(Comentário do 2º tópico da lição 07: A desconstrução da feminilidade bíblica)
Ev. WELIANO PIRES
No segundo tópico, falaremos sobre a desconstrução da feminilidade bíblica. Falaremos sobre o ativismo feminista, que iniciou-se como uma reação ao machismo e em defesa dos direitos das mulheres. Porém ao longo da história tomou outros rumos e se transformou em um movimento de extrema esquerda.
Discorremos também sobre a pauta feminista da liberdade sexual. O movimento feminista e as demais correntes marxistas consideram o modelo de sexualidade bíblico como opressor e defendem que não deve haver os conceitos de certo e errado na área sexual.
Por último, falaremos da família patriarcal, que é o padrão de família, do ponto de vista bíblico. O ativismo feminista é totalmente contrário aos padrões familiares bíblicos, ataca ferozmente a família, os homens e o Cristianismo. O que mais preocupa é que muitas mulheres cristãs se deixam enganar por este movimento diabólico e anticristão.
1- O ativismo feminista. Os principais ataques sofridos pela feminilidade vem do ativismo feminista. O movimento feminista não é um único movimento. Ele teve pelo menos três ondas ao longo da sua história. Antes destas três ondas feministas, no entanto, houve o chamado Protofeminismo, que era formado por homens, que defendiam o fim a monogamia e defendiam o divórcio a liberdade sexual para homens e mulheres. Os principais protofenistas foram William Godwin, Marquês de Sade (de onde veio as palavras sadismo e sadomasoquismo) e Mary Wollstonecraft.
a. A primeira onda. Aconteceu no século XIX, na Europa e Estados Unidos. As duas pautas iniciais da primeira onda feminista era a luta pelo direito de votar e pelo ingresso da mulher no mercado de trabalho. Este movimento teve início, nas dependências de uma Igreja Wesleyana, com Elizabeth Stanton e Lucretia Mott, duas militantes abolicionistas, que tentaram incluir em uma reunião abolicionista, as pautas feministas, mas foram barradas.
A partir daí, as duas abandonaram a militância contra a escravidão e passaram a se dedicar exclusivamente às pautas feministas. Como não tiveram apoio das mulheres, para as suas pautas, elas explicaram ao pastor da Igreja, com base na igualdade na criação do homem e mulher, que as pautas delas eram apenas pelos direitos das mulheres e tinha respaldo bíblico. O pastor, então, abriu espaço para elas se reunirem e panfletar.
b. A segunda onda. Iniciou-se no início do século XX e teve o seu ápice a partir de 1960, com a chamada revolução sexual. As mulheres passaram a defender a liberdade sexual, a pílula anticoncepcional e o divórcio. Simone de Beauvoir, uma das principais teóricas da segunda onda feminista, defendia a inexistência de características exclusivamente femininas. Ela dizia que a feminilidade era algo inventado pelos homens para prender as mulheres e que moral era simplesmente uma estrutura de poder. Simone fazia parte do chamado "feminismo radical", cujas principais pautas eram: o fim do casamento, o aborto, o incesto e a pedofilia.
c. A terceira onda. Teve início entre o final do século XX e o início do século XXI. Originou-se a partir das pautas do feminista radical e tem como base a chamada ideologia de gênero, ou identidade de gênero como os seus defensores preferem chamar. Segundo os teóricos desta ideologia, os seres humanos nascem neutros na questão sexual, sem uma natureza sexual definida e pode escolher o que quiser ser: homem, mulher, os dois ou nenhum.
A professora Ana Campagnolo, em seu E-book: A História do Feminismo, publicado pela plataforma digital Brasil Paralelo, faz várias críticas ao feminismo, entre as quais destaco três:
O feminismo destrói a feminilidade;
O feminismo não representa às mulheres, mas serve aos interesses de grupos ideológicos;
O feminismo não trouxe benefícios às mulheres. Ao contrário, acrescentou outros fardos sociais.
2- A “liberdade sexual”. Deus criou a sexualidade humana, como algo prazeroso, com o objetivo de procriar e satisfazer o casal, restrito ao casamento. Entretanto, o movimento feminista e as demais correntes marxistas consideram que este modelo é opressor. Sendo assim, defendem o sexo sem compromisso: pré-conjugal, extra-conjugal, homossexual, bissexual, etc. Defendem que não deve haver os conceitos de certo e errado na área sexual.
Conforme vimos na lição 02, quando estudamos sobre a deturpação da doutrina bíblica do pecado, a sociedade pós-moderna rejeita a idéia da pureza sexual e diz que isso é um modelo opressor. Com o advento da revolução sexual e a cultura da contestação do Cristianismo e seus valores, que ocorreu a partir dos anos de 1960, a sociedade ocidental aos poucos foi se afastando deste padrão judaico-cristão e mergulhando na promiscuidade e perversão sexual.
As telenovelas passaram a exibir comportamentos que até então, eram tidos como imorais, como o uso de anticoncepcionais, o divórcio, a infidelidade conjugal, o sexo entre solteiros, o aborto, a prática homossexual, etc. A indústria pornográfica, também cresceu assustadoramente e promove, através de fotos, vídeos e contos eróticos, práticas sexuais pervertidas e contrárias aos princípios cristãos.
A divulgação dessa cultura promíscua, aos poucos foi criando na sociedade ocidental, a ideia de que os valores cristãos são retrógrados, ou tabus a serem quebrados. Até mesmo nas escolas é ensinada essa cultura de liberdade sexual. A ideia de manter-se puro e casar virgem é ridicularizada entre a juventude, a ponto de jovens terem vergonha de confessar que ainda são virgens.
3- Ataques à família tradicional. A Bíblia determina a família patriarcal como o único modelo de família. Conforme já vimos na lição passada e também no tópico anterior desta lição, Deus criou homem e mulher iguais perante Ele, mas com papéis diferentes na família.
A família foi instituída por Deus e Ele a instituiu através do casamento. Deus realizou o primeiro casamento, depois de criar o primeiro casal. Os três fundamentos do casamento criado por Deus são: monogamia, heterossexualidade e vitaliciedade. Ou seja, Deus criou um homem para casa mulher, uniu homem e mulher para serem uma só carne até que a morte os separe. Nesta união, Deus estabeleceu o homem como líder e a mulher como sua ajudadora. A isso chamamos de família tradicional.
O ativismo feminista, por sua vez, é totalmente contrário aos padrões familiares bíblicos, ataca ferozmente a família, os homens e o Cristianismo. Por outro lado, como já vimos, defende coisas abomináveis aos olhos de Deus. O que mais preocupa é que muitas mulheres cristãs se deixam enganar por este movimento diabólico.
REFERÊNCIAS:
BATISTA, Douglas. A Igreja de Cristo e o império do mal: Como viver neste mundo dominado pelo espírito da Babilônia. 1ª Ed. Rio de Janeiro: CPAD. págs. 72-84
HUGHES, Barbara. Disciplinas da Mulher Cristã. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, pp. 33,34,156
GONÇALVES, José. Os ataques contra a Igreja de Cristo: As sutilezas de Satanás neste dias que antecedem a volta de Jesus Cristo. Editora CPAD. 1ª edição: 2022.
Brasil Paralelo: O que é feminismo? Entenda a Vasta Influência do Movimento.
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