(Comentário do 1º tópico da lição 07: A desconstrução da feminilidade bíblica)
Ev. WELIANO PIRES
No primeiro tópico, falaremos a respeito da feminilidade bíblica, que é a condição ou características inerentes à mulher, do ponto de vista bíblico. Não deve ser confundido com o feminismo, que é um movimento político, que supostamente defende as mulheres, mas, na verdade, promove a guerra entre homem e mulher.
Deus criou o homem e a mulher, à sua imagem, conforme a sua semelhança. Ambos são iguais em valor, honra e respeito. Entretanto, são diferentes na estrutura física, emocional e nos papéis na família.
Veremos neste tópico a forma e as circunstâncias em que se deu a criação e formação da mulher. Falaremos também sobre a bênção da maternidade, que é uma benção de Deus e um privilégio para a mulher. Por último, falaremos da mulher como auxiliadora, que é um complemento do papel do homem e uma cooperação mútua pelo bem comum da família.
1- A criação divina da mulher. Conforme falamos na lição passada, tanto o homem quanto a mulher foram criados à imagem de Deus e conforme a Sua semelhança (Gn 1.27). Ambos são absolutamente iguais perante Deus, em personalidade, valor, honra e respeito. Nem o homem, nem a mulher tem mais importância diante de Deus. No projeto de criação divina do ser humano, constava o homem e a mulher. Ao contrário do que muitas pessoas imaginam, Deus não criou o homem e depois viu que não era bom que este estivesse só e, por isso, criou a mulher. Deus é presciente, ou seja, Ele conhece o futuro antecipadamente. Sendo assim, Ele sabe antecipadamente o que acontecerá e o que precisa ser feito.
Deus criou homem e mulher juntos. Entretanto, na formação, que é o que vem a seguir, Deus formou primeiro o homem do pó da terra. Depois, retirou uma das suas costelas e dela formou a mulher. Sendo assim, ambos são criaturas de Deus e ambos vieram do pó da terra. Adão veio diretamente do pó da terra e Eva indiretamente, pois foi formada de uma parte de Adão. Depois que Deus criou a mulher e trouxe-a a Adão, este reconheceu que Eva era da mesma substância e disse: “... esta será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada” (Gn 2.23).
Mesmo sendo imagem e semelhança de Deus, iguais perante Ele em importância e dignidade, homem e à mulher têm estrutura física e emocional diferentes, para cumprirem cada um, papéis diferentes na família. Deus os fez assim, não há de errado nisso e estas diferenças não diminuem nenhum dos dois.
2- A bênção da maternidade. Depois de criar a mulher, Deus ordenou que o casal "frutificasse, se multiplicasse e enchesse a terra". (Gn 1.28). Sozinho, o homem jamais conseguiria tal proeza. Então, ao contrário do que dizem as feministas, a maternidade é uma benção de Deus e um privilégio para a mulher. As dores e sofrimentos decorrentes são consequências do pecado e não faziam parte do plano de Deus.
A maternidade não se resume à gravidez e ao parto, mas inclui também o cuidado e dedicação aos filhos. Deus deu à mulher as características emocionais para cuidar dos filhos, com muito amor e dedicação. No Livro do profeta Isaías 49.15, o Senhor pergunta: "Pode uma mãe esquecer-se do seu filho que amamenta?...". A resposta natural a esta pergunta é: em condições normais, dificilmente uma mãe esqueceria o seu filho recém nascido.
As mulheres antigamente, quando não tinham filhos, buscavam a Deus pedindo que abrisse a sua madre. A ideologia feminista, no entanto, incute na cabeça das mulheres que ser mãe é um peso e tratam a criança no ventre da mãe como algo indesejável que pode ser descartado.
O feminismo, do qual falaremos mais no próximo tópico, luta também para que as mulheres não se sacrifiquem pela criação dos filhos e acham que uma mulher ficar em casa cuidando dos filhos é uma opressão. Isso vai contra a vontade de Deus. Infelizmente, até mulheres cristãs se deixam levar por este discurso diabólico. Certa vez, eu falar como uma mulher cristã sobre o papel da mulher e ela retrucou com desprezo pela maternidade:
– Quer dizer, então, que a mulher só serve para parir?!
3- A mulher como auxiliadora. Deus deu ao homem a missão de liderar a família, provendo-lhe o sustento e proteção. A mulher foi criada como uma auxiliadora do homem nesta missão e como tal, deve submeter-se à sua liderança no Senhor: "Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor; Porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo." (Ef 5.22-24).
Talvez esta seja a parte mais contestada. Infelizmente, até mesmo mulheres cristãs se deixam levar pelos apelos feministas antibíblicos e questionam o fato da mulher ser colocada como auxiliadora. Entretanto, ajudadora, do ponto de bíblico não diminui a mulher e não a coloca em posição inferior. O próprio Deus é chamado de ajudador em vários textos bíblicos, como por exemplo, no Salmo 54.4: "Eis que Deus é o meu ajudador; o SENHOR está com aqueles que sustêm a minha alma."
A função de ajudadora é um complemento ao papel do homem, ou seja há uma cooperação mútua pelo bem comum. O homem e a mulher não são rivais e competidores, são parceiros com diferenças funcionais que se completam. As diferenças físicas e emocionais servem para cada um cumprir os papéis estabelecidos por Deus e se complementarem.
REFERÊNCIAS:
Nenhum comentário:
Postar um comentário