31 março 2025

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 1: O VERBO QUE SE TORNOU EM CARNE

INTRODUÇÃO AO TRIMESTRE 

Depois de estudar um trimestre muito esclarecedor sobre apologética cristã, teremos neste 2° Trimestre de 2025, teremos um trimestre de exposição bíblica. Discorreremos sobre o Evangelho segundo João, com o título: E o Verbo se fez carne: Jesus sob o olhar do apóstolo do amor. A última vez que estudamos este livro foi no 1° trimestre de 1995, com o título: O Evangelho de João: o retrato do Verbo, com comentários do Pr. Antonio Mardônio Nogueira Vieira.


Evidentemente, não seria possível estudar todo o conteúdo do quarto Evangelho, que contém 21 capítulos, em apenas treze lições. Por isso, foram selecionados alguns temas importantes deste livro, como A encarnação do Verbo, O Novo Nascimento, A verdadeira adoração, O Pão da Vida, A Verdade que liberta, O Bom Pastor e as ovelhas, A Ressurreição e a Vida, Uma Lição de humildade, O Caminho, a verdade e a vida, A promessa do Espírito, Intercessão de Jesus pelos discípulos, A trajetória de Jesus do Julgamento à Ressurreição e Renovação da esperança. O Evangelho segundo João foi o último a ser escrito e contém detalhes exclusivos do ministério de Jesus na Judeia, que os Evangelhos sinóticos: Mateus, Marcos e Lucas, não trazem. 


COMENTARISTA: Pr. Elienai Cabral

Filho do pastor Osmar Cabral e de Jardelina Cabral; Conferencista internacional, teólogo, membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil (AELB) e da Casa de Letras Emílio Conde (CPAD); Desde 1985 é comentarista de Lições Bíblicas da CPAD; Autor de vários livros, entre eles: Comentário Bíblico de Efésios, Mordomia Cristã, A Defesa do Apostolado de Paulo – Estudo na Segunda Carta aos Coríntios, Comentário Bíblico de Romanos, A Síndrome do Canto do Galo, Josué – Um líder que fez diferença, Parábolas de Jesus e O Pregador Eficaz, Relacionamentos em família, todos publicados pela CPAD. Pr Elienai foi membro do Conselho Administrativo da CPAD e por vários mandatos presidiu a Convenção Evangélica das Assembleias de Deus do Distrito Federal (CEADDIF). Atualmente, é o consultor doutrinário da CGADB e da CPAD. 


LIÇÃO 1: O VERBO QUE SE TORNOU EM CARNE



Nesta primeira lição, como de costume, teremos uma introdução ao tema do trimestre, fazendo uma exposição do prólogo do Evangelho segundo João, que está no capítulo 1, versículos 1 a 14. Neste texto do prólogo, João traz informações cristológicas fundamentais, como a preexistência de Jesus, a distinção entre Jesus e o Pai, a divindade de Jesus, Jesus como o Criador de todas as coisas e a humanidade de Jesus. 

No primeiro tópico, apresentaremos uma visão panorâmica do Evangelho de João. Inicialmente, veremos as informações sobre a autoria e data deste Evangelho. Na sequência, falaremos do propósito de João ao escrever o Evangelho, com base nos textos de João 1.1-14 e 21.31. Por fim, faremos uma abordagem da dupla natureza de Jesus, com base nos textos joaninos. 

No segundo tópico, falaremos de Jesus como o Verbo de Deus. Veremos que a expressão inicial do Evangelho segundo João, “No princípio”, ultrapassa o passado de Gênesis 1.1. Na sequência, falaremos da natureza fundamental do Verbo de Deus, com base no prólogo do Evangelho de João e no Apocalipse. Por fim, falaremos do significado da expressão Joanina “No princípio era o Verbo”, analisando o significado da palavra grega logos, traduzida por verbo.

No terceiro tópico, falaremos da encarnação do Verbo. Inicialmente falaremos da manifestação do Verbo e a Luz do mundo, trazendo também o significado de luz e trevas na Bíblia. Na sequência, falaremos do privilégio que temos de sermos chamados filhos de Deus, mediante a fé em Jesus. Por último, falaremos da manifestação e habitação do Verbo entre os seres humanos, com base na frase “e o Verbo se fez carne e habitou entre nós”. 

Ev. WELIANO PIRES

REFERÊNCIAS:

CABRAL, Elienai. E o Verbo se fez carne: Jesus sob o olhar do apóstolo do amor. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2025.

Revista Ensinador Cristão. RIO DE JANEIRO: CPAD, Ed. 101, p.36.

Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2022, p.1410. 

Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2022, p.1410. 

Bíblia de Estudo Plenitude. BARUERI-SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 1ª Ed. 2001, p. 1069, 1070.

29 março 2025

TENDO AS ESCRITURAS COMO O FUNDAMENTO

(Comentário do 3º tópico da Lição 13: Perseverando na fé em Cristo)

Ev. WELIANO PIRES

No terceiro tópico, falaremos da importância de termos a Bíblia como fundamento. Falaremos da autoridade dos apóstolos do Novo Testamento, considerando que os seus escritos são colocados no mesmo nível das Escrituras do Antigo Testamento. Na sequência, falaremos da abrangência do termo “Escrituras” na Bíblia, que não se limita ao Antigo Testamento. Por último, falaremos da Bíblia como o manual de Deus, a qual é “proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça”, a qualquer pessoa, para toda boa obra. 

 

1. A autoridade apostólica. A Bíblia Sagrada foi escrita em um período de aproximadamente 1.600 anos, por cerca de quarenta escritores diferentes, que viveram em épocas e regiões diferentes e a maioria não se conheceu. Ela é composta de sessenta e seis livros e se divide em duas partes principais: o Antigo Testamento, com 39 livros e o Novo Testamento, com 27 livros. Entre estes dois volumes, há um espaço de quatrocentos anos, que é chamado de período interbíblico. 


O Antigo Testamento é uma espécie de introdução ao Plano de Salvação de Deus. Esta primeira parte da Bíblia nos fornece as bases para entendermos o Novo Testamento. Mostra também o governo de Deus, os seus princípios morais, a pecaminosidade humana e a incapacidade de salvação através da lei. As figuras, tipos e profecias do Antigo Testamento apontam para Cristo, o único Salvador e Mediador entre Deus e a humanidade. O conteúdo da Bíblia hebraica é o mesmo do nosso Antigo Testamento, porém a ordem, a quantidade e os nomes dos livros são diferentes, pois a nossa Bíblia segue a ordem da versão grega Septuaginta (LXX).


O Novo Testamento representa o cumprimento e a explicação do Antigo Testamento. Muitas coisas que eram incompreensíveis no antigo pacto se tornam claras no Novo Testamento. Os tipos, figuras alegorias e profecias se tornam claras com o registro do Novo Testamento. É no Novo Testamento que o cristão deve começar a sua jornada de fé. Se o cristão se prender no Antigo Testamento e não o interpretar em seu devido contexto, fatalmente se tornará um judaizante e anulará o sacrifício de Cristo. 


2. Abrangência. A Bíblia inteira é a Palavra de Deus, pois ela foi totalmente inspirada pelo Espírito Santo. Não há, portanto, nenhuma parte dela que não seja inspirada por Deus, ou uma parte mais inspirada do que outras. Quando Paulo diz a Timóteo que “toda a Escritura é divinamente inspirada”, não se refere apenas ao Antigo Testamento, mas à Bíblia inteira: Antigo e Novo Testamento.


