09 maio 2024

AS TRÊS ARMAS ESPIRITUAIS DO CRISTÃO

(Comentário do 2º tópico da Lição 06: As nossas armas espirituais) 

Ev. WELIANO PIRES

No segundo tópico, descreveremos as três principais armas do crente: A primeira delas é a Palavra de Deus, a espada do Espírito. Jesus venceu o inimigo usando a Palavra de Deus. A segunda arma do crente é a oração. Jesus teve completa vitória, porque sempre viveu em oração. A terceira arma do crente é o jejum, uma arma espiritual que nos auxilia a ter mais intimidade com Deus. Jesus venceu o inimigo, estando em jejum e oração, por quarenta dias. 

1. A Palavra de Deus. A Palavra de Deus é uma poderosa arma de defesa e de ataque para o cristão. Na relação de armas que fazem parte da armadura do cristão, o apóstolo Paulo citou a Palavra de Deus, como a espada do Espírito (Ef 6.17). O escritor da Epístola aos Hebreus também falou que a Palavra de Deus é mais penetrante do que espada de dois gumes, pois penetra até à divisão da alma e do espírito, juntas e medulas e é apta para discernir os pensamentos e intenções dos corações (Hb 4.12). 

A Palavra de Deus é o fundamento seguro para as nossas vidas. No final do Sermão do Monte, o Senhor Jesus comparou a Palavra de Deus ao alicerce de uma casa edificada sobre a rocha: "Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha. E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a Rocha. (Mt 7.24,25). Quem edifica a sua vida sobre a Palavra de Deus, não será abalado pelas tempestades e crises desta vida. 

Há muitos textos na Bíblia que falam da importância da Palavra de Deus. Mas, certamente, o Salmo 119 é o que mais a enaltece. Em todos os seus 176 versos, há uma referência à Palavra de Deus, usando termos diferentes como lei, estatutos, juízos, testemunhos, palavra, caminhos, mandamentos, preceitos, etc. Segue abaixo, algumas informações importantes do Salmo 119 sobre a Palavra de Deus:  

A Palavra de Deus purifica os nossos caminhos (Sl 119.9); nos dá condições de não pecar contra Deus (Sl 119.11); alegra o coração de quem se lembra dela (119.16); vivifica os corações (119.25); fortalece a alma (119.28); traz salvação (119.41); produz a piedade de Deus (119.58); consola o aflito (119.76); veio do céu e permanece no céu (119.89); é lâmpada e luz para o nosso caminho (119.105); nos sustenta (119.116); ordena os nossos passos (119.133); é muito pura (119.140); é a verdade desde o princípio (119.160); nos dá entendimento (119.169); etc. 

No Novo Testamento também, a importância da Palavra de Deus é destacada. Jesus falou que a Palavra de Deus testifica dele (Jo 5.39). Depois, na oração sacerdotal, Ele disse que a Palavra de Deus é a Verdade e nos santifica (Jo 17.17). Falou também que a Palavra de Deus é infalível e jamais passará (Mt 24.35). O apóstolo Paulo falou que é através da Palavra de Deus que vem a fé (Rm 10.17). Pedro escreveu que a Palavra de Deus é o leite racional não falsificado, que promove o crescimento espiritual dos novos crentes (1 Pe 2.2). Portanto, a Palavra de Deus é indispensável na jornada do cristão neste mundo. 

2. A oração. A segunda arma espiritual do cristão, não menos importante, é a oração. No Salmo 51.17, durante a sua confissão e arrependimento, Davi disse: “De tarde e de manhã e ao meio-dia orarei; e clamarei, e ele ouvirá a minha voz.”  O próprio Deus, recomendou ao profeta Jeremias: “Clama a mim e responder-te-ei, e anunciar-te-ei coisas grandes e firmes que não sabes.” (Jr 33.3).

A oração é uma prática inerente à vida cristã. Considerando que Deus é um ser pessoal e que se comunica com o seu povo, não é possível haver relacionamento com Deus se não houver oração. Por isso, Jesus não disse aos seus discípulos "se orardes" e sim "quando orardes". Ele partiu do pressuposto de que a oração faz parte da vida cristã. 

Em muitas religiões, a oração é simplesmente a repetição de um texto previamente elaborado, que teria poderes em si mesmo, para proteção, fechamento do corpo, prosperidade, livramentos, etc. Em outras religiões, há a figura do intermediário, que seria alguém a quem o fiel dirige as suas orações, para que este faça a intercessão diante de Deus ou de outras divindades pagãs. 

Entretanto, do ponto de vista bíblico, a oração é um diálogo ou uma conversa entre o crente e Deus. Na oração, o crente abre o seu coração diante de Deus, lançando sobre Ele as suas petições, intercessões e agradecimentos e aguarda a resposta de Deus, em tempo oportuno, de acordo com a Sua soberana vontade. 

