24 fevereiro 2025

O CONSOLADOR

(Comentário do 1º tópico da Lição 09: Quem é o Espírito Santo) 

Ev. WELIANO PIRES


No primeiro tópico, falaremos do Espírito Santo como o Consolador prometido por Jesus. Faremos uma exegese da expressão “Outro Consolador”, usada por Jesus, quando prometeu aos seus discípulos que enviaria o Espírito Santo para que ficasse para sempre com eles. Na sequência abordaremos o significado do termo grego Parakletos, usado por Jesus em João 16.7. Por fim, falaremos do uso do termo Parakletos em outras partes do Novo Testamento. 


1- O outro Consolador (14.16). Pouco tempo antes da crucificação, Jesus falou aos seus discípulos que Ele seria entregue nas mãos dos pecadores e seria crucificado. Depois de três dias, Ele iria ressuscitar e voltar para o Pai. Eles ficaram tristes com essa informação, pois imaginavam que ficariam sem o Seu Mestre. Jesus, então, lhes disse: “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também”. (Jo 14.1-3). 


Mesmo com esta promessa de que Jesus voltaria, os discípulos não entenderam e continuaram tristes, pois pensavam que ficariam sozinhos, durante o período em que Jesus retornaria para o Pai. Nas últimas instruções aos seus discípulos, antes da sua morte, Jesus prometeu aos discípulos que eles não ficariam órfãos com a sua partida, pois, Ele enviaria "outro Consolador", que ficaria para sempre com eles: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre; O Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós.” (Jo 14.16,17).


O consolador prometido por Jesus seria alguém da mesma natureza dele. A palavra grega traduzida por “outro” neste texto é “allos”, que significa “outro” da mesma natureza. É diferente de “heteros”, que se refere a “outro diferente”, como nas palavras heterogêneo, heterodoxo e heterossexual. O “outro” Consolador prometido por Jesus, portanto, é alguém igual a Ele em natureza, caráter e poder, mas não é Ele, como dizem os unicistas. 


2- O Paracleto (16.7). A palavra grega usada por Jesus, traduzida por Consolador, é “parákletos”. Esta palavra é formada por dois termos gregos: “pará” (ao lado de) e “kaleo” (chamar, convocar). Significa, portanto, um defensor, advogado, intercessor ou ajudador, que foi chamado para representar outra pessoa no tribunal. Esta palavra já foi aportuguesada como Paracleto e significa “aquele que defende e protege outra pessoa; mentor, defensor, consolador”. 


A palavra portuguesa consolador é muito limitada para se referir à obra do Espírito Santo e não é a mais adequada. Embora o Espírito Santo também seja o nosso Consolador, a sua atuação vai muito além de consolar quem está triste. Algumas versões bíblicas traduzem o termo "parakletos" por “auxiliador” (NTLH), “Conselheiro” (NVI) e “Encorajador” (NVT). De fato, o Espírito Santo é também o nosso auxiliador, conselheiro e encorajador. Ele nos ajuda em nossas fraquezas e nas nossas orações (Rm 8.26); nos conforta, edifica e consola, através das profecias (1 Co 14.2); e também nos guia na obra de evangelização (At 16.6).


Na continuidade deste texto de João 14, Jesus descreve algumas ações que o Espírito Santo faria na vida dos seus discípulos: 

a) O Espírito da Verdade (Jo 14.17a). Isto significa que a sua atuação é sempre de acordo com a Palavra de Deus, que Ele mesmo inspirou. Todo ensino ou manifestação espiritual que contraria as Escrituras, não provém do Espírito de Deus. 

b) O mundo não pode receber (Jo 14.17b). O Espírito da Verdade só será dado àqueles que receberem a Cristo. Não existe a possibilidade da pessoa ser ímpio, blasfemo e herege e o Espírito Santo habitar nele. 

c) Ele ensina e faz lembrar (Jo 14.26). Tendo as mesmas características de Jesus, o Espírito Santo é também um ensinador. Ele nos ensina e nos capacita a entender as Escrituras, para a tarefa da evangelização. O Espírito Santo nos faz lembrar daquilo que Jesus ensinou. O seu ensino, portanto, não dispensa o estudo das Escrituras, como alguns sugerem por aí. Só podemos ser lembrados daquilo que já aprendemos.


3- Seu uso no Novo Testamento. Conforme nos mostrou o comentarista, a palavra "parakletos'' aparece cinco vezes no Novo Testamento e somente nos escritos do apóstolo João. Em quatro delas se refere ao Espírito Santo: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador [Parakletos], para que fique convosco para sempre; Mas aquele Consolador [Parakletos], o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito” (Jo 14.16,26); “Mas, quando vier o Consolador, que eu da parte do Pai vos hei de enviar, aquele Espírito de verdade, que procede do Pai, ele testificará de mim”. (Jo 15.26); “Todavia digo-vos a verdade, que vos convém que eu vá; porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, quando eu for, vo-lo enviarei”. (Jo 16.7). 


