21 abril 2025

JESUS — O PÃO DA VIDA


(Subsídio da Revista Ensinador Cristão /CPAD) 

Nesta lição, veremos que Jesus é o pão vivo que desceu do céu e dá vida aos homens. Essa analogia foi aplicada pelo Mestre para ensinar a Seus discípulos e seguidores que, além do suprimento material, há uma fome na alma do ser humano que precisa ser saciada. Quando fez essa declaração, Jesus confrontou os discípulos, bem como os judeus que o seguiam, endossando que Sua carne verdadeiramente é comida, e Seu sangue verdadeiramente é bebida (Jo 6.55). Num primeiro momento, esse discurso chocou muitas pessoas que o seguiam, até mesmo os doze discípulos mais próximos.


De acordo com Lawrence O. Richards, na obra Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento (CPAD), “a imagem não somente chocou os líderes judeus como os repeliu. De acordo com Levítico 17.11, a vida da carne está no sangue. O sangue pode ser derramado em sacrifício, mas beber sangue era completamente proibido, com a punição da expulsão do relacionamento do concerto. Embora Jesus claramente não pudesse estar falando literalmente, até mesmo a imagem era repulsiva para os judeus. Esta imagem também deve ter sido mal interpretada pelos cristãos. Alguns entenderam as palavras de Jesus no sentido literal e supuseram que Ele se referia aos elementos da Santa Ceia, que na tradição católica romana supostamente se transformavam no próprio corpo e sangue de Cristo, e na tradição luterana tornam-se uma única essência com o corpo e o sangue de Cristo. Entretanto, estas interpretações ignoram o uso metafórico de ‘pão’ tanto aqui quanto no restante das Escrituras [...]. Assim, até mesmo os patriarcas da igreja veem aqui uma poderosa metáfora da fé, a apropriação de Cristo, a bênção de entrar em união com Ele e compartilhar sua vida” (2007, p.213).


Ao observarmos a natureza da mensagem do Evangelho, fica claro que Jesus não estava falando do seu corpo físico, mas do memorial que lembraria Sua morte sobre a cruz (1Co 11.24,25). Mas, pelo fato de o buscarem apenas pela comida que perece, muitos o abandonaram depois dessa mensagem. Como seus seguidores da era atual, somos confrontados a ter um relacionamento verdadeiro com Jesus. Se Suas palavras não nos confrontam ou não geram reflexões profundas sobre nosso modo de viver e o exercício da fé, há algo de errado. Jesus finaliza o seu discurso, dizendo que quem não participa desse baquete não tem a vida em si mesmo (v.53). Somos desafiados diariamente a renunciar nossas vontades para fazer a de Cristo.

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