16 julho 2011

Libelo indelével

Artigo de Roberto Freire, publicado no jornal Brasil econômico (15/07/2011)
Sobre as provas do mensalão petista.

"O Ministério Público Federal está plenamente convencido de que as provas produzidas no curso da instrução, aliadas aos elementos obtidos no inquérito, comprovaram a existência do esquema de cooptação de apoio político descrito na denúncia", escreveu o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, em suas alegações finais enviadas ao Supremo Tribunal Federal.

Tão importante quanto o desmonte da "sofisticada quadrilha" que, a partir da Casa Civil, então sob o comando de José Dirceu, elaborou e executou "um plano criminoso voltado para a compra de votos dentro do Congresso Nacional" foi a revelação do modus operandi dos governos do PT, desde as prefeituras, passando por governos estaduais, até a conquista da presidência da República. A prática impressionou o procurador-geral, para quem o mensalão do governo Lula foi "a mais grave agressão aos valores democráticos que se possa conceber". Gurgel se referia à distribuição de dinheiro em troca de apoio político ao governo na era lulista.

Então, bem longe de um golpe contra o seu governo, como alegou Lula, sem muita alternativa para explicar o envolvimento dos principais nomes de seu partido com o gigantesco esquema, o mensalão foi um golpe contra a democracia e contra o Brasil. As alegações finais da PGR vêm, agora, após o inquérito, pedir punição; são penas que, somadas chegariam a 100 anos de prisão - não estabelecesse a lei brasileira o máximo de 30 anos por cabeça - somente para Dirceu, José Genoíno e Delúbio Soares, e a devolução do dinheiro roubado aos cofres públicos.

A esquerda brasileira teve seus problemas. Havia aqueles que acreditavam no socialismo real, capitaneado pela então União Soviética; os que só se guiavam pelo socialismo albanês, os que se baseavam em modelos os mais diversos. Eram visões diferentes no campo ideológico. Com o PT no governo, a esquerda foi levada a um terreno no qual jamais havia pisado aqui no Brasil, que é o da corrupção.

O procurador Antônio Fernando de Souza apresentou a peça inaugural do processo, em função de indícios, presunção e de outras indicações de malfeitos. A peça agora são alegações de Gurgel depois de todo o inquérito - produção de provas e oitivas de testemunhas. Ou seja, tem um peso, profundidade e amplitude muito maiores agora. Nas mãos do Supremo Tribunal Federal está a esperança de que o país dê um paradeiro na marcha insensata da corrupção.

Literalmente, o procurador-geral observou que "mais do que uma demanda momentânea, o objetivo era fortalecer um projeto de poder do Partido dos Trabalhadores de longo prazo". Segundo as palavras de Gurgel, "partindo de uma visão pragmática, que sempre marcou a sua biografia, José Dirceu resolveu subornar parlamentares federais, tendo como alvos preferenciais dirigentes partidários de agremiações políticas". Não se trata apenas de uma acusação da PGR. É um libelo contra uma determinada concepção de política e de administração do Estado.

O mensalão, a mais grave agressão à democracia que se possa conceber, conforme definiu Gurgel, tem 36 nomes e sobrenomes e é uma obra do lulopetismo. O PT pode não se orgulhar dela, mas é de sua autoria. A marca ficará, indelével, na história do PT. E assim passará para a História.

Roberto Freire é deputado federal e presidente do PPS

03 julho 2011

A necessidade do conhecimento teológico

Todo cristão evangélico deveria conhecer profundamente os assuntos abaixo, pois eles são fundamentais para a nossa fé e para evitar que sejamos enganados pelas falsas doutrinas que já surgiram e outras que hão de surgir.

1) TEOLOGIA OU TEONTOLOGIA - Matéria que estuda a existência de Deus, os seus atributos comunicáveis e incomunicáveis, sua divindade e personalidade. Isto irá evitar que caiamos no pecado da idolatria.

2) BIBLIOLOGIA - Esta matéria estuda a formação da Bíblia Sagrada; Os materiais usados na escrita; os livros do Antigo e do Novo Testamento; a divisão da Bíblia por assuntos (Lei, História, Poesia e profecia no Antigo Testamento) e Evangelhos, História da Igreja, Epístolas e profecias no Novo Testamento. Isto evita que sejamos levados por falsas doutrinas pseudosagradas.