Apenas uma vez, o termo parakletos se refere a Jesus e foi traduzido na Versão Almeida Revista e Corrigida por “advogado”: “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado [Parakletos] para com o Pai, Jesus Cristo, o justo”.  (1Jo 2.1). Mais uma vez, temos aqui a igualdade do Espírito Santo com o Filho. Jesus disse que enviaria “outro consolador”, porque o Espírito Santo é igual a Ele, iria dar continuidade ao Seu Ministério neste mundo. Só pode ser enviado outro, se já houver um, senão seria enviar o mesmo. Jesus Cristo é o nosso parakletos diante do Pai (1 Jo 2.1), enquanto o Espírito Santo é o nosso Parakletos diante das perseguições e adversidades neste mundo. 


REFERÊNCIAS: 

SOARES, Esequias. Em defesa da Fé Cristã: Combatendo as antigas heresias que se apresentam com nova aparência. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2025. 
Revista Ensinador Cristão. RIO DE JANEIRO: CPAD, Ed. 100, 2025, p. 40..
Declaração de Fé das Assembleias de Deus. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2017, pp.67,68.
GILBERTO, Antônio. Teologia Sistemática Pentecostal. 1. Ed. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2008, p.175.
REVISTA LIÇÕES BÍBLICAS. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1º Trimestre 2021. 

Ele é Jesus, o Filho de Deus

Ele era o Verbo na eternidade
Uma das Pessoas da Trindade
Sendo Deus, Ele tudo criou
Sem Ele, nenhum ser se fez

Por amor, Ele se humanizou
E entre os humanos habitou
As agruras desta vida sofreu
E por nossos pecados morreu

A morte não conseguiu detê-lo
Pois, ninguém pode vencê-lo
Após três dias ressuscitou
E glorificado ao Céu voltou

Ele pagou o preço da redenção
Para nos livrar da condenação
Ele é Jesus, o Filho de Deus
Em breve virá buscar os seus.

Ev. Weliano Pires

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 09: QUEM É O ESPÍRITO SANTO


Ev. WELIANO PIRES

Depois de estudar 8 lições sobre a  Pessoa de Nosso de Nosso Senhor Jesus Cristo, nesta lição estudaremos outra matéria muito importante da Teologia Sistemática, chamada de Pneumatologia, que devida de dois termos gregos “pneuma” (espírito) e “logia” (estudo ou doutrina). Segundo o saudoso pastor Antonio Gilberto, o nome mais correto para esta matéria seria Pneumagiologia, de: “pneuma” (espírito) + “hagios” (santo) +.”logia” (estudo). 


A Pneumatologia ou Pneumagiologia, portanto, estuda a identidade, os atributos e a obra do Espírito Santo. Quando falamos da Doutrina do Espírito Santo, é preciso esclarecer que em relação a esta doutrina há três grupos entre as Igrejas que se declaram evangélicas: 

a) Os tradicionais ou cessacionistas. Acreditam que os dons do Espírito Santo se restringiram ao período apostólico e cessaram com a completude das Escrituras; 

b) Os pentecostais. Crêem na atualidade dos dons espirituais e no Batismo no Espírito Santo, como uma experiência subsequente à Salvação (A Assembleia de Deus pertence a este grupo);

c) Os neopentecostais. Crêem na atualidade dos dons espirituais, mas, dão ênfase à prosperidade financeira, e bem estar físico. Pregam a chamada teologia da prosperidade, confissão positiva e triunfalismo. 


Quem é o Espírito Santo? Ele é uma pessoa, ou uma força impessoal? O Espírito Santo é Deus? Ele possui atributos divinos? Quais são as heresias antigas e atuais sobre o Espírito Santo? Ao longo desta lição vamos procurar responder a estas questões e conhecer um pouco mais sobre a Pessoa e Obra do Espírito Santo.


No primeiro tópico, falaremos do Espírito Santo como o Consolador prometido por Jesus. Faremos uma exegese da expressão “Outro Consolador”, usada por Jesus, quando prometeu aos seus discípulos que enviaria o Espírito Santo para que ficasse para sempre com eles. Na sequência abordaremos o significado do termo grego Parakletos, usado por Jesus em João 16.7. Por fim, falaremos do uso do termo Parakletos em outras partes do Novo Testamento. 