Nos tempos do ministério terreno de Jesus e início da Igreja Primitiva, o Novo Testamento ainda não havia sido escrito. As Escrituras que eles usavam era o Antigo Testamento. Foi um processo gradual, que foi sendo escrito, conforme as revelações e a inspiração do Espírito Santo. O Novo Testamento contém 27 livros canônicos, que são chamados pelos próprios apóstolos de Escrituras e de Palavra do Espírito Santo, que foram divinamente inspiradas. (1 Co 2.13; 2 Tm 3.16; 2 Pe 1.21).


3. O manual de Deus (vv.16b,17). O manual, no sentido em que estamos falando aqui, é um guia prático que explica o funcionamento de um produto, como um manual do usuário, produzido pelo próprio fabricante, que apresenta os detalhes do produto e o seu funcionamento. Sendo Deus o criador de todas as coisas, inclusive do ser humano, Ele nos deixou o seu “manual do fabricante”, que é a Bíblia Sagrada, a Palavra de Deus. 


Nestas recomendações a Timóteo, o apóstolo Paulo declarou que a Palavra de Deus é “proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça”. A Nova Versão Transformadora (NVT), traz uma linguagem mais atualizada para esta frase, que facilita a nossa compreensão: “é útil para nos ensinar o que é verdadeiro e para nos fazer perceber o que não está em ordem em nossa vida. Ela nos corrige quando erramos e nos ensina a fazer o que é certo. Muitas pessoas estão perdidas neste mundo, porque desprezam e não seguem as orientações da Palavra de Deus para a sua vida em todos os aspectos. 


O Salmo 119, o maior dos Salmos, é dedicado inteiramente à exaltação da Palavra de Deus. Trata-se de uma belíssima poesia em acróstico, contendo 22 estrofes e cada uma delas contém 8 versos, que começam com uma palavra, cuja inicial é uma letra sequencial do alfabeto hebraico. Em cada um dos versos há uma referência à Palavra de Deus, com palavras sinônimas: Lei do Senhor, Testemunhos, Mandamentos, Estatutos, etc. No texto em português esta beleza se perde, pois as sequências das letras acontecem apenas no texto hebraico. No verso 105, o salmista diz: “Lâmpada para os seus pés é a tua Palavra e luz para o seu caminho”. Quer andar na luz e não tropeçar? Siga as orientações da Palavra de Deus!


REFERÊNCIAS: 


SOARES, Esequias. Em defesa da Fé Cristã: Combatendo as antigas heresias que se apresentam com nova aparência. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2025. 

Revista Ensinador Cristão. RIO DE JANEIRO: CPAD, Ed. 100, 2025, p. 42.

Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. 1ª Edição. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2013, pp.1715.

Bíblia de Estudo Apologia Cristã. 1ª Edição. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2017, p.1930

28 março 2025

APRENDENDO, SENDO INTEIRADO E SABENDO

(Comentário do segundo tópico da Lição 13: Perseverando na fé em Cristo)

Ev. WELIANO PIRES

No segundo tópico, falaremos da recomendação de Paulo a Timóteo para permanecer naquilo que aprendeu: aprendendo, sendo inteirado e sabendo. Inicialmente, responderemos à pergunta: De quem Timóteo aprendeu as Sagradas Letras? O comentarista apresenta uma boa exegese do pronome relativo, “de quem”, usado pelo apóstolo Paulo. Na sequência, falaremos da recomendação para que Timóteo permaneça firme nas Sagradas Letras, lembrando-se de quem foram os seus instrutores. Por fim, veremos que a Bíblia é divinamente inspirada e apresentaremos o significado da inspiração divina das Escrituras.


1. De quem Timóteo aprendeu as Sagradas Letras? (v.14). Nos versículos 14 e 15, da Leitura Bíblica em Classe, o apóstolo Paulo fez a seguinte recomendação a Timóteo: “Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido. E que, desde a tua meninice, sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus”. O conteúdo que Timóteo aprendeu eram as Sagradas Letras, ou as Escrituras, inspiradas por Deus, como veremos abaixo. 


O comentarista faz menção aos instrutores de Timóteo, ou seja, quem lhe ensinou as Sagradas Letras. Timóteo era filho de uma mulher judia, chamada Eunice, e neto de outra judia chamada Loide. Embora o pai de Timóteo fosse gentio e não tenha permitido que ele fosse circuncidado, a sua mãe e avó lhe ensinaram as Escrituras judaicas, desde a sua infância. Além da sua mãe e avó que eram judias e lhe ensinaram as Escrituras hebraicas, Timóteo também teve como mentor o apóstolo Paulo que, além das Escrituras hebraica, lhe ensinou também as doutrinas cristãs, que ele recebeu do próprio Senhor Jesus. 


Todos nós, no início da nossa fé precisamos de mentores ou discipuladores, que nos ensinem a Palavra de Deus. O discipulado cristão é tão importante quanto a evangelização. De nada adianta fazermos congressos, trazer pregadores eloquentes e dezenas de pessoas se entregarem a Cristo, se não houver a continuidade deste trabalho através do discipulado. Os novos convertidos são como bebês recém nascidos, que necessitam de cuidados especiais e alimentação leve. São presas fáceis dos falsos mestres e, se não ficarmos atentos, eles serão levados por ventos de doutrinas. 


2. Permanecendo firme nas Sagradas Letras (v.15). Paulo recomendou a Timóteo que permanecesse naquilo que aprendeu, que eram as Sagradas Letras. A fonte das instruções que Timóteo recebeu eram as Escrituras e os seus instrutores eram pessoas tementes a Deus. O jovem Timóteo teve o privilégio de crescer em lar onde havia instruções da Palavra de Deus, apesar do seu pai não ser judeu. Tanto a sua mãe, como a sua avó, não descuidaram da educação religiosa da criança. Eu louvo a Deus, pois também tive este privilégio. Os meus pais se converteram quando eu tinha apenas cinco anos e, com eles, eu aprendi desde cedo as Sagradas Letras. O meu pai foi o meu primeiro professor da Escola Dominical. 


O lar cristão é o ambiente propício para se ensinar a Palavra de Deus aos nossos filhos. A Igreja local, principalmente o pastor e o professor da Escola Dominical, tem a responsabilidade de ensinar a Palavra de Deus aos crentes. Entretanto, o ensino da Palavra de Deus deve começar em casa. É de responsabilidade dos pais ensinar aos seus filhos a Palavra de Deus. Nos textos de Deuteronômio 6.4-8 e 11.18,19, o Senhor fala para os pais ensinarem a Lei do Senhor aos filhos, assentados com eles à mesa, andando com eles no caminho, ao deitar e ao levantar.


No Livro de Provérbios também há várias referências recomendando aos pais que instruam os seus filhos, mostrando-lhes o caminho em que devem andar. O texto mais conhecido é Provérbios 22.5 que diz: “Instrui à criança no caminho em que deve andar e quando envelhecer não se desviará dele”. Este texto nos mostra que os pais têm a responsabilidade de ensinar a Palavra de Deus aos filhos. Este ensino, no entanto, não deve ser apenas teórico. Os pais devem ensinar os filhos “no caminho” e não “sobre o caminho”. Isto significa que devem ensinar, andando também no caminho.


Os nossos filhos passam várias horas por dia expostos a vários tipos de ensinos perniciosos e a práticas que contrariam a Palavra de Deus. Por isso, precisamos gastar tempo com eles, para orar, ler a Bíblia e ensiná-los a ter um relacionamento com Deus. Não podemos negligenciar esta responsabilidade, ou deixá-los apenas a cargo da Igreja. Infelizmente, muitos pais crentes não se preocupam com a salvação dos seus filhos e não lhes ensinam a Palavra de Deus. Depois que os filhos crescem e dão trabalho ficam se perguntando onde erraram.


