Sou evangelista da Assembléia de Deus, Ministério do Belém, em São Carlos-SP. Defendo o verdadeiro Evangelho de Jesus Cristo. Este Evangelho mostra uma humanidade destituída da glória de Deus e um único salvador, capaz de restaurá-la: Jesus Cristo, o Filho Unigênito de Deus.
05 março 2021
24 fevereiro 2021
Lição 09 – Vivendo o Fervor Espiritual
Crédito da imagem: Editora CPAD |
TEXTO ÁUREO:
“E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito.” (Ef 5.18)
VERDADE PRÁTICA:
“Ser cheio do Espírito pode se referir tanto ao batismo no Espírito Santo como também à vida plena no Espírito.”
HINOS SUGERIDOS: 153, 155, 556 da Harpa Cristã
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Efésios 5.15-20
15 – Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios,
16 – remindo o tempo, porquanto os dias são maus.
17 – Pelo que não sejais insensatos, mas entendei qual seja a vontade do Senhor.
18 – E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito,
19 – falando entre vós com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração,
20 – dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo.
INTRODUÇÃO
Na semana passada, estudamos sobre o nosso compromisso com a Palavra de Deus. Vimos que a Bíblia é nosso único manual de fé e doutrina e que não baseamos as nossas crenças em opinião humana ou nas emoções. Estudamos o princípio da Reforma Protestante "Sola Scriptura", que indica a autoridade suprema da Bíblia nas questões de fé e conduta para a vida cristã.
Falamos sobre o zelo para com a boa doutrina e que os nossos credos e confissões de fé não são frutos da opinião humana. Eles são fundamentados obrigatoriamente na Palavra de Deus.
Por último, vimos os cuidados que devemos ter em relação aos modismos que surgem no meio da Igreja e como estes devem ser combatidos por meio da apologética cristã.
Na lição desta semana, vamos falar sobre o fervor espiritual. No primeiro tópico, estudaremos a importância da devoção pela oração e leitura da Palavra, viver sábio e aproveitamento consciente do tempo, como sinais de uma vida de fervor espiritual.
No segundo tópico, trataremos do viver cheio do Espírito em oposição à vida em contendas, confusão e devassidão. Em Efésios 5.18, Paulo exorta os crentes a “encherem-se do Espírito, e não se embriagarem com vinho”, mostrando que uma coisa é oposta à outra.
Por último, trataremos a respeito da vigilância contra a frieza espiritual. A frieza espiritual paralisa o crente e, consequentemente, o leva à degeneração moral e até à morte espiritual. Um dos requisitos exigidos para o exercício do diaconato em Atos 6 é “ser cheio do Espírito Santo”. O apóstolo Paulo nos mostra três características de alguém que é cheio do Espírito Santo: o testemunho transbordante, a vida de gratidão e de submissão. Veremos no terceiro tópico, os detalhes de cada uma delas.
I – A IMPORTÂNCIA DA DEVOÇÃO PELA PALAVRA E ORAÇÃO
A vida devocional é fundamental para a sobrevivência espiritual do crente. Assim como o corpo físico necessita de boa alimentação e exercícios físicos para estar saudável, com o nosso espírito acontece a mesma coisa. O crente que não pratica as disciplinas da vida cristã, esfria na fé e pode até morrer.
Na língua grega existem três palavras para tempo:
b. Kairós. Tempo propício, ou oportunidade;
c. Aion. Tempo indefinido ou eterno. Este é o tempo de Deus. Ele não está sujeito ao tempo cronológico ou às ocasiões. Ele age quando quiser, pois, um dia para Ele é como mil anos e mil anos como um dia.
Paulo usa a palavra "Kairós", indicando que o cristão deve “remir o tempo”, ou aproveitar as oportunidades para fazer algo para Deus e em prol dos perdidos. Escrevendo a Timóteo, no capítulo 4, versículo 2, Paulo recomenda que ele pregue a Palavra “em tempo e fora de tempo”. Ou seja, em tempo oportuno, com tudo planejado, ou de improviso, criando oportunidades para a evangelização.