No segundo tópico, falaremos da deidade, atributos e obras do Espírito Santo. Veremos as inúmeras referências bíblicas que comprovam que o Espírito Santo é Deus. Veremos ainda os atributos divinos do Espírito Santo revelados na Bíblia que comprovam a sua divindade. Por último, falaremos das suas obras mencionadas na Bíblia, que também evidencia que Ele é igual ao Pai, porém Ele não é o Pai, como ensinam os unicistas.


No terceiro tópico, apresentaremos as heresias antigas e novas sobre a pessoa do Espírito Santo. Falaremos das heresias dos arianistas, tropicianos e pneumatropicianos, que foram heresias que surgiram no Oriente sobre o Espírito Santo. Seguindo o padrão das lições deste trimestre, veremos como estas heresias se apresentam na atualidade, através das Testemunhas de Jeová e no Islamismo. 


REFERÊNCIAS: 

SOARES, Esequias. Em defesa da Fé Cristã: Combatendo as antigas heresias que se apresentam com nova aparência. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2025. 

Revista Ensinador Cristão. RIO DE JANEIRO: CPAD, Ed. 100, 2025, p. 40..

Declaração de Fé das Assembleias de Deus. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2017, pp.67,68.

GILBERTO, Antônio. Teologia Sistemática Pentecostal. 1. Ed. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2008, p.175.


21 fevereiro 2025

COMO ESSAS HERESIAS SE APRESENTAM NOS DIAS ATUAIS

(Comentário do 3º tópico da Lição 08: Jesus viveu a experiência humana).

Ev. WELIANO PIRES 


No terceiro tópico, veremos como estas heresias se apresentam nos dias atuais. Responderemos à pergunta: Quais países Jesus visitou quando esteve entre nós? Isto porque o Movimento Nova Era, grupos esotéricos e ocultistas e o Mormonismo têm crenças bizarras sobre a vida humana de Jesus. Na sequência veremos que Jesus era visto como alguém da comunidade de Israel e não como um estrangeiro. Os seus familiares, a sua maneira de viver e os seus ensinos estavam relacionados à cultura judaica. 

1- Quais países Jesus visitou quando esteve entre nós? Diferente do Arianismo e do Unicismo, que se apresentam claramente na atualidade da mesma forma do passado, não temos exemplos de manifestações do Apolinarismo e do Monotelismo  na atualidade. Por isso, aqui neste tópico, o comentarista nos  apresentou outros tipos de distorções que acontecem na atualidade, sobre a experiência humana de Jesus. 

Há muitas lendas sobre a humanidade de Jesus em outras religiões. Há pessoas que criam fábulas sobre coisas que Jesus teria feito na infância, como ressuscitar passarinhos, por exemplo. Certo “pregador”, em suas imaginações fantasiosas, disse que Jesus, sendo carpinteiro, recebia encomendas de trabalho e as realizava em tempo recorde, usando os seus poderes divinos. Com isso teria conseguido muito dinheiro. Mas, nada disso tem base nas Escrituras.

O Evangelho segundo João menciona que Jesus fez muitos sinais que não foram registrados, mas nem por isso podemos usar a imaginação e inventar milagres para Jesus. Ele não realizou nenhum milagre antes dos trinta anos. Em sua infância e juventude, Ele viveu e trabalhou como um judeu normal, com exceção do pecado, pois Ele nunca pecou. João deixou claro que o primeiro milagre realizado por Jesus foi a transformação de água em vinho, nas bodas de Caná da Galiléia (Jo 2.11). Certo bispo, cuja Igreja é neopentecostal e usa uma pomba como símbolo, na  petulância que lhe é peculiar, chegou ao cúmulo de criticar Jesus por ter feito este milagre, pois, segundo ele, “havia outras prioridades”. 

Outra distorção em relação à vida humana de Jesus, se manifesta através de grupos religiosos que dizem que Ele teria visitado outras nações, fora dos locais mencionados na Bíblia. O Movimento Nova Era e outros grupos esotéricos inventam anedotas de que Jesus esteve na Índia, Tibete, China e Pérsia (atualmente o Irã), por um período de 17 anos, a fim de ser iniciado no Budismo. Ora, que coisa mais sem nexo! O que o Filho de Deus, que é Eterno, Onipotente, Onipresente e Onisciente, teria a aprender com estas vãs filosofias humanas?! 

O Mormonismo segue na mesma direção e diz que Jesus esteve nos Estados Unidos da América. No Livro de Mórmon, que é considerado outro testamento de Jesus Cristo por esta seita, está escrito que Jesus visitou a América do Norte: 

“Jesus Cristo mostrou-se ao povo de Néfi enquanto a multidão se achava reunida na terra de Abundância e ministrou entre eles; e desta forma mostrou-se a eles.” (Epígrafe de 3 Nefi 11). 

