02 outubro 2021

O MUNDO RELIGIOSO DE PAULO


Neste terceiro tópico falaremos sobre o aspecto religioso e a ligação de Saulo com a descendência e religião judaica. Saulo era descendente da tribo de Benjamim, a mesma de Saul. O seu nome Saulo é uma variação hebraica do nome de Saul, primeiro rei de Israel. Paulo era o seu nome romano. (O seu nome não foi mudado)

Saulo estudou com o rabino Gamaliel, aprofundou-se na teologia judaica e tornou-se fariseu. Esta ligação com o Judaísmo e o seu vasto conhecimento da Lei, também contribuiu para que ele mostrasse pelas Escrituras que Jesus é o Messias prometido a Israel. 


1. Paulo se identifica como judeu. Paulo, em seus discursos e epístolas, sempre se identificava como um judeu, da tribo de benjamim e doutor da lei (Fariseu). Em seu discurso em sua defesa, em Atos 22, ele falou em hebraico para uma plateia lotada de judeus que o acusavam de ser inimigo da lei. Quando o ouviram falar em hebraico, fizeram silêncio absoluto.

Na Epístola aos romanos também Paulo se identifica com o povo Judeu, desejando a salvação do seu povo: “Em Cristo digo a verdade, não minto (dando-me testemunho a minha consciência no Espírito Santo): Que tenho grande tristeza e contínua dor no meu coração. Porque eu mesmo poderia desejar ser anátema de Cristo, por amor de meus irmãos, que são meus parentes segundo a carne.” (Rm 9.1-3).

Depois, na segunda Epístola aos Coríntios, Paulo falando contra os falsos apóstolos, que questionavam a sua autoridade, disse: “São hebreus? também eu. São israelitas? também eu. São descendentes de Abraão? também eu.” (2 Co 11,22).


2. Paulo foi criado dentro da fé judaica. Os judeus valorizavam muito as genealogias e não se misturavam com outros povos. Mesmo os nascidos fora de Israel, na época da diáspora mantinham as suas ligações com a descendência de Abraão. Eles aguardavam o Messias e sabiam que ele seria das descendências de Abraão e de Davi. O evangelista Mateus traçou toda a descendência de Jesus, desde Abraão, pois o seu livro foi destinado aos judeus.

Havia também várias regras que todos os judeus seguiam, como a circuncisão no oitavo dia de nascido. Este ritual simbolizava a aliança que Deus fez com Abraão (Gn 17.9-14). Todos os pais judeus, tinham a obrigação de circuncidar os seus filhos ao oitavo dia. Havia outras regras previstas na lei, como a abstinência de vários tipos de alimentos, rituais de purificação, a guarda do sábado, etc. 

Os Fariseus eram um partido religioso de Israel, que se notabilizavam pela observância rigorosa da Lei, não apenas da lei escrita, mas, também da tradição oral dos anciãos de Israel. Eram extremamente rigorosos quanto ao dízimo, a guarda do sábado e a separação dos gentios. Por isso, se tornaram adversários ferrenhos de Jesus, que os chamou de hipócritas, pois, observam muito exterior para serem vistos pelos homens e ignoravam os princípios fundamentais da lei, como o amor, a misericórdia e a justiça.  

Desde a sua infância, Saulo foi criado no Judaísmo, seguindo rigorosamente todos os seus preceitos (Gl 1.14). Na sua adolescência, o seu pai que era um judeu fervoroso o levou a jerusalém para estudar profundamente a Lei, com o renomado rabino Gamaliel “Quanto a mim, sou judeu, nascido em Tarso da Cilícia, e nesta cidade criado aos pés de Gamaliel, instruído conforme a verdade da lei de nossos pais, zelador de Deus, como todos vós hoje sois.” (At 22.3). 

As origens judaicas de Paulo e o seu conhecimento da Lei, portanto, eram incontestáveis. Ele era profundamente gabaritado para conversar com os mestres da Lei e mostrar pelas Escrituras, que Jesus é o Messias prometido a Israel. 


3. O mundo: palco da mensagem de Paulo ao povo gentílico. Apesar de todo o conhecimento e cultura judaica que Paulo possuía, o Senhor o chamou para levar o Evangelho aos gentios, nos lugares mais distantes, onde o Evangelho ainda não havia sido pregado. Os demais apóstolos, inicialmente, tinham uma visão limitada do Evangelho, pregando-o apenas nas comunidades judaicas (At 11.19). Mas, Jesus levantou este gigante e o preparou pessoalmente para plantar Igrejas em todo o mundo. Paulo cumpriu cabalmente, a missão que  o Senhor lhe confiou. Viajou pelo mundo, fazendo missões, pregando nas praças, sinagogas, areópago, etc. No final do seu ministério, prevendo que a morte se aproximava, ele assim escreveu a Timóteo, seu filho na fé: “Combati o bom combate, acabei a carreira e guardei a fé.” (2 Tm 4.7).