3) CRISTOLOGIA – Estuda a pessoa, vida e obra de Nosso Senhor Jesus Cristo; a sua Divindade, sua personalidade, seus ensinos, etc. Este estudo irá evitar que tenhamos outro mediador entre Deus e os homens, ou que busquemos outro salvador, pois Ele é único.

4) PNEUMATOLOGIA - Estudo da pessoa do Espírito Santo, sua divindade e personalidade. Este estudo irá tirar dúvidas quanto à ação do Consolador e sua personalidade. Muitos o consideram apenas uma “força”, mas, não é isso que a Bíblia ensina.

5) ANGELOLOGIA – Estuda os seres angelicais. Quem são os anjos, os querubins, os serafins, o Arcanjo Miguel e os anjos caídos? A angelologia traz informação Bíblica sobre estes seres que foram criados por Deus e não podem ser adorados.

6) ANTROPOLOGIA – Estuda a doutrina do homem (Espírito, alma e corpo - tricotomia).

7) HAMARTIOLOGIA – Estuda sobre o pecado e suas consequências na humanidade. Todos pecaram e carecem de um Salvador. (Romanos 3.23)

8) SOTERIOLOGIA – Estudo da salvação e seus aspectos: Justificação, regeneração e santificação. Biblicamente, a salvação é pela Graça de Deus, mediante a fé. (Efésios 2.8-10).

9) GEOGRAFIA BÍBLICA – Estuda os lugares mencionados na Bíblia. Ajuda-nos a compreender alguns textos, trazendo mapas, localização e distâncias entre cidades, país, reinos, etc.

10) HERMENÊUTICA – Ciência da interpretação de textos. Esta matéria traz algumas regras para a interpretação correta dos textos bíblicos e ajuda-nos a evitar distorções e, consequentemente, heresias.

11) HOMILÉTICA - Estuda as técnicas para se falar em público. O cristão foi comissionado por Jesus, para pregar o evangelho. Isto exige algumas vezes que se façam discursos. A homilética nos ensina a preparar um discurso de fácil compreensão e com bom aproveitamento do tempo. Excelente!

12) ESCATOLOGIA – Estuda as profecias para os últimos dias, como a Vinda de Jesus, o Reino Milenar de Cristo, o Anticristo, a grande tribulação, as Bodas do Cordeiro, a condenação eterna dos ímpios e a vida eterna.

Um curso básico em teologia deve conter no mínimo estas matérias. Todo Cristão deveria, portanto, fazer um curso desses. No caso do obreiro, deveria cursar pelo menos um curso médio ou bacharel, os quais contêm matérias que o ajudarão no exercício do ministério, como Ética Pastoral, Evangelismo e Missões, línguas Grega e Hebraica, Sociologia, Direito, Língua Portuguesa, Psicologia entre outras. O Reino de Deus teria muito a ganhar, se as Igrejas investissem mais nessa área e os crentes se interessassem em conhecer mais a Deus e aos aspectos da nossa fé.

14 junho 2011

Para o governo, o tempo foge

José Serra

Cada um governe como acha melhor, e uma gestão deve ser medida pelos resultados que oferece ao país, desde que atue de acordo com as leis e com os princípios da ética. Há sinais de que o governo Dilma vive uma disfunção prematura. A administração vai aos trancos e barrancos, as dificuldades no Congresso surpreendem quando se olha o tamanho da base, e a vocação gerencial parece limitada ao terreno mágico da propaganda.

Oito anos e alguns meses depois de chegar ao poder e de lotear politicamente o setor, demonizando quem propunha atrair a iniciativa privada, o governo do PT decidiu promover a concessão de aeroportos ? ainda que de forma confusa ? a fim de tentar evitar o colapso do sistema. Haverá confissão maior de incompetência?

E ainda devemos torcer para que as concessões, se um dia chegarem, não repitam as das estradas federais, que o governo do PT entregou de graça aos felizes concessionários. E nem mesmo exigiu um bom serviço em troca. O resultado está aos olhos de todos. As estradas continuam ruins, bem abaixo da qualidade prometida. O pedágio está sendo cobrado, mas não há obras. É um exemplo de privatização malfeita. Falta de convicção, despreparo técnico e excesso de improvisação costumam dar nisso.