Estas supostas passagens de Jesus por países da Ásia e pela América do Norte não passam de fábulas. Não há nenhum registro bíblico ou mesmo indício de que Jesus esteve nestas regiões. Conforme nos explicou o comentarista, a Bíblia deixa claro que Jesus visitou apenas três países durante a sua vida terrena: Israel, Egito e Fenícia. 

Jesus nasceu em Israel, na cidade de Belém da Judéia, a mesma cidade de Davi (Mt 2.1). Ainda criança, por ordem divina, os seus pais fugiram com Ele para o Egito, para escapar de Herodes que queria matá-lo (Mt 2.14-15). Depois de dois anos, Herodes morreu e eles voltaram para Israel, passando a morar na cidade de Nazaré, na Galileia (Mt 2.23). Na idade adulta, Jesus morava em Cafarnaum, também na Galiléia (Mt 4.12, 14). Durante o seu ministério terreno, Jesus fez várias viagens dentro do território de Israel, na Galiléia, Judéia e Samaria. O outro país que Jesus visitou foi a Fenícia, na região de Tiro e Sidom, onde Ele libertou a filha da mulher cananeia (Mt 15.21-28). 

2- Jesus era visto como alguém da comunidade. Aqui o comentarista fala da identificação de Jesus com a cultura judaica. Jesus nasceu em Belém, como vimos acima. Mas depois da fuga para o Egito, Ele voltou para a Galiléia e foi criado na pequena cidade de Nazaré, onde todos conheciam não apenas Ele, mas os seus pais e irmãos. Quando Jesus começou a fazer milagres, pregar e ensinar, todos se admiravam dizendo: “Não é este o filho do Carpinteiro, cuja mãe e irmãos nós conhecemos? De onde lhe veio esta sabedoria?” (Mt 13.55).

Em vários textos dos Evangelhos, Jesus é chamado de Nazareno. Mesmo em Jerusalém, onde muitos não o conheceram na infância e juventude e só souberam da sua existência quando Ele iniciou o seu ministério aos 30 anos, ninguém tinha dúvidas de que Ele era um israelita, natural da Galiléia. O seu idioma, as suas vestes e o seu modo de agir eram característicos da cultura judaica. Ninguém jamais perguntou se Ele teria vindo da Índia, China, Pérsia, Tibete ou outro país. Todos sabiam que Ele era galileu, pelas suas características. Naquela época, havia muitos estrangeiros em Israel que falavam o grego e eram facilmente identificados como tal. Jesus, no entanto, falava aramaico e se identificava com a cultura judaica.


REFERÊNCIAS: 

SOARES, Esequias. Em defesa da Fé Cristã: Combatendo as antigas heresias que se apresentam com nova aparência. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2025. 
Revista Ensinador Cristão. RIO DE JANEIRO: CPAD, Ed. 100, 2025, p. 40..
Bíblia de Estudo Apologia Cristã. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2009, p.1892.
Declaração de Fé das Assembleias de Deus. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2017, pp.50-51
SOARES, Esequias. Manual de Apologética Cristã. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2002, pp. 85-6.

20 fevereiro 2025

HERESIAS QUE NEGAM A HUMANIDADE DE JESUS

(Comentário do 2° tópico da Lição 08: Jesus viveu a experiência humana)

Ev. WELIANO PIRES


No segundo tópico, falaremos das heresias que negavam a humanidade plena de Jesus. Falaremos da heresia do Apolinarismo, defendida por Apolinário, que viveu entre 310 e 392 d.C. e foi bispo da Laodicéia da Síria. Na sequência falaremos da reação da Igreja a esta heresia, através do Concílio da Calcedônia em 451 d.C. Por último, falaremos do Monotelismo, que foi uma heresia propagada pelo patriarca Sérgio de Constantinopla e foi considerada heresia no Terceiro Concílio de Constantinopla em 681 d.C. 


1- Apolinarismo. Na lição 03, quando falamos da encarnação do Verbo, estudamos sobre a heresia do Docetismo, que negava a corporeidade de Jesus e dizia que Ele não tinha um corpo real, mas apenas a aparência humana. Falamos também da heresia do Gnosticismo que dizia que a matéria é má e, portanto, Jesus não poderia ter um corpo e ser perfeito. Por fim, falamos do Marcianismo que também negava a humanidade plena de Jesus. 

Na lição 07, quando falamos das naturezas humana e divina de Jesus, vimos a heresia do Nestorianismo que dizia que havia duas pessoas em Jesus, sendo uma divina e outra humana. Vimos também a heresia do Monofisismo que dizia que as duas naturezas de Jesus se fundiram e se transformaram em uma natureza que não era humana, nem divina. Falamos também das heresias do Kenoticismo e da Mariolatria, mas estas não estão relacionadas à humanidade de Jesus. 