O mundo de houve também representa um grande desafio para a Igreja. Bilhões de pessoas em todo o mundo, caminham a passos largos para o abismo, necessitando ouvir a pregação do Evangelho. Oremos para que o Senhor levante mais obreiros como Paulo.

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Pb. Weliano Pires

01 outubro 2021

O MUNDO CULTURAL DE PAULO


Alexandre Magno ou Alexandre, o grande, era um grande estrategista militar e derrotou o império Persa, em 334 a C. Depois conquistou os territórios da Síria e Egito e foi o fundador da cidade de Alexandria. Alexandre foi influenciado pelo grande filósofo grego, Aristóteles. Por isso, os seus ideais eram não apenas dominar os povos pela guerra, mas também espalhar as ideias e a cultura grega por toda parte. Após a morte de Alexandre, em 323 a.C. o seu império foi dividido em três grandes reinos: o Egito, a Síria e a Macedônia. Os seus generais: Selêuco, Lisímaco, Ptolomeu e Cassandro, dividiram o império grego entre si:

Ptolomeu: Governou o Egito, incluindo o Nordeste da África, a Palestina e Arábia.

Cassandro: Governou a Macedônia e toda a Grécia;

Lisímaco: governou parte da Península da Anatólia e da Trácia;

Selêuco: Governou os territórios da Mesopotâmia e Império Persa.

Estas divisões do império enfraqueceram o império grego e possibilitaram o domínio romano. Entretanto, a influência grega foi tão forte e estava tão arraigada pelo mundo, que os romanos a mantiveram. 

Neste contexto, três fatores gregos foram muito importantes na vida do apóstolo Paulo, para a divulgação do Evangelho e expansão do Cristianismo: o idioma universal, a diversidade religiosa e a filosofia grega. 


1. A língua mundial daqueles dias era o grego. Quando nos referimos ao idioma grego, é preciso ter em mente que ele se divide em cinco períodos:

a. Período formativo. Período entre 1500 a.C. até 900 a.C., quando se originaram também os três principais dialetos da língua: o dórico, o eólico e o jônico-ático.

b. Período clássico. De 900 a 330 a.C. Neste período foram escritas as famosas obras literárias, como a Ilíada e a Odisséia, atribuídas a Homero e, mais tarde, as obras de Hesíodo, Heródoto e Platão, entre outros. Nesse período iniciou-se o dialeto ático. 

c. Período koinê. Começou a ser usado a partir das conquistas de Alexandre, o grande. A palavra grega koiné vem de Koinonia que significa “comunhão”. Portanto, o grego koiné era a língua comum da população. A versão grega do Antigo Testamento, a Septuaginta (LXX), foi traduzida do hebraico para o grego em 250 a. C., no grego koiné. Os escritos do Novo Testamento também foram escritos neste idioma, com exceção do Evangelho de Mateus que foi escrito em aramaico. 

d. Período bizantino. Com a divisão do Império Romano a língua grega foi preservada principalmente em Bizâncio e na Ásia Menor. Nesse período a língua comum passou a ser conhecida como grego bizantino, que é uma continuação do koinê. 

e. Período moderno. A partir da queda do Império Romano oriental, a língua de uso comum nesse período ficou conhecida pelo nome de grego moderno. É o grego falado hoje nas ruas de Atenas. 


Sendo criado e educado em Tarso da Cilícia, Saulo falava e escrevia fluentemente o grego koiné. Como ele era judeu de nascimento, falava também o hebraico e o aramaico, que eram as línguas nativas de Israel, após o cativeiro babilônico. Por ser um cidadão romano, filho de uma família judaica influente, Saulo certamente falava o latim, que era o idioma falado pelos governantes romanos. 

Toda esta variedade de idiomas e fluência do apóstolo Paulo neles, contribuíram significativamente, não apenas na pregação do Evangelho onde ele chegava, mas também para escrever as suas 13 epístolas, que foram escritas no grego koiné. Na atualidade também há uma variedade de línguas e dialetos, que representam um desafio para os missionários e tradutores da Bíblia. 


2. O mundo cultural do apóstolo Paulo. A cultura grega era aberta ao diálogo e à diversidade de ideias. Aliás, a democracia surgiu com os gregos, através do legislador Clístenes.  Antes deles, os reis eram considerados deuses ou representantes deles. Os gregos criaram as cidades-estados, chamadas de "polis". Esta palavra deu origem  à palavra política. 