Paulo diz: “Não vos embriagueis com vinho em que há contenda…”. A palavra traduzida por contenda também significa devassidão e dissolução. Então, as atitudes de uma pessoa embriagada são incompatíveis com as de um cristão cheio o Espírito. Infelizmente, há teólogos liberais ensinando que não há problema em o crente consumir vinho e outras bebidas alcoólicas, desde que não se embriague. Eu, porém, não recomendo nenhum tipo de bebida embriagante, pois, além de causar diversos males à saúde, pode viciar e levar a pessoa ao alcoolismo. Um abismo chama outro abismo.
2. “… Mas enchei-vos do Espírito” (v.18b). O tempo verbal de “enchei-vos”, denota uma ação contínua. Existem dois tipos de imperativos, na conjugação dos verbos gregos: O tempo aoristo, que indica uma ação única; e o tempo presente, que indica uma ação contínua. Por exemplo, em João 2, Jesus manda encher as talhas de água, usando o imperativo aoristo, indicando que as talhas seriam enchidas uma única vez, até completar. Paulo, no entanto, usa o imperativo no presente, exortando aos efésios que eles deveriam encher-se do Espírito, em uma ação contínua. A Obra do Espírito Santo é dinâmica e não automática, onde alguém recebe o batismo no Espírito Santo e estaciona.
3. Não confundir com o batismo no Espírito Santo. Na lição 3, nós estudamos sobre ser cheio do Espírito Santo, fazendo referência ao batismo no Espírito Santo. Já vimos também que o batismo no Espírito Santo é diferente da entrada do Espírito Santo no crente, que ocorre no momento da sua conversão. Aqui, Paulo fala de alguém que já foi batizado no Espírito Santo, mas, necessita manter-se cheio do Espírito, contrastando com alguém que está embriagado com vinho e vive em contendas, confusões e devassidão. O crente cheio do Espírito Santo, tem em sua vida o Fruto do Espírito que se evidencia em nove virtudes: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão e domínio próprio. (Gl 5.22).
Na ocasião da escolha dos diáconos, em Atos 6, os apóstolos recomendaram a escolha de seis homens que tivessem “boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria”. Depois, nas recomendações para o episcopado e diaconato, em 1 Timóteo 3 e Tito 2, Paulo não traz a recomendação para que sejam cheios do Espírito Santo. Mas, ele coloca uma série de exigências, que são características de alguém que é cheio do Espírito Santo: Irrepreensível, de bom testemunho, não neófito, não avarento, não dado ao vivo, não espancador, moderado, marido de uma só mulher, honesto, apto para ensinar, etc.
Como, então, saber se alguém é cheio do Espírito Santo? Pelas línguas que ele fala? pelo barulho que faz nos cultos? Paulo nos apresenta pelo menos três pontos a serem observados: o testemunho transbordante, a vida de gratidão e a submissão.
2. Dar graça em tudo (v.20). Toda reclamação ou murmuração contra Deus é injusta. Deus fez e faz por nós, muito mais do que nós merecemos. Alguém cheio do Espírito Santo será sempre grato a Deus por tudo, pois,, reconhece-se como um pecador remido, que estava morto em seus pecados e ofensas e foi salvo por Cristo. Paulo diz em 1 Ts 4.3: “Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco.” (1Ts 5.18). Quando vir algum crente que vive reclamando de tudo e ameaçando sair da Igreja por qualquer motivo, saiba que o tal não tem uma vida cheia do Espírito Santo.
3. Sujeição (v.21). A arrogância, soberba e auto exaltação são incompatíveis com um crente cheio do Espírito Santo. A Bíblia nos recomenda a sujeição uns aos outros (Ef 5.21); às autoridades constituídas (Rm 13.1); aos pais (Ef 6.1,2); ao esposo (Ef 5.22). aos patrões (Ef 6.5); aos pastores (Hb 13.17). A submissão é derivada da humildade. Quem não é humilde, jamais será submisso. Jesus é o nosso maior exemplo de submissão e humildade. Mesmo sendo Deus, Ele veio a este mundo e sujeitou-se aos seus pais terrenos, às autoridades e, principalmente, ao Pai. Em Mateus 11.29. Jesus nos diz para aprendermos dele, que é “manso e humilde de coração”.
