(Comentário do 3⁰ tópico da Lição 08: Transgênero - Que transrealidade é essa)
Ev. WELIANO PIRES
No terceiro tópico, falaremos sobre os efeitos da ideologia transgênero. O primeiro deles é a depreciação da heterossexualidade. Os adeptos da ideologia transgênero tentam a todo custo desconstruir a ideia de normalidade da heterossexualidade e, pior, querem criminalizar quem pensa diferente deles. O segundo efeito é a construção de narrativas, como por exemplo, a ideia de que a ideologia se sobrepõe à realidade biológica do corpo. O terceiro efeito é a linguagem neutra. Os adeptos da ideologia da transgeneridade tentam adaptar até a língua portuguesa às suas narrativas, usando palavras que não existem em nosso vernáculo, como "todxs", "todes", "amigues", etc.
1- Depreciação da heterossexualidade. Já faz alguns anos que os ativistas dos movimentos de militância homossexual vem doutrinando crianças, adolescentes e jovens nas escolas, tentando desconstruir a a defesa da heterossexualidade como comportamento normal do ser humano, na questão da sexualidade.
A partir de 1991, criaram o termo heteronormatividade para se referir à idéia de que a heterossexualidade é a prática natural da sexualidade humana. Dizem que isso é um sistema opressor que obriga as pessoas a se relacionarem apenas entre homem e mulher.
No primeiro governo Lula, em 2009 foi elaborado em forma de decreto, o Terceiro Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3). Neste programa estavam previstos a legalização do aborto e da prostituição, a desconstrução da heteronormatividade, a criminalização de opiniões contrárias à prática homossexual e outras aberrações.
Os objetivos explícitos deste programa era aprovar a união civil de pessoas do mesmo sexo, a inclusão de informações no serviço público de configurações “familiares” constituídas por gays, lésbicas, bisssexuais, travestis e transexuais, entre outras. Em 2010, o Jornal Mensageiro da Paz, publicou em sua edição n° 1497 de fevereiro/2010, uma matéria importantíssima, nas páginas 4 e 5, intitulada “Governo contra valores”. Esta matéria analisou o programa, tecendo-lhe duras críticas.
Outros segmentos importantes da sociedade como o agronegócio, os militares, jornalistas, juristas, evangélicos e católicos também combateram ferrenhamente este programa, por causa destas e de outras aberrações em outros temas, que atacavam a família, a liberdade e a propriedade privada.
Em 2010, era ano de eleição e o governo teve que recuar em alguns pontos do programa. Mas, de lá para cá muita coisa desse tipo foi implantada, principalmente no STF, que extrapola constantemente as suas competências constitucionais, criando ou modificando leis, que é função do parlamento.
Quem discordar destas pautas é acusado de ser homofóbico, transfóbico, fundamentalista, intolerante, nazista e racista. Nas mídias sociais, com a cultura do cancelamento, pessoas e empresas são perseguidas e difamadas, tendo os seus negócios e vida profissional prejudicados, únicamente, por defenderem a heterossexualidade, como forma natural de relacionamento familiar. Tentam a todo custo criminalizar as opiniões contrárias a está ideologia, equiparando-as ao racismo, que é um crime hediondo.
2- Construção de narrativas. A militância da transgeneridade considera que o fato de alguém se sentir homem, mulher, ou nenhum dos dois, se sobrepõe à sua realidade biológica. Dizem, portanto, que o ser humano pode ter um gênero biológico, que se evidencia pelos órgãos do seu corpo, e outro gênero pelo qual a pessoa se identifica.
Se houver divergência entre eles, poderia "corrigir" o sexo biológico, através da injeção de hormônios ou cirurgia, para adaptá-lo ao gênero com o qual a pessoa se identifica. Querem fazer isso, inclusive em crianças e adolescentes, mesmo sem o consentimento dos pais.
Entretanto, se alguém estiver em dúvida sobre a própria sexualidade, ou um homossexual quiser deixar a prática e buscar uma orientação, proíbem terminantemente qualquer profissional ou religiosos de orientar a mente dessa pessoa sobre a sua sexualidade.
A psicóloga evangélica Marisa Lobo tem sido muito perseguida por causa disso. O Conselho Federal de Psicologia cassou o seu registro profissional. Queriam que ela retirasse o nome Deus de todas as suas publicações em redes sociais e ela se recusou. Médicos também que se manifestam contrários ao uso de hormônios do sexo oposto ou à cirurgia de "troca de sexo" também são perseguidos e ridicularizados.
3- Linguagem neutra. Os adeptos da ideologia da transgeneridade tentam adaptar até a língua portuguesa às suas narrativas, usando palavras que não existem, para representar gêneros inexistentes como “todes”, "amigues", “todxs”, "alunes", “alunxs”, etc. Tudo isso para incorporar à língua portuguesa, gêneros inexistentes e adaptar o vernáculo à ideologia.
Esse tipo de artimanha começou com o movimento feminista, que diz que a Língua portuguesa é machista e passou a incorporar algumas palavras, para promover a igualdade entre homens e mulheres na linguagem. Por exemplo, usar numa mesma frase, as palavras eles ou elas, professoras e professores, alunas e alunos, todas e todos, etc. Além disso, colocam sempre o feminino primeiro.
Ora, na língua portuguesa já existem os termos neutros. As palavras: todos, alunos, eles, meninos, professores, quando estão no plural, não se referem apenas a homens. Então, não há necessidade de usar os dois gêneros, se eu plural já abrange os dois. É uma redundância desnecessária, apenas para agradar a ideologia feminista. Eu me recuso a prestar este papel ridículo.
Criaram também algumas palavras que não existiam na língua portuguesa, para substituir outras que eram comuns aos dois gêneros, como presidenta, governanta, etc. Existem ainda aberrações linguísticas como "feminicídio" em vez de apenas "homicídio", "femenagem" em vez de "homenagem", "ovulário" em vez de "seminário ", etc. Uma ex-presidente do Brasil, que fazia questão de se autointitular "presidenta", chegou ao cúmulo de falar "mulher sapiens", em vez de "homo sapiens".
O prefixo latino "homo" não é uma referência ao gênero masculino e sim ao ser humano, homem ou mulher. Existem também os substantivos comuns de dois gêneros, que são diferenciados apenas pelo respectivo artigo. Existem ainda os substantivos sobrecomuns, que são iguais para os dois gêneros, como a vítima, a criança, a testemunha, etc.
REFERÊNCIAS:
BATISTA, Douglas. A Igreja de Cristo e o império do mal: Como viver neste mundo dominado pelo espírito da Babilônia. 1ª Ed. Rio de Janeiro: CPAD. págs. 97-108.
PEARCEY, Nancy. Ama Teu Corpo: Contrapondo a cultura que fragmenta o ser humano criado à imagem de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 20 21, pp .24-25; 227-228.
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