Nesta lição, trataremos de outra heresia relacionada à humanidade de Cristo, que é chamada de Apolinarismo, ou Apolinarianismo. Esta heresia recebeu este nome por ter sido defendida por Apolinário, que foi bispo de Laodicéia da Síria (Não era a Laodicéia da Ásia Menor, mencionada em Apocalipse), por volta de 310 d.C. 

O Apolinarismo não negava a corporeidade de Jesus, como os gnósticos e os docetas, mas dizia que Ele não teve um espírito humano. Apolinário admitia que Jesus teve um corpo humano, mas negava que Ele teve um espírito humano. Segundo o ensino de Apolinário, o Verbo assumiu o lugar do espírito  humano em Jesus e ele não tinha pensamentos humanos. Isso equivale a negar a humanidade plena de Jesus. 


2- Reação da igreja. Conforme vimos no primeiro tópico, Jesus viveu plena a experiência humana. Ele não era humano apenas no corpo como defendia Apolinário. No texto de Mateus 26.38, mencionado pelo comentarista, lemos o seguinte: “Então lhes disse: A minha alma está cheia de tristeza até a morte; ficai aqui, e velai comigo”. Aqui vemos claramente os sentimentos da alma humana de Jesus. Em outro texto citado, Jesus disse: “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito”. (Lc 23.46). Evidentemente, Ele falava do espírito humano e não da sua divindade, pois esta é inseparável do Pai e do Espírito Santo, visto que não são três deuses. 

A intenção de Apolinário era boa. Ele tinha o objetivo de combater o Arianismo, que negava a divindade plena de Jesus. Mas, no afã de defender a divindade de Jesus, Apolinário acabou diminuindo a sua humanidade. A Igreja reagiu a este ensino e considerou o apolinarismo como heresia no Concílio de Calcedônia, em 451 d.C. Jesus é plenamente humano em espírito, alma e corpo. A única diferença da humanidade de Jesus para a nossa é que a sua natureza não foi corrompida pelo pecado e Ele foi o Homem perfeito. 


3- Monotelismo. Três séculos após o surgimento do apolinarismo, surgiu outra heresia chamada Monotelismo, que não deve ser confundida com monoteísmo, que a crença em um único Deus. Esta heresia foi propagada por Sérgio de Constantinopla. A palavra monoteísmo vem de duas palavras gregas: “monos” (único) e “thelēma” (vontade). O monotelismo ensinava que Jesus tinha apenas uma vontade que era a divina. Sobre os textos bíblicos que mostram claramente as vontades humanas de Jesus, o monotelismo dizia que isso era apenas aparente. 

A Bíblia mostra claramente que Jesus teve vontade humana e vontade humana. Mas essas vontades não são duas pessoas como dizia o Nestorianismo e não são conflitantes. A vontade humana de Jesus submeteu-se à vontade divina, pois Ele foi obediente ao Pai em tudo. Por isso, o monotelismo foi considerado heresia e condenado no terceiro concílio de Constantinopla em 681 d.C.


A EXPERIÊNCIA HUMANA NO MINISTÉRIO DE JESUS

(Comentário do primeiro tópico da Lição 08: Jesus viveu a experiência humana).

Ev. WELIANO PIRES

No primeiro tópico falaremos da experiência humana no ministério de Jesus. Falaremos dos debates com as autoridades religiosas de Israel: Fariseus, saduceus e herodianos, que eram os seus principais opositores e buscavam meios de apanhá-lo em alguma falha para o condenarem à morte. Na sequência, falaremos da vida social e religiosa de Jesus, através da escolha dos discípulos, do seu relacionamento com parentes e amigos e da sua interação com pessoas de diversas classes sociais. Por último, falaremos das características naturais de um ser humano que Jesus possuía. 


1- Os debates com as autoridades religiosas. Durante o seu ministério terreno, o Senhor Jesus enfrentou diversos embates com as autoridades religiosas do seu tempo. Os seus ensinos e estilo de vida contrastavam com a hipocrisia em que viviam os religiosos, que diziam uma coisa e praticavam outra. O Judaísmo naqueles dias não era unificado como nos dias de Moisés, Josué e Samuel. Israel viveu sob o domínio grego no chamado período interbíblico e nos dias de Jesus estava sob o domínio romano. 


