o seu próprio povo, proclamando o juízo e a ira divinos contra aquilo que desagrada a Deus.

É certo que todo aquele que procede injustamente e se desvia do caminho do Senhor não tem como se esconder de sua ira e certamente será punido. Judá seria destruído e levado para o exílio (2 Reis 24.20-25.21). Mas havia também um convite ao arrependimento para o povo, para que pudesse desfrutar da libertação e restauração que o Senhor lhe concederia depois do exílio (Jeremias 25.11-12; 30.3). O vindouro dia do Senhor seria marcado por juízo e condenação, mas também pela oportunidade de voltar-se a Deus. Por meio do profeta, Deus estimulou o seu povo a arrepender-se e assim ter um esconderijo diante da justa ira divina. Existia a possibilidade de se livrarem do castigo que logo chegaria. A mansidão era a atitude que Deus queria ver no seu povo: a entrega dos direitos ao Senhor, humilhar-se escondendo-se sob as suas amorosas mãos.

Onde há condenação, há também o convite da graça. Junto com o anúncio da justiça, o profeta escondido trouxe a promessa da restauração e da misericórdia. Depois da disciplina do cativeiro, Deus mesmo restauraria o seu povo para que pudesse louvá-lo e adorá-lo corretamente. Deus estaria no meio deles (3.14-20). Que grande mensagem é essa da bondade, misericórdia e graça de Deus!
Você tem buscado o Senhor? Tem se escondido sob as suas amorosas mãos?

Fonte: www.transmundial.com.br/presente-diario

12 dezembro 2018

Sincero


Leitura Bíblica: Levítico 10.19-20

“O SENHOR está perto de todos os que o invocam, de todos os que o invocam com sinceridade.” (Salmo 145.18).

Arão e seus filhos receberam todas as orientações divinas sobre como deveriam exercer seu serviço sacerdotal; foram ungidos e ordenados. No início, foi espetacular (veja Lv 9.23-24), mas então veio a tragédia: dois dos filhos de Arão desobedeceram a Deus e por isso foram mortos (Lv 10.1-3). Chama a atenção o final do v.3: “Arão, porém, ficou em silêncio”.

A Bíblia não registra o que ele sentiu, mas o texto de hoje demonstra que não estava tudo bem. Apesar do luto e do choque daquela situação, não pôde deixar o serviço de lado: teve de realizar suas tarefas sem demonstrar sua dor (vs.6,7). Ele devia estar com o coração despedaçado, talvez questionando a Deus e o sentido de tudo. Fez seu trabalho, porém em um aspecto não cumpriu exatamente a ordem. Não podia ser hipócrita: Deus conhecia seus sentimentos, e Moisés, seu irmão, também compreendeu a situação.

Isso me fez pensar que só vamos agradar a Deus se nossa intenção for realmente cultuá-lo. Há situações em que cantamos só porque conhecemos a música ou oramos em público quando gostaríamos de ficar em silêncio… Deus prefere que sejamos sinceros (o que não pode ser usado como desculpa para não fazer nada!). Servir a ele não é como um emprego, no qual trabalhamos mesmo que estejamos doentes ou com problemas. Não pode ser apenas um hábito, uma tarefa a cumprir. Tem de ter sentido, ser de todo coração, com vontade!

Diante dos outros, podemos parecer verdadeiros adoradores, mas Deus sabe muito bem quando estamos sendo falsos, hipócritas. Deveríamos levar mais em conta a opinião do Senhor sobre nossas atitudes do que a das pessoas. Sejamos sinceros – e não apenas no culto, mas em todos os lugares e situações. Isso agrada mais a Deus do que um serviço bem feito, mas realizado com a intenção errada. O que oferecemos ao Senhor não pode ser automático – tem de vir do coração!
Mais do que palavras ou gestos bonitos, Deus quer que lhe contemos o que estamos realmente sentindo.

Fonte: www.transmundial.com.br/presente-diario

11 dezembro 2018

Medo


Leitura Bíblica: Salmo 34.17-22

"Busquei o SENHOR, e ele me respondeu; livrou-me de todos os meus temores." (Sl 34.4).

Provavelmente você já sentiu medo. As circunstâncias da vida fazem com que ele nos assalte com frequência e sem aviso prévio: temos medo de perder o emprego, de não conseguir ser um bom pai ou uma boa mãe para os filhos, de perder amizades, de não ser compreendido, de ser assaltado, do futuro. Todas estas situações são comuns nesse mundo. Diante disso, podemos reagir de duas maneiras: deixar que o temor nos domine ou entregar tudo nas mãos de Deus.
Quando cedemos ao medo, a vida fica mais difícil. Nossos pensamentos tornam-se confusos, as decisões ficam comprometidas e podemos inclusive seguir por caminhos errados. Mas podemos entregar nosso medo completamente nas mãos de Deus. Não precisamos bancar os super-heróis, mas podemos buscar o Senhor com a confiança de que ele nos ouve e está disposto a agir em nosso favor. Davi foi um homem valente, mas em certa ocasião, por medo, fingiu-se de louco diante de um rei inimigo. Escreveu o Salmo 34 depois que o Senhor o livrou desse perigo. Hoje chego até você com esta mensagem para motivá-lo. Pessoalmente fui fortalecido com esse texto bíblico, pois também fiquei cheio de medo ao olhar para as algumas circunstâncias ao meu redor. Pensamentos temerosos ocuparam minha mente, e uma angústia profunda começou a invadir minha alma.

Mas Deus é bondoso conosco. Ele não quer que sejamos controlados pelo medo, mas que nossa confiança esteja nele. Ele mesmo vem ao nosso encontro com sua palavra, assim como me encontrou nesse momento de temor. As circunstâncias negativas da vida são reais, mas maior é nosso Deus, em quem devemos depositar todos nossos temores. Nesse exato momento você pode fazer de Deus o seu abrigo, e experimentar o livramento que ele traz, preenchendo o seu coração de paz e de alegria e fazendo coro com Davi: “Como é feliz o homem que se refugia [no SENHOR]” (v.8). – MP

“O SENHOR é o meu forte refúgio; de quem terei medo?” (Sl 27.1b).

Fonte: www.transmundial.com.br/presente-diario

AS TRÊS ARMAS ESPIRITUAIS DO CRISTÃO

(Comentário do 2º tópico da Lição 06: As nossas armas espirituais)  Ev. WELIANO PIRES No segundo tópico, descreveremos as três princip...