Antes de orarmos, devemos sempre lembrar que Deus é Senhor e nós somos servos. Portanto, toda e qualquer oração deve começar com submissão, adoração e agradecimentos a Deus. Não pode haver qualquer espécie de exigência, pois servo não tem esse direito. Devemos orar a Deus, sempre respeitando a sua soberania. 

A Igreja Primitiva perseverava em oração, por isso, era uma Igreja poderosa que obteve muitas vitórias. Eles oraram antes de escolher Matias como apóstolo. Perseveraram na oração até serem revestidos de poder, no Dia de Pentecostes. Oraram agradecendo a Deus até pelas perseguições. Durante a prisão Pedro, a Igreja fez contínua oração por ele, até que ele foi liberto pelo Anjo do Senhor. A Igreja de Antioquia também estava em oração, quando o Espírito Santo chamou Barnabé e Saulo para a obra missionária. Depois, Paulo e Silas também oraram na prisão em Filipos e foram libertos milagrosamente.

Ao longo da história da Igreja também tivemos inúmeros homens e mulheres de Deus que tiveram profunda comunhão com Deus através da oração. Os heróis da fé revolucionaram o mundo com a pregação do Evangelho e milagres. Mas, por trás destes feitos havia piedosos servos de Deus em constante oração. John Knox costumava passar noites em oração clamando a Deus dizendo: “Dá-me a Escócia, senão eu morro!.” Deus atendeu a sua oração e lhe deu a Escócia. 

Muitas mulheres de Deus ao longo da história da Igreja, também mantiveram profunda comunhão com Deus na oração. Em Pernambuco, no ano de 1942, a irmã Albertina Bezerra Barreto, membro da Assembleia de Deus, no bairro de Casa Amarela, em Recife, é um exemplo histórico de oração. A sua filha Zuleide não andava nem falava.  Os médicos disseram que ela não passaria dos oito anos de vida. A sua mãe, no entanto, reuniu sete irmãs em sua casa para orar por esta causa. Durante o período de oração, ela recebeu uma profecia de que a filha seria curada. A menina recebeu a cura e viveu até aos 49 anos. Este acontecimento deu origem ao Círculo de Oração em nossas Igrejas. 

3. O jejum. A terceira arma espiritual do cristão é o jejum. O Jejum e a oração são atos de disciplina, autonegação e humilhação, que demonstram total dependência de Deus. Tanto o jejum como as orações estão presentes em várias religiões. O jejum serve a propósitos ritualísticos, ascéticos, religiosos, místicos e até políticos, de acordo com a motivação e a crença de cada um. 

No Judaísmo, anualmente acontece o chamado Yom Kippur (Dia da expiação), que é um dia  dedicado à contrição, às orações e ao jejum, como demonstração de arrependimento e expiação, em busca do perdão divino. Neste dia os fiéis fazem jejum absoluto e abstém-se de comer, beber, usar calçados de couro, lavar o corpo, passar cremes e desodorantes, de usar eletrodomésticos e de relações sexuais.  

No Islamismo, exige-se o jejum durante o período do Ramadã ou Ramadão. Este período é um mês sagrado para os muçulmanos. Eles fazem jejum diariamente entre o nascer e o pôr do sol. Segundo a tradição islâmica, o profeta Maomé teria recebido revelações divinas nesse período, no século VII d.C. Os muçulmanos praticam o jejum absoluto do nascer ao pôr do sol, em busca da purificação do corpo e da mente. 

Os católicos romanos também praticam o jejum todos os anos, durante os períodos da Quaresma, que são os quarenta dias que antecedem a Páscoa e a ressurreição de Jesus Cristo, e no período do Advento, que é o início  do chamado ano litúrgico, que inicia-se 4 domingos antes do Natal e termina no dia 24 de dezembro. Para os católicos estes períodos não são de festas, mas de ‘alegria moderada e preparação para receber Jesus.’ Os jejuns católicos são parciais e consistem em fazer apenas uma refeição durante o dia e não ingerir coisas proibidas, como carnes e bebidas. 

O jejum bíblico, no entanto, é diferente dos que são praticados em outras religiões, como vimos acima. Para o cristão, o jejum não é uma forma de penitência e autojustificação, como acontece em outras religiões. Na Bíblia, o jejum sempre aparece junto com a oração e está relacionado à humilhação e à confissão de pecados (Dt 9.18; Jn 3.5); e à

lamentação por alguma calamidade, ou derrota em uma batalha (Jz 20.26; Ne 1.4; Et 4.3). 