Havia diferentes pensamentos no que tange ao relacionamento de Israel com o domínio estrangeiro. Por isso, os religiosos do tempo de Jesus estavam divididos em cinco partidos religiosos: Fariseus, Saduceus, Herodianos, Zelotes e Essênios. O comentarista mencionou apenas três deles, que foram os que entraram em debates com Jesus:


a) Fariseus. Os fariseus eram um grupo religioso de Israel, que surgiu provavelmente no período que antecedeu a guerra dos macabeus, com o objetivo de resistir e fazer oposição aos costumes helenísticos. Este nome aparece pela primeira vez durante a época do governo de João Hircano, que governou a Judéia entre 135 e 105 a.C. O próprio João Hircano, que era sumo sacerdote, era também um fariseu. Depois passou para o partido dos saduceus. 


A palavra hebraica “prushim” (fariseus) tem origem incerta. O sentido mais provável é “separado”. Os fariseus eram muito rigorosos na observância não apenas da Lei escrita, mas também da tradição oral. Além dos mandamentos da Lei de Moisés, os fariseus criaram muitas regras preventivas, para “evitar que as pessoas pecassem”. Nicodemos, Gamaliel e Saulo de Tarso fizeram parte deste grupo. 


Em Mateus 23, Jesus teceu duras críticas aos fariseus, dizendo que eles criaram “fardos pesados e difíceis de suportar”, que eram hipócritas e ficavam na porta dos céus. Não entravam e impediam os outros de entrarem. Os fariseus eram inimigos de Jesus e tiveram vários embates com Ele, buscando apanhá-lo em alguma falta, para o acusarem diante dos romanos e conseguirem a sua execução. 


b) Saduceus. Assim como os fariseus, os saduceus também tiveram origem no período interbíblico. Este partido era formado em sua grande maioria pela classe sacerdotal. Não se sabe ao certo a origem e o significado deste nome e há várias teorias sobre isso. O historiador judeu Flávio Josefo fez várias citações sobre os saduceus, mas o fez de forma hostil e parcial, visto que ele pertencia ao grupo dos fariseus, que era inimigo dos saduceus. A teoria mais aceita é a de que os saduceus eram descendentes de Zadoque, que foi sumo sacerdote escolhido nos dias de Salomão (1 Rs 2.35). 


Os saduceus reconheciam como Escrituras Sagradas apenas o Pentateuco e o consideravam superior aos livros históricos, poéticos e proféticos. Diferente dos fariseus, os saduceus não aceitavam as tradições orais dos anciãos. Eram humanistas e não criam em anjos, espíritos e na ressurreição. Tinham também uma visão deísta, pois não acreditavam na providência de Deus ou quaisquer intervenção divina na história da humanidade.


Politicamente, os saduceus apoiavam o império romano, pois se beneficiavam dele. Diferente dos fariseus, os saduceus tinham poucos apoiadores. Entretanto, os que os apoiavam eram pessoas da classe sacerdotal e pessoas ricas. Apesar de serem rivais dos fariseus, os saduceus se uniram a eles contra Jesus e ambos queriam matá-lo, por razões diferentes. Os fariseus viam em Jesus uma ameaça à sua religiosidade hipócrita. Os saduceus, por sua vez, viam em Jesus uma ameaça aos seus prestígios e lucros materiais. 


c) Herodianos. Os herodianos, como o próprio nome sugere, eram os apoiadores do governo de Herodes Antipas, que era um vassalo do Império romano na região da Judeia. Eram considerados inimigos da pátria pela maioria dos judeus, principalmente pelo grupo dos fariseus e dos zelotes. Mas, em se tratando de Jesus, eles se uniam aos saduceus e aos fariseus contra Ele (Mt 22.16).


Os herodianos eram pessoas influentes, que viam na pessoa de Herodes uma espécie de Messias que iria colocar o povo judeu em vantagem perante o Império romano e obter privilégios deste. Certamente, eles desfrutavam da proteção de Herodes e do Império romano. Por isso, viam em Jesus uma ameaça à paz política que Herodes poderia supostamente oferecer. 


d) Zelotes. O termo grego zelotes, significa “zeloso”. O partido dos zelotes era um grupo radical ultra nacionalista, que não aceitava de forma alguma que os israelitas pagassem tributos a um governo estrangeiro e pagão. Eles entendiam que Israel deveria ser governado por Deus. Submeter-se a um governo estrangeiro seria uma traição a Deus. 


Os Zelotes se originaram na revolta de Judas Galileu, que se revoltou contra o domínio romano por volta do ano 6 d.C. Este grupo praticava atentados a soldados e autoridades romanas, pois entendia que a violência se justificava nesse caso. Hoje seriam considerados um grupo terrorista. Alguns comentaristas sugerem que Barrabás pertencia a este grupo e por isso foi preso. Um dos apóstolos de Jesus, chamado Simão (não Pedro), também pertenceu a este grupo. Não há registros na Bíblia de embates desse grupo com Jesus. 


e) Essênios. A palavra grega traduzida por essênios é essenoi, que significa “curador”. O partido religiosos dos essênios era uma comunidade de judeus que viveram no tempo de Jesus, mas não são mencionados na Bíblia. Eram pessoas que observavam rigorosamente as cerimônias da Lei Mosaica. Viviam em comunidades e cada uma delas havia uma sinagoga. 


