Ev. WELIANO PIRES
Graças a Deus, chegamos ao final do último trimestre de estudos do ano de 2023, em nossa Escola Bíblica Dominical. Estudamos o tema: “Até os confins da Terra: Pregando o Evangelho a todos os povos até a volta de Cristo.” Estudamos 14 lições dentro do tema Missiologia, que é a matéria da teologia que trata da Grande Comissão de Jesus à Sua Igreja, para ir, ensinar e fazer discípulos de todas as nações, ensinando-os a guardar todas as coisas que Ele ordenou aos seus discípulos. Segue abaixo, um resumo das lições estudadas neste trimestre:
Lição 01: A Grande Comissão, um enfoque etnocêntrico: Fizemos uma introdução ao tema do trimestre, falando do aspecto etnocêntrico da obra missionária, ou seja, enfatizando a relação que há entre a grande comissão e as missões transculturais. Falamos sobre a questão cultural no ide de Jesus e dos desafios de se anunciar o Evangelhos em culturas diferentes da nossa. Falamos da ordem de Jesus para fazer discípulos de todas as nações, mostrando as definições de nação e etnia. Falamos também da eficácia e dos objetivos da Grande Comissão, destacando a necessidade do missionário ser cheio do Espírito Santo, para realizar ter êxito em sua missão.
Lição 02: Missões Transculturais: Na segunda lição falamos sobre o grande desafio que é apresentar o Evangelho de Cristo a outros povos, com culturas diferentes da nossa. Partimos do princípio de que Deus se revelou a partir da chamada da família de Abrão, para através desta, alcançar todas as famílias da terra. Portanto, a idéia de missões transculturais se fundamenta no próprio Deus. Vimos a natureza missionária de Deus no chamado de Abrão e a atividade missionária de Deus no mundo. Por último, vimos que a história da redenção tem como princípio fundamental o amor de Deus.
Lição 03: Missões transculturais no Antigo Testamento: Nesta lição, falamos sobre as missões transculturais no Antigo Testamento, tomando como exemplo, o povo de Israel, que foi escolhido com um propósito missionário, e outros exemplos de missões transculturais no contexto do Antigo Testamento. Falamos do plano de Deus de proclamar a mensagem de Salvação a todos os povos, que incluía a formação da nação de Israel, para que fossem suas testemunhas. Através deste povo Deus planejou trazer o Salvador. Mas, Israel falhou neste propósito de ser testemunha de Deus. Desde o princípio, os olhos de Deus estão voltados para todos os povos, como podemos notar nos livros proféticos e nos casos de Elias e a viúva de Sarepta e de Jonas e os ninivitas.
Lição 04: Missões transculturais no Novo Testamento: Nesta lição vimos o que o Novo Testamento nos apresenta sobre missões transculturais O Novo Testamento nos apresenta Deus enviando o Seu Filho Unigênito, como missionário para buscar e salvar a humanidade perdida (Lc 19.10; Jo 3.16). Depois que da sua morte, ressurreição e ascensão aos Céus, a Igreja assumiu esta responsabilidade de dar continuidade ao seu projeto missionário mundial. Falamos sobre o Deus missionário do Novo Testamento, das missões nos Evangelhos, em Atos dos Apóstolos, nas Epístolas e no Apocalipse.
Lição 05: Perspectiva pentecostal de missões: Nesta lição, falamos de missões na perspectiva pentecostal. Falamos da relação intrínseca que há entre a obra missionária e o poder do Espírito Santo estabelecida no Novo Testamento, principalmente no final do Evangelho segundo Lucas e no início de Atos dos Apóstolos. Falamos da perspectiva pentecostal de missões, explicando o significado de ser evangélico e pentecostal. Falamos da obra missionária depois do pentecostes, destacando que a causa da obra missionária foi a descida do Espírito Santo. Vimos também a expansão missionária da Igreja Primitiva e que Deus não faz acepção de pessoas. Por último, vimos a ação do Espírito Santo e a obra missionária capacitando os seus servos para esta obra.
Lição 06: Orando, contribuindo e fazendo missões: Nesta lição falamos do tripé da responsabilidade da Igreja na missão: orar, contribuir e ir. Falamos da importância da oração para a obra missionária, tomando como exemplo o apóstolo Paulo. Falamos também da oração pela obra missionária com duas finalidades: a intercessão para que os corações dos pecadores se abram para o Evangelho e pelos missionários, para que tenham ousadia na pregação e proteção de Deus; segundo, a intercessão pelo despertamento da Igreja local, para que se envolva com as missões. Falamos também das contribuições para as missões, apresentando o fundamento bem bíblico tanto do Antigo, quanto do Novo Testamento de que o obreiro é digno do seu salário. Vimos também que contribuir para missões é um privilégio, e é ajuntar tesouros no céu.