Os ensinamentos de Jesus sobre o jejum são poucos. Não há uma ordem, nem mesmo um pedido para os seus discípulos jejuarem. Os discípulos de João e os fariseus, chegaram a questionar a Jesus, por que os seus discípulos não jejuavam: “Ora, os discípulos de João e os fariseus jejuavam; e foram e disseram-lhe: Por que jejuam os discípulos de João e os dos fariseus, e não jejuam os teus discípulos?” (Mc 2.18). Jesus respondeu que os filhos das bodas não podem jejuar enquanto o esposo estiver com eles. Mas, quando lhes for tirado o esposo, então jejuarão. 

O fato de Jesus não ter ordenado o jejum aos seus discípulos não significa que Ele não aprova o jejum ou que ele não precisa ser praticado. Jesus não apenas falou sobre o jejum, como também o praticou. Quando falou sobre o jejum, Jesus não disse “se jejuardes”, Ele disse “quando jejuardes”. Ele partiu do pressuposto de que os seus discípulos jejuariam. Segundo o ensino de Jesus, o jejum deve ser uma prática pessoal, voluntária e discreta, entre o discípulo e Deus: “Porém tu, quando jejuares, unge a tua cabeça, e lava o teu rosto, para não pareceres aos homens que jejuas, mas a teu Pai, que está em oculto; e teu Pai, que vê em oculto, te recompensará.” (Mt 6.17,18). 

O valor do jejum não está na frequência com que se faz. O jejum cristão pode ser feito por tristeza pelo pecado, para estreitar a comunhão com Deus, ou buscar uma direção divina diante de alguma situação. Não pode ser praticado com motivações carnais e egoístas, ou para fazer barganha com Deus e tentar forçá-lo a fazer alguma coisa. Também não é uma forma masoquista de punir o próprio corpo, ou alguma forma de ascetismo, que defende a abstinência de alimentos ou prazeres para o desenvolvimento espiritual. O jejum cristão é uma abstinência voluntária de alimentos por um período, com o objetivo de aumentar o autocontrole e sujeitar o nosso corpo ao espírito, para nos dedicar às coisas espirituais. 


REFERÊNCIAS:

GOMES, Osiel. A Carreira que nos está proposta: O caminho da Salvação, santidade e perseverança para chegar ao Céu. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2024.

REVISTA ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, Nº 97, pág. 39, 2º Trimestre de 2024.

RENOVATO, Elinaldo. Aviva a Tua Obra: O chamado das Escrituras ao quebrantamento e ao poder de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2023.

GOMES, Osiel. Os Valores do Reino de Deus: A Relevância do Sermão do Monte para a Igreja de Cristo. Editora CPAD. 1ª edição: 2022. pág. 163-166.

Bíblia de Estudo Pentecostal — Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, pp.1607, 2191,2192

Comentário Bíblico Beacon. RIO DE JANEIRO, CPAD, Vol. 8, 2006, p.459.

07 maio 2024

AS ARMAS DO CRENTE

(Comentário do 1º tópico da Lição 06: As nossas armas espirituais) 