Alguns dizem que era necessário um ritual de purificação, que incluía o batismo em águas e juramentos, para ingressar no grupo. Quem quisesse fazer parte do grupo, precisava abrir mão dos seus bens em prol da comunidade. Adotavam um estilo de vida simples e quando viajavam eram acolhidos por pessoas do grupo. Por causa destas características, alguns sugerem que João Batista fazia parte deste grupo. Mas não há nada na Bíblia que fundamente este hipótese, pois este grupo sequer é mencionado.


Os essênios foram muito importantes na preservação das Escrituras judaicas. Eles envolveram várias porções das Escrituras judaicas em panos de linho, colocaram em jarros de barro com tampa e esconderam na caverna de Qumran, na região do Mar Morto. Estes manuscritos foram encontrados no ano de 1947 por beduínos e é o maior achado arqueológico do século XX. Em 68 d.C., os Zelotes se insurgiram contra Roma e na resposta devastadora do Império, os Essênios praticamente desapareceram da região. 


2- A vida social e religiosa de Jesus. Jesus não viveu apenas de debates com os grupos religiosos como vimos acima. O professor Tiago Rosas, do Canal EBD Inteligente, observa que este tópico está invertido e deveria começar pelo terceiro ponto, que trata das características próprias do ser humano que Jesus possuía. Depois deveria seguir para o segundo ponto que trata da vida social e religiosa de Jesus. Por último, deveria mencionar os embates com os religiosos que aconteceram no final do ministério terreno de Jesus em Jerusalém, quando Ele já era bem conhecido. Mas, vamos seguir a ordem proposta pela revista.


O Evangelho segundo Lucas fala de Jesus como o Homem Perfeito e traz detalhes do desenvolvimento de Jesus desde a sua concepção, passando pelo seu nascimento,  circuncisão, apresentação no templo, o cântico de Maria e as palavras de Simeão e Ana. Lucas menciona ainda os parentes, amigos e vizinhos de Jesus. Na sequência, Lucas menciona o episódio em que Jesus foi à festa em Jerusalém com os seus pais aos doze anos e ficou lá no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os. Finalizando esta fase, Lucas fala do desenvolvimento físico, mental e espiritual de Jesus: “E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens.” (Lc 2.53). 


No capítulo três, Lucas apresenta a genealogia de Jesus até Adão. Esta genealogia difere da que foi apresentada por Mateus, que além de ir apenas até Abraão, pois Mateus escreveu para o judeus, os nomes a partir de Davi até Jesus são diferentes. Na genealogia de Mateus, o pai de José é chamado de Jacó e os ascendentes de Jesus são descritos a partir de Salomão, filho de Davi (Mt 1.6). Lucas, porém, diz que o pai de José é Heli e traz os ascendentes a partir de outro filho de Davi chamado Natã (Lc 3.31). A maioria dos estudiosos bíblicos dizem que Lucas trouxe a genealogia de Maria, enquanto Mateus apresentou a genealogia de José.


Na idade adulta, Jesus pregou na sinagoga de Nazaré e foi expulso pelos seus compatriotas. Ele escolheu os primeiros discípulos em ambiente de amigos pescadores.  Outros foram chamados no trabalho como Mateus. Jesus proferiu vários sermões no monte, na planície, nos barcos e em particular aos seus discípulos. Ele também ensinava por parábolas, partindo de conversas particulares e exemplos do dia a dia dos seus ouvintes.


Jesus também interagia com pessoas de diversas classes sociais, principalmente aquelas que eram desprezadas e excluídas da sociedade judaica, como as mulheres, os publicanos, os samaritanos, as prostitutas, etc. Ele participou de festa de casamento, jantares, banquetes e conquistou as crianças. Isso nos mostra que Jesus enquanto ser humano era amável, pois criança não se aproxima de pessoas carrancudas e chatas. 


3- Características próprias do ser humano. Jesus possuía as características físicas, emocionais e espirituais de um ser humano, com exceção da natureza pecaminosa que Ele não tinha. A sua concepção, evidentemente, foi sobrenatural pois Ele foi gerado pelo Espírito Santo e não a partir de uma conjunção carnal entre homem e mulher. Mas o seu  nascimento foi um parto normal como o de qualquer criança. O dogma da virgindade perpétua de Maria,  ensinado pela Igreja Católica, não se sustenta à luz da Bíblia. 


