02 agosto 2023

A EROSÃO DA MASCULINIDADE

(Comentário do 2⁰ tópico da Lição 06: A desconstrução da masculinidade bíblica)

Ev. WELIANO PIRES


No segundo tópico, falaremos sobre a erosão da masculinidade. No intuito de combater o machismo, a sociedade pós-moderna acaba combatendo a masculinidade. Veremos neste tópico que na sociedade atual há apologia à homossexualidade por todos os lados. Há também um grande incentivo a esta prática sexual por toda parte. Falaremos ainda neste tópico, sobre a responsabilidade negligenciada, por parte dos homens. Por conta da desconstrução da masculinidade, muitos homens se tornam frágeis emocionalmente e não assumem as suas responsabilidades como esposo e pai de família. Por último, falaremos sobre a crise de liderança dos homens. Deus confiou ao homem a liderança da família. Se este não assumir esta liderança, a família se torna uma anarquia. 


1- Apologia a homossexualidade. A ideologia progressista não se limita a querer normalizar a prática homossexual e proteger os homossexuais de ataques. Por toda parte, há incentivos e apologia a esta prática sexual, como se os homossexuais fossem pessoas de segunda classe, injustiçadas, de condição inferior e que necessitam de equiparação com os heterossexuais. Há governos concedendo cotas em concursos públicos e vestibulares para estas pessoas, como acontece com os deficientes físicos. 


Por outro lado, há um verdadeiro combate à masculinidade e à heterossexualidade, como se fosse algo desprezível e prejudicial. Recentemente, em um reality show, um sujeito chegou a chorar e pedir desculpas por ser homem, branco e heterossexual. Evidentemente, não defendemos ataques de nenhuma natureza aos homossexuais, ou a qualquer pessoa. Entretanto, o fato de alguém ser homem,  heterossexual e não concordar com a prática homossexual não faz desta pessoa um homofóbico, intolerante e racista, como os movimentos de militância homossexual insistem em nos acusar. 


Durante muito tempo, estes movimentos tentaram convencer as pessoas de que a homossexualidade é genética, ou seja, a pessoa nasce homossexual. Entretanto, nunca houve comprovação científica disso. Ao contrário, na biologia só existem dois tipos de cromossomos sexuais: XY e XX, respectivamente, homem e mulher. De alguns anos para cá, eles vem mudando a estratégia e dizem que a pessoa pode ter uma sexualidade biológica (no corpo) e outra na mente, de acordo com aquilo que ela se identifica. 


Esta ideia é chamada popularmente de "ideologia de gênero". Os seus adeptos, no entanto, chamam-na de "sexualidade não binária", que seriam pessoas que não se limitam aos sexos biológicos masculino e feminino e acham que podem não ser homem ou mulher. Podem ser os dois ao mesmo tempo, ou uma infinidade de gêneros que acreditam que existe. Segundo esta ideologia, a sexualidade humana não está relacionada aos órgãos do corpo e sim à mente. Sendo assim , se houver divergência entre a sexualidade da mente e a do resto do corpo, dizem que deve-se fazer intervenções cirúrgicas e hormonais para adequar a anatomia do corpo à mente da pessoa. 


Esta ideologia contraria frontalmente a Palavra de Deus, que nos mostra claramente que o Criador fez apenas dois sexos: macho e fêmea (Gn 2.24). Contraria também a ciência, pois a genética humana, que estuda como os seres humanos herdam as características dos seus ancestrais, diz que existem apenas os cromossomos sexuais X e Y. O cromossomo X vem da mãe e o Y vem do pai. Se houver dois cromossomos X, o novo ser gerado será mulher. Se forem um X e um Y, será homem. O que passar disso é coisa maligna e imaginação de pessoas que se rebelam contra Deus. Falaremos mais sobre este assunto na lição 08, quando estudaremos sobre "o fenômeno da transgeneridade". 


2- Responsabilidade negligenciada. Conforme falamos no tópico anterior, Deus confiou ao homem o papel de liderar a família e prover-lhe o sustento e a segurança. Desde a criação, o homem sempre foi instruído desde cedo a se preparar para assumir as responsabilidades para com a família. A masculinidade sempre foi sinônimo de virilidade, segurança e defesa da mulher e dos filhos. As mulheres ficavam sob a proteção e responsabilidade do pai. Quando se casavam e deixavam a casa dos pais, o marido assumia toda responsabilidade sobre ela.