No campo religioso, havia diversidade religiosa e politeísmo. Os gregos tinham uma infinidade de divindades, uma para cada área: fertilidade, prosperidade, beleza, sabedoria, guerra, etc. Eles acreditavam que no Olimpo, o monte mais alto da Grécia, habitavam vários deuses. Zeus era o líder desses deuses do Olimpo e responsável pelos céus e pela terra. Hera, sua mulher, era a deusa da maternidade. 

Diferente do monoteísmo judaico, onde não se tolerava outros deuses, no politeísmo grego havia a abertura para novas religiões. No Areópago de Atenas, por exemplo, Paulo ficou impressionado com a variedade de altares e deuses pagãos, inclusive, havia um que era dedicado ao "deus desconhecido''.

Essa diversidade religiosa dos gregos, tolerada pelo império romano, facilitou de certa forma, a introdução do Cristianismo por todo o império. Paulo pregava o Evangelho por toda parte aos gentios. A grande perseguição vinha por parte dos Judeus, que viam no Cristianismo, uma seita que ameaçava o Judaísmo. A perseguição e crueldade dos romanos contra os cristãos começou a partir do imperador Nero, que incendiou Roma e colocou a culpa nos cristãos. A partir daí, os cristãos passaram a ser odiados, perseguidos e, brutalmente, torturados e mortos pelo Império romano.

Na atualidade também, embora haja muitas perseguições ao Cristianismo, ainda há liberdade religiosa e diversidade cultural, que favorecem a pregação do Evangelho, principalmente no Brasil. Com sabedoria e estratégias, podemos proclamar o Evangelho aos perdidos. 


3. A influência da filosofia grega. Esta influência politeísta e filosófica greco-romana, no entanto, acabou influenciando o pensamento de muitos cristãos, levando-os a heresias e falsos evangelhos. O gnosticismo, por exemplo, trouxe muitos problemas para as Igrejas, nos dias de Paulo. Este movimento é uma fusão de várias crenças antigas e teve início antes do advento do Cristianismo. A palavra grega “gnosis” significa “conhecimento”. É dela que vem as palavras diagnóstico, prognóstico e outras. O gnosticismo considera o conhecimento como algo necessário para a salvação. São dualistas, pois acreditam que o espírito é essencialmente bom e a matéria essencialmente má. Por esta razão, negavam a humanidade de Cristo. 

Outro movimento que trouxe problemas ao Cristianismo nos dias de Paulo foram os chamados judaizantes, que diziam que os convertidos ao Cristianismo deveriam também guardar a lei e os costumes judaicos para serem salvos. Paulo e Barnabé eram acusados por eles de pregarem contra a Lei. Por isso, foi convocado o primeiro concílio da  Igreja em Jerusalém, para discutir a questão. Ficou decidido pelos apóstolos e anciãos que os Cristão deveriam abster-se de comer sangue, carne sufocada (com o sangue), da prostituição (pecados sexuais) e dos alimentos oferecidos aos ídolos. (Atos 15).

Vemos aqui a necessidade da apologética cristã. Além de pregar o Evangelho aos perdidos  e ensinar as doutrinas bíblicas, a Igreja tem a obrigação de conhecer e lutar contra os falsos ensinos, combatendo-os à luz da palavra de Deus.


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Pb. Weliano Pires


29 setembro 2021

O MUNDO DE PAULO NO IMPÉRIO ROMANO



O mundo em que viveu o apóstolo Paulo no império romano contribuiu significativamente para a expansão do Cristianismo. Apesar das perseguições ferrenhas, por parte dos Judeus e, posteriormente, pelos romanos, alguns fatores no império romano foram favoráveis às expedições missionárias. 


1. Entendendo a origem de Paulo. Saulo era um judeu grego, ou seja, ele era um israelita, nascido fora do território de Israel. Ele nasceu na cidade de Tarso, capital da província romana da Cilícia. Não sabemos ao certo, a data do seu nascimento, mas a tradição da Igreja romana diz que foi no ano 9 d.C. Orlando Boyer, em seu livro Pequena Enciclopédia Bíblica, diz que foi no ano 1 d.C.


Os seus pais, provavelmente eram ricos e influentes, pois Paulo era muito culto e foi enviado para Jerusalém para estudar profundamente a lei mosaica. Somente pessoas ricas naquela época poderiam formar os seus filhos. O título de cidadão romano também indica que se tratava de uma família influente. 


2. A geografia do mundo de Paulo. O império romano dominava o mundo e impôs a paz pela força, a chamada "Pax Romana", expressão latina que significa paz romana. A Pax Romana foi estabelecida em 27 a.C., pelo imperador Augusto César e permaneceu até o ano de 180 d.C. Foram estabelecidas uma série de medidas administrativas como o aumento da produtividade nas províncias do império, proteção contra invasões de estrangeiros, impedimento severo de rebeliões e a chamada "romanização" que era um espécie de aculturação ou adaptação dos costumes dos povos conquistados aos de Roma.