Jesus teve sentimentos normais de um ser humano. Emocionalmente, ele sentiu angústia e tristeza: “Então, lhes disse: A minha alma está cheia de tristeza até à morte; ficai aqui e vigiai comigo.” (Mt 26.38); Ele também chorou: “Jesus chorou” (Jo 11.35); Compadeceu-se do sofrimento das pessoas: “E, vendo-a, o Senhor moveu-se de íntima compaixão por ela e disse-lhe: Não chores.” (Lc 7.13). 


No aspecto físico, podemos ver a sua fragilidade como ser humano. Jesus sentiu fome, calor, sede, dores, cansaço e por fim, morreu de forma cruel, sofrendo insultos e dores terríveis. Entretanto, a morte não pôde detê-lo, pois Ele ressuscitou ao terceiro dia, subiu ao Céu glorificado e assentou-se à destra do Pai. Como bem explicou o comentarista, o Senhor Jesus participou da fraqueza física e emocional como ser humano, mas não da nossa fraqueza moral e espiritual, pois Ele é perfeito e a sua natureza nunca foi corrompida pelo pecado. 


17 fevereiro 2025

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 08: JESUS VIVEU A EXPERIÊNCIA HUMANA


Ev. WELIANO PIRES 

Na lição 3 deste trimestre, falamos sobre a encarnação do Verbo. Naquela ocasião apresentamos as provas bíblicas da humanidade plena de Jesus. Entretanto, devido a limitação de tempo e espaço de uma lição, não foi possível entrar em detalhes sobre os aspectos da humanidade de Cristo.
 
Nesta lição, dando continuidade ao tema da humanidade de Jesus, estudaremos os aspectos da experiência humana do Filho de Deus, que veio a este mundo, tomou a forma humana e viveu por 33 anos na terra de Israel. Ele não viveu como um monge, isolado da sociedade, mas teve uma vida social e religiosa, interagindo com as pessoas. 

No primeiro tópico falaremos da experiência humana no ministério de Jesus. Falaremos dos debates com as autoridades religiosas de Israel: Fariseus, saduceus e os herodianos, que eram os seus principais opositores e buscavam meios de apanhá-lo em alguma falha para o condenarem à morte. Na sequência, falaremos da vida social e religiosa de Jesus, através da escolha dos discípulos, o seu relacionamento com parentes e amigos e a sua interação com pessoas de diversas classes sociais. Por último, falaremos das características naturais de um ser humano que Jesus possuía. 

No segundo tópico, falaremos das heresias que negavam a humanidade plena de Jesus. Na lição 03, estudamos as heresias que negavam a corporeidade de Jesus, ou tinham pensamento distorcido sobre a sua humanidade, como o Docetismo, Gnosticismo e Marcianismo. Neste tópico, falaremos da heresia do Apolinarismo, defendida por Apolinário, que viveu entre 310 e 392 d.C. e  foi bispo de Laodicéia. Na sequência falaremos da reação da Igreja a esta heresia, através do Concílio da Calcedônia em 451 d.C. Por último, falaremos do Monotelismo, que foi uma heresia propagada pelo patriarca Sérgio de Constantinopla e foi considerada heresia no Terceiro Concílio de Constantinopla em 681 d.C. 

No terceiro tópico, veremos como estas heresias se apresentam nos dias atuais. Responderemos à pergunta: Quais países Jesus visitou quando esteve entre nós? Isto porque o Movimento Nova Era e outros grupos esotéricos e ocultistas têm crenças bizarras sobre a vida humana de Jesus, alegando que Ele esteve em vários países que nunca foram mencionados na Bíblia. Na sequência veremos que Jesus era visto como alguém da comunidade de Israel e não como um estrangeiro. Os seus familiares, a sua maneira de viver e os seus ensinos pertencem à cultura judaica. 

REFERÊNCIAS:

SOARES, Esequias. Em defesa da Fé Cristã: Combatendo as antigas heresias que se apresentam com nova aparência. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2025. 
Revista Ensinador Cristão. RIO DE JANEIRO: CPAD, Ed. 100, 2025, p. 40..
Bíblia de Estudo Apologia Cristã. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2009, p.1892.
Declaração de Fé das Assembleias de Deus. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2017, pp.50-51
SOARES, Esequias. Manual de Apologética Cristã. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2002, pp. 85-6.

HUMILDADE X OSTENTAÇÃO

(Comentário do 3º tópico da Lição 08: Uma lição de humildade). Ev. WELIANO PIRES No terceiro tópico, faremos um contraste entre humildade e ...