CONCLUSÃO
Aprendemos nesta lição o que significa ser cheio do Espírito Santo. O fervor espiritual é característico de quem pratica a sua devoção diária através da oração e meditação na Palavra de Deus e vive constantemente cheio do Espírito Santo. O viver cheio do Espírito Santo consiste em viver sábio, aproveitando as oportunidades, sendo grato a Deus por tudo e considerando os outros superiores a si mesmo.
Pb. Weliano Pires
Assembléia de Deus
Ministério do Belém
São Carlos, SP
REFERÊNCIAS:
Lições Bíblicas. Rio de Janeiro: CPAD, 1º Trimestre de 2021.
Ensinador Cristão. Rio de Janeiro: CPAD, 1º Trimestre de 2021.
Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento: Romanos – Apocalipse. Vol. 2. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p.451).
GEE, Donald. Como Receber o Batismo no Espírito Santo: Vivendo e testemunhando com poder. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, pp.43-44.
19 fevereiro 2021
LIÇÃO 8: COMPROMETIDOS COM A PALAVRA DE DEUS
21 de Fevereiro de 2021
TEXTO ÁUREO:
“[…] Bem-aventurados os que ouvem a palavra de Deus e a guardam.” (Lc 11.28)
VERDADE PRÁTICA
"A autoridade divina da Bíblia deriva de sua origem em Deus, e isso por si só encerra a suprema autoridade das Escrituras como plena e total garantia de infalibilidade."
HINOS SUGERIDOS: 259, 499, 506 da Harpa Cristã.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: 2 Timóteo 2.14-19; 2 Pedro 1.20,21; 2 Timóteo 2.14-19
14 – Traze estas coisas à memória, ordenando-lhes diante do Senhor que não tenham contendas de palavras, que para nada aproveitam e são para perversão dos ouvintes.
15 – Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.
16 – Mas evita os falatórios profanos, porque produzirão maior impiedade.
17 – E a palavra desses roerá como gangrena; entre os quais são Himeneu e Fileto;
18 – os quais se desviaram da verdade, dizendo que a ressurreição era já feita, e perverteram a fé de alguns.
19 – Todavia, o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus, e qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniquidade.
2 Pedro 1
20 – sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação;
21 – Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.
INTRODUÇÃO
REVISTA LIÇÕES BÍBLICAS. Rio de Janeiro: CPAD, 1º Trimestre 2021.
REVISTA ENSINADOR CRISTÃO. Rio de Janeiro: CPAD, 1º Trimestre 2021.
Declaração de Fé das Assembleias de Deus. 1ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, pp.15, 27, 28.
12 fevereiro 2021
Lição 7: Cultuando a Deus com liberdade e reverência
14 de Fevereiro de 2021
TEXTO ÁUREO:
“Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.” (Jo 4.24)
VERDADE PRÁTICA:
“A adoração em espírito diz respeito à posição espiritual do adorador, isso quer dizer que o que vale diante de Deus é como adorar, não onde adorar.”
HINOS SUGERIDOS: 124, 243, 543 da Harpa Cristã
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: 1 Coríntios 14.26-32
26 – Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação.
27 – E, se alguém falar língua estranha, faça-se isso por dois ou, quando muito, três, e por sua vez, e haja intérprete.
28 – Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja e fale consigo mesmo e com Deus.
29 – E falem dois ou três profetas, e os outros julguem.
30- Mas, se a outro, que estiver assentado, for revelada alguma coisa, cale-se o primeiro.
31 – Porque todos podereis profetizar, uns depois dos outros, para que todos aprendam e todos sejam consolados.
32 – E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas.
INTRODUÇÃO
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS:
REVISTA LIÇÕES BÍBLICAS. Rio de Janeiro: CPAD, 1º Trimestre 2021.
REVISTA ENSINADOR CRISTÃO. Rio de Janeiro: CPAD, 1º Trimestre 2021.
Declaração de Fé das Assembleias de Deus. 1ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, pp.144,145.
