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Na lição desta semana estudaremos o último dos dons ministeriais, que é o dom de mestre ou doutor. Todo sistema, seja filosófico, religioso, educacional, etc., tem os seus fundamentos e necessita de doutrinadores que os elabore e os transmita aos seus adeptos. Com o Cristianismo não é diferente. Jesus entregou a Sua Doutrina aos apóstolos por revelação e inspiração. Depois disso, Ele estabeleceu mestres na Igreja para serem os doutrinadores daqueles que chegam à Igreja e não conhecem nada do Evangelho. Todo pastor é também um mestre, pois, o pastor deve ser apto para ensinar, embora nem todos os mestres sejam pastores.
Os dons ministeriais estão nesta ordem em Efésios 4.11: Apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e doutores. Esta ordem não é por acaso. Ela segue uma sequência lógica:
Os apóstolos receberam de Cristo os fundamentos da Igreja e os lançaram.
Os profetas proclamaram a Palavra, ajudando os apóstolos na fundação da Igreja.
Os evangelistas anunciam as Boas Novas aos perdidos, levando-os à Cristo.
Os pastores alimentam, cuidam, exortam e protegem as ovelhas do Senhor.
Os mestres ou doutores foram dados à Igreja para se dedicarem exclusivamente ao ensino da Palavra de Deus à Igreja.
Todos estes dons ministeriais começam em Jesus, pois, Ele é o modelo por excelência de cada um deles:
Jesus é o apóstolo por excelência, pois, foi enviado pelo Pai;
Jesus é o profeta que havia de vir ao mundo;
Jesus é o maior evangelista, pois, Ele veio a este mundo buscar e salvar o que se havia perdido;
Jesus é o Sumo Pastor ou Bom Pastor, que dá a Sua vida pelas ovelhas;
Jesus é o Mestre dos mestres. Ele é o maior ensinador que o mundo já teve.
No primeiro tópico falaremos a respeito das características de Jesus como o Mestre por excelência. Jesus é o Mestre da Galiléia, o Mestre Divino e o Mestre da humildade. Embora fosse judeu, nascido em Belém da Judéia, Ele cresceu em Nazaré, Depois que iniciou o seu Ministério terreno, Jesus estabeleceu-se em Cafarnaum (Mt 9.1). Ele sempre foi chamado de Nazareno e Galileu. O Mestre da Galiléia arrastava multidões para ouvi-lo, pois era verdadeiro e justo. Ele falava com autoridade e não como os hipócritas escribas e fariseus.
Jesus é Deus e, portanto, é onisciente. Até mesmo os que não criam que Ele é Deus, admiravam-se dos seus ensinos e sinais que Ele fazia. A sabedoria de Jesus é incomparável. Até o mais versado dos doutores da sua época ficava sem argumentos para questioná-lo. Aos doze anos, Ele deixou perplexos os doutores da Lei no Templo.
Mesmo sendo Deus, fez-se servo, humilhando-se a Si mesmo. Jesus demonstrou a sua humildade, quando esvaziou-se a Si mesmo e veio a este mundo para servir e não para ser servido. Em mais de uma ocasião, Ele tomou a posição de servo entre os discípulos.
No segundo tópico falaremos sobre o ensino na Igreja Primitiva. O ensino bíblico foi uma ordem dada por Jesus aos seus apóstolos, que foi rigorosamente cumprida por eles. Basta ver os discursos de Pedro, Estêvão e Paulo, para percebermos que eram excelentes exposições bíblicas. Estes discursos, evidentemente, eram capacitações sobrenaturais do Espírito Santo. Entretanto, é inegável que os apóstolos tinham conhecimento bíblico. A Igreja permanecia na “Doutrina dos Apóstolos”, que era o conjunto dos ensinos que Eles aprenderam diretamente de Jesus e ensinavam ao povo de forma persistente.
No terceiro e último tópico falaremos sobre a importância do dom ministerial de mestre. Este dom é uma necessidade urgente da Igreja, pois, o profeta Oséias disse que “o povo de Deus foi destruído porque lhe faltou o conhecimento.” (Os 4.6). Se não houver ensino, os crentes não amadurecem e não tem firmeza. Há a necessidade de um discipulado contínuo. Diferente do que muitos pensam, o discipulado não termina com o batismo. São apenas as primeiras instruções, mas o aprendizado tem que continuar, inclusive os pastores e mestres precisam continuar aprendendo e se atualizando.
Pb. Weliano Pires
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