08 agosto 2025

A IGREJA QUE REPELE A MENTIRA

(Comentário do 3º tópico da Lição 06: Uma igreja não conivente com a mentira)

Ev. WELIANO PIRES

No terceiro tópico, falaremos dos resultados em uma Igreja que repele a mentira. O primeiro deles é uma igreja temente a Deus. Após o julgamento divino sobre Ananias e Safira, veio grande temor dentro e fora da Igreja de Jerusalém. O segundo é uma igreja forte. Uma Igreja que não compactua com a mentira em seu seio torna-se forte, pois o Espírito Santo opera maravilhas no meio dela e ela passa a ser respeitada na sociedade em que está inserida. 

1. Uma igreja temente. Logo após a morte de Ananias, no texto de Atos 5.11, Lucas escreveu: “... E houve um grande temor em toda a igreja, e em todos os que ouviram estas coisas”. A palavra grega traduzida por temor neste texto é “phobos”, que deu origem à palavra portuguesa fobia. Esta palavra aparece mais de noventa vezes no Novo Testamento e tem vários significados: Medo (Mt 28.4); pavor (Lc 21.26); reverência (At 2.43); respeito (2 Co 7.1). 

Nesse caso de Atos 5.11, o sentido da palavra temor é medo de incorrer no mesmo erro de Ananias. Os cristãos que viram aquele acontecimento, certamente ficaram assustados com o julgamento de Deus em relação à mentira. O caso se assemelha aos filhos de Israel no deserto, quando viram a manifestação da glória de Deus e ficaram atemorizados:  “E todo o povo viu os trovões e os relâmpagos, e o sonido da trombeta, e o monte fumegando; e o povo, vendo isso retirou-se e pôs-se de longe. E disseram a Moisés: Fala tu conosco, e ouviremos: e não fale Deus conosco, para que não morramos”. (Êx 20.18,19).

Houve também um grande temor externo, por parte das pessoas que não faziam parte da Igreja, mas viram o que acontecera a Ananias e Safira. No versículo 13, Lucas diz: “Quanto aos outros, ninguém ousava ajuntar-se com eles [os apóstolos]…”. Quando a Igreja trata o pecado com seriedade, não sendo conivente com ele, ela adquire respeito  e confiança tanto dos seus membros quanto das pessoas de fora. O oposto também é verdade. Uma Igreja que acoberta coisas erradas não é levada a sério. 

2. Uma igreja forte. Após o episódio envolvendo Ananias e Safira, a Igreja saiu fortalecida. Lucas relatou que “muitos sinais e prodígios eram feitos entre o povo pelas mãos dos apóstolos” (At 5.12). Quando a Igreja não é conivente com o pecado, ela se fortalece espiritualmente, pois o Senhor opera maravilhas no meio dela. Da mesma forma, se a Igreja aceita passivamente coisas erradas, o Espírito Santo se entristece e ela acaba morrendo espiritualmente. 

Quando lemos as cartas às Igrejas da Ásia, no Livro do Apocalipse, podemos perceber isso claramente. As Igrejas de Éfeso, Esmirna e Filadélfia foram elogiadas por Jesus porque não toleraram falsos ensinos e o pecado em seu interior. Por outro lado, as Igrejas de Pérgamo e Tiatira foram duramente condenadas por serem tolerantes com heresias e idolatria. As Igrejas de Sardes e Laodicéia já estavam mortas espiritualmente. 

Que Deus nos guarde na verdade!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

A IGREJA QUE REPELE A MENTIRA

(Comentário do 3º tópico da Lição 06: Uma igreja não conivente com a mentira) Ev. WELIANO PIRES No terceiro tópico, falaremos dos resultados...