24 maio 2024

CONFISSÃO DE PECADO: UM CAMINHO DE CURA E RESTAURAÇÃO

(Comentário do 3º tópico da Lição 08: Confessando e abandonando o pecado)

Ev. WELIANO PIRES


No terceiro tópico, falaremos da confissão dos pecados como o caminho para a cura e a restauração do pecador. Veremos que a confissão deve ser dirigida primeiro a Deus, por intermédio de Jesus Cristo, pois somente Ele pode perdoar pecados. Na sequência, veremos que a confissão de pecados traz cura e restauração. O caminho para isso, é deixar o orgulho de lado e reconhecer diante de Deus que pecou, pois Ele está pronto a nos perdoar. 

1. Confessando o pecado a Deus. Conforme já vimos, nos tópicos anteriores, o pecado é a transgressão das leis divinas. Logo, em qualquer tipo de pecado, o primeiro ofendido é Deus. Mesmo se pecarmos contra o nosso próximo, estamos pecando contra Deus. Por isso, todo e qualquer pecado deve ser confessado, primeiramente a Deus. Se além de pecarmos contra Deus, o nosso pecado for também contra alguém, devemos confessar e pedir perdão também à parte ofendida.

Somente Deus pode perdoar pecados. Porém, nós como pecadores, não poderíamos ir diretamente a Ele, pois o pecado faz separação entre o ser humano e Deus. Como  Deus é riquíssimo em misericórdia, Ele enviou o Seu Filho Jesus, que tomou a forma humana, para nos reconciliar com Deus, através do seu sacrifício. Portanto, o único mediador entre Deus e os homens, pelo qual os nossos pecados podem ser perdoados, é Jesus Cristo, o Filho de Deus (1Tm 2.5). 

Outro ponto importante que muitas vezes gera dúvidas, é que mesmo pecando contra o nosso próximo, o perdão de Deus não depende da parte ofendida concedê-lo. Se eu pecar contra o meu próximo, evidentemente devo ir a ele, pedir-lhe perdão e buscar a reconciliação. Entretanto, se ele não me perdoar, ou não quiser a reconciliação comigo, eu estarei perdoado por Deus. 

2. Alcançando cura e restauração. O texto áureo desta lição diz: “O que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia.” (Pv 28.13). Isto significa que ocultar o pecado é escolher o caminho do fracasso espiritual. É como esconder uma doença e não tratá-la. A situação só irá se agravar e poderá levar a pessoa a óbito. 

O pecado representa um peso em nossa vida, que nos adoece espiritual, moral e até fisicamente. Um crente que pecou e não buscou o perdão de Deus, entristeceu o Espírito Santo de Deus e perdeu a alegria da Salvação. Somente a confissão e o abandono do pecado são capazes de curá-lo e restaurá-lo. Estas duas coisas precisam andar juntas. Não adianta apenas reconhecer que pecou e pedir perdão, se não abandonar a prática. 

Enquanto Davi se calou, ele perdeu a alegria da Salvação e adoeceu. Mas após a confissão, ele sentiu-se perdoado e aliviado, conforme podemos ver em sua confissão: “Enquanto eu me calei, envelheceram os meus ossos pelo meu bramido em todo o dia. [...] Confessei-te o meu pecado e a minha maldade não encobri; dizia eu: Confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e tu perdoaste a maldade do meu pecado”. (Sl 51.3,5). Muitas pessoas estão doentes e até mortos espiritualmente, porque o orgulho não lhes deixa confessar que pecaram e buscar o perdão de Deus. 

Tiago também falou sobre isso em sua Epístola dizendo: “Confessai as vossas culpas uns aos outros e orai uns pelos outros para que sareis. A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos”. (Tg 5.16). Infelizmente, muitas pessoas lêem apenas esta última parte e pensam que basta orar e a oração resolverá tudo. Não é bem assim. Se orarmos por uma pessoa que está na prática do pecado, mas não reconhece o pecado nem o abandona, a oração será em vão. Para sarar, é preciso confessar as culpas e depois orar. 

REFERÊNCIAS: 


GOMES, Osiel. A Carreira que nos está proposta: O caminho da Salvação, santidade e perseverança para chegar ao Céu. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2024.

REVISTA ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2º Trimestre de 2024. Nº 97, pág. 40.

Bíblia de Estudo Pentecostal. Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.856

Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal: RIO DE JANEIRO, CPAD, 2003, p.856. 

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