INTRODUÇÃO
Graças a Deus iniciamos mais um trimestre de estudos em nossa Escola Bíblica Dominical. O tema deste trimestre é: O Deus que governa o Mundo e cuida da Família: Os ensinamentos divinos nos livros de Rute e Ester para a nossa geração. Estudaremos neste trimestre, os dois livros históricos da Bíblia, que levam o nome de mulheres e têm mulheres como personagens principais, que são os livros de Rute e Ester. Estas duas mulheres viveram em épocas e contextos muito diferentes, mas nos dois casos, temos duas mulheres de fé, cujas ações fizeram a diferença em sua geração e repercutiram também nas gerações futuras.
Comentarista
O comentarista deste trimestre é Pr. Silas Queiroz. Silas Rosalino de Queiroz é pastor na Assembleia de Deus em Ji-Paraná (RO) e procurador-geral no mesmo município. É jornalista e membro do Conselho de Comunicação e Imprensa da CGADB. Especialista em Direito Público, Direito Processual Civil e Docência Universitária, formado em Direito pela Universidade Luterana do Brasil. É também bacharel em Teologia pela Faculdade de Teologia Logos (FAETEL). O Pr. Silas Queiroz foi o comentarista das Lições Bíblicas de Jovens, do 1º Trimestre de 2022 e 3º Trimestre de 2023. É autor das seguintes obras: Jesus, o Filho de Deus – Os sinais e ensinos de Cristo no Evangelho de João; Sejam Firmes – Ensino sadio e santo nas cartas pastorais; Maturidade espiritual do líder – Orientações bíblicas para um ministério eficaz. Todas publicadas pela CPAD. É casado com Jocineide Machado de Almeida Queiróz e pai de Silas Junior, Gabriel e Ana Carolina.
Resumo da história de Rute
O pequeno livro de Rute tem apenas quatro capítulos e conta uma dramática história de uma família da cidade de Belém de Judá, formada pelo casal Elimeleque e Noemi, e os filhos, Malom e Quiliom. Era uma família abastada, pois possuía terras e bens. Entretanto, com as constantes invasões e saques dos inimigos e a seca que sobreveio à terra de Israel, como juízos de Deus, a crise econômica atingiu a todos. A narrativa situa o período em que se deu os fatos, de forma vaga, informando que foi no período em que os juízes julgavam.
Chegando a Moabe, os filhos Malom e Quiliom, casaram-se com as moabitas Orfa e Rute. Entretanto, em vez de encontrar a prosperidade, a família de Elimeleque encontrou a enfermidade e, consequentemente, a morte. O patriarca da família adoeceu e veio a óbito, deixando a viúva com dois filhos, em terra estrangeira. Depois, morreram também os filhos Malom e Quiliom, deixando agora três mulheres viúvas e sem filhos para ampará-las: Noemi, Orfa e Rute.
Diante deste quadro desolador, Noemi ouviu que o Senhor tinha visitado o seu povo, dando-lhe pão, e decidiu voltar à sua terra. As suas noras gostavam muito dela e quiseram acompanhá-la. Mas, ela explicou que não tinha mais filhos para se casarem com elas e, ainda que se casasse novamente e os tivesse, elas não iriam esperá-los crescer. Orfa, uma das noras, resolveu ficar e voltar para os seus parentes. Entretanto, Rute, a outra nora de Noemi, apegou-se tanto a ela que não quis ficar em sua terra e decidiu acompanhar a sogra aonde quer que ela fosse e servir ao Seu Deus.
O povo de Moabe não servia ao Deus de Israel. Adoravam a Astarote e Baal-Peor, deuses da fertilidade; Quemos, deus da guerra; e outras divindades pagãs (Nm 22.40; 23.2; 25.1-3,16). Os moabitas ofereciam sacrifícios de ovelhas e bois e até sacrifícios humanos em oferendas aos seus deuses (2 Reis 3:27). Rute era uma moabita e, como tal, foi criada nesse ambiente de idolatria e abominações. Entretanto, no convívio com a sua sogra Noemi, Rute conheceu o Seu Deus, descobriu que Ele é o Único Deus Verdadeiro e resolveu servi-lo. Na terra de Israel, nora e sogra se uniram contra a crise e recomeçaram a vida, contemplando o agir de Deus.