Houve também um empenho do império romano na construção de estradas por todo o império, para o escoamento da produção e rotas comerciais. Segundo historiadores, a malha viária romana era de cerca de 300 mil quilômetros quadrados, sendo 90 mil em excelentes condições. Havia também as vias marítimas que eram excelentes opções de viagens. 

Este conjunto de fatores do Império Romano foram usados pelo Espírito Santo para a evangelização de todo o império. Nesse sentido, Paulo era a pessoa ideal, pois, além de ser cidadão romano com acesso livre por todo o império, conhecia as leis, a geografia e os meios de transporte romanos.


3. Paulo, chamado para os gentios. Paulo não conviveu com Jesus e não fez parte do colégio dos doze apóstolos. Mas, ele foi chamado pelo próprio Jesus para ser apóstolo. Esta chamada teve início na presciência de Deus, que é o atributo divino, pelo qual, Ele conhece o futuro antecipadamente. Este será o nosso tema na lição 4. Os demais apóstolos foram chamados pessoalmente por Jesus para serem apóstolos. Passaram por um treinamento com o Mestre, de aproximadamente três anos, aprendendo com os seus discursos e, principalmente, com as suas atitudes. 

Com Paulo foi diferente, pois ele não passou por este processo. Mas, ele foi escolhido diretamente pelo Senhor Jesus. Quando o Senhor enviou Ananias ao encontro de Saulo, logo após o encontro no caminho de Damasco, Ananias relutou. Ananias argumentou com o Senhor, dizendo que já tinha ouvido sobre os males que Saulo havia feito aos cristãos em Jerusalém e que para isto viera a Damasco. 

A resposta do Senhor Jesus mostra que Ele conhece tudo e escolhe quem Ele quer: 

- Vai, porque este é para mim, um vaso escolhido para levar o meu Evangelho diante dos reis e dos filhos de Israel. E Eu lhe mostrarei o quanto deve padecer pelo meu Nome. 

Os demais apóstolos pregavam apenas aos Judeus. Mesmo depois da intensa perseguição, quando foram obrigados a se espalhar, eles pregavam apenas aos Judeus. Havia uma certa relutância deles de se misturar com os gentios, pois ainda estavam presos à Lei e aos costumes judaicos. Foi preciso o Senhor Jesus mostrar em uma visão a Pedro, que esta barreira havia sido quebrada, quando ele foi enviado à casa do centurião Cornélio. Mesmo assim, ele teve que dar muitas explicações à Igreja de Jerusalém, por ter se misturado aos gentios. 

Paulo, no entanto, recebeu do próprio Senhor Jesus a incumbência de ir aos gentios e pregar o Evangelho (Gl 2.1-10). 


O mundo de hoje também é uma porta aberta para o Evangelho. A globalização, a internet, a liberdade religiosa na maioria dos países, os meios de transportes, o multiculturalismo e outros fatores facilitam a pregação do Evangelho, embora ainda há muitos países que são totalmente fechados para o Evangelho e muitas perseguições, inclusive por parte de governos. 


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Pb. Weliano Pires


28 setembro 2021

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 01: O MUNDO DO APÓSTOLO PAULO



Com a graça de Deus, estamos caminhando para o fim do ano e iniciando mais um trimestre de estudos, em nossa Escola Bíblica Dominical. Nesta oportunidade, estudaremos sobre a vida e o ministério do Apóstolo Paulo. Paulo, inegavelmente, foi o personagem mais importante da história do Cristianismo, depois de Jesus Cristo. Escreveu treze dos vinte e sete do Novo Testamento, empreendeu três viagens missionárias pelo mundo conhecido da sua época, plantando Igrejas, discipulando e formando  novos obreiros. Paulo foi o responsável por sistematizar as principais doutrinas cristãs e expandir o Cristianismo para além das fronteiras da Palestina.


Antes da sua conversão, Saulo foi um ferrenho perseguidor dos cristãos. Mas, ele teve um encontro pessoal com Jesus, no caminho de Damasco e, a partir desse momento, Saulo tornou-se cristão, foi batizado e cheio do Espírito Santo. Depois recolheu-se ao deserto da Arábia por alguns anos e teve revelações profundas do Senhor Jesus e tornou-se o apóstolo dos gentios. 


Nesta primeira lição falaremos sobre os três mundos do apóstolo Paulo: o romano, o grego e o judeu. Veremos nesta lição, o mundo em que Paulo viveu, sob três aspectos: as características do império romano, a bagagem cultural grega de Paulo e as suas raízes e ligações com o povo de Israel.


