28 setembro 2020

A HISTÓRIA DE JÓ: POR QUE SOFRE O JUSTO?

Na terra de Uz, no Oriente
Um homem reto e temente a Deus
Vivia com a esposa e os filhos seus
Este homem era rico e potente
Era respeitado e proeminente.
Desviava-se da maldade
Portava-se com integridade
Pelos seus filhos intercedia
E sacrifícios a Deus oferecia
Pelas suas iniqüidades.

Tinha animais para o servir
Sendo o mais rico do Oriente
Jamais passou por sua mente
O que viria logo a seguir
Dores e aflição iria sentir
No Céu houve uma reunião
Todos os anjos em adoração
Satanás, veio disfarçado
Entre os anjos infiltrado
Contra Jó, fazer acusação

Mas, Deus lhe interrogou:
- De onde é que você veio? 
- Fazendo os meus passeios.
O tentador, de imediato replicou.
- O meu servo Jó, você notou?
Contra o oponente inquiriu.
O Senhor, o diálogo prosseguiu: 
-Comigo, ele sempre andou!
Do mal, ele sempre se afastou.
Alguém como ele, jamais se viu

O diabo ficou inconformado
Com o testemunho que ouviu
De acusar a Jó, ele não desistiu.
Insinuou que Jó era comprado
Por isso não havia blasfemado.
Deus, então, permissão lhe deu
Para tirar tudo o que era seu
Apenas a vida teria que poupar
Em Jó, ele não poderia tocar.
E depressa, o diabo correu. 

Tragédias sobrevieram a Jó:
Um acidente, os seus filhos matou
O fogo, suas ovelhas queimou.
O inimigo lhe feriu sem dó
Até a esposa o deixou só.
- Você ainda vai permanecer?
Deve amaldiçoar e morrer!
- Deus me deu e Deus tirou.
Disse Jó e a Deus adorou.
- Bem e mal tenho que receber.

No Céu, nova reunião aconteceu
Surge o diabo desconfiado
Por Deus, ele foi questionado
Sobre Jó e o que ele sofreu:
- Você viu que Jó não esmoreceu?
O inimigo não se conformou
E nova estratégia tentou:
- Pela saúde, o homem tudo dá
Toque nele e blasfemará.
Deus, então, lhe autorizou.

O diabo, então, a Jó feriu
Com uma doença terrível
Provocando-lhe dor horrível
Como ninguém jamais viu
Grande aflição Jó sentiu
Um caco de telha Jó pegou
Com ele, as feridas raspou.
Em meio ao grande sofrimento.
Jó amaldiçoou seu nascimento.
Mas, contra Deus, não blasfemou 

Os seus "amigos" apareceram
Para com ele se solidarizarem
Por sete dias, sem nada falarem
Por causa da dor emudeceram
Simplesmente, se condoeram.
O primeiro, Elifaz, o temanita
A seguir, Bildade, o suíta
Cada um, vindo de uma região
Vieram estender-lhe a mão
Também Zofar, o naamatita.

Passados sete dias, falaram
Cada um, tinha algo a dizer
Mostrando-lhe o seu parecer
Com as palavras que falaram
Muito insensíveis se mostraram.
Elifaz, por sua vez, acreditava
Que Jó sofria, porque pecava
- O justo sempre vai prosperar!
Dizia Bildade, sem raciocinar
Que mesmo sendo justo, Jó penava.

Zofar, falou sobre o Criador
Disse que Deus é transcendente
Mas, esqueceu que Ele imanente
Deus é muitíssimo superior
Mas, Ele também vê a nossa dor.
Zofar pregou o que diz o deísmo
Baseando-se no seu achismo
Que Deus não age ou intervém
No que às suas criaturas sobrevém
Isso seria puro determinismo.

Por fim, o jovem Eliú apareceu
E também começou a falar
Expondo seu modo de pensar.
Sem titubear, Eliú repreendeu
E aos outros amigos esclareceu
Falou-lhes que o sofrimento
Nem sempre é um julgamento
Por alguma coisa que fizemos
Através dele nós aprendemos
A viver com contentamento.

Após longos pronunciamentos
Deus, enfim, a Jó se manifestou
E muitas perguntas lhe formulou
Fazendo-lhe questionamentos
Sobre a criação e fundamentos
Jó, é claro, não soube responder
Humilhou-se e não quis se atrever
A discutir com o seu criador
Pois, como poderia o pecador,
Questionar a quem tem todo poder?

Jó, então, pelos amigos orou
E Deus, a sua oração ouviu
Na sua situação interviu 
E aquele cativeiro virou
O seu patrimônio duplicou.
Daquela doença foi curado
Por seus amigos foi consolado
Teve filhos, genros e noras
Muito mais que os de outrora
Em tudo, Jó foi abençoado.

Termina assim esta história
Um exemplo de superação
De dor, perdas e grande aflição
Para ficar em nossa memória
Que após a luta, vem a vitória.
Com a vida de Jó aprendemos
Que nesta vida quando sofremos
Não é só por pecado ou punição
Pode ser também uma provação
No final, a vitória teremos.

(Weliano Pires)


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