3. A Bíblia é divinamente inspirada. Depois de recomendar a Timóteo que permanecesse naquilo que aprendeu, que eram as Sagradas Letras, sabendo de quem as tinha aprendido: da sua mãe e avó, e do próprio Paulo, nos versículos 16 e 17, na versão Almeida Revista e Corrigida, o apóstolo fala da inspiração divina das Escrituras, dizendo: “Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra”. 


As versões Almeida Revista e Atualizada, Nova Almeida Atualizada, Almeida Revista e Corrigida Fiel, traduzem a primeira parte do versículo 16 assim: “Toda a Escritura é divinamente inspirada…”. A Nova Versão Internacional e Nova Versão Transformadora, dizem: “Toda a Escritura é inspirada por Deus…”. A palavra grega usada por Paulo, traduzida por “inspirada por Deus” é “theopneustos”. É a junção dos termos gregos: “Theos” (Deus) e “pneõ” (sopro), significando literalmente “soprada por Deus”. Toda a Bíblia foi inspirada por Deus e não apenas algumas partes, como prega a teologia liberal. Não há um livro ou texto mais inspirado do que outros. 


Há várias teorias erradas a respeito da inspiração divina da Bíblia. A teoria correta, que a Assembleia de Deus adota, é chamada de inspiração verbal plenária. Esta teoria afirma que o Espírito Santo, agiu sobre os escritores da Bíblia e os conduziu na transcrição daquilo que Deus queria que fosse escrito. Esta ação do Espírito Santo manteve a inerrância das Escrituras e deu-lhe a autoridade divina. A inspiração verbal significa que todas as palavras da Bíblia são inspiradas por Deus. Por outro lado, a inspiração bíblica também é plenária, pois, todo o texto bíblico foi inspirado por Deus e não apenas algumas palavras. Sendo assim, rejeitamos as ideias da teologia liberal que afirma que a Bíblia não é a Palavra de Deus, mas, "contém a Palavra de Deus". 


REFERÊNCIAS:

 

SOARES, Esequias. Em defesa da Fé Cristã: Combatendo as antigas heresias que se apresentam com nova aparência. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2025. 

Revista Ensinador Cristão. RIO DE JANEIRO: CPAD, Ed. 100, 2025, p. 42.

Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. 1ª Edição. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2013, pp.1715.

Bíblia de Estudo Apologia Cristã. 1ª Edição. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2017, p.1930.

27 março 2025

DIANTE DAS HERESIAS É PRECISO PERSEVERANÇA

(Comentário do 1º tópico da Lição 13: Perseverando na Fé em Cristo)

Ev. WELIANO PIRES

No primeiro tópico, veremos que é preciso perseverar diante das heresias. Inicialmente, falaremos dos falsos mestres mencionados por Paulo nas duas Epístolas a Timóteo, que eram os gnósticos e os judaizantes. Na sequência, falaremos da experiência do apóstolo Paulo nas perseguições, vindas dos judeus e dos falsos irmãos. Falaremos também do significado do verbo “querer” usado por Paulo, quando disse: “todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições” (2Tm 3.12). Por último, falaremos das características dos enganadores, mencionados por Paulo em 2 Timóteo 2.13.


1. Os falsos mestres. O jovem Timóteo aparece pela primeira vez na Bíblia na segunda viagem missionária de Paulo após a sua separação de Barnabé. Nesta viagem, Paulo seguiu na companhia de Silas. Ao chegar à cidade de Listra, encontrou ali Timóteo e resolveu levá-lo consigo para a missão: “E chegou a Derbe e Listra. E eis que estava ali um certo discípulo por nome Timóteo, filho de uma judia que era crente, mas de pai grego; Do qual davam bom testemunho os irmãos que estavam em Listra e em Icônio”. (At 16.1-3).  A partir deste momento Timóteo tornou-se companheiro de Paulo em suas viagens e um dos obreiros mais próximos, junto com Silas. 


O apóstolo enviou duas epístolas pastorais ao jovem Timóteo, dando-lhe as instruções necessárias para o desenvolvimento do seu ministério. Após ser libertado da sua primeira prisão em Roma, Paulo deixou Timóteo como pastor em Éfeso, por volta de 63 d.C. Pouco tempo depois, enviou-lhe a primeira epístola, com o objetivo de auxiliar o jovem pastor na difícil tarefa de lidar com as heresias dos falsos mestres, além de fornecer instruções sobre as qualificações e responsabilidades dos bispos, presbíteros e diáconos. 


A segunda epístola foi escrita entre 66 e 67 d.C., quando Paulo se encontrava preso em Roma, na sua segunda prisão, chamada de “Prisão Mamertina”, que era uma masmorra úmida e fria, da qual o apóstolo tinha convicção de que não sairia mais. A segunda epístola a Timóteo é uma carta de despedida do apóstolo, onde ele prevê o seu martírio e faz vários alertas ao seu filho na fé, sobre a apostasia que viria nos últimos dias. 


Os dois grupos heréticos que mais incomodavam a Igreja onde Timóteo pastoreava, eram os gnósticos e os judaizantes. Os gnósticos eram uma mistura de judaísmo com filosofia grega. Se achavam detentores de um suposto conhecimento superior e ensinavam um dualismo entre matéria e espírito. Consideravam que a matéria é essencialmente má e o espírito é bom. Paulo se  referiu a estes hereges gnósticos como a “falsamente chamada ciência” (1Tm 6.20). O apóstolo João, conforme vimos em lições anteriores, combateu fortemente o gnosticismo. 


Os judaizantes, eram judeus que aderiram à fé cristã, mas enxergavam o Cristianismo como se fosse mais um seita judaica. Por isso, insistiam na exigência de guardar a Lei para serem salvos.  Paulo usou as seguintes expressões para se referir aos judaizantes: “falsos doutores da lei” (1Tm 1.7), da “circuncisão” (Tt 1.10) e as “fábulas judaicas” (Tt 1.14). Os judaizantes eram inimigos ferrenhos do apóstolo Paulo, pois ele pregava a Salvação pela Graça e a Justificação pela fé, independente das obras da lei.


Paulo não se refere aqui aos falsos mestres de outras religiões, assumidamente anticristãs. A referência aqui é aos falsos mestres que estão entre nós, disfarçados de cristãos. Estes são mais perigosos, pois, eles se disfarçam de verdadeiros ensinadores, e estão infiltrados entre os obreiros, como se fossem um de nós. Não podemos entregar o púlpito das nossas Igrejas para qualquer pessoa falar, sem saber a procedência. Mesmo os que são do nosso meio, precisam ter os seus ensinos avaliados cuidadosamente, à luz da Palavra de Deus. Quem poupa o lobo, sacrifica as ovelhas.


2. A experiência apostólica (vv.10,11). Nos versículos 10 e 11 de 2 Timóteo 3, Paulo elogia a perseverança de Timóteo na doutrina que ele lhe ensinou, no seu modo de viver e nas perseguições e aflições que ele sofreu em sua jornada ministerial. As perseguições mencionadas por Paulo, que aconteceram em Antioquia, em Icônio e em Listra, como explicou o comentarista, aconteceram durante a sua primeira viagem missionária com Barnabé (At 13.8-12,50; 14.5-7,19).


