29 maio 2023

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 10: QUANDO OS PAIS SEPULTAM SEUS FILHOS.

Ev. WELIANO PIRES

REVISÃO DA LIÇÃO PASSADA


Na lição passada estudamos sobre uma família nada perfeita. Todos nós, sem exceção, somos imperfeitos e, por conseguinte, a nossa família também o é. Como exemplo de uma família nada perfeita, falamos da família do rei Davi. Não obstante, tenha sido considerado pelo próprio Deus como “um homem segundo o coração de Deus” (At 13.22), o grande salmista de Israel e um rei muito amado pelo seu povo, Davi foi um desastre como pai e como esposo. A família de Davi era numerosa e cheia de problemas que eram, na verdade, consequências das suas escolhas equivocadas. Davi teve várias esposas e concubinas, que lhe deram mais de 20 filhos. Evidentemente, não seria fácil administrar uma família com este perfil.


No primeiro tópico, falamos sobre o rei Davi e a sua família. Davi foi ungido por Deus para reinar sobre Israel, no final do desastroso reinado de Saul, que Deus havia rejeitado. Davi era também um homem de Deus, capacitado pelo Espírito de Deus para reinar sobre todo o Israel. Como rei, Davi unificou a todo o Israel, depois da morte de Saul e foi bem sucedido. Falamos também da grande família de Davi, que teve várias esposas e concubinas, que lhe deram mais de 20 filhos. Este ambiente com várias mulheres, filhos e filhas de mulheres diferentes, aliado ao descaso de Davi para com os filhos, trouxeram problemas gravíssimos para a família. 


No segundo tópico, falamos sobre os filhos e parentes na casa de Davi, envolvidos no episódio do incesto e estupro ocorrido na casa de Davi e o asssassinato subsequente. Falamos sobre Tamar, Absalão e Amnom, filhos de Davi, e sobre Jonadabe, sobrinho de Davi, que foi o mau conselheiro de Amnom. Amnom, o filho primogênito de Davi, foi tomado por um desejo incestuoso pela sua meio irmã Tamar. Jonadabe, filho de Siméia, irmão de Davi, era um conselheiro do mal e aconselhou Amnom a fingir que estava doente e pedir que a sua irmã viesse cuidar dele. Quando ela atendeu ao pedido, Amnom a estuprou e em seguida a desprezou. Absalão, que era irmão de Tamar por parte de pai e mãe, tomado pelo ódio acabou matando o seu meio-irmão Amnom, para vingar a honra da irmã. 


No terceiro tópico, falamos sobre os problemas morais na família de Davi. Falamos também sobre a falta de domínio próprio de Davi, no caso do adultério com Batseba e o assassinato de Urias. Esta atitude imoral e covarde de Davi, acabou reproduzindo em seus filhos esse tipo de comportamento. Em seguida, falamos sobre o Incesto e morte na família de Davi. Amnom, estuprou a sua irmã Tamar e, como não foi punido por Davi, acabou sendo morto pelo seu irmão Absalão. Por último, vimos a importância da vigilância, da proximidade dos pais em relação aos filhos e do exemplo na família. Nenhum de nós está livre de se deparar com problemas entre os filhos. Por isso, é importante estar atento e acompanhar de perto, principalmente dando o exemplo de integridade. 


LIÇÃO 10: QUANDO OS PAIS SEPULTAM OS FILHOS


Nesta lição falaremos sobre uma das situações mais dolorosas para uma família, que é a morte dos filhos antes dos pais. Pelo curso natural da vida, a lógica seria os filhos sepultarem os pais. Entretanto, não estamos livres de passar por uma situação dessa. 


Tomaremos como exemplo, o patriarca Jó, que perdeu todos os seus filhos em um único dia, de forma trágica. Mesmo sendo um homem reto, sincero e temente a Deus, Jó passou por esta tragédia em sua família. Diante desta tragédia na família de Jó, o Livro de Jó nos diz: “... Em tudo isso [perda de todos os seus bens e filhos], Jó não pecou com os seus lábios e não atribuiu a Deus falta alguma”. (Jó 1.22). Entretanto, Jó teve o seu período de dor e lamentação. 


A morte é uma realidade terrível, inevitável e irremediável, para todos os seres humanos. Ricos, pobres, cultos, iletrados, poderosos e pessoas de todas as tribos e nações, estão condenados à morte. Não há no mundo, ninguém que possa impedir a própria morte ou a morte de outrem, por mais dinheiro que tenha. 


A morte entrou no mundo como consequência do pecado. Deus havia falado ao primeiro casal que se eles pecassem, morreriam. A partir do pecado do primeiro casal, a morte passou a ser uma realidade inevitável para todos. A morte é dolorosa para qualquer pessoa que perde um ente querido e é assustadora, pois, não fomos criados para morrer. Para os pais que perdem um filho, no entanto, esta dor é muito maior. 


No primeiro tópico, falaremos sobre a família de Jó. Primeiro falaremos sobre a pessoa do patriarca Jó, trazendo as poucas informações bíblicas e históricas sobre este patriarca. Muitas pessoas dizem que Jó não foi um personagem real, mas, apenas uma ficção. Entretanto, além do livro de Jó contar a história dele, citando nomes, lugares e povos, há citações em outras partes da Bíblia, mencionando Jó como uma pessoa real. Falaremos também sobre a esposa de Jó. Se temos poucas informações sobre Jó, temos menos ainda sobre a sua esposa. A Bíblia não registra sequer o seu nome. Por último, falaremos sobre os filhos de Jó, que levavam uma vida de banquetes, muita comida e bebida. O patriarca se levantava de madrugada, orava e oferecia sacrifícios por eles a Deus.


No segundo tópico veremos como lidar com a morte dentro da família. Jó e sua família eram prósperos, felizes e respeitados na comunidade em que viviam. De repente foram surpreendidos com uma série de notícias trágicas, principalmente, a morte de todos os seus filhos. Evidentemente, eles tinham razões para estarem tristes e terem o seu período de luto. Entretanto, mesmo diante de tamanha dor e tristeza, Jó manteve a sua fidelidade ao Senhor e o adorou. 


No terceiro tópico, veremos como os cristãos devem enfrentar a triste realidade do luto na família. Em primeiro lugar, jamais devemos culpar a Deus ou blasfemar contra Ele. Há mistérios nesta vida que jamais os entenderemos, somente na eternidade. Em segundo lugar, o cristão deve viver o seu momento de luto, manifestando naturalmente as suas reações emocionais, como choro, silêncio e tristeza. Até o Senhor Jesus, em sua condição humana, chorou diante do túmulo de Lázaro. Por último, devemos manter viva a esperança na ressurreição, pois, o Nosso  Senhor Jesus Cristo venceu a morte, ressuscitando dos mortos, e garantiu que nós também iremos ressuscitar para nunca mais morrermos  e estaremos para sempre com o Senhor, se permanecermos fiéis a Ele até à morte. 


REFERÊNCIAS:

CABRAL, Elienai. Relacionamentos em família: Superando desafios e problemas com exemplos da Palavra de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2023. pág. 171-172.

Revista Lições Bíblicas, Adultos. Rio de Janeiro: CPAD, 4º Trimestre de 2020.

STAMPS, Donald C. (Ed) Bíblia de Estudo Pentecostal: Antigo e Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.

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