No primeiro tópico, falaremos sobre os detalhes da vida de Paulo no império romano. Veremos neste tópico, algumas informações sobre as origens de Paulo. Depois veremos informações sobre a geografia do império romano e como isso contribuiu para as viagens missionárias. Por último falaremos sobre o chamado de Paulo para ser apóstolo dos gentios. 


No segundo tópico, veremos o aspecto cultural do apóstolo Paulo. Paulo dominava grego Koiné, que era falado pela população comum no império romano. O Novo Testamento foi escrito nesse idioma, Paulo também foi criado em meio à diversidade religiosa e filosófica dos gregos. Os romanos não se opunham ao politeísmo grego, desde que o império fosse respeitado. 


No terceiro tópico falaremos sobre o aspecto religioso e a ligação de Saulo com a descendência e religião judaica. Saulo era descendente da tribo de Benjamim, a mesma de Saul. O seu nome Saulo é uma variação hebraica do nome de Saul, primeiro rei de Israel. Paulo era o seu nome romano. Saulo estudou com o rabino Gamaliel, aprofundou-se na teologia judaica e tornou-se fariseu. Esta ligação com o Judaísmo e o seu vasto conhecimento da Lei, também contribuiu para que ele mostrasse pelas Escrituras que Jesus é o Messias prometido a Israel. 


O mundo de hoje também é uma porta aberta para o Evangelho. A globalização, a internet, a liberdade religiosa na maioria dos países, os meios de transportes, o multiculturalismo e outros fatores facilitam a pregação do Evangelho, embora ainda há muitos países que são totalmente fechados para o Evangelho e muitas perseguições, inclusive por parte de governos. 


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Pb. Weliano Pires

LIÇÃO 01: O MUNDO DO APÓSTOLO PAULO


EBD - 4° Trimestre De 2021 - Lição 01: O Mundo do Apóstolo Paulo 


Texto Áureo:

“Disse-lhe, porém, o Senhor: Vai, porque este é para mim um vaso escolhido para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis, e dos filhos de Israel.” (At 9.15)


Verdade Prática:

Segundo a sua soberana vontade, Deus usa as circunstâncias para fazer uma grande obra.


LEITURA DIÁRIA

Segunda – Rm 1.1; 1 Co 1.1; Ef 1.1 – Paulo, chamado para ser apóstolo

Terça – At 26.16-18 – Enviado para os gentios

Quarta – 1 Co 8.5,6 – Paulo, um defensor da fé

Quinta – At 22.3 – Paulo declara sua identidade judaica

Sexta – Gl 1.14 – Seu zelo pela religião judaica

Sábado – Atos 13.1-3 – O chamado de Paulo para missões


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Atos 26.1-7


1 – Depois, Agripa disse a Paulo: Permites-te que te defendas. Então, Paulo, estendendo a mão em sua defesa, respondeu:

2 – Tenho-me por venturoso, ó rei Agripa, de que perante ti me haja, hoje, de defender de todas as coisas de que sou acusado pelos judeus,

3 – mormente sabendo eu que tens conhecimento de todos os costumes e questões que há entre os judeus; pelo que te rogo que me ouças com paciência.

4 – A minha vida, pois, desde a mocidade, qual haja sido, desde o princípio, em Jerusalém, entre os da minha nação, todos os judeus a sabem.

5 – Sabendo de mim, desde o princípio (se o quiserem testificar), que, conforme a mais severa seita da nossa religião, vivi fariseu.

6 – E, agora, pela esperança da promessa que por Deus foi feita a nossos pais, estou aqui e sou julgado,

7 – à qual as nossas doze tribos esperam chegar, servindo a Deus continuamente, noite e dia. Por esta esperança, ó rei Agripa, eu sou acusado pelos judeus.


HINOS SUGERIDOS: 194, 204, 473 da Harpa Cristã


OBJETIVO GERAL

Saber como o mundo de hoje é uma porta aberta para o Evangelho.


OBJETIVOS ESPECÍFICOS

I- Apresentar o mundo de Paulo no império romano;

II- Discorrer sobre o mundo cultural de Paulo;

III- Descrever o mundo religioso de Paulo.


INTERAGINDO COM O PROFESSOR


Mais um ano está chegando ao fim. Neste último trimestre, estudaremos a vida e o ministério de um grande homem usado por Deus: o apóstolo Paulo. É uma oportunidade para aprender e colocar em prática princípios eternos que nortearam a vida desse mui digno homem de Deus.

Nesta primeira lição, você pode propor uma reflexão aos alunos a respeito das circunstâncias que o mundo de hoje nos oferece para pregar o Evangelho. À luz do mundo político, cultural e religioso do apóstolo dos gentios, reflita com os alunos as portas abertas para o Evangelho no mundo atual. Apresente o comentarista do trimestre, o pastor Elienai Cabral, escritor, conferencista e consultor doutrinário e teológico da CGADB/CPAD.