Ev. WELIANO PIRES

No primeiro tópico, falaremos sobre as armas do crente. O comentarista citou vários tipos de armas mencionadas na Bíblia. Mas estas não são as armas do cristão, pois a nossa luta é espiritual e as armas também o são. Falaremos das estratégias do principal inimigo das nossas almas, que é o diabo. Por último, veremos que o diabo é o chefe das forças do mal e o que o seu reino é organizado. 
1. As armas. O comentarista citou aqui vários tipos de armas que eram usadas nos tempos bíblicos, principalmente no Antigo Testamento, pelo povo de Israel: espada, vara, funda, arco e flecha, lança e dardos, como armas de ataques; escudo, capacete, couraça e caneleiras, como armas de defesa. Naqueles tempos, as batalhas eram travadas no corpo a corpo e os armamentos eram primitivos, feitos à mão, pois não havia indústrias. 
No caso do exército de Israel, as suas armas eram muito inferiores às dos seus adversários. As vitórias do povo de Israel não provinham do seu poder bélico, mas, do Senhor. Davi, antes de enfrentar o gigante Golias, disse: “E saberá toda essa congregação que o Senhor salva, não com espada, nem com lança; porque do Senhor é a guerra, e ele vos entregará na nossa mão” (I Sm 17.47). No Salmo 20.7, o mesmo Davi disse: “Uns confiam em carros e outros em cavalos, mas nós faremos menção do nome do Senhor”.
Segundo o dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, “armas são instrumentos, mecanismos, aparelhos ou substâncias especialmente preparados ou adaptados, para proporcionar vantagem no ataque e na defesa em uma luta, batalha ou guerra”. Portanto, as armas são instrumentos preparados para proporcionar vantagem ao seu usuário em uma batalha. As armas servem para a defesa do usuário e para o ataque ao inimigo. 
O tipo de arma que vamos usar depende do tipo de inimigo e do local de combate. É importante destacar também que, mais importante do que ter uma  arma, é saber manuseá-la corretamente. Uma arma de fogo nas mãos de quem não sabe atirar oferece mais perigo ao seu portador que ao inimigo. Da mesma forma, uma espada, um arco e outros tipos de armas. Há inúmeros exemplos de pessoas que se feriram com a própria arma, ou o inimigo conseguiu dominá-las e tirou-lhes a arma. 
A Bíblia deixa claro em vários textos que o crente está em um campo de batalha neste mundo. Se estamos em uma batalha e temos inimigos, como vimos na lição passada, evidentemente, precisamos também de armas para guerrear. Entretanto, tanto a nossa batalha, como os nossos inimigos e as nossas armas não são carnais. 
Como bem colocou o comentarista, as armas para o crente tem um sentido metafórico, pois não lutamos contra as pessoas deste mundo. O apóstolo Paulo, escrevendo aos Coríntios, no texto que está em nosso texto áureo, disse: “as armas da nossa milícia não são carnais, mas são poderosas em Deus, para a destruição das fortalezas”. (ICo 10.4). 
2. As estratégias do Inimigo. Conforme falamos na lição passada, um erro fatal em uma guerra é não conhecer o inimigo e as suas estratégias de guerra. Um exército que possui um armamento superior, pode ser facilmente derrotado, se entrar em um campo desconhecido. Por isso, tanto as forças armadas, quanto as polícias têm os seus departamentos de inteligência, que fazem investigações sigilosas e fornecem as informações ao comando. 
Muito mais importante do que ter armas poderosas, é vigiar para não ser apanhado de surpresa pelo inimigo e ser morto com a própria arma. Normalmente, os inimigos atacam no momento de descuido do oponente. Os ladrões, antes de realizarem um assalto, passam meses estudando os pontos fracos da segurança e montando o seu plano de ação, contando até mesmo o tempo que durará a ação, para que a fuga se dê antes da chegada da polícia. 
Nos casos de sequestros, por exemplo, os atiradores de elite se posicionam em locais estratégicos, enquanto a equipe de negociação tenta convencer o sequestrador a se render. Quando percebem que ele não dá sinais de que irá se entregar, os atiradores esperam o momento de descuido do sequestrador para neutralizá-lo.
No caso do inimigo das nossas almas, ele é astuto, mentiroso e enganador. Uma das suas especialidades é imitar as ações de Deus e transfigurar-se em outra pessoa. Ele é tão ardiloso que conseguiu enganar um terço dos anjos e os convenceu a se rebelar contra Deus. 
Se ele revelasse a sua verdadeira identidade e aparecesse com chifres, com uma cauda enorme e soltando fogo pelas narinas como muitos imaginam que ele é, ninguém se deixaria enganar por suas investidas. Mas ele é perigoso, justamente porque age de forma sutil, sem revelar quem realmente é. A estratégia dele consiste em tornar o pecado atrativo, distorcer a Palavra de Deus e negar que Deus irá condenar as pessoas. 
Foi assim que ele agiu contra Eva. Primeiro, ele colocou em dúvida o que Deus havia falado (Deus falou para não comerem dos frutos das árvores do jardim?). Depois, convenceu Eva de que desobedecer a Deus seria vantajoso (sereis como Deus, sabendo o bem e o mal) Por último, convenceu-a de que o pecado não lhe traria as consequências que Deus havia falado (Certamente não morrereis). 
3. O chefe de toda força do mal. Escrevendo aos Efésios, o apóstolo Paulo disse: “Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais”. (Ef 6.12). Este texto nos deixa claro que o reino das trevas é organizado e possui hierarquia, sob o comando do diabo. 
Os anjos de Deus têm hierarquia e categorias diferentes. Existem anjos, querubins, serafins e arcanjos, que significa comandante de anjos. Da mesma forma, o inimigo tem os seus demônios ao seu comando, chamados por Paulo de “principados, potestades, príncipes das trevas e hostes espirituais da maldade”. 
É importante esclarecer que, apesar de ser um estrategista inteligente e astuto, e ter exércitos de demônios sob seu comando, o diabo não é onipresente, onisciente e onipotente como Deus é. Ele não pode estar em vários lugares ao mesmo tempo, não conhece pensamentos e intenções dos corações, e o seu poder é limitado por Deus. Precisamos tomar cuidado para não incorrermos no erro do dualismo e pensar que Deus e o diabo são duas forças equivalentes.


Leia o texto no link abaixo e compartilhe: 

REFERÊNCIAS:
GOMES, Osiel. A Carreira que nos está proposta: O caminho da Salvação, santidade e perseverança para chegar ao Céu. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2024.
REVISTA ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, Nº 97, pág. 39, 2º Trimestre de 2024.
Bíblia de Estudo Pentecostal — Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, pp.1607, 2191,2192
 Comentário Bíblico Beacon. RIO DE JANEIRO, CPAD, Vol. 8, 2006, p.459.