Matos, Alderi Souza de. LITURGIA: É MESMO NECESSÁRIA?. Texto publicado em: https://www.ipb.org.br/index.php/informativo/liturgia-e-mesmo-necessaria-4279
06 fevereiro 2021
04 fevereiro 2021
LIÇÃO 6: SANTIFICAÇÃO: COMPROMETIDOS COM A ÉTICA DO ESPÍRITO
TEXTO ÁUREO:
“Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor.” (Hebreus 12.14)
VERDADE PRÁTICA:
“Santificação é especialidade do Espírito Santo; ela é instantânea e ao mesmo tempo progressiva, pois acompanha o crescimento espiritual do crente.”
Hinos sugeridos: 247, 363 e 455 da Harpa Cristã.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: 1 Pedro 1.13-23
13 – Portanto, cingindo os lombos do vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que se vos ofereceu na revelação de Jesus Cristo,
14 – como filhos obedientes, não vos conformando com as concupiscências que antes havia em vossa ignorância;
15 – mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver,
16 – porquanto escrito está: Sede santos, porque eu sou santo.
17 – E, se invocais por Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo a obra de cada um, andai em temor, durante o tempo da vossa peregrinação,
18 – sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que, por tradição, recebestes dos vossos pais,
19 – mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado,
20 – o qual, na verdade, em outro tempo, foi conhecido, ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado, nestes últimos tempos, por amor de vós;
21 – e por ele credes em Deus, que o ressuscitou dos mortos e lhe deu glória, para que a vossa fé e esperança estivessem em Deus.
22 – Purificando a vossa alma na obediência à verdade, para caridade fraternal, não fingida, amai-vos ardentemente uns aos outros, com um coração puro;
23 – sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva e que permanece para sempre.
OBJETIVO GERAL:
Mostrar o quanto devemos estar comprometidos com a ética do Espírito.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
- Apresentar a santificação no Antigo Testamento;
- Explicar a santificação no Novo Testamento;
- Aplicar o exemplo de santificação à vida dos alunos.
INTRODUÇÃO
Na lição passada, estudamos o tema o fruto do Espírito: o eu crucificado. Vimos nessa lição, o fruto do Espírito na vida do crente; a relação entre fruto do Espírito e os dons espirituais; e a oposição que há entre o Espírito e a carne.
Na lição desta semana, estudaremos o tema: Santificação: comprometidos com a ética do Espírito. Discorreremos nesta lição sobre a santidade no Antigo e no Novo Testamento e sobre a santidade na vida do crente.
Quando falamos de santidade, precisamos ter em mente, que somente Deus é santo em si mesmo, na sua essência e natureza. Portanto, ninguém pode ser santo por si mesmo, ou na mesma proporção que Deus é. Se andarmos no Espírito, Ele nos santifica e assim, refletiremos a Sua santidade em nosso modo de viver.
I. A SANTIFICAÇÃO NO ANTIGO TESTAMENTO
Deus é absolutamente Santo, em seu caráter e essência. Nele não há trevas nenhuma. Deus é Santo em si mesmo, sem necessitar de nenhuma interferência externa. Deus não se mistura com o mal. Sendo assim, Ele exige que o seu povo seja também santo. (Lv 20.7). No Antigo Testamento há três palavras para tratar da santificação: Santificação, consagração e purificação.
1. A santificação. A santificação é a separação de tudo o que é impuro ou profano, para pertencer exclusivamente a Deus ou ao seu serviço. Em todo o Antigo Testamento, Deus faz questão de separar o seu povo das nações idólatras e os objetos e pessoas usadas no culto ao Senhor, das coisas imundas. Profanar as coisas de Deus é considerá-las comuns, não lhes dando o devido valor.
O verbo hebraico “kadash” (santificar) ou o substantivo “kadosh” (santo) significam “ser santo, ser santificado, santificar, ser posto à parte”. Esta palavra e os seus derivados são usados 830 vezes no Antigo Testamento. O conceito de “kadosh” no Antigo Testamento é separar algo ou alguém do uso comum para o serviço de Deus.(1 Sm 7.1).