Resumo da história de Ester
Ester, ao contrário de Rute, era uma judia, órfã de pai e mãe, criada pelo seu primo Mardoqueu ou Mordecai, que acabou se tornando a rainha do império persa por providência divina, para salvar os judeus do extermínio.
O livro de Ester, contém 10 capítulos, é de autoria desconhecida e relata a história da sobrevivência do povo judeu no cativeiro, sob o domínio dos persas, durante o reinado de Assuero (Xerxes I, que sucedeu Dario I, em 485 a.C).
O rei fez um grande banquete e convidou todos os seus súditos, grandes e pequenos, para mostrar as suas riquezas e a glória do seu reino. Após sete dias de banquete, embriagado, o rei mandou chamar a rainha Vasti, para mostrar aos seus súditos a sua beleza.
A rainha recusou-se a comparecer e o rei ficou tão irado que a destituiu do posto de rainha. Para a substituição, convocou todas as moças do reino para, dentre elas, escolher a nova rainha. Diante desta convocação do rei Assuero para escolher a nova rainha, Mardoqueu, o pai adotivo de Ester, preparou-a para que ela também comparecesse ao palácio. Ester era muito educada e bela e foi escolhida como a nova rainha do império persa.
Posteriormente, Mardoqueu descobriu uma conspiração contra o rei e a denunciou. Os conspiradores foram executados e o fato foi registrado nas crônicas do rei, mas acabou sendo esquecido.
Havia no império, um homem poderoso, chamado Hamã, que odiava os judeus, por causa de Mardoqueu, e intentou exterminá-los. Entretanto as suas artimanhas foram denunciadas ao rei por Ester e Hamã acabou sendo enforcado na própria forca que ele preparara para Mardoqueu. O livro termina com a festa dos judeus, chamada de Purim, com dois dias de duração, em comemoração ao livramento, e a exaltação de Mardoqueu. Esta festa é comemorada pelos judeus até os dias atuais.
Os temas predominantes neste trimestre são:
– O governo universal de Deus
– O Deus de toda a provisão (Yahweh-Yireh)
– O cuidado de Deus para com a família
– A atuação de Deus na preservação do seu povo
– O papel das mulheres no Reino de Deus.
Nesta primeira lição, teremos uma introdução ao tema que será estudado no trimestre. Primeiro é apresentado um breve relato da biografia de Rute, uma moabita, que casou-se com um um israelita que havia fugido da fome em Israel, para morar em Moabe. Depois, Rute ficou viúva e mudou-se com a sua sogra, também viúva, para a terra de Israel. Rute casou-se novamente e tornou-se a bisavó do Rei Davi.
Na sequência, temos também um resumo da biografia de Ester, uma judia órfã, criada por seu primo Mardoqueu. Por providência divina, esta jovem se tornou a rainha da Pérsia e, como tal, foi determinante para a sobrevivência dos judeus em Susã.
Por último temos o destaque para o protagonismo feminino de Rute e Ester, como mulheres de Deus nas sociedades em que viveram. O fato de Deus ter concedido a liderança familiar ao homem não anula o protagonismo das mulheres em muitas situações. Entretanto, é preciso tomar cuidado, para não inverter os papéis estabelecidos por Deus para homem e mulher.
Lição 2: O livro de Rute
Nesta lição, temos uma visão panorâmica do Livro de Rute. Inicialmente, veremos como o Livro está organizado na Bíblia hebraica e na Bíblia Cristã, trazendo também as informações da autoria e data em que foi escrito.
Na sequência, temos o contexto histórico no Livro de Rute, que se deu no período dos juízes, três gerações antes de Davi. Este foi um tempo de apostasia e um círculo vicioso de opressão, clamor e livramento.
Por último, temos o propósito e a mensagem do livro de Rute: apresentar Davi como descendente de Judá e ascendente do Messias, além de falar de amor, redenção, fidelidade e altruísmo.
