20 agosto 2025

A IDENTIFICAÇÃO DOS CONFLITOS

(Comentário do 1⁰ tópico da Lição 08: Uma Igreja que enfrenta os seus problemas).

Ev. WELIANO PIRES 

No primeiro tópico, falaremos da identificação dos conflitos na Igreja. Mesmo sendo uma comunidade de salvos, a Igreja é formada por seres humanos que são falhos, de origens e culturas diferentes. Sendo assim, é natural que surjam conflitos. Falaremos do conflito de natureza cultural, abordando a barreira cultural que havia entre os judeus helenistas e judeus de Jerusalém. Na sequência, abordaremos o conflito de natureza social, que era resultado da barreira cultural que havia entre os dois grupos de judeus. Por último, falaremos da questão da prioridade entre as esferas espiritual e social da Igreja. 

1. Conflito de natureza cultural. A Igreja de Cristo não pertence a uma cultura ou etnia, pois Cristo veio para todos e morreu por todos: “Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus; porque todos quantos fostes batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo. Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus”. (Gl 3.26-28.). 

Sendo a Igreja formada por pessoas de diversas culturas e etnias, naturalmente surgirão barreiras culturais e até conflitos. Nas Igrejas locais há árabes, judeus, alemães, argentinos, brasileiros, indígenas, brancos, negros, orientais, paulistas, nordestinos, etc. Mas todos se tornam irmãos em Cristo Jesus. 

Como disse o comentarista, a unidade da Igreja não pode ser ameaçada, por nenhum tipo de conflito. Por isso, a liderança da Igreja precisa está sempre atenta para identificar qualquer tipo de conflitos no seio Igreja e buscar soluções, agindo sempre com equidade. 

2. Conflito de natureza social. 

Na Igreja de Jerusalém, o conflito social surgiu a partir da injustiça cometida para com as viúvas dos judeus de fala grega. Era uma prática incompatível com a fé cristã, pois Deus não aceita injustiças e acepção de pessoas. 

Na Igreja atual também há diferentes classes sociais: empresários, operários, motoristas, policiais, pedreiros, serventes, garis, pessoas de baixa renda, aposentados, etc. Há pessoas que nasceram no Evangelho e foram criadas em um ambiente cristão. Mas há outras que não tiveram pais ou vieram da criminalidade. 

Estas diferenças econômicas e sociais também podem gerar divergência de pensamentos e conflitos no meio da Igreja. Nestes casos também, a Igreja local deve se organizar, identificar a origem do problema e buscar soluções sábias, sob a orientação do Espírito Santo.

3. Qual é a prioridade? O comentarista chama a nossa atenção aqui para a idéia equivocada de priorizar determinadas tarefas na Igreja, como se elas fossem mais importantes, e negligenciar outras. É claro que devemos proclamar o Evangelho aos perdidos e ensinar a Palavra de Deus, mas não podemos deixar de lado, a assistência aos necessitados, pois isso também é mandamento bíblico.

Quando falamos em dons, as pessoas logo imaginam: profecia, variedade de línguas, interpretação, curas divinas e operação de maravilhas. Estes são dons espirituais concedidos pelo Espírito Santo à Igreja para edificação, exortação e consolo (1 Co 12.1-11). 

Entretanto, na Bíblia há também os dons ministeriais: apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres. São dons concedidos pelo Senhor Jesus à sua Igreja, com o objetivo de “aperfeiçoar” o Corpo de Cristo. (Ef 4.10-14). 

Há ainda os dons relacionados ao serviço cristão (Rm 12.3,8). Esta categoria de dons está relacionada ao serviço cristão, de forma individual em prol do próximo e da manutenção da comunhão entre os irmãos. Nenhum destes dons e serviços são menos importantes, por isso, não podemos sacrificar a esfera social e priorizar apenas o lado espiritual.   

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