2. A consagração. A consagração é parte da santificação. Se por um lado, santificar é separar daquilo que é profano para o serviço de Deus, a consagração é a dedicação de pessoas, lugares ou objetos a Deus. Uma vez consagrado ou dedicado a Deus, não pode ser usado para outros fins.
Embora sejam palavras distintas, santificação e consagração podem significar a mesma coisa em algumas partes do Antigo Testamento, dependendo do contexto. Por exemplo, em Êxodo 28.3, Deus ordena que se façam vestes para Aarão e seus filhos para santificá-lo, ou para consagrá-lo.
3. A purificação. O termo hebraico ‘tahor’, que significa “puro, limpo” derivado do verbo taher, “ser limpo, puro”, e “qadosh”, “santo”, do verbo qadash, pertencem ao mesmo campo semântico. Referem-se à santidade de Deus (Is 6.3; Hc 1.13) e às pessoas que se aproximam dEle e se purificam de toda sorte de pecado e idolatria (Sl 51.10; Ez 36.25).
A versão grega do Antigo Testamento, a Septuaginta, traduziu a palavra “tahor” pela palavra grega “katharizo”, que significa “tornar limpo, limpar, purificar” e o verbo “kadash” por “hagiazo”, que significa “santificar ou consagrar”. O adjetivo grego “hagíos”, “santo”, traduz 20 palavras hebraicas do Antigo Testamento como kadash, kadosh, kodesh, entre outras.
SÍNTESE DO TÓPICO I:
O Antigo Testamento mostra que a santidade de Deus se originou nEle mesmo, ela é a plenitude gloriosa de sua excelência moral.
II – A SANTIFICAÇÃO NO NOVO TESTAMENTO
Diferente do que acontece no Antigo Testamento, no Novo Testamento inexiste o conceito de consagração e pureza rituais ou lugares e objetos sagrados. Entretanto, há também a exigência da santificação, como condição indispensável para se ver a Deus (Hb 12.14).
1. Uma obra da Trindade. Nós cremos em um único Deus, que subsiste eternamente em três pessoas: O Pai, o Filho e o Espírito Santo. Estes três são um único Deus, iguais em substância, poder, majestade e atributos. Como vimos nas duas primeiras lições deste trimestre, os três atuam juntos na obra da redenção. A santificação é um dos aspectos da salvação, junto com a justificação e a regeneração e é uma obra da Trindade na vida do crente.
2. Natureza da santificação. A santificação no Novo Testamento é operada pelo Espírito Santo no interior do homem e tem duas dimensões:
a) Santificação posicional. Acontece no momento em que o pecador aceita a Cristo como Seu salvador e é declarado santo. (1 Co 1.30)
b) Santificação progressiva. Acontece durante a nossa vida cristã, conforme nos entregamos a Deus e praticamos as disciplinas da vida cristã.
3. Uma necessidade. A santificação não é uma opção na vida do cristão. É uma necessidade. Sem ela, ninguém verá o Senhor. (Hb 12.14). Quando recebemos a Cristo como salvador, somos justificados por Ele. A sentença de morte que havia contra nós é rasgada por Cristo. A nossa dívida é perdoada e somos declarados justos. Este aspecto da salvação é chamado de justificação. Depois disso, o Espírito Santo opera em nós o novo nascimento. Estávamos mortos em nossos pecados e ofensas e não teríamos condições de sozinhos, buscar a Deus. O Espírito Santo nos capacita a vivermos uma nova vida. Somos criados novamente em Cristo. Este aspecto da salvação é chamado de regeneração. Por último temos a santificação que é a separação de tudo que é impuro e dedicação exclusiva a Deus. Esta santificação é instantânea, na santificação posicional, mas, é também um processo, na santificação progressiva.
SÍNTESE DO TÓPICO II
No Novo Testamento a santidade é a semelhança do caráter de Cristo.
III – A SANTIFICAÇÃO APLICADA AO CRENTE
A santificação não é uma obra humana. O Espírito Santo é quem produz santidade no crente. O nosso padrão de santidade é o Senhor Jesus. O Espírito Santo nos molda, tornando-nos parecidos com Cristo.