Lição 07: A responsabilidade da Igreja local com os missionários: Nesta lição vimos que a Igreja que envia o missionário deve ter um sistema de apoio ao missionário, que o assista em todos os aspectos: financeiro, emocional, físico, legal, espiritual, teológico e familiar. Este apoio deve contemplar também o retorno à sua pátria e a sua vida na velhice. Vimos que o objetivo de missões é fazer com que o Evangelho de Cristo seja proclamado a todos os povos e o Seu Nome seja glorificado.
Falamos também do cuidado integral para com os missionários, que deve abranger todos os aspectos da vida do missionário: espiritual, emocional, física e social. Vimos que a Igreja deve se preocupar com férias, tratamento de saúde, visitas ao país de origem e aos familiares, bem como proporcionar períodos de lazer e descanso.
Por último, vimos algumas maneiras práticas de se comprometer com os missionários: tomar parte nas necessidades do missionário; manter a comunicação com o campo missionário e doar para suprir as necessidades; orar e jejuar pela causa missionária.
Lição 08: Missionários fazedores de tendas: Nesta lição falamos a respeito dos missionários “fazedores de tendas”, que é um termo missiológico para se referir aos cristãos, que usam a sua profissão como estratégias missionárias para entrar em alguns países, nos quais, um missionário enviado pela Igreja exclusivamente para pregar o Evangelho, jamais entraria.
Usamos os exemplos do apóstolo Paulo e do casal de missionários, Priscila e Áquila, que trabalhavam no mesmo ofício de construir tendas. Vimos como o apóstolo Paulo conciliava a sua profissão com a vida ministerial de missionário transcultural. Falamos também da ética financeira na atividade missionária de Paulo ,que embora reconhecesse que o obreiro é digno do seu salário, não exigia isso das Igrejas para si mesmo. Falaremos da força missionária no mundo, através dos cristãos que transitam livremente em vários países, usando as suas profissões. Falamos sobre vocação, profissão e missões. Deus é quem chama e capacita os missionários para as suas respectivas missões. Cada cristão deve se dispor a exercer a vocação para a qual foi chamado pelo Senhor. A nossa profissão pode ser o nosso campo missionário.
Lição 09: O sustento financeiro dos missionários por parte da Igreja local: Nesta lição, tomando como base o texto de Filipenses 4.10-20, estudamos sobre a responsabilidade da Igreja local no sustento dos missionários que ela envia. Falamos sobre a Igreja de Filipos e o sustento missionário e o relacionamento do apóstolo Paulo com esta Igreja na questão das ofertas. É um privilégio para a Igreja, participar do sustento missionário e falamos das esferas envolvidas no sustento missionário.
Falamos também dos princípios básicos acerca do sustento missionário. A Igreja deve avaliar o custo do sustento financeiro, antes de enviar missionários. Apresentamos alguns princípios básicos sobre o sustento dos missionários e que o apoio financeiro da Igreja aos missionários deve ser fiel e permanente.
Por último, aprendemos a investir na obra missionária. Fizemos uma comparação entre a Igreja de Filipos e a Igreja de Corinto, em relação às contribuições. Falamos da consciência de nosso dever, para com o sustento dos missionários de algumas pessoas que financiaram a obra de Deus ao longo da história.
Lições 10: Os desafios da chamada Janela 10/40: Nesta lição, estudamos sobre o grande desafio missionário que é a janela 10/40. Conhecemos o significado da expressão “Janela 10/40”, que é uma referência a duas linhas horizontais paralelas no Mapa Mundi, sendo a primeira a 10 graus e a segunda, a 40 graus acima da linha do Equador. Esta região forma um retângulo entre os Oceanos Atlântico e Pacífico, onde vivem cerca 4 bilhões de pessoas, nos mais países mais hostis ao Cristianismo.
Falamos da batalha espiritual que é a Janela 10/40 e que nesta batalha devemos usar armas espirituais. Falamos do enfrentamento da batalha espiritual na Janela 10/40, trazendo os detalhes geográficos, econômicos, sociais e religiosos dessa região.
Depois, falamos dos principais desafios da janela 10/40: as necessidades humanas dessa região: as principais megalópoles do mundo, com um grande número de vítimas de epidemias, terremotos e guerras; e a grande perseguição e hostilidade ao Cristianismo.
Por último, falamos de três estratégias importantes para alcançar os países da Janela 10/40: a oração, pois trata-se de uma batalha espiritual; as ações sociais, devido a imensa pobreza e miséria que está presente nestes países; a ação médico-missionária, devido às diversas calamidades dessa região.
Lição 11: Missões e a igreja perseguida: Nesta lição, estudamos o tema da perseguição aos cristãos. Ser perseguido é a regra no Cristianismo, uns com maior intensidade e outros menos. Onde houver Cristianismo verdadeiro, haverá perseguição.
