27 agosto 2025

ESTÊVÃO E A IGREJA QUE DEFENDE SUA FÉ

(Comentário do 2º tópico da Lição 09: Uma Igreja que se arrisca).

Ev. WELIANO PIRES 

No segundo tópico, falaremos de Estêvão e a Igreja que defende a sua fé. Inicialmente falaremos da defesa da fé que Estêvão fez, mostrando como Deus sempre agiu na história do seu povo, com o objetivo de mostrar que Jesus é o Cristo. Falaremos ainda neste tópico sobre os corações endurecidos daqueles homens que, mesmo vendo os milagres realizados por Estêvão e a brilhante exposição das Escrituras, rejeitaram a mensagem de Deus. 

1. Deus na história do seu povo. Estêvão foi conduzido ao Sinédrio para se explicar a respeito das falsas acusações que os seus opositores lhe fizeram. Eles o acusaram de falar palavras blasfemas contra o templo e contra a lei, e teria dito que Jesus Nazareno iria destruir o templo e mudar os costumes que Moisés estabeleceu na Lei (At 6.13,14). 

É interessante que as pessoas que estavam presentes no Sinédrio olharam para Estêvão e viram que o seu rosto brilhava como o rosto de um anjo, como aconteceu com Moisés, ao descer do monte com as tábuas da lei. Era uma prova inequívoca de que Deus aprovou o seu ministério e que as acusações de blasfêmia contra Moisés, a Lei e o Templo eram falsas. 

Diante destas acusações, o sumo sacerdote, que era o presidente do Sinédrio, perguntou a Estêvão se aquilo era verdade. Estêvão, então, proferiu um longo discurso, discorrendo sobre as Escrituras, desde Abraão até Salomão, mostrando como Deus sempre agiu na história de Israel e que tudo aquilo apontava para Cristo. Por fim, acusou os seus algozes de serem traidores e assassinos de Jesus. 

Quando falamos em defesa da fé, nos referimos a uma explicação racional e lógica daquilo que cremos. Todo cristão precisa estar pronto para falar de Jesus e responder aos questionamentos que lhe fizerem sobre a fé cristã. Para isso, precisa estudar a Palavra de Deus e conhecê-la profundamente. Em sua defesa, Estêvão citou as Escrituras judaicas, interpretou-as corretamente até chegar em Cristo, que é o tema principal de toda a Bíblia. 

O pastor Eliel Gaby conta que o saudoso pastor José Pimentel de Carvalho, ex-presidente da Assembleia de Deus em Curitiba e da Convenção Geral, quando escalava um dos seus obreiros para pregar, costumava perguntar-lhes em qual texto bíblico iria pregar. Certa vez, o pastor Eliel estava escalado para pregar e, ao ser informado que pregaria em um texto do Antigo Testamento, o pastor José Pimentel respondeu: Você tem quinze minutos para chegar em Jesus. 

Infelizmente, muitos pregadores famosos gostam de falar das histórias e vitórias do povo de Deus no Antigo Testamento, mas pouco falam de Jesus. Usam textos do Antigo Testamento, fora do respectivo contexto, para sustentar outros evangelhos, como a teologia da prosperidade e o triunfalismo. Outros escolhem um tema que não tem nada a ver com o contexto geral da Bíblia, baseando-se apenas em uma frase de um versículo, interpretado de forma equivocada. Estêvão não fez isso, ele foi fiel às Escrituras. 

2. Corações endurecidos. Estêvão fez uma longa exposição das Escrituras aos membros do Sinédrio, que eram profundos conhecedores das Escrituras, provando que jamais blasfemou contra a Lei, ao contrário, demonstrou total respeito pela Palavra de Deus. Por fim, Estêvão foi usado pelo Espírito Santo para repreender aqueles homens, por causa da sua incredulidade e dureza de coração, assim como fizeram os seus pais que mataram os profetas que denunciavam os seus pecados (At 7.51). 

Além de toda esta argumentação baseada nas Escrituras, Estêvão foi usado por Deus para realizar muitos milagres entre o povo. Naquele ambiente, Deus fez o seu rosto brilhar como fizera com Moisés. Portanto, não havia dúvidas de que Estêvão era um homem de Deus e falava a verdade. Mas os seus adversários, com o coração endurecido, resistiram à verdade de Deus.

Esta resistência desmonta a tese calvinista da “Graça irresistível”. Segundo dizem, ninguém resiste à Graça de Deus. Mas a Bíblia mostra em vários textos as pessoas resistindo a Deus. O Espírito Santo fala aos corações dos pecadores e os capacita a entender a mensagem do Evangelho. Mas não força ninguém a crer. Jesus sempre dizia: Quem quiser vir a mim, se alguém quiser e quem quiser tome de graça, da água da vida. 

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