INTRODUÇÃO


O assunto deste trimestre é a vida do apóstolo Paulo. Para compreendê-lo melhor, veremos como era o mundo que o apóstolo atuava. Por isso, o texto áureo desta lição apresenta como Paulo foi vocacionado para levar o nome de Jesus diante dos gentios (At 9.15).


PONTO CENTRAL: O mundo de hoje é uma porta aberta para o Evangelho.


I – O MUNDO DE PAULO NO IMPÉRIO ROMANO


1. Entendendo a origem de Paulo. Há poucas informações concretas acerca da vida cronológica de Paulo, como sua data de nascimento, formação cultural e religiosa. Geograficamente, Paulo (nome romano) era natural de Tarso, capital da Cilícia, que ficava às margens do rio Cydnus, na Ásia Menor. Sobre o seu nascimento, não temos data precisa. Talvez tenha ocorrido no ano 5 a.C. Dessa forma, quando o nosso Senhor foi crucificado, Paulo poderia ter entre 30 e 35 anos de idade.

2. A geografia do mundo de Paulo. Geograficamente, o mundo gentílico estava sob o domínio do Império Romano. Naqueles dias, entre o ano 33 e 35 d.C., o imperador era Tibério. A dimensão geográfica do Império Romano permitia excelentes possibilidades de viagens missionárias. Segundo informes da história, a malha viária abrangia em torno de 300 mil quilômetros, sendo que 90 mil quilômetros apresentavam condições excelentes para viajar. As estradas do império, bem como as vias marítimas, foram de grande importância para a expansão da fé cristã.

Pelo Espírito Santo, o apóstolo percebeu as oportunidades incríveis para a disseminação do Evangelho no império. Ele usou todos os meios possíveis de transporte da época, inclusive navios pelas vias marítimas, nas quais sofreu naufrágios e enfermidades. Assim, a geografia do mundo paulino tem papel essencial para a plantação das primeiras igrejas. Por isso, devemos pensar nas oportunidades que Deus nos dá para a eficiência da evangelização urbana e do campo.


3. Paulo, chamado para os gentios. Atos 9 mostra que, em sua infinita sabedoria e presciência, Deus separou Paulo e o chamou a partir de uma experiência espiritual impressionante, bem diferente dos demais apóstolos, para levar o nome de Jesus ao mundo gentílico (At 9.15). Ele soube que seu apostolado não se daria em Jerusalém, que já tinha Pedro, Tiago (o irmão do Senhor) e João, além dos outros apóstolos que ainda não haviam se espalhado pelo mundo.

Por isso, Atos 26 menciona o testemunho pessoal do apóstolo perante o rei Agripa: Mas levanta-te e põe-te sobre teus pés, porque te apareci por isto, para te pôr por ministro e testemunha tanto das coisas que tens visto como daquelas pelas quais te aparecerei ainda, livrando-te deste povo e dos gentios, a quem agora te envio, para lhes abrires os olhos e das trevas os converteres à luz e do poder de Satanás a Deus, a fim de que recebam a remissão dos pecados e sorte entre os santificados pela fé em mim. (Atos 26.16-18). Enquanto os apóstolos de Cristo restringiam-se a anunciar Jesus aos judeus, nosso Senhor convocava Paulo, de maneira dramática, para ser “apóstolo entre os gentios” (Rm 1.1: 1 Co 1.1; Ef 1.1). Nosso Senhor continua a chamar pessoas para um ministério. Precisamos estar sensíveis à voz do Espírito Santo a nos chamar.


SÍNTESE DO TÓPICO I

A “pax romana”, a geografia e os meios de transporte urbanos e do campo do império romano contribuíram para a propagação do Evangelho.


SUBSÍDIO PEDAGÓGICO


Esta lição nos mostra os três “mundos” do apóstolo Paulo: o romano, o grego e o judeu. O apóstolo teve certa liberdade para peregrinar dentro do império. Ele também se comunicou na língua predominante da época, o grego koiné, bem como fez uso da vasta literatura de seu tempo. Paulo também era judeu. A moral judaica estava presente em algumas partes do império por meio das sinagogas. A soma de tudo isso serviu ao Espírito Santo para que a vida do apóstolo fosse usada integralmente para a causa do Evangelho no mundo gentílico. Por isso, sugerimos que você introduza o assunto desta lição perguntando aos alunos acerca da contribuição cultural, política e religiosa que o mundo atual nos dá para pregar o Evangelho. Quais as necessidades que o mundo de hoje apresenta? Como o Evangelho pode preenchê-las?