Nestas perseguições, Timóteo ainda não fazia parte da equipe missionária, pois ele foi chamado por Paulo em sua segunda viagem missionária, como vimos no subtópico anterior. Entretanto, ele era um crente da cidade de Listra e, certamente, ouviu falar e até presenciou algumas destas perseguições que Paulo sofreu. Além disso, depois que se tornou companheiro de missões do apóstolo Paulo, o próprio Timóteo sofreu também perseguições. 


A experiência de obreiros maduros é muito importante para o desenvolvimento espiritual dos mais novos. O ministério não é desenvolvido apenas na teoria, através do estudo teológico. Ele precisa ser desenvolvido na prática, através da oração, provações e perseguições. Infelizmente, em nossos dias muitos obreiros novos, por terem um certo conhecimento, desprezam a experiência dos anciãos e querem pular etapas. Querem começar o ministério liderando, sem nunca terem sido liderados. 


A experiência como auxiliar é fundamental para o momento em que assumirmos a direção de um trabalho. Josué serviu a Moisés até o fim da vida dele e aprendeu muito. Quando Deus o chamou, ele estava pronto para assumir o lugar de Moisés e colocar em prática tudo o que aprendeu com o seu líder. É muito importante também, ao assumirmos um trabalho, respeitar a história e o legado deixado pelo nosso antecessor. Um obreiro deve dar continuidade ao trabalho que recebeu e não destruir o que foi construído


3. Entendendo o “querer” (v.12). Aqui, o comentarista que é um excelente exegeta, faz uma exegese do verbo grego traduzido querer no versículo 12. O texto diz o seguinte: “E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições”. Ele explica que o verbo “querer” aqui é muito mais que apenas desejar. Significa uma resolução, ou um firme propósito de servir a Deus de todo o coração. 


Viver em Cristo Jesus significa exatamente ter a vontade de Deus como único objetivo em sua vida. Falando sobre isso, Jesus disse: “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me. Porque, qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas qualquer que, por amor de mim, perder a sua vida, a salvará”. A vida cristã não é um mar de rosas, como os triunfalistas e teólogos da prosperidade apregoam. Jesus não nos chamou para crer nele e viver só de vitórias neste mundo. Fomos chamados para andar na contramão deste mundo e padecer pelo Evangelho. 


O apóstolo Paulo, viveu isso após a sua conversão e declarou: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a pela fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim”. (Gl 2.20). Quem se converte a Cristo de verdade não tem mais vontade própria, submete-se inteiramente à vontade de Deus para a sua vida. Quem decide viver a vontade de Deus em um mundo que jaz no maligno, certamente, será perseguido. 


As perseguições por causa do Evangelho devem ser motivo de alegria e não de reclamação. Falando disso, no Sermão do Monte, Jesus disse: “Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós”. (Mt 5.11,12). 


Entretanto, é preciso separar perseguições por causa do Evangelho, de “mimimi” de crente mimado e de confusões que a própria pessoa procura. O apóstolo Pedro também falou sobre isso e disse que é coisa agradável sofrer perseguições injustamente, por causa da consciência para com Deus. Mas ele completou dizendo: “Que glória será essa, se, pecando, sois esbofeteados e sofreis? Mas se, fazendo o bem, sois afligidos e o sofreis, isso é agradável a Deus”. (1 Pe 2.20). Portanto, não vamos chamar de perseguição, as consequências dos nossos pecados. 


4. Características dos enganadores (v.13). No versículo 13, Paulo se refere aos falsos mestres como “enganadores”: “Mas os homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados”. O verbo grego traduzido por “enganadores” é “goēs”, que provém da literatura grega e significa “embusteiro, impostor, feiticeiro, charlatão, encantador”. De fato, esta palavra se aplica perfeitamente aos falsos mestres, pois a sua principal característica é o engano, a falsificação e a mentira. 


O apóstolo Pedro, em sua segunda epístola, também alertou contra os falsos mestres que iriam surgir e mostrou algumas características deles, que podem facilitar a sua identificação quando surgirem entre nós. Evidentemente, para ser um falso mestre não é preciso ter todas estas características. Uma ou duas delas são suficientes para serem considerados falsos mestres (2 Pe 2.1-3): 


a. Surgirão “entre vós”. Os falsos mestres são inimigos internos. Não são necessariamente os que estão fora do Cristianismo. Estes nós já sabemos quem são. O perigo maior são os de dentro, que se apresentam um de nós. 

b. Introduzirão encobertamente heresias de perdição. Ensinam doutrinas contrárias às Escrituras. O nosso padrão, parâmetro, régua (cânon) é a Palavra de Deus. Quem ensina doutrinas antibíblicas é lobo. 

c. Negarão o Senhor que os resgatou. Os falsos mestres costumam negar a Cristo, seja com palavras ou com atitudes. A intenção deles é buscar glórias e benefícios para si mesmos e não glorificar a Deus.

d. Terão vida dissoluta. Normalmente, falsos mestres têm conduta pervertida, imoral e contrária aos padrões bíblicos. Se alguém adota práticas que a Bíblia condena, é lobo disfarçado de ovelha. 

e. Serão avarentos. Tudo o que fazem é visando obter vantagens financeiras. Devemos ter muito cuidado com pessoas cujos objetivos são o enriquecimento e o poder. 

f. Farão de vós na Igreja um negócio. Todo obreiro que faz da Igreja uma negócio, ou forma de enriquecer é lobo. Já existem até obreiros vendendo a Igreja para outros ministérios (de porteira fechada). 

g. Usarão palavras fingidas. Os falsos mestres sempre fingem ser o que não são, com palavras bonitas e persuasivas.


REFERÊNCIAS: 

SOARES, Esequias. Em defesa da Fé Cristã: Combatendo as antigas heresias que se apresentam com nova aparência. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2025. 

Revista Ensinador Cristão. RIO DE JANEIRO: CPAD, Ed. 100, 2025, p. 42.

Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. 1ª Edição. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2013, pp.1715.

Bíblia de Estudo Apologia Cristã. 1ª Edição. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2017, p.1930


26 março 2025

RESUMO DO 1º TRIMESTRE DE 2025 LIÇÕES BÍBLICAS / ADULTOS

TÍTULO: Em defesa da Fé Cristã: Combatendo as antigas heresias que se apresentam com nova aparência.

COMENTARISTA: Pr. Esequias Soares da Silva. 

Presidente da Assembléia de Deus, Ministério do Belém, em Jundiaí/SP; graduado em hebraico pela Universidade de São Paulo e mestre em Ciências da Religião pela Universidade Presbiteriana Mackenzie; professor de Hebraico, Grego e Apologia Cristã; comentarista de Lições Bíblicas há vários anos; autor de diversos livros, entre eles: O Ministério Profético na Bíblia, Manual de Apologética Cristã e Visão Panorâmica do Antigo Testamento, todos publicados pela CPAD; Presidente da Comissão de Apologética Cristã da CGADB (Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil); Presidente do Conselho Deliberativo da Sociedade Bíblica do Brasil; Foi o Presidente da Comissão Especial que elaborou a Declaração de Fé das Assembléias de Deus no Brasil em 2016.

INTRODUÇÃO

Neste primeiro trimestre de 2025, estudamos o tema apologética cristã. Estudamos treze lições sobre as heresias que ameaçaram a Igreja Cristã nos primeiros séculos da sua existência e foram combatidas pelos apologistas. Estes falsos ensinos ressurgem na atualidade, como roupagem nova e, muitas vezes, de forma dissimulada. 

Estas heresias surgem atualmente não apenas do lado externo da Igreja, através de grupos heterodoxos, mas também no seio da Igreja através dos falsos ensinos propagados por falsos obreiros do nosso meio, principalmente na internet. Neste aspecto, o perigo é maior para a Igreja, pois muitos cristãos incautos aceitam tais ensinos como se fossem doutrina bíblica.