1. A comunidade de Jesus. Assim como a nação de Israel era considerada propriedade particular de Deus, a Igreja também é considerada Coluna e firmeza da verdade (1 Tm 3.15); reis e sacerdotes de Deus (Ap 1.6) geração eleita, o sacerdòcio real, a nação santa, o povo adquirido (1 Pe 2.9). Sendo assim, da mesma forma que Deus exigiu santidade do povo de Israel, Ele exige que a sua Igreja seja santa.
2. Uma vida santificada. Somos santificados de três formas: Pela Palavra de Deus (Jo 17.17), pelo sangue de Cristo (Hb 9.12) e pelo Espírito Santo (1 Pe 1.2). Através da leitura e meditação na Palavra de Deus somos confrontados na nossa velha natureza e somos orientados a ter o caráter de Cristo. O Espírito Santo, por sua vez, opera em nós a transformação e nos aproxima de Deus. O sangue [ou a morte] de Cristo pagou o preço da nossa e aplaca a ira de Deus, trazendo-nos paz com Deus. O caráter de Cristo não combina com ódio, inveja, discórdias, brigas, mentiras, palavrões, violência, falsidade, avareza e outras coisas desse tipo. A santificação nos torna parecidos com o estilo de vida de Cristo.
3. O que é ética? A palavra ética vem do termo grego “ēthos”, que significa “hábito”, “costume”. A Ética é definida pela filosofia como um conjunto de valores morais, que estabelecem as diretrizes que regulamentam a vida da humanidade em sociedade. Existem pelo menos três categorias de ética, com as suas respectivas subcategorias: Humanista, naturalista e religiosa.
a) A ética humanista. Tem o ser humano como o centro de tudo. Dentro desta perspectiva, tudo aquilo que trouxer ‘benefício’ à sociedade deve ser aceito. Dentro desta ética estão o existencialismo, o utilitarismo e o hedonismo.
b) Ética naturalística. Fundamenta-se nas leis da natureza e considera que tudo aquilo que é natural é bom.
c) Ética religiosa. Tem como fundamento aquilo que a religião acredita ser moralmente correto, de acordo com os princípios da divindade que acredita.
A ética cristã está nesta última categoria. Os princípios e práticas do que é certo e errado no Cristianismo estão baseados nas Escrituras Sagradas. Portanto, o que norteia o padrão de conduta do cristão é a Palavra de Deus.
SÍNTESE DO TÓPICO III
O Espírito Santo é a fonte de santidade, segundo o padrão de Jesus Cristo.
CONCLUSÃO
A santificação é a marca de uma vida na plenitude do Espírito. Ser santo é fugir de toda aparência do mal e ter um estilo de vida semelhante ao de Cristo. Entretanto, precisamos entender o conceito de santificação na Bíblia, para não a confundirmos com legalismo, isolacionismo, ritualismos, monasticismo ou ascetismo.
Pb. Weliano Pires
Igreja Evangélica Assembléia de Deus
Ministério do Belém
São Carlos - SP
REFERÊNCIAS:
REVISTA LIÇÕES BÍBLICAS. Rio de Janeiro: CPAD, 1º Trimestre 2021.
REVISTA ENSINADOR CRISTÃO. Rio de Janeiro: CPAD, 1º Trimestre 2021.
LENNOX, John C. Contra a Correnteza: A inspiração de Daniel para uma época de Relativismo. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, pp.49-50.
GEE, Donald. Como Receber o Batismo no Espírito Santo: Vivendo e testemunhando com poder. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, pp.60,61.
CONEGERO, Daniel. O que é étca cristã. https://estiloadoracao.com/o-que-e-etica-crista/
O ESTADO FINAL DE TODOS OS SANTOS
(Comentário do 3º tópico da Lição 13: A Cidade Celestial) Ev. WELIANO PIRES No terceiro tópico, falaremos do estado final de todos os santo...
-
"A ninguém imponhas precipitadamente as mãos, nem participes dos pecados alheios; conserva-te a ti mesmo puro." (1 Timóteo 5.22) ...
-
O ministério começa com a chamada, depois vem a conversão e por último a preparação. Não se deve separar obreiros que não foram chamados, qu...