No começo do mandato da atual presidente, divulgou-se a chegada de uma novíssima política econômica, em que o crescimento não mais ficaria constrangido pela luta anti-inflacionária. O resultado foi a deterioração das expectativas, o pânico diante das ameaças de reindexação e um recuo desorganizado ? uma rota de fuga para a ortodoxia de má qualidade.

A consequência é terem contratado para este ano um PIB medíocre, acompanhado de inflação perigosamente alta. O governo promete fazê-la convergir para a meta no ano que vem, mas já sinalizou que vai fazer isso prolongando o aperto monetário, o pé no breque do crescimento. Em resumo, depois das indecisões e vacilações na largada, vão acabar comprometendo pelo menos dois anos ? metade do mandato. E, como a âncora exclusiva do ajuste é a cambial, isso causará um estrago ainda maior na indústria brasileira.

O governo tampouco tem personalidade definida. Procura parecer ortodoxamente ambientalista no debate do Código Florestal e é ortodoxamente anti-ambientalista no atropelo para fazer andar a hidrelétrica de Belo Monte. Radicalizou desnecessariamente nos dois casos. Há terreno para entendimento no Congresso Nacional e na sociedade sobre o novo código, e há também como encaminhar a utilização do potencial hidrelétrico de uma maneira ambientalmente e socialmente responsável.

Bastaria ter disposição para o diálogo, um mínimo de serenidade, menos afobação, achar e chamar gente preparada, e, acima de tudo, ter clareza do que fazer. Coisas que, definitivamente, não parecem fazer parte do atual cardápio, como se a troca de ideias e a busca da convergência fossem um jogo de soma negativa e se confundissem com fraqueza. Governos fracos é que precisam dar permanentemente demonstrações de força. Governos sólidos têm o braço firme para segurar o leme enquanto conduzem com cuidado o barco para o destino.

Vivemos a era das improvisações e das mudanças inexplicáveis de rota. Na última campanha eleitoral, defendi que os direitos humanos passassem a ter importância maior na política externa brasileira, sempre vinculados à defesa do direito dos países à autodeterminação. Era uma posição com amplo apoio na sociedade, tanto que, antes mesmo de assumir, o novo governo anunciou a centralidade da questão na maneira como o Brasil conduz o diálogo com os demais países.

Agora, infelizmente, e sob pressão do Irã, o governo brasileiro reduziu a importância da visita da Prêmio Nobel da Paz iraniana Shirin Ebadi, uma advogada que luta pelos direitos humanos naquele país. A presidente encontra espaço na agenda para receber artistas que lhe proporcionem mídia favorável, mas não achou importante receber também essa valorosa lutadora, que batalha para ampliar os direitos das mulheres iranianas e de todos os cidadãos daquele grande país.

É a verdade revelada na sua face mais cruel. O governo do PT é a favor de promover os direitos humanos em países governados por adversários do PT. Quando se trata de governos amigos do petismo, prefere-se o silêncio diante das violações, dos abusos, dos massacres. Para os amigos, as conquistas da civilização; para os nem tanto, a lei da selva.

E, por falar em lei da selva, outro assunto enfatizado na campanha eleitoral foi a permeabilidade das nossas fronteiras ao tráfico de drogas e de armas. Minha então adversária negou que houvesse problemas. Depois de definido o resultado das urnas, viu-se com quem estava a razão. Agora, bastou o Jornal Nacional fazer uma série de reportagens sobre a vulnerabilidade de nossas fronteiras, e lá veio o anúncio de um mirabolante plano governamental de ação nessa área, só para faturar um dia de jornais de TV. A propósito: o tal avião de vigilância não-tripulado já começou a voar?

Há problemas sérios em áreas as mais variadas, mas todos têm a mesma natureza: o Brasil precisa urgentemente de um governo portador de convicções firmes, compromisso com a verdade, disposição para o diálogo com a sociedade e capacidade de buscar o bem do país. O relógio está correndo.

16 maio 2011

DEUS É CULPADO?