O Pr. Esequias Soares adotou um padrão muito interessante neste trimestre: Primeiro apresentou uma doutrina bíblica, depois as heresias do passado contra esta doutrina e por último, mostrou como esta heresia se apresenta na atualidade.  

Ao longo destas treze lições, reafirmamos os principais pontos doutrinários que foram ameaçados nos primórdios da Igreja como a divindade de Cristo, a humanidade de Cristo, a Santíssima Trindade, as naturezas humana e divina de Cristo, a pessoa do Espírito Santo, a corrupção geral do ser humano, entre outros. Simultaneamente, apontamos os falsos ensinos contras estas doutrinas bíblicas no passado e no contexto atual, apresentando as respectivas respostas bíblicas.

RESUMO DAS LIÇÕES 

LIÇÃO 1: QUANDO AS HERESIAS AMEAÇAM A UNIDADE DA IGREJA

Nesta primeira lição, tivemos uma lição introdutória aos assuntos que foram expandidos durante o trimestre. Vimos os alertas dos apóstolos Paulo e Pedro, de forma profética, a respeito dos falsos mestres que surgiriam no seio da Igreja Cristã. Tanto Pedro como Paulo não se referiam aos ensinos das religiões não cristãs e sim, aos ensinos perniciosos propagados por falsos mestres ou “lobos vorazes”, expressão usada por Paulo, que agiria dentro da própria comunidade cristã. A lição nos apresentou as definições dos termos apologética, seita e heresia. 

No primeiro tópico, falamos a respeito das ameaças dos falsos mestres, a quem o apóstolo Paulo chamou de “lobos vorazes”. Tendo como base o texto de Atos 20.28-30. Destacamos três pontos do discurso de Paulo aos líderes da Igreja de Éfeso, pouco tempo antes da sua prisão no Templo em Jerusalém: Os cuidados pastorais (V.28), depois da minha partida (v.29) e a origem dos falsos mestres (v.30).

No segundo tópico, analisamos o texto de 1 Pedro 3.15,16. Tomando como base o versículo 15, onde o apóstolo Pedro fala da necessidade de estarmos “preparados para responder (Gr. Apologia) a qualquer um que pedir a razão da nossa esperança”, estudamos o conceito de Apologética. Na sequência, vimos a que tipo de defesa o apóstolo Pedro se refere no versículo 16. Por último, responderemos à pergunta: Por que devemos combater as heresias?. 

No terceiro tópico, o comentarista nos apresentou o conceito bíblico de heresias. Inicialmente, falamos dos significados das palavras seitas e heresias no texto bíblico e também na atualidade. Na sequência, falamos do termo grego hairesis no Novo Testamento. Por, discorremos sobre o significado da expressão “heresias de perdição”, usada pelo apóstolo Pedro em 2 Pedro 2.1.

LIÇÃO 2: SOMOS CRISTÃOS

Nesta lição vimos os alertas dos apóstolos no primeiro século para preservar a Igreja dos judaizantes, que insistiam no ensino de que os gentios convertidos à fé cristã precisavam guardar os rituais da Lei Mosaica, como a circuncisão, a guarda do sábado e a abstinência de certos tipos de alimentos. Vimos também como esta tendência se manifesta atualmente em alguns grupos que se dizem cristãos, mas querem “costurar o véu do templo” e voltar à Antiga Aliança. 

No primeiro tópico, falamos da prevenção do apóstolo Paulo contra a tendência judaizante. Falamos da subida de Paulo a Jerusalém por orientação divina, catorze anos após a sua conversão, onde ele se reuniu com os apóstolos. Na sequência, falamos do objetivo desta reunião que, provavelmente, teve ligação com a profecia de Ágabo sobre a fome e não deve ser confundida com o primeiro concílio da Igreja de Jerusalém. Por último, falamos do caso de Tito, que os judaizantes queria que ele fosse circuncidado, mas Paulo não aceitou, pois ele não era judeu. 

No segundo tópico, falamos das tendências judaizantes no início da Igreja Cristã. Falamos do espanto do apóstolo Paulo diante da mudança rápida dos crentes da Galácia para o evangelho judaizante. Na sequência, vimos quem eram judaizantes daquela época e as suas características. Por último, falamos do clima de tensão de Paulo e Barnabé contra os judaizantes, que entraram na reunião sem serem convidados e os pressionaram perante os demais apóstolos.

No terceiro tópico, falamos da tendência judaizante nos dias atuais. Vimos que o Evangelho é um só e que as expressões “Evangelho da circuncisão” e “Evangelho da incircuncisão”, usadas por Paulo, são meramente formas de apresentação, pois a mensagem é a mesma. Na sequência, falamos do perigo da tendência judaizante que além de ameaçar a liberdade cristã, pode reduzir o Cristianismo a uma mera seita judaica. Por último, falamos das práticas judaizantes da atualidade. Certos grupos que se dizem evangélicos querem introduzir no meio da Igreja costumes e práticas judaicas, como a guarda do sábado, observância de leis dietéticas e usos de elementos da cultura judaica. 

LIÇÃO 3: A ENCARNAÇÃO DO VERBO

Nesta lição, estudamos a doutrina bíblica da humanidade de Jesus, denominada de “Encarnação do Verbo”. Durante o ministério terreno de Jesus, os seus discípulos tinham dúvidas sobre a sua identidade. Pensavam que Ele fosse um profeta levantado por Deus, para libertar Israel do domínio estrangeiro. Mas, nunca tiveram dúvidas sobre a sua humanidade, pois conviveram com Ele por três anos. Somente após a sua ressurreição e assunção aos céus, eles compreenderam que realmente Ele era o Filho de Deus.

No primeiro tópico, apresentamos as heresias que negavam a corporeidade de Cristo nos primórdios da Igreja. Falamos da mais antiga delas, que era chamada de Docetismo, palavra derivada do grego dokeo, que significa ter aparência. Os docetas ensinavam muitas coisas contrárias às Escrituras e negavam que Jesus tivesse um corpo físico. Neste tópico, vimos também alguns detalhes descritos no Evangelho segundo Lucas, que comprovam a humanidade de Jesus. Por fim, vimos o que os principais docetas diziam sobre Jesus, entre eles, Cerinto, Saturnino e Marcião. Apresentamos também textos bíblicos que contestam estas heresias.  

No segundo tópico, vimos as afirmações dos apóstolos sobre a humanidade de Jesus. Falamos do significado da expressão “o que era desde o princípio”, usada por João, para afirmar a eternidade de Jesus, e a expressão “o Verbo de fez carne e habitou entre nós” que afirma que Jesus se humanizou e foi visto pelas pessoas. Na sequência, falamos da reafirmação apostólica da humanidade de Jesus, expressa no Credo apostólico, que diz: “Padeceu sob Pôncio Pilatos”. Por fim, falamos da crença herética de Cerinto, que negava o nascimento virginal de Cristo e a sua humanidade. Esta heresia foi refutada principalmente pelo apóstolo João em seus escritos. 

No terceiro tópico, vimos como estas heresias se apresentam na atualidade. Falamos das heresias dos Mórmons e Igreja da Unificação que, segundo o comentarista, negam o nascimento virginal de Jesus e são a versão moderna da heresia de Cerinto. O Mormonismo e a Igreja da Unificação tem muitas heresias de perdição, porém, em seus escritos oficiais não negam o nascimento virginal de Cristo. Na sequência, falamos das heresias modernas que negam a crucificação e ressurreição de Jesus, propagadas pelo Islamismo. Por fim, falamos da confirmação histórica da morte de Jesus por historiadores que não eram cristãos, como Flávio Josefo e Tácito. 