06 maio 2024

INTRODUÇÃO À LIÇÃO 6 - AS NOSSAS ARMAS ESPIRITUAIS


Ev. WELIANO PIRES

REVISÃO DA LIÇÃO PASSADA


Na lição passada estudamos sobre os três grandes inimigos do cristão, que são: o diabo, a carne e o mundo. Falamos sobre a identidade destes três terríveis inimigos do cristão durante a sua jornada para o Céu e como vencê-los. 


No primeiro tópico, falamos do primeiro grande inimigo do cristão, que é o diabo. Vimos que o diabo é um ser real. A Bíblia descreve o diabo como um querubim que se rebelou contra Deus e foi expulso do Céu. A Bíblia nos apresenta também alguns nomes para identificar o diabo, como serpente, dragão, maligno, tentador, acusador e outros, que revelam a sua natureza má, cruel e destruidora. 


No segundo tópico, falamos do segundo inimigo do cristão, que é a carne. Falamos do conceito bíblico de carne, apresentando os quatro conceitos diferentes para carne: a carne literal de homens e animais, o corpo humano, a fragilidade humana e natureza pecaminosa. Falamos também da carne na perspectiva do Novo Testamento, trazendo o significado dos termos gregos gregos sarx e soma, que significam, respectivamente, a carne como natureza pecaminosa e a carne como o corpo humano. Por último, falamos da  perspectiva doutrinária da palavra carne, que é uma referência à natureza humana depois da queda de Adão.


No terceiro tópico, falamos do terceiro grande inimigo do cristão que é o mundo. Falamos das perspectivas bíblicas da palavra mundo, apresentando as cinco conotações para mundo: a terra, as nações, a raça humana, o universo e os que se opõem a Deus. Depois, com base no texto de 1 João 2.15, falamos dos três níveis de vícios infames que são: a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida. Por último, vimos que para vencer o mundo e os seus vícios infames, precisamos andar no Espírito, viver em Cristo e fazer a vontade do Pai. 


LIÇÃO 6 - AS NOSSAS ARMAS ESPIRITUAIS


INTRODUÇÃO 


Nesta lição estudaremos as três principais armas espirituais do crente para vencer as batalhas espirituais. Os nossos inimigos não são as pessoas e, portanto, as nossas armas não carnais. Tomaremos como base o exemplo de Jesus e estudaremos as três armas espirituais que Ele usou contra Satanás no deserto: a Palavra de Deus, a oração e o jejum. 


TÓPICOS DA LIÇÃO

No primeiro tópico, falaremos sobre as armas do crente. Falaremos dos mais variados tipos de armas mencionados na Bíblia: espada, funda, lança, capacete, escudo, etc. Entretanto, estas não são as armas do cristão, pois a nossa luta é espiritual e as armas também o são. Na sequência, falaremos das estratégias do principal inimigo das nossas almas, que é o diabo. Não podemos subestimar a sua força e devemos conhecer as suas estratégias. Por último, veremos que o diabo é o chefe das forças do mal e o seu reino é organizado. A sua principal artimanha é o engano, pois ele se transfigura até em um anjo de luz. 


No segundo tópico, descreveremos as três principais armas do crente: A primeira delas é a Palavra de Deus, a espada do Espírito. Esta arma serve para defesa e ataque. Jesus venceu o inimigo usando a Palavra de Deus. A segunda arma do crente é a oração. O apóstolo Paulo nos recomendou a orar em todo tempo. A terceira arma do crente é o jejum. Na Bíblia, o jejum sempre aparece junto com a oração. É uma arma espiritual que nos auxilia a ter mais intimidade com Deus. 


No terceiro tópico, falaremos de Jesus como o nosso maior modelo, no uso destas três armas espirituais. Veremos que Jesus, ao ser tentado pelo inimigo, venceu-o com a Palavra de Deus e ordenou que ele fosse embora. Na Sinagoga de Nazaré, Jesus leu as Escrituras e aplicou a profecia a Si. Na sequência, veremos que Jesus usou também a arma da oração. Ele passava noites em oração. O Mestre orou antes de escolher os seus apóstolos, orou pelos seus algozes e em muitas outras ocasiões. Por último, veremos que Jesus também praticava o jejum e espera que nós também o pratiquemos. Quando foi tentado pelo diabo, Ele estava em jejum havia quarenta dias. 


REFERÊNCIAS:


GOMES, Osiel. A Carreira que nos está proposta: O caminho da Salvação, santidade e perseverança para chegar ao Céu. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2024.

REVISTA ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, Nº 97, pág. 39, 2º Trimestre de 2024.

Bíblia de Estudo Pentecostal — Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, pp.1607, 2191,2192

Comentário Bíblico Beacon. RIO DE JANEIRO, CPAD, Vol. 8, 2006, p.459.