Vimos que a Igreja Cristã nasceu em um contexto de perseguição e o primeiro mártir dessa perseguição foi o diácono Estevão. A perseguição se intensificou e a Igreja foi obrigada a se dispersar. Vimos também que a perseguição continua sendo uma triste realidade para os cristãos atuais.
Falamos da perseguição aos cristãos na atualidade. Em muitos lugares, é perigoso ser cristão. Vimos o exemplo da Coreia do Norte, que é uma ditadura comunista há décadas, onde não há liberdades e é o país mais fechado do mundo para a pregação do Evangelho.
Por último, falamos de três formas de ajudar os cristãos perseguidos: conhecer a gravidade da situação; orar pelos nossos irmãos perseguidos, para que o Senhor os proteja e para que eles não desistam; e se envolver com a causa dos irmãos perseguidos, fazendo contato com eles.
Lição 12: O modelo missionário da Igreja de Antioquia: Nesta lição estudamos sobre o modelo de missões da Igreja de Antioquia, que foi a primeira Igreja formada por gentios e também a primeira Igreja a fazer missões transculturais. Após a grande perseguição contra a Igreja de Jerusalém, alguns homens chíprios e de Cirene, anunciaram o Evangelho aos gentios em Antioquia (At 11.20). Um grande número de pessoas se converteu e Barnabé foi enviado a Antioquia. Barnabé foi a Tarso buscar Saulo e, por cerca de um ano, ensinaram a Palavra de Deus em Antioquia.
Falamos da natureza e das características da Igreja de Antioquia, trazendo as informações da cidade e da Igreja de Antioquia, desde o seu nascimento, até se tornar uma base missionária de Paulo e Barnabé. Esta Igreja foi fundada por cristãos leigos, com pouca instrução sobre as doutrinas cristãs.
Vimos que Antioquia era uma Igreja missionária em ação. O corpo de obreiros de Antioquia era formado por profetas e doutores e a liderança desta Igreja era uma liderança servidora, mesmo sendo bastante diversificada. Falamos também da chamada específica de Barnabé e Saulo, pelo Espírito Santo, para a missão transcultural.
Falamos sobre o serviço de missões da Igreja de Antioquia e do início das missões cristãs a partir de Antioquia, trazendo o relato da primeira viagem missionária de Paulo e Barnabé, tendo João Marcos como cooperador. Vimos o roteiro e as principais atividades da primeira viagem missionária. Por último, falamos das prestações de contas de Paulo e sua equipe à Igreja de Antioquia que os enviou.
Lição 13: O propósito de missões: Nesta lição falamos do propósito da Igreja ao fazer missões. Propósito é a principal razão de ser, ou meta principal de alguém. No caso da Igreja, ela tem o nobre propósito neste mundo de proclamar a mensagem de salvação aos que não a conhecem até que o Senhor Jesus Cristo venha buscá-la. Se não fizer isso, perde a razão da sua existência.
Falamos do alvo da obra missionária. Vemos em toda a Bíblia, a predisposição de Deus de redimir a humanidade perdida, desde a entrada do pecado no mundo. Antes da fundação do mundo, Deus já sabia que iria criar o ser humano e que este iria pecar e elaborou o plano de Salvação, para salvá-lo. Este plano foi anunciado pela primeira vez, em Gênesis 3.15 e incluía a chamada de Abrão, a formação da nação de Israel e a vinda do Messias. Falamos do propósito global da obra missionária, com base no texto de Mateus 28.18-20, que trata da Grande Comissão de Jesus aos seus discípulos.
Vimos também que a responsabilidade de pregar o Evangelho é de todos os cristãos. Fizemos uma reflexão, através de várias perguntas, sobre a nossa disposição de pregar o Evangelho a toda criatura. Haverá um duro juízo da parte de Deus para com aqueles que negligenciarem esta responsabilidade.
Lição 14: Missões e a volta do Senhor Jesus: Nesta última lição falamos da relação entre a obra missionária e a volta de Jesus. O arrebatamento da Igreja é iminente e aqueles que não receberem a Cristo até aquele dia estarão perdidos. Esta foi a principal motivação da Igreja Primitiva para anunciar o Evangelho aos perdidos.
O comentarista apresenta uma visão escatológica de Mateus 24.14, segundo a qual o Evangelho será pregado em todo o mundo até a volta de Cristo. Todo o conteúdo da lição gira em torno desta interpretação. Entretanto, há outras interpretações escatológicas diferentes disso, mesmo entre os pré-tribulacionistas. Alguns entendem que neste texto, Jesus está falando do Evangelho do Reino, no Milênio, quando toda a terra se encherá do conhecimento do Senhor e não do arrebatamento da Igreja, pois a vinda de Jesus não é o fim. Outros entendem que o texto de Mateus 24 se refere apenas a Israel e não à Igreja.
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