LIÇÃO 4: DEUS É TRINO

Nesta lição estudamos a doutrina bíblica da Santíssima Trindade e tratamos de três heresias principais contra esta doutrina que são: o Unicismo, o Unitarismo e o Triteísmo. As duas primeiras receberam vários nomes, de acordo com os seus propagadores e as suas variações. Nesta lição abordamos o Unicismo e o Unitarismo, que são heresias que se manifestam na atualidade com roupagens novas. 

No primeiro tópico, vimos como a Bíblia apresenta a Trindade. Inicialmente, vimos que não há nenhuma incompatibilidade entre a doutrina da Trindade e o monoteísmo judaico-cristão. Na sequência, falamos das evidências da Trindade nos textos do Antigo Testamento. Por último, falamos da revelação da doutrina da Trindade nos textos do Novo Testamento e nos credos da Igreja Cristã. 

No segundo tópico, falamos das duas heresias antigas contra a doutrina da Trindade que são o Unicismo e o Unitarismo. Vimos o que é o Unicismo, como ele era conhecido nos primeiros séculos da Igreja e quais foram os principais heresiarcas deste movimento. O comentarista não falou a respeito da heresia do Unitarismo, pois ele será tratado na próxima lição. Por último, apresentamos as contestações bíblicas a estas heresias. 

No terceiro tópico, falamos dos movimentos unicistas da atualidade que pregam contra a  Trindade. Inicialmente, falamos do problema de grupos que se autodenominam evangélicos pentecostais, mas que ensinam o Unicismo de forma sutil e se infiltram em nosso meio, como o Grupo Voz da Verdade e a Igreja Tabernáculo da fé. Na sequência, fizemos uma reflexão bíblica sobre pessoas que se converteram ouvindo músicas de grupos unicistas e outras que dizem sentir-se bem ao ouvi-las. Por último, falamos da posição oficial da nossa Igreja sobre o Unicismo, apresentando o que diz a nossa Declaração de fé e o manifesto oficial da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil sobre o assunto. 

LIÇÃO 5: JESUS É DEUS 

Nesta lição falamos a respeito da divindade do Senhor Jesus, que nos foi revelada no Antigo e no Novo Testamento. No Antigo Testamento, mais de setecentos anos antes de Cristo nascer, o profeta Isaías profetizou que Ele seria chamado “Emanuel”, que traduzido é “Deus conosco”, “Deus forte”, e “Pai da Eternidade”. O apóstolo João foi enfático ao afirmar que “o Verbo era Deus” (Jo 1.1). Além disso, em vários textos bíblicos os atributos exclusivos de Deus são atribuídos ao Senhor Jesus, uma prova inequívoca de que Ele é Deus.

Os primeiros a negar que Jesus é Deus foram os ebionitas, que diziam que Ele era apenas um homem bom, mas não era divino. Depois vieram os monarquistas dinâmicos, também chamados de adocionistas, que diziam que Jesus era um homem comum, filho de José e Maria, que foi adotado por Deus no batismo e recebeu poderes divinos. Por fim, em 318 d.C. surgiu o Arianismo, que ensinava que Jesus foi a primeira criatura de Deus e houve um tempo em que Ele não existia. 

No primeiro tópico, estudamos a doutrina bíblica da divindade do Senhor Jesus. Analisamos vários textos bíblicos que mostram claramente que Jesus é Deus como João 1.1; Jo 20.28; Fp 2.6; Cl 2.2; Tt 2.13; 2 Pe 1.1 e 1 Jo 5.20). Diante de tantos textos que afirmam que Jesus é Deus, não há como negar esta verdade, sem negar ou deturpar as Escrituras. Na sequência, vimos que os atributos absolutos ou exclusivos de Deus são atribuídos a Cristo, em vários textos bíblicos, o que prova que Jesus é Deus. 

No segundo tópico, falamos da principal heresia que negava a divindade de Cristo nos primeiros séculos da Igreja, que era chamada de Arianismo. Trouxemos informações históricas sobre o presbítero Ário de Alexandria, que abalou os fundamentos da Igreja com esta heresia e tinha muitos seguidores. Na sequência falamos das explicações de Ário e seus seguidores para negar a divindade de Cristo. Por fim, mostramos as explicações bíblicas para as controvérsias do Arianismo. 

No terceiro tópico, falamos das implicações do Arianismo na atualidade. Falaremos das adulterações do texto bíblico feitas na Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas, versão usada somente pelas Testemunhas de Jeová, com um objetivo de adequar a Bíblia às suas heresias. Na sequência, falamos de alguns movimentos religiosos orientais que são panteístas e também negam a divindade de Cristo. Por último, falamos de outros grupos religiosos da atualidade que também negam a divindade de Cristo, especialmente o Islamismo e as religiões reencarnacionistas.

LIÇÃO 6: O FILHO É IGUAL COM O PAI

Esta lição é uma continuidade do tema estudado na lição anterior. A Bíblia nos mostra que Ele é igual ao Pai e ao Espírito Santo. Com base no texto de João 10.30, onde Jesus disse: “Eu e o Pai somos um”, falamos da igualdade entre o Pai e o Filho. Durante o ministério terreno de Jesus, várias vezes os judeus tentaram apedrejá-lo, quando Ele dizia que era Filho de Deus, o que eles consideravam ser uma blasfêmia, pois entendiam, que isso significa ser igual a Deus. Nos primeiros séculos da Igreja Cristã, surgiu uma heresia chamada subordinacionismo, que embora cresse na divindade de Jesus, ensinava que Ele é um deus secundário, subordinado ao Pai.

No primeiro tópico, falamos da doutrina bíblica da relação do Filho de Deus com o Pai. Vimos o conceito de filho no pensamento judaico, com os exemplos de filho do homem, filhos dos profetas, filhos de Belial, etc. Na sequência, falamos do significado teológico de “ser filho” na Bíblia, que não significa necessariamente filiação biológica, mas, igualdade de natureza e de substância. Por último, vimos o significado da expressão “o Filho de Deus”, em relação a Jesus, que é o tema predominante no Evangelho segundo João. 

No segundo tópico, falamos da heresia do subordinacionismo, que ensinava que o Filho era subordinado ao Pai e o Espírito Santo era subordinado ao Filho. Segundo o comentarista, esta heresia teve a sua origem em Orígenes, que viveu entre os anos 185 e 254 d.C. Entretanto, vários especialistas dizem que Orígenes não defendia isso, mas os seus opositores o acusavam desta heresia. Falamos também do subordinacionismo no período pré-niceno, ou seja, antes do Concílio de Nicéia, em 325 d.C., que condenou o Arianismo. Por fim, falamos dos métodos usados pelos subordinacionistas, que usavam textos que se referiam à humanidade de Jesus, isoladamente, para negar a igualdade entre Jesus e o Pai.

No terceiro tópico, vimos como o subordinacionismo se apresenta atualmente. Falamos desta heresia no contexto islâmico, que negam que Jesus é o Filho de Deus, pois consideram isso uma blasfêmia. Os muçulmanos reduzem Jesus a um mero profeta, inferior a Muhammad. Na sequência, vimos como esta heresia se apresenta através das Testemunhas de Jeová, que ensinam que Jeová é o Deus Todo-poderoso e Jesus, que é um deus menor, apenas poderoso.  