Lição 3: Rute e Noemi: Entrelaçadas pelo Amor
Nesta lição, temos a emocionante história de amizade, lealdade e superação de Rute e Noemi, respectivamente, nora e sogra.
Iniciamos com a proposta de Noemi às suas noras, após as mortes do seu esposo, Elimeleque, e dos seus dois filhos Malom e Quiliom. Noemi não apelou para os sentimentos das suas noras, mas expôs-lhes a dura realidade e propôs que elas voltassem para os seus parentes.
Na sequência, veremos a convicção amorosa de Rute. Orfa, uma das noras, mesmo contrariada, pois amava Noemi, voltou aos seus parentes. Entretanto, a convicção amorosa de Rute foi muito mais forte que a sua própria vida, e ela jurou perante a sogra que nada além da morte iria separá-las.
Por último veremos a fé fervorosa de Rute, que declarou à sua sogra: O teu Deus será o meu Deus. A fé desta jovem moabita é uma fé que foi inspirada na vida e na crença da sua sogra. Neste aspecto, a Bíblia nos mostra a profunda sensibilidade espiritual das mulheres. Elas foram as primeiras a crerem na ressurreição de Jesus.
Lição 4: O encontro de Rute com Boaz
Nesta lição, temos o início da bela história de amor entre Rute e Boaz. Ao chegar a Belém de Judá, sem saber, Rute foi trabalhar exatamente nos campos de Boaz, que era parente de Noemi, um homem próspero, que era o remidor da família.
A lição nos apresenta também, o carinho de Boaz para com a moabita Rute, tratando-a com ternura, respeito e sensibilidade espiritual. Deus estava agindo e fez com que Boaz desse um tratamento diferenciado àquela jovem estrangeira. Isso fala muito do seu cavalheirismo, educação e respeito às pessoas de condição inferior.
Por último, temos a colheita de Rute e sua sobrevivência na terra de Israel. Rute semeou amor e lealdade à sua sogra, e fidelidade a Deus. Colheu não apenas cereais em abundância, mas também encontrou o remidor da família e entrou para a genealogia do Redentor da humanidade.
Lição 5: O casamento de Rute e Boaz: A remição da família
Esta lição é uma continuidade da lição passada e nos traz a conclusão da remição da família de Noemi, com o casamento de Rute e Boaz. Inicialmente, temos o compromisso de Boaz para com Rute de casar com ela. Rute era uma mulher bela e virtuosa, que certamente teria outras oportunidades fora de casa, mas preferiu ficar no lugar da bênção, sob a liderança de sua sogra Noemi, que elaborou um plano para aproximar Rute e Boaz. Entretanto, o caráter santo e justo de Rute e Boaz, levou-os a respeitar o processo e esperar o momento certo para terem qualquer intimidade.Na sequência temos os detalhes do casamento de Boaz e Rute. Havia um obstáculo, que era a preferência do parente mais próximo. Era preciso, no entanto, respeitar o processo, pois, havia outro remidor mais próximo. Somente após a renúncia dele, Boaz decidiu casar-se com Rute. O casamento de Boaz com Rute também ressalta o papel da liderança masculina que pressupõe atitude, amor responsável e honra à mulher.
Por último, falaremos da remição da linhagem de Davi. Rute e Boaz gerou a Obede, que foi o avô do rei Davi. Esta linda história de amor entre um israelita próspero e uma estrangeira pobre e viúva, tornou-se um tipo do relacionamento espiritual de Cristo com a Igreja. A vida de renúncia, pureza, amor e submissão de Rute representa a Igreja de Cristo. Por outro lado, Boaz representa Cristo que é o nosso eterno Redentor.
Lição 6: O livro de Ester
A partir desta lição, iniciamos uma série de lições baseadas no Livro de Ester. Nesta lição temos um estudo panorâmico do Livro de Ester. Apesar de não conter nenhuma referência direta a Deus, a providência divina está presente em todo o Livro.
Inicialmente, veremos a organização do livro de Ester na Bíblia Hebraica e na Bíblia Cristã. Apresentaremos as características literárias e as informações de autoria e data da composição.
