18 maio 2021

JESUS ENVIA OS SETENTA (Lc 10.1-20)

Imagem: Bispo Jeferson Fabiano

Neste primeiro tópico falaremos sobre o envio por Jesus dos setenta discípulos na região da Galiléia, para uma missão de evangelização (Lc 10.1-20). Esta missão evangelizadora nos dá uma direção de como deve ser o trabalho de um evangelista.

Jesus os enviou de dois em dois, para que anunciassem a todos que “é chegado o Reino de Deus” e lhes deu as seguintes recomendações antes de saírem: 

  • Orar para que Deus mande mais obreiros; 
  • Não levar bolsas, ou alforjes com suprimentos; 
  • Não saudar ninguém pelo caminho, para não perder tempo; 
  • Na casa onde entrarem, saudar com o ‘Shalom’; 
  • Comer do que lhe fosse oferecido, pois, digno é o obreiro do seu salário; 
  • Anunciar o Evangelho e curar os enfermos onde forem recebidos; 
  • Sacudir o pó das sandálias onde não forem recebidos. 

1. São poucos os que anunciam o Evangelho (v.2). Não basta querer ser um evangelista. É preciso ser chamado por Deus. Jesus escolheu e enviou os setenta discípulos nesta missão. Paulo disse que “Ele mesmo deu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas…” (Ef 4.11). Portanto, um evangelista é alguém chamado e enviado por Deus. 

Há muita gente querendo ser evangelista, mas, não foi chamado, pois, as suas motivações são outras, não é pregar o Evangelho de Cristo. Um verdadeiro evangelista prega o Evangelho de Jesus Cristo, para a Salvação de todo aquele que crer. Um verdadeiro evangelista não prega prosperidade e vida boa aqui na terra. Não fala da sua denominação ou de si mesmo. Fala de Jesus e da Salvação que Ele veio trazer. 

Quando falamos do Evangelho, há dois aspectos a destacar: a má notícia e a boa notícia. O que isto significa? A má notícia é que todos os seres humanos, sem exceção são miseráveis pecadores aos olhos de Deus, condenados à morte eterna, sem condição alguma de, por si mesmos, mudarem esta realidade. A boa notícia é que Deus enviou o Seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nEle crer, não pereça, mas, tenha a vida eterna. (Jo 3.16). Não há como falar da salvação, sem antes falarmos do pecado e da condenação eterna. Antes de falarmos que Jesus salva, precisamos dizer, porque o ser humano precisa de salvação. Isso soa mal aos ouvidos da sociedade atual, mas, é o que a Bíblia nos mostra e é isso que os evangelistas devem falar ao mundo. 

Deus continua chamando trabalhadores para a sua seara. Os campos estão brancos para a ceifa. Falta alguém que responda ao seu chamado dizendo: 

- Eis-me aqui, envia-me a mim Senhor! (Is 6.8). 

2. Os discípulos foram enviados para o meio de lobos (v.3). Jesus alertou os discípulos, de que eles estariam indo como cordeiros para o meio de lobos. Era a presa indo ao encontro do predador. Qualquer vacilo poderia ser fatal. Desde o início da Igreja, ela sempre enfrentou a hostilidade do mundo, que jaz no maligno. Os apóstolos foram perseguidos, presos e mortos. Tiago, Paulo e muitos outros foram decapitados; Pedro foi crucificado de cabeça para baixo; muitos foram jogados para as feras devorarem; outros, foram jogados em fogueiras, por não negarem ao Senhor e se recusarem a adorar ao Imperador romano. O mundo nos odeia por causa de Cristo. 

Nos últimos anos, as perseguições aos cristãos têm aumentado em todo o mundo. Nas últimas décadas morreram mais cristãos assassinados, do que em qualquer outra época. O ISIS (estado islâmico) tem degolado muitos cristãos e publica os vídeos na internet. Há também a chamada perseguição institucional, que é quando o estado cria leis que dificultam e tentam impedir o funcionamento da Igreja. Em contrapartida, as religiões anticristãs e o ateísmo crescem sem serem incomodados. 

3. Os sinais e as maravilhas confirmam a Palavra. O Evangelho de Cristo não é um sistema filosófico de bons costumes, ou de moralismo como muitos imaginam. Há religiões que querem transformar o Evangelho em um sistema de distribuição de renda e justiça social. Outros, querem reduzir Jesus a um mestre que ensinava a moral e os bons costumes. O Evangelho de Cristo é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crer. (Rm 1.16). Jesus disse que estes sinais seguiriam aos que cressem nele. Os sinais confirmam a mensagem de poder que pregamos. O Evangelho não é uma busca por sinais ou pelo sobrenatural. O Evangelho, como foi dito acima, é o anúncio das boas novas de salvação para o pecador perdido. Mas, mediante a pregação do Evangelho, Deus realiza sinais e maravilhas que confirmam a Palavra pregada. (Mc 16.15, 16; 1 Co 2.4). 


Pb. Weliano Pires

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