LIÇÃO 7: AS NATUREZAS HUMANA E DIVINA DE JESUS

Nesta lição estudamos a doutrina bíblica das duas naturezas de Cristo: a humana e a divina. Jesus Cristo é, ao mesmo tempo, plenamente humano e plenamente divino. Ele não deixou de ser Deus ao tomar a forma humana e não deixou de ser homem depois que ressuscitou. Seguindo o modelo adotado neste trimestre, vimos as heresias antigas contra essa doutrina e como elas se manifestam na atualidade. 

No primeiro tópico, vimos o ensino bíblico a respeito da dupla natureza de Jesus. Vimos o significado da expressão “da descendência de Davi segundo a carne”, usada pelo apóstolo Paulo em Romanos 1.3. Na sequência falamos da expressão “declarado Filho de Deus em poder”, usada também por Paulo em Romanos 1.4. Por último, falamos da mensagem do antigo hino Cristológico que está em Filipenses 2.5,6.  

No segundo tópico, falamos das heresias contra o ensino bíblico da dupla natureza de Cristo. Primeiro vimos quem foi Nestório. Na sequência falamos da heresia do Nestorianismo, que defendia que as duas naturezas de Cristo são, na verdade, duas pessoas: uma divina e uma humana. Falamos também da heresia chamada Monofisismo, defendida por Êutico ou Eutiques. Por último, falamos das resoluções do Concílio de Calcedônia que condenou estas heresias. 

No terceiro tópico, vimos o perigo destas heresias na atualidade. Falamos do monofisismo atual, que tem roupagens novas através das tradições siro-monofisita ou joacobista. Na sequência, falamos da heresia do kenoticismo, que vem da palavra grega kenoō, que significa “esvaziar”. Por último, falamos da Mariolatria, que se desenvolveu no Catolicismo Romano.

LIÇÃO 8: JESUS VIVEU A EXPERIÊNCIA HUMANA

Nesta lição, estudamos os aspectos da experiência humana do Filho de Deus, que veio a este mundo, tomou a forma humana e viveu por 33 anos na terra de Israel. Ele não viveu como um monge, isolado da sociedade, mas teve uma vida social e religiosa, interagindo com as pessoas. 

No primeiro tópico, falamos da experiência humana no ministério de Jesus. Falamos dos debates com as autoridades religiosas de Israel: Fariseus, saduceus e os herodianos, que eram os seus principais opositores e buscavam meios de apanhá-lo em alguma falha para o condenarem à morte. Na sequência, falamos da vida social e religiosa de Jesus, através da escolha dos discípulos, do seu relacionamento com parentes e amigos e da sua interação com pessoas de diversas classes sociais. Por último, falamos das características naturais de um ser humano que Jesus possuía. 

No segundo tópico, falamos das heresias que negavam a humanidade plena de Jesus. Falaremos da heresia do Apolinarismo, defendida por Apolinário, que viveu entre 310 e 392 d.C. e foi bispo de Laodicéia. Apolinário admitia que Jesus teve um corpo humano, mas negava que Ele teve um espírito humano. Na sequência falamos da reação da Igreja a esta heresia, através do Concílio da Calcedônia em 451 d.C. Por último, falamos do Monotelismo, uma heresia propagada pelo patriarca Sérgio de Constantinopla, que ensinava que Jesus tinha apenas uma vontade que era a divina. Este ensino foi considerado heresia no Terceiro Concílio de Constantinopla em 681 d.C. 

No terceiro tópico, vimos como estas heresias se apresentam nos dias atuais. Respondemos neste tópico à pergunta: Quais países Jesus visitou quando esteve entre nós? Isto porque o Movimento Nova Era e outros grupos esotéricos e ocultistas têm crenças bizarras sobre a vida humana de Jesus, alegando que Ele esteve em vários países que nunca foram mencionados na Bíblia. Na sequência vimos que Jesus era visto como alguém da comunidade de Israel e não como um estrangeiro. Os seus familiares, a sua maneira de viver e os seus ensinos pertencem à cultura judaica. 

LIÇÃO 9: QUEM É O ESPÍRITO SANTO

Nesta lição estudamos outra matéria muito importante da Teologia Sistemática, chamada de Pneumatologia, que deriva de dois termos gregos “pneuma” (espírito) e “logia” (estudo ou doutrina). A Pneumatologia ou Pneumagiologia, portanto, estuda a identidade, os atributos e a obra do Espírito Santo. 

Quem é o Espírito Santo? Ele é uma pessoa, ou uma força impessoal? O Espírito Santo é Deus? Ele possui atributos divinos? Quais são as heresias antigas e atuais sobre o Espírito Santo? Ao longo desta lição respondemos a estas questões e conhecemos um pouco mais sobre a Pessoa e Obra do Espírito Santo.

No primeiro tópico, falamos do Espírito Santo como o Consolador prometido por Jesus. Fizemos uma exegese da expressão “Outro Consolador”, usada por Jesus, quando prometeu aos seus discípulos que enviaria o Espírito Santo para que ficasse para sempre com eles. Na sequência abordamos o significado do termo grego Parakletos, usado por Jesus em João 16.7. Por fim, falamos do uso do termo Parakletos em outras partes do Novo Testamento. 

No segundo tópico, falamos da deidade, atributos e obras do Espírito Santo. Vimos as inúmeras referências bíblicas que comprovam que o Espírito Santo é Deus. Vimos ainda os atributos divinos do Espírito Santo revelados na Bíblia que comprovam a sua divindade. Por último, falamos das suas obras mencionadas na Bíblia, que também evidencia que Ele é igual ao Pai, porém Ele não é o Pai, como ensinam os unicistas.

No terceiro tópico, apresentamos as heresias antigas e novas sobre a pessoa do Espírito Santo. Falamos das heresias dos arianistas, tropicianos e pneumatropicianos, que foram heresias que surgiram no Oriente sobre o Espírito Santo. Seguindo o padrão das lições deste trimestre, vimos como estas heresias se apresentam na atualidade, através das Testemunhas de Jeová e no Islamismo. 

LIÇÃO 10: O PECADO CORROMPEU A NATUREZA HUMANA

Nesta lição estudamos sobre a Hamartiologia que é o estudo da doutrina do pecado. O homem foi criado à imagem e semelhança de Deus, perfeito e sem mácula em sua natureza, mas o pecado do primeiro casal distorceu esta imagem e interrompeu a relação entre o homem e o seu Criador. Esta doutrina bíblica foi contestada no passado pelo Pelagianismo e continua sendo negada por várias religiões da atualidade. Outras, não negam o pecado, mas ensinam que o ser humano pode livrar-se dele por obras ou esforços humanos, como veremos na próxima lição. 

No primeiro tópico, estudamos a doutrina bíblica do pecado e sua extensão.  Inicialmente falamos do autor do pecado que é a antiga serpente, identificada em Apocalipse, como o diabo e Satanás (Ap 12.9). Na sequência, falamos da expressão “foram abertos os olhos de ambos” (Gn 3.7), referindo-se ao primeiro casal que desobedeceu a Deus e perceberam a sua nudez. Falamos também da principal consequência da Queda do primeiro casal, que foi a transmissão da natureza pecaminosa a todo o gênero humano. Por fim, falamos da extensão do pecado, que corrompeu o ser humano em sua totalidade: espírito, alma e corpo. 

No segundo tópico, falamos da heresia que nega o advento do pecado. Discorremos sobre o Pelagianismo, uma heresia que surgiu no Século IV da Era Cristã e negava a universalidade do pecado, ensinando que o pecado de Adão atingiu apenas a ele próprio. Mostramos também a refutação bíblica a esta heresia. Por último, falamos da morte de Jesus em favor dos pecadores, mostrando a heresia do Islamismo que rejeita o necessidade do sacrifício de Cristo pelos pecados da humanidade. 