Na sequência, temos o contexto histórico do Livro de Ester, trazendo informações sobre o final da monarquia do Reino do Sul, o cativeiro babilônico, o fim do exílio e o período pós-exílio.
Por último, temos a mensagem do Livro de Ester, que trata da providência divina, da falsa estabilidade dos judeus no império persa e a instituição da festa de Purim para comemorar o livramento dado aos judeus.
Lição 7: A deposição da rainha Vasti e a ascensão de Ester
Nesta lição veremos o contraste entre duas mulheres: a rainha Vasti, que foi deposta por desobedecer ao marido, e a nova rainha Ester, que se tornou rainha por obedecer às orientações do seu primo e pai adotivo, Mardoqueu.
Veremos os detalhes do banquete do rei Assuero, um banquete público com muito luxo, que deveria durar sete dias. No sétimo dia, já embriagado, o rei Assuero mandou convidar a rainha Vasti para exibir a sua beleza aos convidados, mas ela o desmoralizou perante os seus súditos e recusou a participar dele.
Na sequência temos os detalhes da recusa da rainha Vasti em comparecer ao banquete, descumprindo a ordem do rei, que culminou na sua deposição do posto de rainha. O rei estava embriagado quando fez o convite à rainha, mas quando tomou a decisão de destituí-la do cargo, consultou antes os sábios e juristas do seu reino, que o aconselharam a fazer isso.
Por último, veremos os detalhes da ascensão da jovem judia Ester, ao posto de rainha do império persa. O processo de sucessão da rainha Vasti durou cerca de quatro anos. Não havia restrições legais sobre a origem étnica e racial das candidatas ao posto de rainha da Pérsia. As únicas exigências era que fossem virgens e belas. Mesmo assim, Mardoqueu orientou a Ester que não revelasse as suas origens judaicas e ela obedeceu.
Lição 8: A resistência de Mardoqueu
Nesta lição, veremos a história de conspiração, lealdade e ódio, envolvendo dois personagens importantes do Livro de Ester: Mardoqueu e Hamã.
Inicialmente, veremos que Mardoqueu descobriu um plano em curso para matar o rei Assuero e revelou-o a Ester, que transmitiu a informação ao rei. Após investigar as informações, o rei mandou executar os conspiradores. O caso foi registrado nas crônicas do rei, mas Mardoqueu acabou sendo esquecido.
Na sequência veremos a exaltação de Hamã, um descendente dos amalequitas, que odiava os judeus. Hamã foi exaltado pelo rei e era reverenciado por todos. Com isso, Mardoqueu ficou aparentemente esquecido. O seu ato heróico de lealdade ao rei caiu no esquecimento. Entretanto, ele continuou às suas funções e não se abalou emocionalmente.
Por último veremos a resistência de Mardoqueu a se curvar diante de Hamã. Esta postura de Mardoqueu acabou provocando um ódio mortal por parte de Hamã, a ponto de resolver exterminar o povo judeu, conforme veremos na proxima lição. É possível que este ódio tenha sido motivado por inimizades intergeracionais entre israelitas e amalequitas.
Lição 9: A conspiração de Hamã contra os judeus
Nesta lição veremos o plano diabólico de Hamã para exterminar todo o povo judeu do império persa. Veremos que este plano odioso e maligno era baseado em intrigas e patologias do poder.
Estas pessoas não estavam preocupadas com a lealdade ao rei como aparentemente demonstravam, mas de forma astuta e oportunista, Hamã usou este argumento para convencer o rei de que os judeus eram um povo com leis diferentes e que não cumpriam as determinações do império.
Na sequência veremos a tristeza de Mardoqueu, de Ester e dos judeus, após o rei determinar o extermínio completo do povo judeu. Por um lado, Assuero e Hamã bebiam após terem enviado cartas às províncias, determinando o extermínio dos judeus. Por outro lado, Mardoqueu, Ester e todo o povo judeu se encheram de tristeza e se uniram em lamentação, oração e jejum, por livramento.