04 maio 2024

A importância do deserto para o obreiro



“Nem tornei a Jerusalém, a ter com os que já antes de mim eram apóstolos, mas parti para a Arábia, e voltei outra vez a Damasco”. (Gl 1.17).


Ev. WELIANO PIRES


O ministério começa com a chamada, depois vem a conversão e, por último, a preparação. Não se deve separar obreiros que não foram chamados por Deus, nem tampouco os que não são convertidos ou que estão despreparados. O apóstolo Paulo passou por todo este processo, antes de se tornar apóstolo. 

Deus havia escolhido Paulo para ser o apóstolo do gentios, conforme o próprio Paulo inicia dizendo nas Epístolas aos Romanos (Rm 1.1); aos Coríntios (1 Co 1.1; 2 Co 1.1); Aos Gálatas (Gl 1.1); Aos Efésios (Ef 1.1); Aos Colossenses (Cl 1.1); e a Timóteo (1 Tm 1.1; 2 Tm 1.1). Em todos estes textos, Paulo esclarece que ele era apóstolo do Senhor, não pela vontade dos homens, mas, pela vontade de Deus. 

Muitos anos se passaram desde o seu nascimento e Paulo passou pelo processo da conversão, sendo encontrado pessoalmente pelo Senhor Jesus no caminho de Damasco. Agora, ele precisava ser preparado para exercer o seu apostolado. Diferente do colégio apostólico, Paulo não conviveu com Jesus e não passou pelo treinamento que eles passaram, andando com o Mestre por três anos. 

Após a conversão, Paulo ficou alguns dias em Damasco pregando para os judeus. Mas, nem os próprios cristãos acreditaram em sua conversão. A chamada de Paulo foi feita diretamente por Jesus e o seu preparo também. O próprio Senhor Jesus o enviou para o deserto da Arábia, onde ele era totalmente desconhecido. 

Distante das sinagogas e da filosofia grega, Paulo passou a depender completamente de Deus e teve revelações profundas do próprio Jesus, sobre o Evangelho que deveria pregar: “Mas faço-vos saber, irmãos, que o evangelho que por mim foi anunciado não é segundo os homens, porque não o recebi, nem aprendi de homem algum, mas pela revelação de Jesus Cristo.” (Gl 1.11,12). 

No deserto, Paulo afastou-se das sinagogas, do seu vínculo com o Judaísmo e com a cultura grega. Paulo ficou três anos no deserto da Arábia, entre a sua conversão e o seu retorno a Jerusalém (Gl 1.17.18). Ele passou por um intenso preparo teológico, emocional e espiritual, com o próprio Jesus, que lhe mostrou revelações profundas sobre o Evangelho. 

O Espírito Santo lhe deu inspiração para escrever treze Epístolas e sistematizar as doutrinas cristãs. Ali, em ambiente desconhecido, sem fama e sem dinheiro, Paulo aprendeu a depender exclusivamente de Deus. 

Aquele que outrora era o temido fariseu Saulo de Tarso, que tinha prestígio com as autoridades religiosas de Israel, o cidadão romano Paulo, que tinha prestígio no Império Romano, e o intelectual que conhecia a cultura e a filosofia grega, agora se limitava a um desconhecido nômade, no deserto da Arábia. 

Com Moisés também foi assim. Ele passou quarenta anos no Egito, sendo formado nas melhores escolas e preparado para ser um possível sucessor do trono de Faraó. Mas, o Senhor o enviou para o deserto, onde ele ficou quarenta anos aprendendo as lições do deserto. Ali, ele aprendeu a conviver com as dificuldades, a cuidar de ovelhas e  defendê-las dos predadores.

No deserto, o cientista e herdeiro do trono de Faraó, Moisés, passou a ser um simples pastor das ovelhas do seu sogro, vivendo nas montanhas. Ali, ele teve um encontro pessoal com o  Deus de Abraão, Isaque e Jacó, e foi enviado para libertar o seu povo da escravidão. Depois disso, ele passou quarenta anos no deserto liderando um povo rebelde. A escola no deserto de Midiã o moldou para ser o homem mais manso e humilde de todo o Israel (Nm 12.3).

O profeta Elias enfrentou o temido casal de ímpios Acabe e Jezabel e depois enfrentou os profetas de Baal. Mas, o Senhor o conduziu primeiro a Sarepta, para ser sustentado por uma viúva pobre, e depois ao deserto, onde ele aprendeu a depender exclusivamente de Deus. 

Elias viveu na margem de um ribeiro, bebendo água dele e sendo alimentado por corvos. Depois, viveu cerca de três anos sendo sustentado por uma viúva, que dependia da multiplicação de Deus. No deserto, ele dependeu, exclusivamente, da comida providenciada por um anjo, a qual lhe deu forças para caminhar por quarenta dias até o Monte Horebe. 