O movimento feminista contesta esta liderança e a chama de machismo. Relativizam e combatem a masculinidade, pregando não apenas a igualdade dos gêneros, mas a guerra entre homens e mulheres. O resultado disso é que os casamentos não se sustentam e o número de divórcios e filhos vivendo sem a convivência dos pais se multiplica. Antigamente, somente os órfãos e casos muito raros de filhos de mães solteiras eram criados sem a presença do pai. Era muito raro acontecer um caso em que o pai ou a mãe abandonava a família. Se por acaso acontecesse, a parte abandonada não arrumava outra pessoa, a fim de preservar a integridade dos filhos. Hoje, é muito comum em uma casa, ter filhos de vários pais ou irmãos serem criados em casas diferentes. 


Há muito tempo a masculinidade vem desaparecendo, por conta dos ataques que sofre. Por causa disso, muitos homens não assumem o seu papel no lar. Na atualidade, muitos jovens chegam à idade adulta e são incapazes de sustentar uma casa. Ficam esperando que o pai ou sogro lhes arrumem moradia e os sustentem. Em muitos casos, a esposa tem que se matar de trabalhar para bancar a casa. Como disse o comentarista, isso não acontece apenas porque não conseguem emprego, mas por preguiça. Não querem se submeter a trabalhos pesados ou a salários mais baixos e não estudam para conseguir uma boa oportunidade de trabalho. Tem muitos homens casados que acordam tarde e querem passar o resto do dia jogando videogame ou vendo vídeos no celular. No meu tempo de jovem, a recomendação era: Seja homem! Para tirar a moça da casa do pai dela, tem que trabalhar e assumir a responsabilidade. 


3- Crise de liderança. Conforme falamos no tópico anterior, Deus confiou ao homem a liderança da família. Se este não assume esta liderança, a família se torna uma anarquia, onde cada um faz o que bem entende. Nenhuma instituição sobrevive sem liderança e sem regras, pois cada um faz o que bem entende. Com a família e a Igreja não é diferente. Se não houver um líder firme e sério, comprometido com Deus e que assuma as suas responsabilidades, a desarmonia toma conta e a ruína é certa. 


Deus estabeleceu o modelo de família patriarcal, onde o pai é o líder da família, responsável por prover o sustento e a segurança do lar. A mãe, por sua vez, é a responsável por cuidar dos filhos e da casa, alimentando-os, ensinando os primeiros passos e palavras e oferecendo-lhes todo o apoio necessário para um crescimento saudável. Na verdade, o princípio da autoridade em todas as áreas foi estabelecido por Deus: "Toda a alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus. Por isso, quem resiste à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação.” (Rm 13.1,2). Deus estabeleceu a autoridade no lar, na sociedade, na vida religiosa de Israel e na Igreja. 


Na sociedade pós-moderna, o princípio da autoridade tem sido questionado em todos os setores da sociedade. Cidadãos afrontam policiais e autoridades publicamente. Até membros de Igrejas, afrontam uns aos outros e não querem se submeter à autoridade pastoral. Certamente, estas pessoas não aprenderam o que é autoridade com os seus pais. Essa crise de liderança e autoridade começa em casa. Se o princípio da liderança familiar for respeitado, haverá respeito também nos demais setores, pois a família é a célula mater da sociedade.


REFERÊNCIAS: 


BATISTA, Douglas. A Igreja de Cristo e o império do mal: Como viver neste mundo dominado pelo espírito da Babilônia. 1ª Ed. Rio de Janeiro: CPAD. págs. 72-84

HUGHES, Kent R. Disciplina do Homem Cristão. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, págs. 37; 157-58.

GONÇALVES, José. Os ataques contra a Igreja de Cristo: As sutilezas de Satanás neste dias que antecedem a volta de Jesus Cristo. Editora CPAD. 1ª edição: 2022.

TAY, John S. H. Nascido gay? Existem evidências científicas para a homossexualidade? Editora Central Gospel. 1 Ed. 2011. pág. 90-94.

CABRAL, Elienai. Relacionamentos em família: Superando Desafios e Problemas com Exemplos da Palavra de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2023. pág. 140-143.

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