Por último, falaremos do perigo e da crueldade do antissemitismo moderno, mostrando as três faces do antissemitismo ao longo da história: nacional, religioso e racial. Atualmente, após os ataques do grupo terrorista Hamas contra Israel, com os piores requintes de crueldade, lamentavelmente assistimos ao renascimento do ódio aos judeus, principalmente por intelectuais de esquerda e autoridades brasileiras.
Lição 10: O plano de livramento e o papel de Ester
Nesta lição, veremos o papel de Mardoqueu e Ester, para fazer o rei voltar atrás no decreto de eliminação total dos judeus.
Veremos inicialmente, que o plano de Mardoqueu era perigoso e o temor de Ester se justificava. Mardoqueu mandou explicar a situação a Ester, por meio de um dos eunucos, e pediu que ela intercedesse pelos judeus perante o rei. Entretanto, ela não tinha permissão para falar com o rei naquele dia e corria o risco de morte, se assim o fizesse.
Na sequência, veremos que Mardoqueu convenceu Ester da gravidade da situação. Convencida de que precisaria agir com urgência, Ester jejuou junto com as suas criadas e pediu a Mardoqueu que fizesse o mesmo, junto com o povo. Ester confiou e Deus, mas não o tentou. Ela sabia que não tinha permissão para entrar na presença do rei naquele momento e se desobedecesse poderia ser executada.
Por último, falaremos do plano de Ester para falar com o rei. Ester colocou as suas vestes reais, foi ao pátio interior da casa real e aguardou ser chamada. O rei, então, estendeu-lhe o cetro e permitiu que ela fizesse a sua petição. Em sintonia com Deus, Ester convidou o rei e Hamã, para um banquete, sem informar o motivo. Os convidados compareceram, mas Ester ainda não fez o seu pedido e os convidou para outro banquete, aguardando o momento certo para interceder pelo seu povo, como veremos na próxima lição.
Lição 11: A humilhação de Hamã e a honra de Mardoqueu
Nesta lição veremos os fatos que antecederam o segundo banquete oferecido por Ester ao rei Assuero e a Hamã, que era o homem mais poderoso do império e o maior inimigo dos judeus.
No primeiro tópico falaremos da lembrança do rei em relação ao ato de lealdade de Mardoqueu. O rei perdeu o sono naquela noite, pediu que lessem as crônicas e descobriu o ato heroico de Mardoqueu, que havia sido esquecido. Ao ouvir as crônicas, imediatamente o rei consultou os seus servos, para saber se haviam honrado Mardoqueu por aquele ato de lealdade ao rei e eles disseram que nada havia sido feito.
Na sequência, veremos que Hamã foi chamado para exaltar Mardoqueu. O rei perguntou a Hamã, que tipo de honra deveria ser dada ao homem de cuja honra o rei se agrada. Em sua presunção e autoconfiança, Hamã concluiu que o rei só poderia está falando dele, e sugeriu que fossem honrarias especiais pelas ruas ao tal homem. Para surpresa dele, o rei mandou que fizessem como ele sugeriu a Mardoqueu.
Por último falaremos da síndrome de imperador que havia no coração de Hamã. Imaginando que seria ele o homem a ser honrado pelo rei, ele sugeriu que vestisse as vestes reais no tal homem, montasse-no no cavalo real e saíssem pelas ruas declarando que assim se faz ao homem, de cuja honra o rei se agrada. Ao saber que o honrado seria Mardoqueu e não ele, Hamã foi para casa e chegou arrasado, por ter que honrar publicamente o seu maior inimigo. Para piorar, ouviu da esposa e dos amigos que aquilo era o prenúncio da sua derrota humilhante.
Lição 12: O banquete de Ester: denúncia e livramento
Nesta penúltima lição, veremos o desfecho final do plano elaborado pela rainha Ester para salvar o seu povo. Vimos na lição passada, que as condições se inverteram e se tornaram favoráveis a Mardoqueu e Ester.
