Ev. WELIANO PIRES
No
terceiro tópico, trataremos
da visão secular do corpo humano, que é a forma como a sociedade pós-moderna a
enxerga. A visão da sociedade pós-moderna, que vive como se Deus não existisse
e alheia aos princípios divinos, o corpo humano não deve seguir regras ou
código de ética. Neste tópico, falaremos das filosofias do hedonismo e
narcisismo. Depois falaremos sobre a erotização, libertinagem e vulgaridade
generalizadas na sociedade atual. Por último, falaremos da pretensa liberdade e
autonomia sobre o próprio corpo, que a sociedade atual reivindica. Em nome de
uma suposta liberdade, defendem todo tipo de agressão ao corpo humano.
1-
Hedonismo e narcisismo. O
Hedonismo e o Narcisismo são duas características da sociedade pós-moderna,
extremamente egoístas e antiéticas. O Hedonismo é o estilo de vida que tem como
prioridade absoluta, buscar o prazer e evitar o sofrimento por meio do corpo, a
qualquer custo. Sendo assim, defendem que se algo dá prazer ou evita o
sofrimento deve ser praticado livremente, independentemente de ser ético ou
não. O Narcisismo, por sua vez, é admiração excessiva da própria imagem. Com
isso, o indivíduo vive uma busca incansável para alcançar o "corpo
perfeito", com inúmeras cirurgias plásticas, regimes e exercícios
rigorosos e uso excessivo de cosméticos e suplementos. Aqui não se trata de
cuidar do corpo, que é necessário, mas de nunca estar conformado com o próprio
corpo.
2-
Erotização e libertinagem. A
sociedade pós-moderna vive uma erotização, libertinagem e vulgaridade
generalizadas. O erotismo e a libertinagem estão por toda parte. As pessoas
parecem que perderam completamente a vergonha e andam seminuas e insinuantes,
até mesmo no ambiente religioso. A indústria pornográfica, que antigamente era
restrita a poucas pessoas adultas e em ambientes privados, hoje está na
internet aparecendo como propaganda nas redes sociais. A prostituição,
adultério, homossexualismo e outras práticas abomináveis, que é vergonhoso até
mencioná-las, se multiplicam e as pessoas querem que isso seja considerado
normal. Acusam de intolerantes, racistas, homofóbicos, fundamentalistas e
ameaçam processar, multar e prender quem falar contra estas práticas.
3-
Liberdade e autonomia.
Deus concedeu ao ser humano o livre-arbítrio para escolher o que quer fazer.
Entretanto, as nossas escolhas terão consequências. A semeadura é livre, mas a
colheita será obrigatória. Deus não se deixa escarnecer e tudo o que o homem
semear, isso também ceifará (Gl 6.7).
Com
base no exercício do direito à liberdade, muitas pessoas querem legalizar todo
tipo de agressão ao próprio corpo e até ao corpo do outro. Sendo assim buscam a
legalização do aborto, que é o assassinato cruel e covarde de um ser indefeso,
ainda no ventre da mãe. A alegação é de que isso é um problema de saúde pública
ou um direito da mulher, sobre o próprio corpo. Mas isso é uma falácia,
primeiro porque o corpo da mulher não pertence a ela e sim a Deus. Segundo,
porque o corpo do bebê não é parte do corpo da mulher e sim, um novo ser humano
independente.
Querem
também o direito de usar livremente substâncias entorpecentes, que além de
prejudicar o próprio corpo, causam muitos danos à sociedade, pois a pessoa sob
o efeito destas substâncias se torna agressiva e perde a noção do que está
fazendo. As drogas têm escravizado e destruído muitas vidas e
famílias.
Os
defensores da pretensa liberdade e autonomia sobre o corpo querem legalizar, e
até incentivam, a prática do suicídio, como meio de pôr fim ao sofrimento.
Entretanto, o suicídio não significa o fim do sofrimento. A pessoa que atenta
contra a própria vida, que é sagrada, irá prestar contas a Deus.
Defendem
também a eutanásia, para os casos de doenças incuráveis, como forma de
antecipar a o fim. A palavra eutanásia vem de dois termos gregos “eu” (bom)
e “thanatos” (morte). Portanto seria uma “boa morte”. Ou seja, o médico
aplica uma substância letal para antecipar a morte do paciente, portador de uma
doença incurável, a pedido dele ou da família. Há também a ortotanásia que
seria a “morte correta”, que ocorre quando se abandona um tratamento que
prolongaria a vida, para antecipar a morte e evitar o sofrimento.
Há
ainda os que defendem a legalização da prostituição como se fosse uma
profissão. Aliás, não querem nem que se chame as pessoas que vendem o próprio
corpo para a prática sexual de prostitutas. Chamam de profissionais do sexo,
garotas de programa e outros termos. Ora, a prostituição é um pecado contra o
próprio corpo, que além de ofender a Deus, ofende a dignidade da pessoa que a
pratica.
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