No terceiro tópico, falamos do perigo desta heresia para a vida do crente e da Igreja. Vimos os pensamentos pelagianistas da atualidade, que se manifestam nas religiões reencarnacionistas, na chamada Ciência Cristã e no Mormonismo. Por último, falamos do perigo da falta de conhecimento bíblico, que torna as pessoas vulneráveis diante de falsos ensinos que lhes parecem corretos, mas conduzem à perdição.

LIÇÃO 11: A SALVAÇÃO NÃO É OBRA HUMANA

Nesta lição vimos o ensino bíblico a respeito da Salvação. Esta doutrina é chamada de Soteriologia, palavra derivada de dois termos gregos: “soteria” (Salvação) e “logia” (estudo). Após a Queda da raça humana, todos os seres humanos nascem corrompidos pelo pecado e necessitam da Salvação. Uma das maiores discussões entre as religiões que não negam o advento do pecado é sobre o processo da salvação. 

No primeiro tópico, falamos da Salvação sob a Graça de Deus. Falamos da descrição do estado espiritual humano, com base nas expressões usadas pelo apóstolo Paulo em Efésios 2.1-3, para se referir à dura realidade do pecado. Na sequência, falamos da expressão “mortos em ofensas e pecados”, usada pelo apóstolo Paulo em Efésios 2.1,5, para se referir ao estado de queda espiritual do ser humano. Por último, fizemos uma exegese do texto de Efésios 2.8-10, que fala da Salvação como um dom de Deus, obtida pela Graça, mediante a fé.

No segundo tópico, falamos de algumas soteriologias inadequadas da antiguidade. A primeira delas é a doutrina da reencarnação, tão antiga quanto a humanidade, que originou-se no Hinduísmo e está presente em vários grupos religiosos. Na sequência, falamos dos galacionistas que é outro nome dado aos legalistas judaizantes opositores do apóstolo Paulo na província da Galácia. Por último falamos dos gnósticos, que tinham uma visão dualista do universo, o maniqueismo.

No terceiro tópico, falaremos das soteriologias inadequadas atuais. A primeira delas é o Islamismo, segundo o qual, se as boas ações de uma pessoa superarem as más, esta irá para o paraíso. Na sequência, falamos da soteriologia das Testemunhas de Jeová, a qual ensina, entre outras coisas, que a salvação não está em Cristo, mas na organização delas. Por último, falamos do confuso ensino do Mormonismo sobre a salvação. Eles creem numa salvação geral, na qual os não mórmons são castigados e depois liberados para a salvação; e numa perspectiva individual, em que a salvação é obtida pela fé em Jesus e pela obediência às leis e às ordenanças.

LIÇÃO 12: A IGREJA TEM UMA NATUREZA ORGANIZACIONAL

Nesta lição estudamos parte de uma matéria da teologia sistemática, chamada Eclesiologia, que é o estudo da Doutrina da Igreja. A Igreja de Cristo neste mundo tem duas dimensões: Ela é o corpo de Cristo, formada pelo conjunto de salvos de todos os lugares e épocas; mas ela é também uma organização humana, que se organiza como Igreja local e tem as suas instalações, regras e lideranças. 

No primeiro tópico, falamos de Tito e as Igrejas da Ilha de Creta. Apresentamos algumas informações biográficas de Tito, que era um filho na fé do apóstolo Paulo e seu companheiro fiel no ministério. Vimos que o apóstolo Paulo colocou Tito como pastor da Ilha de Creta, para que ele organizasse as coisas por lá e estabelecesse presbíteros em cada cidade. Por fim, falamos da Igreja de Creta e dos principais problemas existentes ali, razão pela qual o apóstolo Paulo deixou Tito lá. 

No segundo tópico, falamos da institucionalidade da Igreja no Novo Testamento. Primeiro analisaremos o teor das instruções paulinas a Tito para a Igreja de Creta. Na sequência, falamos do aspecto institucional da Igreja. Por último, falamos da organização da Igreja  Primitiva. No Novo Testamento há várias evidências de que a Igreja era organizada e não tinha nada de anarquia como ensina o movimento dos desigrejados. 

No terceiro tópico, falamos da necessidade de organização da Igreja nos dias atuais. Inicialmente falamos da Igreja como organismo e como organização, mostrando que um não exclui o outro. Na sequência falamos da experiência do Movimento Pentecostal que surgiu em um contexto de contestação da Igreja como organização, mas, pouco tempo depois, alguns viram a necessidade de se organizar para evitar o crescimento desordenado. Por último, falamos da necessidade que a Igreja tem de se organizar, para cumprir a sua missão, tomando como exemplo a história da Assembléia de Deus no Brasil.

LIÇÃO 13: PERSEVERANDO NA FÉ EM CRISTO

Nesta última lição, como conclusão do trimestre, falamos da necessidade de perseverança nas doutrinas bíblicas que abraçamos. É muito importante esclarecer que o verdadeiro Cristianismo tem a Bíblia como único manual de doutrina e prática. Não podemos jamais basear a nossa fé em escritos humanos, profecias e revelações, fora das Escrituras. Quando falamos em perseverança, no contexto desta lição, nos referimos à persistência em seguir a Bíblia Sagrada, como autoridade suprema para a nossa vida cristã. 

No primeiro tópico, vimos que é preciso perseverar diante das heresias. Inicialmente, falamos dos falsos mestres mencionados por Paulo nas duas Epístolas a Timóteo, que eram os gnósticos e os judaizantes. Na sequência, falamos da experiência do apóstolo Paulo nas perseguições, vindas dos judeus e dos falsos irmãos. Falamos também do significado do verbo “querer” usado por Paulo, quando disse: “todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições” (2Tm 3.12). Por último, falamos das características dos enganadores, mencionados por Paulo em 2 Timóteo 2.13.

No segundo tópico, falamos da recomendação de Paulo a Timóteo para permanecer naquilo que aprendeu: aprendendo, sendo inteirado e sabendo. Inicialmente, respondemos à pergunta: De quem Timóteo aprendeu as Sagradas Letras? O comentarista apresentou uma boa exegese do pronome relativo, “de quem”, usado pelo apóstolo Paulo. Na sequência, falamos da recomendação para que Timóteo permaneça firme nas Sagradas Letras, lembrando-se de quem foram os seus instrutores. Por fim, vimos que a Bíblia é divinamente inspirada e apresentaremos o significado da inspiração divina das Escrituras.

No terceiro tópico, falamos da importância de termos a Bíblia como fundamento. Falamos da autoridade dos apóstolos do Novo Testamento, considerando que os seus escritos são colocados no mesmo nível das Escrituras do Antigo Testamento. Na sequência, falamos da abrangência do termo “Escrituras” na Bíblia, que não se limita ao Antigo Testamento. Por último, falamos da Bíblia como o manual de Deus, a qual é “proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça”, qualquer pessoa, para toda boa obra.

CONCLUSÃO 

O estudo destas lições certamente nos agregou bastante conhecimento para a defesa da fé que professamos, tanto para nos prevenirmos pessoalmente dos enganos dos falsos mestres, como para defender a Igreja de Cristo destes enganos e alcançar os adeptos de grupos heterodoxos para Cristo. 

Deus os abençoe e até o próximo trimestre!

Ev. WELIANO PIRES 

AD-BELÉM/SÃO CARLOS-SP

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