Jesus também, antes de iniciar o seu ministério terreno, foi levado pelo Espírito Santo ao deserto, para ser tentado pelo inimigo. Ali, ele passou quarenta dias em jejum, em profunda comunhão com o Pai. 

Na solidão do deserto, em jejum e oração, fragilizado física e emocionalmente, mas fortalecido espiritualmente, o Divino Mestre venceu o adversário que foi lá tentá-lo. Interessante que Adão e Eva foram vencidos pelo inimigo no Paraíso, mas Jesus venceu o mesmo inimigo no deserto. 

O apóstolo Paulo, antes de iniciar o seu ministério como missionário transcultural, também passou por esta importante escola de Deus. No deserto da Arábia, vivendo como nômade e sem nenhuma expressão, Paulo despiu-se de toda roupagem filosófica, religiosa e cultural que possuía.

 No deserto, Paulo aprendeu que o poder de Deus se aperfeiçoa na fraqueza. Todo este aprendizado foi muito importante em suas viagens missionárias, pois ele enfrentou muitas dificuldades, perseguições, açoites e prisões.  Se não tivesse passado na escola do deserto, ele não suportaria os terríveis sofrimentos e perseguições que passou. 

O obreiro que não passa pelo deserto não aprende a humildade e a total dependência de Deus. Torna-se muitas vezes arrogante e autossuficiente. Infelizmente, em nossos dias, muitos cantores seculares, artistas famosos, jogadores e empresários vêm para o meio evangélico, e são ordenados ao ministério, sem terem experimentado uma conversão genuína, sem ter a chamada de Deus e sem passarem por uma preparação. Os resultados são desastrosos para a pessoa e para a Igreja. 

Deus treinou líderes importantes da Bíblia, levando-os ao deserto. Foi assim com Moisés, Elias, Paulo e o próprio Jesus. No deserto, Deus nos ensina a ser mansos, pacientes, humildes, dependentes de Deus e resilientes. Se você está passando um período no deserto, prezado obreiro, não murmure e não fuja da escola de Deus. Entenda que Ele está preparando você para uma grande obra. 


Deus abençoe o seu ministério! 


WELIANO PIRES é bacharel em teologia, articulista, blogueiro evangélico, professor da Escola Bíblica Dominical e evangelista da Assembléia de Deus, Ministério do Belém em São Carlos-SP. 

03 maio 2024

O TERCEIRO INIMIGO DO CRISTÃO: O MUNDO

(Comentário do 3º Tópico da Lição 5 - Os Inimigos do Cristão) 

Ev. WELIANO PIRES


No terceiro tópico, falaremos do terceiro grande inimigo do cristão que é o mundo. Falaremos das perspectivas bíblicas da palavra mundo. Há pelo menos cinco significados para a palavra mundo na Bíblia. Na sequência falaremos dos três vícios inerentes ao mundo: a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida. Por último, veremos que, para vencer o mundo e os seus vícios infames, precisamos andar no Espírito, viver em Cristo e fazer a vontade do Pai. 


1. Perspectivas bíblicas da palavra “mundo”. O que significa a palavra mundo na Bíblia? No Salmo 24.1, o salmista diz: “Do Senhor é a terra, o mundo e os que nele habitam”. Em João 3.16, Jesus disse a Nicodemos que “Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas, tenha a vida eterna”. Já em 1 João 2.15, o apóstolo João escreveu: “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele.” O mesmo João escreveu em 1 João 5.19: “Sabemos que somos de Deus, e que o mundo inteiro jaz no Maligno.” 

Resumindo: a Bíblia diz que o mundo e os que nele habitam pertencem a Deus. Diz também que Deus amou o mundo e enviou o Seu Filho ao mundo. Por outro lado, ordena que não devemos amar o mundo e que o mundo jaz no maligno. Estes textos que falam sobre o mundo parecem contraditórios, por isso, muitas pessoas fazem confusão e até proíbem algumas coisas, dizendo que “são coisas do mundo” e, portanto, o crente não deve praticar. 

O fato é que a palavra mundo na Bíblia, assim como a palavra carne, é um termo polissêmico, ou seja, possui vários significados, que são determinados pelo contexto. Na Bíblia há cinco significados para a palavra mundo: a terra (Sl 24.1), o conjunto das nações (1 Rs 19.23), as pessoas (Jo 3.16), o universo (Rm 1.23) e o sistema maligno, formado por aqueles que se opõem a Deus (Jo 12.31). 

O mundo, que é o grande inimigo do cristão, é o sistema maligno formado por aqueles que se opõem a Deus. É este mundo que o apóstolo João diz para não amarmos e que jaz no maligno. Sendo assim, quando a Bíblia para não amar o mundo e que o mundo jaz no maligno, não está se referindo ao planeta terra ou às pessoas e sim ao sistema maligno que opera no mundo e se opõe a Deus. 


