29 junho 2024

O ESTADO FINAL DE TODOS OS SANTOS

(Comentário do 3º tópico da Lição 13: A Cidade Celestial)

Ev. WELIANO PIRES


No terceiro tópico, falaremos do estado final de todos os santos. Veremos o que todo cristão deve esperar, tendo consciência de que somos peregrinos e forasteiros aqui. Na sequência, veremos que nesta Cidade serão reunidas as pessoas da Igreja e de Israel, formando um só povo, em plena unidade. Finalmente, falaremos da nossa chegada ao nosso lar eterno, onde não haverá mais morte, tristeza nem dor. 


1. O que todo crente salvo deve esperar? Conforme estudamos na Lição 03 deste trimestre, o Céu é o alvo de todo cristão. Na lição passada também falamos da bendita esperança do Cristão, que é a vinda do Senhor. Nós não fomos salvos por Jesus para prosperar aqui neste mundo, ou para transformar este planeta em um lugar melhor para se viver, como ensinam, respectivamente, a Teologia da prosperidade e a Teologia da Missão Integral. 


Nós cremos que Deus pode curar enfermos e pode conceder riquezas a quem Ele quiser. Mas Jesus não veio a este mundo para isso. Ele se fez homem e ofereceu-se em sacrifício a Deus, para nos resgatar do pecado e nos livrar da condenação eterna. Em seus ensinos, Jesus deixou muito claro que o Seu Reino não é deste mundo. Ele prometeu que iria preparar lugar para os seus discípulos e voltaria para os levar para junto dele (Jo 14.1-3). Em várias ocasiões, Jesus disse aos seus discípulos que o mundo iria odiá-los, persegui-los e até matá-los por causa dele. 


Diante destas promessas do Senhor Jesus, todo crente salvo deve ter a consciência de que aqui não é a sua pátria. Vivemos aqui como estrangeiros e peregrinos, caminhando em direção à nossa Pátria Celestial. Os  heróis da fé do Antigo Testamento esperavam uma cidade celestial, que seria construída pelo próprio Deus, mesmo não tendo ainda a revelação de como seria isso. O escritor da Epístola aos Hebreus deixou isso muito claro, quando falou da fé de Abraão, que habitou em tendas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa: “Porque esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus.” 


Os crentes da Igreja Primitiva tinham esta esperança mais clara ainda, pois receberam a revelação do próprio Senhor Jesus, de que Ele iria para o Pai, mas em breve voltaria para buscá-los. De posse desta promessa, eles viviam na expectativa de que o Senhor iria voltar a qualquer momento, durante a vida deles. Eles não se prendiam a nada neste mundo e enfrentaram, corajosamente, as mais terríveis perseguições, torturas e mortes, por causa do Evangelho, pois a esperança deles estava posta na eternidade. 


2. Viveremos todos em unidade. Na visão que João teve da Nova Jerusalém, ele viu doze portas com os nomes das doze tribos de Israel. Viu também o muro da cidade, com doze fundamentos, contendo os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro (Ap 21.12-14). Esta visão mostra-nos claramente a unidade de todos os salvos de todas as épocas, tanto da Antiga Aliança, quanto da Nova Aliança. Em Cristo, não haverá judeu ou gentio, todos seremos um só povo (Gl 3.28). 


Aqui neste mundo há vários tipos de conflitos e segregações: judeus e samaritanos, israelenses e palestinos, ricos e pobres, brancos e negros, esquerda e direita, sulistas e nordestinos, católicos e protestantes, arminianos e calvinistas, reformados e pentecostais, etc. Em todos os segmentos das relações humanas há estas divisões e até mesmo no meio da Igreja há separações. Entretanto, aqueles que chegarem ao Céu serão um só povo e terão um único Pastor que é Jesus Cristo. 


3. Finalmente em casa. Aqui temos uma conclusão de tudo o que estudamos não apenas nesta lição, mas em todas as lições deste trimestre, que é o fim da carreira que nos está proposta. Esta carreira se iniciou com o novo nascimento, passou pela escolha da porta estreita e o caminho apertado. Passamos pelas tentações e enfrentamos inimigos ferozes, que são o diabo, a carne e o mundo. Usamos as nossas armas espirituais, desenvolvemos a consciência de santidade e mantivemos firmes a nossa esperança. 


No arrebatamento da Igreja, seremos levados ao Céu por Jesus e passaremos pelo Tribunal de Cristo e as Bodas do Cordeiro. No final da Grande Tribulação, desceremos com Cristo e reinaremos com Ele por mil anos, no período chamado de Milênio. Após o Milênio e o Juízo Final, finalmente entraremos na Nova Jerusalém, que é o nosso eterno lar. Ali não haverá mais mortes, pecado, angústia, tristeza, nem dor. Será o estado final de todos os santos,de todas as épocas. 


REFERÊNCIAS: 


GOMES, Osiel. A Carreira que nos está proposta: O caminho da Salvação, santidade e perseverança para chegar ao Céu. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2024.

REVISTA ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, 2º Trimestre de 2024. Nº 97, pág. 42.

Bíblia de Estudo Pentecostal Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, págs. 696, 2469.

HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. RIO DE JANEIRO, CPAD, 2021, pp. 609, 610.

SOARES, Esequias; SOARES, Daniele. A Justiça Divina: A preparação do povo de Deus para os últimos dias no livro de Ezequiel. Editora CPAD. 1 Ed. 2022. pág. 146-147. 


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