Finalmente a verdade é dita na TV Americana.
A filha de Billy Graham estava sendo entrevistada no Early Show e Jane Clayson perguntou a ela:
'Como é que Deus teria permitido algo horroroso assim acontecer no dia 11 de setembro?'
Anne Graham deu uma resposta profunda e sábia:
'Eu creio que Deus ficou profundamente triste com o que aconteceu, tanto quanto nós.
Por muitos anos temos dito para Deus não interferir em nossas escolhas, sair do nosso governo e sair de nossas vidas.
Sendo um cavalheiro como Deus é, eu creio que Ele calmamente nos deixou.
Como poderemos esperar que Deus nos dê a sua benção e a sua proteção se nós exigimos que Ele não se envolva mais conosco?'
À vista de tantos acontecimentos recentes; ataque dos terroristas, tiroteio nas escolas, etc...
Eu creio que tudo começou desde que Madeline Murray O'hare (que foi assassinada), se queixou de que era impróprio se fazer oração nas escolas Americanas como se fazia tradicionalmente, e nós concordamos com a sua opinião.
Depois disso, alguém disse que seria melhor também não ler mais a Bíblia nas escolas...
A Bíblia que nos ensina que não devemos matar, roubar e devemos amar o nosso próximo como a nós mesmos. E nós concordamos com esse alguém.
Logo depois o Dr.. Benjamin Spock disse que não deveríamos bater em nossos filhos quando eles se comportassem mal, porque suas personalidades em formação ficariam distorcidas e poderíamos prejudicar sua auto estima (o filho dele se suicidou) e nós dissemos:
'Um perito nesse assunto deve saber o que está falando'.
E então concordamos com ele.
Depois alguém disse que os professores e diretores das escolas não deveriam disciplinar nossos filhos quando se comportassem mal.
Então foi decidido que nenhum professor poderia disciplinar os alunos...(há diferença entre disciplinar e tocar).
Aí, alguém sugeriu que deveríamos deixar que nossas filhas fizessem aborto, se elas assim o quisessem.
E nós aceitamos sem ao menos questionar.
Então foi dito que deveríamos dar aos nossos filhos tantas camisinhas, quantas eles quisessem para que eles pudessem se divertir à vontade.
E nós dissemos: 'Está bem!'
Então alguém sugeriu que imprimíssemos revistas com fotografias de mulheres nuas, e disséssemos que isto é uma coisa sadia e uma apreciação natural do corpo feminino.
E nós dissemos:
'Está bem, isto é democracia, e eles tem o direito de ter liberdade de se expressar e fazer isso'.
Depois uma outra pessoa levou isso um passo mais adiante e publicou fotos de Crianças nuas e foi mais além ainda, colocando-as à disposição da internet.
Agora nós estamos nos perguntando porque nossos filhos não têm consciência e porque não sabem distinguir o bem e o mal, o certo e o errado;
porque não lhes incomoda matar pessoas estranhas ou seus próprios colegas de classe ou a si próprios...
Provavelmente, se nós analisarmos seriamente, iremos facilmente compreender:
nós colhemos só aquilo que semeamos!!!
Uma menina escreveu um bilhetinho para Deus:
'Senhor, porque não salvaste aquela criança na escola?'
A resposta dele:
'Querida criança, não me deixam entrar nas escolas!!!'
É triste como as pessoas simplesmente culpam a Deus e não entendem porque o mundo está indo a passos largos para o inferno.
É triste como cremos em tudo que os Jornais e a TV dizem, mas duvidamos do que a Bíblia, ou do que a sua religião, que você diz que segue ensina.
É triste como alguém diz:
'Eu creio em Deus'.
Mas ainda assim segue a satanás, que, por sinal,também ''Crê'' em Deus.
É engraçado como somos rápidos para julgar mas não queremos ser julgados!
Como podemos enviar centenas de piadas pelo e-mail, e elas se espalham como fogo, mas, quando tentamos enviar algum e-mail falando de Deus, as pessoas têm medo de compartilhar e reenviá-los a outros!
É triste ver como o material imoral, obsceno e vulgar corre livremente na internet, mas uma discussão pública a respeito de Deus é suprimida rapidamente na escola e no trabalho.
Você mesmo pode não querer reenviar esta mensagem a muitos de sua lista de endereços porque você não tem certeza a respeito de como a receberão, ou do que pensarão a seu respeito, por lhes ter enviado.
Não é verdade?
Gozado que nós nos preocupamos mais com o que as outras pessoas pensam a nosso respeito do que com o que Deus pensa...
'Garanto que Ele que enxerga tudo em nosso coração está torcendo para que você, no seu livre arbítrio, envie estas palavras a outras pessoas'.

Autor desconhecido. Recebi por e-mail.