II – O MUNDO CULTURAL DE PAULO


1. A língua mundial daqueles dias era o grego. Para o povo judeu, o hebraico e o aramaico eram línguas nativas. Entretanto, apesar de a Palestina e todos os demais países do médio-oriente estarem sob a autoridade do Império Romano, prevaleceu a língua do grego koinê, possibilitada pela infraestrutura de comunicação do império. O koiné era uma língua popular muito difundida na época. O Novo Testamento foi escrito no grego koiné, e o apóstolo Paulo falava e escrevia fluentemente tanto o grego como o hebraico e o aramaico.

Utilizando o grego, Paulo teve uma formação básica em Tarso e, posteriormente, foi levado por seu pai, que era judeu e pertencia ao grupo dos fariseus em Jerusalém, para aprender e conhecer em profundidade a Torah aos pés do rabino Gamaliel. Aqui, é possível refletir acerca do uso das principais línguas do mundo (inglês, francês, espanhol, mandarim) para a obra da evangelização.

2. O mundo cultural do apóstolo Paulo. O Império Romano respeitava a diversidade religiosa, desde que se respeitassem os deuses do império. Em Roma, havia os cultos a entidades gregas como Eleusis, Dionísio, Atis, que se integravam com divindades egípcias como Osíris, Ísis, Serapis, bem como as divindades orientais Mitras e Asclépio, uma divindade de cura. Havia divindades da Ásia Menor sob o domínio do império em Éfeso, Colossos e Corinto, tais como Diana, Artemis e outras mais Essa diversidade religiosa acabou facilitando a propagação do nome de Jesus, pregado pelos apóstolos. A realidade atual das diversidades culturais e religiosas pode abrir caminhos para que, de maneira inteligente, evangelizemos o mundo, nos termos do apóstolo Paulo, no areópago de Atenas (At 17.15-34).

3. A influência da filosofia grega. Nesse mundo religioso havia a influência filosófica grega. Essencialmente, o Império Romano era politeísta e Paulo referiu-se a isso em 1 Coríntios 8.5. A influência filosófica grega, especialmente do gnosticismo, era muito forte e acabou influenciando o pensamento de muitos cristãos daqueles dias. Os Líderes da Igreja da época tiveram de refutar com veemência as teorias do gnosticismo, cujos adeptos queriam misturá-las com a doutrina pura de Cristo. Naturalmente, pelo fato de ter vivido naquele mundo, Paulo teve de fortalecer a doutrina cristã sobre Deus, fé, Jesus, Espírito Santo, graça e salvação. O apóstolo, indiscutivelmente, se tornou o grande defensor do Evangelho de Cristo. Como proclamadores do Evangelho, devemos pensar em estratégias a fim de que nossos jovens e adolescentes, bem como a maturidade cristã, possam expressar as razão da fé com mansidão e temor diante dos não crentes (1 Pe 3.15).


SÍNTESE DO TÓPICO II

O grego koiné era a principal língua do tempo do apóstolo e, como mola propulsora da cultura grega, ela contribuiu para a propagação da mensagem escrita do Evangelho.


SUBSÍDIO PENSAMENTO CRISTÃO


À medida que o cristianismo se expandia no mundo romano, a igreja Primitiva enfrentava muitas questões e desafios novos. Os pais escreveram e ensinaram, individualmente e em reuniões de concílios, no esforço de responder a essas questões. Muitas de suas soluções ainda formam um fundamento essencial para a reflexão teológica, a organização da igreja e a vida cristã. Entre as contribuições da Igreja Primitiva para a formação de uma cosmovisão cristã, quatro áreas foram particularmente importantes:


1) Autodefinição, quer dizer, a compreensão do que significa ser cristão em referência ao judaísmo;

2) a relação do cristianismo com a cultura não-cristã [grega], segundo reflexões

feitas pelos apologistas ou defensores da fé;

3) a visão cristã de Deus e de Jesus Cristo nos primeiros concílios ecumênicos;

4) a relação do cristianismo com o governo”(PALMER, Michael D. (Ed). Panorama do Pensamento Cristão. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, p.113).


CONHEÇA MAIS


O Evangelho no mundo gentílico


“O Evangelho já havia sido pregado em Jerusalém, Judeia e Samaria. Desarraigado pela mão feroz de Saulo, o perseguidor, estabeleceu-se na grande cidade de Antioquia. O propósito do Evangelho era ser transplantado. Antioquia, que veio a ser um centro missionário, foi o ponto de partida para Paulo. Para ler mais, consulte a obra “Atos: E a Igreja se Fez Missões” editada pela CPAD, p.145.


III – O MUNDO RELIGIOSO DE PAULO


1. Paulo se identifica como judeu. Em Atos 22.3, Paulo declara a sua defesa em Jerusalém, diante dos judeus que se opunham à sua mensagem, tratando-o como traidor da fé judaica: “Eu sou judeu, nascido em Tarso da Cilicia” Ele falava em hebraico para aquela plateia, quando todos esperavam que falasse apenas em grego. O apóstolo tinha o sangue de pais judeus. Seu pai era fariseu zeloso e influente na sinagoga em Tarso, e o criou para ser um fariseu, tanto quanto ele mesmo.