Falaremos do banquete de Ester e da denúncia que ela fez ao rei. Ester fez um segundo banquete e convidou o rei Assuero e Hamã. Quando estavam à mesa, o rei perguntou a Ester qual era a sua petição, pois aguardava o seu pedido, desde o primeiro banquete. O fato de Ester ter se arriscado, comparecendo à sala do trono em um dia que não era permitido, e ter feito suspense no primeiro banquete para revelar o seu pedido, levou o rei a suspeitar de que havia algo grave acontecendo.
Na sequência falaremos da fúria do rei contra a injustiça. Ao ser indagada sobre quem teria feito isso, Ester denunciou todo o plano maligno para eliminar o povo judeu. Ester revelou ao rei os detalhes do plano que exterminaria ela e o seu povo impiedosamente. Até então, ninguém sabia que Ester era uma judia. Ester revelou ao rei que era Hamã o protagonista deste plano. O rei ficou furioso e levantou-se imediatamente do banquete. Hamã lançou-se aos pés de Ester para pedir misericórdia e a sua situação se agravou, pois o rei interpretou que estaria desonrando a rainha em público. Deus providenciou o grande livramento para o povo judeu e a situação se inverteu totalmente contra Hamã.
Por último falaremos do grande livramento concedido ao povo judeu. Os ventos mudaram e aqueles que se curvavam diante de Hamã, contaram ao rei que ele havia feito a força, para induzir o rei a enforcá-lo. Ao saber disso, imediatamente, o rei ordenou que Hamã fosse enforcado nela. Em ambientes de poder, precisamos ter cuidado, porque as peças mudam de lugar e os interesses também.
Lição 13: Ester, a portadora das Boas-Novas
Nesta última lição veremos que o drama do povo judeu chegou ao fim e a rainha Ester agiu como propagador de boas novas ao seu povo. O seu pai adotivo, Mardoqueu, que havia pouco tempo estava condenado à morte, agora era honrado por todo o Império.
Inicialmente, falaremos do pedido de defesa aos judeus, que foi atendido pelo rei Assuero. Humildemente, Ester suplicou ao rei que revogasse o decreto feito por influência de Hamã. Havia, no entanto, um obstáculo, pois o rei não poderia simplesmente revogar um decreto assinado por ele mesmo, para não causar insegurança jurídica. Assuero, então, emitiu outro decreto que permitia ao povo judeu o direito de ses defender perante os seus inimigos. No dia previsto para a matança dos judeus, aconteceu o contrário: eles se vingaram dos seus inimigos.
Na sequência, falaremos das boas notícias que a rainha Ester escreveu ao seu povo. Primeiro, Mardoqueu escreveu cartas aos judeus em todas as províncias relatando os fatos e instituindo a festa de Purim, como um feriado nacional, para comemorar o livramento. Depois, a própria Ester escreveu uma carta dirigida ao seu povo, confirmando a instituição dessa festa. Agora, o rei sabia que Mardoqueu era o pai adotivo de Ester e deu-lhe o anel e o posto de Hamã no reino.
Por último, veremos que a mulher é chamada por Deus para ser relevante neste mundo. Ester foi uma mulher que se notabilizou primeiro por sua obediência a Mardoqueu. Depois, pela sua humildade, prudência, equilíbrio e honra ao rei. Deus não apoia a famigerada guerra dos se os promovida pelo feminismo. Homem e mulher foram criados por Deus com as suas diferenças para serem parceiros e não competidores. Tanto na Bíblia, como na história da Igreja, diversas mulheres exerceram papéis importantes na Obra de Deus sem, no entanto, desonrar a liderança concedida por Deus ao homem.
Conclusão
Rute e Ester viveram em épocas e situações muito diferentes. Enquanto uma era pobre viúva, não israelita, que passou por muitas dificuldades e pobreza, a outra era uma belíssima moça judia, que apesar de ser órfã e viver em terra estranha, tornou-se rainha. Ambas experimentaram e foram protagonistas da provisão de Deus em tempos de crise e esboçaram as mesmas virtudes. A história destas duas servas de Deus tem muito a ensinar à nossa geração, que tem sido influenciada pelo movimento feminista, com a idéia de empoderamento feminino e disputas entre homens e mulheres.
Bons estudos!
Ev. WELIANO PIRES
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