06 maio 2011

STF atenta contra a Constituição, o Código civil‏ e o Legislativo

O Supremo Tribunal Federal decidiu ontem, por unanimidade, que têm valor legal as uniões estáveis entre homossexuais. A maioria dos ministros votou com o relator do caso, Carlos Ayres Britto, para quem os homossexuais têm os mesmos direitos que os casais heterossexuais.

É um absurdo. O STF impõe à sociedade brasileira, algo que os seus legítimos representantes, o legislativo ainda não aprovou. Ninguém pode proibir homossexuais de se relacionarem; é um problema de cada um. Mas, tratar isso como família, não faz sentido. Pior ainda permitir que adotem crianças. Imagine a cabeça de uma criança, que tem no documento dois pais ou duas mães! É o cúmulo da afronta do ser humano ao seu criador, que criou homem e mulher e lhes ordenou que frutificassem e se multiplicassem. Este é o conceito de família, desde que o mundo existe: homem, mulher e filhos.

O Novo Código Civil, em seu artigo 1723 do Código Civil repetiu o artigo 1º da Lei 9278/96, assim dispondo:

“É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência publica, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família."

Está bem claro: HOMEM E MULHER. De onde esses ministros tiraram homem e homem ou mulher e mulher como família?

É um atentado à Constituição Federal e ao Poder Legislativo.


Pobre Brasil!

12 março 2011

Princípios do partido político que faço parte

1. Defender o primado da democracia, regime político que melhor responde às
necessidades e aspirações do homem civilizado, no qual o governo é escolhido
pela maioria, respeitados os direitos da minoria e assegurada a alternância do
poder.
2. Lutar pela instauração da plenitude democrática, consubstanciada na
existência de instituições públicas sólidas e estáveis, e na exigência de que a lei,
legitimada pela representação popular, seja efetivamente igual a todos.
3. Advogar o direito que todos tem de expressar, livremente, seus credos
religiosos e convicções políticas, como condição fundamental à existência do
Estado democrático.
4. Consignar seu repúdio a todas as formas de totalitarismo ou de autoritarismo,
reconhecendo contudo que é dever do Estado moderno defender-se da ação dos
seus inimigos, dentro da lei, e sem sacrifício das liberdades fundamentais que
constituem a essência da democracia.
5. Colocar-se firmemente contra qualquer espécie de discriminação e
preconceito, quanto à religião, sexo e raça, bem como defender o direito das
minorias.
6. Afirmar sua crença de que os homens são basicamente iguais em direitos e
que a pessoa humana é inviolável em sua dignidade, não podendo sofrer
quaisquer restrições que não aquelas necessárias à preservação de sua própria
integridade e de seu semelhante, e à defesa do bem comum.
7. Proclamar a preeminência e exigir o efetivo exercício dos direitos humanos,
em sua acepção moderna e dinâmica, que, além das liberdades públicas
fundamentais, abrangem os direitos econômicos, os direitos sociais, os direitos
culturais, os direitos ecológicos, e o direito à privacidade.
8. Pugnar pela expansão das perspectivas de vida do cidadão, de modo a
permitir que um número cada vez maior de pessoas desfrute de oportunidades
cada vez melhores e que os indivíduos possam ser livres para trabalhar e criar
segundo suas aptidões, respeitando cada um o direito dos demais.
9. Estimular e promover permanentemente a reorganização e renovação da
sociedade brasileira, tornando-a espontânea e pluralista, ampliando as vias de
ascensão social e política para as novas gerações e promovendo a valorização
da mulher, de modo que sua participação seja efetiva e integral, sem limitações,
discriminações, ou preconceitos.
10. Preconizar a mudança social dentro da ordem democrática, recusando
soluções violentas incompatíveis com as nossas tradições, e posturas
imobilistas, que conflitem com as exigências de transformação da sociedade.
11. Propugnar por um desenvolvimento que vise à realização integral do
homem, a partir de um processo de mudança qualitativa nas relações sociais,
voltado para a prosperidade econômica, equidade social e equilíbrio regional,
assentado em um relacionamento harmonioso com o nosso patrimônio ecológico
e consentâneo com nossa cultura.