2. Três níveis de vícios infames. O apóstolo João disse em 1 João 2.15 para não amarmos o mundo, na sequência desse texto ele descreve o que há no mundo e não procede de Deus: “Porque tudo o que há no mundo a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo.” Neste subtópico, o comentarista trouxe uma explicação minuciosa destes três níveis de vícios infames que estão presentes nas  tentações. 

a) A Concupiscência da carne. Algumas palavras que aparecem na Bíblia, na Versão Almeida Revista e Corrigida, estão em desuso na atualidade e dificultam muitas vezes o entendimento de alguns textos. Este é o caso da palavra concupiscência. A palavra concupiscência no grego é “epithumia". Significa um desejo descontrolado de fazer aquilo que a natureza pecaminosa deseja e que é contrário à vontade de Deus. As versões mais atualizadas da Bíblia, como a Nova Versão Internacional (NVI), Nova Almeida Atualizada (NAA) e Nova Versão Transformadora (NVT) traduzem por “cobiça” ou “desejo intenso”. A concupiscência da carne, portanto, é a cobiça descontrolada por praticar as obras da carne (natureza pecaminosa), conforme vimos no tópico anterior.

b) Concupiscência dos olhos. A Concupiscência dos olhos é o desejo de possuir coisas ilícitas que os olhos vêem, ou são criadas na imaginação. Uma das maiores facetas desta cobiça é a pornografia. A pessoa olha para o corpo do outro e cria em sua mente desejos impuros. O patriarca Jó, ao se defender das acusações dos seus amigos de que havia pecado, disse: “Fiz um concerto com os meus olhos; como, pois, os fixaria numa virgem?...” (Jó 31.1). No Salmo 101.3, o salmista diz: “Não porei coisa má diante dos meus olhos…” Jesus também falou sobre a concupiscência dos olhos e disse: Se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!” (Mt 6.23). Tem um corinho antigo que as crianças cantavam que dizia: “Cuidado olhinho o que vê”. Precisamos estar sempre atentos às imagens que aparecem diante dos nossos olhos, para não pecar através do olhar. 

c) A soberba da vida. A soberba é sinônimo de orgulho, arrogância e sentimento de superioridade. A soberba da vida consiste na autoglorificação, autoexaltação e no desprezo pelo próximo e pelo próprio Deus. O soberbo se acha importante demais para sujeitar-se a alguém, inclusive a Deus.  Este foi o pecado do querubim que se transformou no diabo e foi expulso das regiões celestiais. Ele se achou tão importante, que desejou fazer a sua morada acima das estrelas e ser semelhante ao Altíssimo. Deus abomina a soberba e ama a humildade. Tiago disse que Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes (Tg 4.6). A soberba da vida tem várias facetas: o narcisismo, o hedonismo, a avareza, a ostentação, a obsessão pelo poder, o egoísmo, etc. 

3. Vencendo o mundo. O que fazer para vencer o mundo e suas concupiscências? O apóstolo João deixou-nos a receita: “Porque todo que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé” (1 Jo 5.4). A palavra traduzida por fé na Bíblia não significa apenas acreditar na existência de Deus e nas verdades bíblicas. 

Tiago falou que os demônios também crêem e estremecem, mas não obedecem (Tg 2.19). Então, a fé que vence o mundo não é apenas a crença vazia na existência de Deus, mas é a convicção, confiança e fidelidade absoluta a Deus, que suplanta a própria vida. Existem muitos que crêem que Deus existe e têm uma confissão de fé ortodoxa. Mas, o estilo de vida deles é absolutamente contrário à sua confissão de fé. 

O apóstolo Paulo também recomendou que o cristão deve encher-se do Espírito (Ef 5.18) e revestir-se de toda a armadura de Deus (Ef 6.10-18). Não há como vencer as concupiscências da nossa velha natureza com as nossas próprias forças. Se o crente não nasceu de novo e não andar no Espírito, inevitavelmente, ele será vencido pela sua natureza pecaminosa. 


REFERÊNCIAS:


GOMES, Osiel. A Carreira que nos está proposta: O caminho da Salvação, santidade e perseverança para chegar ao Céu. RIO DE JANEIRO: CPAD, 1ª Ed. 2024.

REVISTA ENSINADOR CRISTÃO. RIO DE JANEIRO: CPAD, Nº 97, pág. 39, 2º Trimestre de 2024.

Bíblia de Estudo Pentecostal: Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, págs.1707; 2166.

HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. RIO DE JANEIRO: CPAD, pp.208-210.


AS TRÊS ARMAS ESPIRITUAIS DO CRISTÃO

(Comentário do 2º tópico da Lição 06: As nossas armas espirituais)  Ev. WELIANO PIRES No segundo tópico, descreveremos as três princip...