2. Paulo foi criado dentro da fé judaica. A circuncisão foi uma lei obedecida pelos pais de Paulo, que o circuncidaram aos oito dias de nascido (Fp 3.5). Uma vez que os judeus valorizavam muito as genealogias, o apóstolo se declarou da tribo de Benjamim. Dentro da fé judaica, Paulo se tornou um defensor ardoroso da Torah, e obedecia a todas as regras e leis requeridas, especialmente, pelos fariseus. Ele era um religioso extremamente zeloso, no sentido de cumprir piamente a lei de Moisés (Gl 1.14). O apóstolo deu testemunho de que havia sido instruído no conhecimento da Torah desde sua meninice aos pés do rabino Gamaliel, pois conhecia tudo de ritos, leis e regras que regiam o Santuário e Israel.

3. O mundo: palco da mensagem de Paulo ao povo gentílico. O mundo missionário dos apóstolos de Jesus restringia-se, numa visão inicialmente limitada, apenas ao povo judeu (At 11.19). Quando o Senhor convocou Paulo, o chamou pelas características de que precisava para disseminar o Evangelho no mundo gentílico. As culturas romana e grega que Paulo adquiriu, davam-lhe condições de peregrinar pelo mundo gentílico. Ele plantou igrejas na Galácia, Acaia e Ásia Menor. O apóstolo não se importava com status social, pois tinha bagagem cultural para entrar nos palácios, nos sinédrios judeus, nas praças do Areópago em Atenas. Portanto, o mundo dos gentios foi o palco que o Espírito Santo montou para que Paulo pregasse o nome de Jesus e estabelecesse novas igrejas por onde passasse. O mundo de hoje é esse mesmo palco que o Espírito Santo preparou para que preguemos o Evangelho com a graça de Deus.


SÍNTESE DO TÓPICO III

O apóstolo Paulo se identifica como judeu, pois ele foi criado dentro da Fé judaica.


SUBSÍDIO PENSAMENTO CRISTÃO


Desde o princípio, a Igreja recém-nascida achou-se num mundo multicultural. Seu contexto imediato e seus primeiros membros eram quase exclusivamente judeus. Uma preocupação inicial que a comunidade de crentes enfrentou dizia respeito à sua relação com o judaísmo do século I. O indivíduo tinha de se tornar judeu para ser verdadeiro seguidor de Jesus? A identificação com a comunidade de crentes livrava a pessoa de todas as expectativas tradicionais dos judeus? E as Escrituras dos judeus? Elas foram substituídas em todo ou em parte por Jesus Cristo?

Estas preocupações estavam em primeiro lugar na mente dos autores neotestamentários, especialmente de Paulo. Como 'apóstolo aos gentios, Paulo estava particularmente preocupado que fossem permitidos tanto aos gregos, aos bárbaros (os não-gregos), aos judeus e aos gentios, terem uma posição igual na comunidade de fé (Gálatas 3.28: Colossenses 3.11). (PALMER, Michael D. (Ed) Panorama do Pensamento Cristão. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, p.113).


CONCLUSÃO


A cultura geral que Paulo adquiriu ao longo da vida tornou-o capaz de enfrentar os oponentes do Evangelho com ousadia e ciência. Diante de reis, governadores, tribunos e autoridades religiosas, o apóstolo era excelente orador e arguto no conhecimento de várias ciências. Paulo tinha uma personalidade forte e dinâmica, orientada por convicções profundas, e perseguia seus objetivos com desvelo e grande envolvimento emocional. O mundo do apóstolo foi o que Deus lhe abriu para que comunicasse o Evangelho de Cristo.


QUESTIONÁRIO


1. Paulo era natural de qual cidade? 

Tarso, capital da Cilícia.

 

2. O que Atos 9 mostra? 

Atos 9 mostra que, em sua infinita sabedoria e presciência, Deus separou Paulo e o chamou a partir de uma experiência espiritual sobrenatural, bem

diferente dos demais apóstolos, para levar o nome de Jesus ao mundo gentílico (At 9.15).


3. Qual era a língua mundial nos dias de Paulo? 

O grego koiné.


4. Como Paulo declara a sua defesa em Atos 22.3? 

Em Atos 22.3, Paulo declara a sua defesa assim: “Eu sou judeu, nascido em Tarso da Cilícia”.


5. A quem se restringia o mundo missionário dos primeiros apóstolos?

O mundo missionário dos apóstolos de Jesus restringia-se, numa visão inicialmente limitada, apenas ao povo judeu (At 11.19).




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