01 março 2011

A trajetória do PT

Quando foi fundado, o Partido dos Trabalhadores (PT) se proclamou agente das transformações políticas e sociais que, pautadas, pelo rigor da ética e pelo mais genuíno sentimento de justiça social, mudariam a cara do Brasil. Trinta e um anos depois,há oito no poder, o PT pode se orgulhar de ter contribuído – os petistas acham que a obra é toda sua – para melhorar o País do ponto de vista do desenvolvimento econômico e da inclusão social. Mas nada no Brasil mudou tanto, nessas três décadas, como a cara do próprio PT. O antigo bastião de idealistas, depois de perder pelo caminho todos os mais coerentes dentre eles, transformou-se numa legenda partidária, como todas as outras que antes estigmatizava, manobrada por políticos profissionais no pior sentido, e, como nem todas, submissa à vontade de um “dono”, porque totalmente dependente de sua enorme popularidade. Esse é o PT de Lula 31 anos depois.
Uma vez no poder, o PT se transformou em praticamente o oposto de tudo o que sempre preconizou. O marco formal dessa mudança de rumo pode ser considerado o lançamento da Carta ao Povo Brasileiro, em junho de 2002, a quatro meses da eleição presidencial em que pela primeira vez Lula sairia vitorioso. Concebido com o claro objetivo de tranquilizar o eleitorado que ainda resistia às ideias radicais e estatizantes do PT no âmbito econômico, entre outras coisas a Carta arriou velhas bandeiras como o “fora FMI” e passou a defender o cumprimento dos contratos internacionais, banindo uma antiga obsessão do partido e da esquerda festiva: a moratória da dívida externa. Eleito, Lula fez bom uso de sua “herança maldita”. Adotou sem hesitação os fundamentos da política econômico-financeira de seu antecessor, redesenhou e incrementou os programas sociais que recebeu, barganhou como sempre se fez o apoio de que precisava no Congresso e, bafejado por uma conjuntura internacional extremamente favorável, bastou manejar com habilidade os dotes populistas em que se revelou um mestre para tornar-se um presidente tão popular como nunca antes na história deste país.
E o balzaquiano PT? O partido que pretendia transformar o País passou a se transformar na negação de si mesmo. E foi a partir daí que começaram as defecções de militantes importantes, muitos deles fundadores, decepcionados com os novos rumos, principalmente com os meios e modos com que o partido se instalou no poder. O mensalão por exemplo.
Os anais da recente história política do Brasil registram enorme quantidade de depoimentos de antigos petistas que não participaram da alegre festa de 31.º aniversário do partido – na qual o grande homenageado foi, é claro, ele – porque se recusaram a percorrer os descaminhos dos seguidores de Lula. Um dos dissidentes é o jurista Hélio Bicudo, fundador do PT, ex-dirigente da legenda, ex-deputado federal, ex-vice-prefeito de São Paulo. Em depoimento à série Decanos Brasileiros, da TV Estadão, Bicudo criticou duramente os partidos políticos brasileiros, especialmente o PT: “O Brasil não tem partidos políticos. Os partidos, todos, se divorciaram de suas origens. E o PT é entre eles – digo-o tranquilamente – um partido que começou muito bem, mas está terminando muito mal, porque esqueceu sua mensagem inicial e hoje é apenas a direção nacional que comanda. Uma direção nacional comandada, por sua vez, por uma só pessoa: o ex-presidente Lula, que decide tudo, inclusive quem deve ou não ser candidato a isso ou aquilo, e ponto final”.
Bicudo tem gravado na memória uma das evidências do divórcio de seu ex-partido com o idealismo de suas origens. Conta que, no início do governo Lula, quando foi lançado o Bolsa-Família, indagou do então todo-poderoso chefe da Casa Civil, José Dirceu, os objetivos do programa. Obteve uma resposta direta: “Serão 12 milhões de bolsas que poderão se converter em votos, em quantidade três ou quatro vezes maior. Isso nos garantirá a reeleição de Lula”.
De qualquer modo, há aspectos em que o PT é hoje, inegavelmente, um partido muito melhor do que foi: este ano, com base na contribuição compulsória de seus filiados, pretende recolher a seus cofres R$ 3,6 milhões. Apenas 700% a mais do que arrecadava antes de assumir o poder.

O PT está completamente peemedebizado.

VENCENDO OS DIAS MAUS

(Comentário do 3º tópico da Lição 04: Como se conduzir na caminhada)  Ev. WELIANO PIRES No terceiro tópico, veremos alguns conselhos do apó...